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Capal comemora 63 anos e mais que dobra o quadro de cooperados na última década

No comparativo com 2013, a quantidade de cooperados aumentou 136,98% em 10 anos.

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Foto: Divulgação/Capal

A Capal Cooperativa Agroindustrial comemora nesta semana 63 anos de atividade, pautada na força motriz do cooperativismo como modelo de trabalho. Atualmente, a cooperativa, cuja sede é em Arapoti/PR, conta com 21 filiais presentes em 13 cidades situadas nos Campos Gerais do Paraná e no sudoeste de São Paulo. As unidades da Capal, no entanto, prestam atendimento a mais de 65 municípios dos dois estados, o que totaliza 179 mil hectares de área assistida e um quadro de 3.711 produtores associados. No comparativo com 2013, a quantidade de cooperados aumentou 136,98% em 10 anos.

Além da relação de responsabilidade e transparência que a Capal assume com os seus cooperados, há fatores pontuais que justificam a entrada significativa de novos associados. O presidente executivo da cooperativa, Adilson Roberto Fuga, cita o planejamento estratégico elaborado pela diretoria e que inclui o trabalho de visitas e convites a produtores locais e a ampliação dos serviços da cooperativa.

“Em nosso plano, fizemos um mapeamento de todas as áreas que a Capal está inserida e definimos para onde avançar. E isso envolve os investimentos realizados nos municípios, o que garante mais segurança para o produtor entrar como associado, tendo a certeza de que vamos fornecer todos os insumos necessários para desenvolverem sua atividade, além da assistência técnica, recebimento e comercialização de sua produção de forma segura”, explica Adilson.

Nos últimos anos, o plano de expansão da Capal também foi responsável pelo incremento no quadro de cooperados. Junto à inauguração de novas filiais, pode-se destacar alguns eventos, como a incorporação da COAC (Cooperativa Agropecuária Caete), em Curiúva/PR; a aquisição da indústria cafeeira em Pinhalão/PR, o que resultou em um aumento exponencial de produtores de café entre os cooperados; e a aquisição da Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS), em Wenceslau Braz/PR, ampliando a presença da Capal no mercado de sementes e sendo um atrativo para novos produtores.

“Isso sem falar da intercooperação que fazemos parte junto com outras cooperativas da região. Todos os passos da Capal, desde planejamento até desenvolvimento e execução, são em prol de atender os seus produtores associados, e essa é a essência do cooperativismo”, complementa Adilson.

O cooperado Antônio Rosolem administra 210 hectares de lavoura cafeeira em Carlópolis/PR, região do Norte Pioneiro. Cooperado da Capal há aproximadamente 20 anos, ele relembra as dificuldades que enfrentava antes de se associar à cooperativa. “Um dos principais problemas era o de logística, porque comprava os insumos de terceiros, e precisava comprar picado pela dificuldade de estocar todos os produtos na propriedade. Agora, a situação é diferente, porque adquiro a quantidade adequada direto pela cooperativa, o que é bastante vantajoso porque poupa trabalho e economiza na hora da compra”, comenta.

Outro ponto que Antônio destaca é o acompanhamento da assistência técnica fornecido pela cooperativa. Segundo o cafeicultor, a sua produtividade aumentou de forma considerável depois das visitas de inspeção dos profissionais da Capal. “Antes não tinha agrônomo para indicar o produto ideal. Hoje, a gente liga para a unidade, o técnico é atencioso, vai até a propriedade, analisa a lavoura, faz as correções e recomenda o produto certo, seja para prevenção ou tratamento de alguma praga. Eu observo que o cooperativismo agregou bastante ao meu resultado”, declara Antônio.

Residente de Taquarituba/SP, onde planta soja, milho, trigo e feijão, o cooperado Airton Pacheco é um exemplo de sucessão familiar no campo. Junto com a irmã Milena, administra a propriedade de 1.400 hectares da família, cuja maior extensão é reservada para o plantio de cana-de-açúcar. Quando resolveu explorar outras culturas, Airton se tornou associado da Capal e permanece há 7 anos.

“Além dos engenheiros agrônomos da assistência técnica, que ajuda muito no dia a dia, o trabalho da cooperativa facilita na negociação dos produtos, é bem organizada quanto à armazenagem e recebimento dos grãos, e são ágeis em toda a questão de logística de insumos, sementes, adubos e defensivos para não deixar o produtor na mão”, elogia.

A cooperada Ana Lúcia Camargo diz que, antes de aderir ao cooperativismo, produzia 150 litros de leite por dia em sua propriedade em Itararé/SP. Nesse período, ela não recebia acompanhamento de assistência técnica. Depois que associou-se à Capal, Ana Lúcia viu sua produção de pecuária leiteira ter um resultado positivo, quatro vezes maior. “Nem no meu sonho eu imaginava que chegaria a 700 litros de leite diariamente, e todo o êxito eu atribuo aos veterinários, zootecnistas e aos profissionais da cooperativa. Sempre me ajudaram no cuidado com as novilhas, aprimoramento genético, na questão de higiene e sanidade das leiteiras e organização dos armários. Eu só tenho elogios.”

Ao lado de sua família, o marido Antonio, e o filho, Harold, de 15 anos, Ana Lúcia diz que, juntos, eles pensam para dentro da porteira, e a Capal entra para resolver toda a questão externa, desde a manutenção da propriedade até a comercialização do leite de qualidade. “Cada um faz a sua parte. São várias cabeças pensando juntas com um objetivo em comum, que é o crescimento da produtividade, porque eu acredito que ninguém prospera se estiver sozinho”, opina.

“O começo de um novo ciclo traz a possibilidade de olharmos para trás e entender como chegamos até aqui e de olharmos para a frente para traçar o caminho rumo ao ponto onde queremos chegar. Tudo o que conquistamos foi graças à participação das pessoas que cooperam e trabalham conosco, os caminhantes da nossa jornada rumo ao sucesso”, finaliza Adilson, presidente executivo da Capal.

Fonte: Assessoria Capal

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Ferramenta de seleção para facilidade de parto em novilhas Nelore reduz distocias e aumenta a rentabilidade

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Foto: Gabriel Faria

Tradicionalmente, a seleção genética nas raças zebuínas é focada em características relacionadas ao crescimento, devido à importância produtiva, econômica e por apresentarem resposta favorável à seleção quando aplicadas como critério de seleção. Contudo, nos últimos tempos há uma preocupação emergente sobre a seleção focada em características de crescimento em idades jovens e o impacto no tamanho adulto, composição da carcaça, fertilidade e produtividade nos rebanhos zebuínos.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A seleção para precocidade sexual e fertilidade também tem notoriedade dentro do melhoramento genético de zebuínos. A antecipação da prenhez é uma característica que possibilita melhorar a fertilidade e a precocidade sexual, e apresenta alta variabilidade genética aditiva, justificando sua aplicação como critério de seleção na pecuária de corte.

Diante disso, na seleção para maiores taxas de crescimento e precocidade sexual, nota-se que a incidência de problemas ao parto (distocia) aumentou nos últimos anos, provavelmente devido ao maior peso ao nascer do bezerro e menor idade ao primeiro parto de novilhas precoces, como consequência do incremento da precocidade sexual dos rebanhos. A distocia em novilhas tem efeitos desfavoráveis na fertilidade, proporcionando menores taxas de reconcepção, descarte de matrizes, além de prejudicar a viabilidade e aumentando a taxa de mortalidade de bezerros.

Atualmente, a característica peso ao nascer (PN) é o critério de seleção adotado para indicar dificuldade de parto nas raças zebuínas. As estratégias de acasalamento envolvem o uso de DEPs (diferença esperada na progênie) moderadas a baixas para PN visando menor incidência de distocias. No entanto, estudos evidenciam que a seleção para baixo PN pode interferir no desenvolvimento animal, prejudicando o ganho de peso e peso vivo em idades mais avançadas. Em vista disso, são necessárias alternativas de seleção genética que possibilitem solucionar essa questão.

Nas raças taurinas, a característica facilidade de parto (FP) é um componente essencial da eficiência reprodutiva. Já nas raças zebuínas ainda são escassos relatos dessa característica. Embora a seleção indireta para baixo PN possa contribuir para reduzir distocias, a seleção direta para FP associada com a seleção para PN seria uma interessante alternativa e resultaria em ganho genético em longo prazo.

Estudo avalia a importância da facilidade de parto

O cenário da pecuária de corte atual busca aumentar de forma sustentável a rentabilidade do rebanho e reduzir a incidência de problemas ao parto. Diante disso, a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) em parceria com a USP, Unesp e Embrapa Cerrados realizou um estudo com o intuito de analisar a importância da adoção da facilidade de parto como critério de seleção, quantificar a variabilidade genética dessa característica e a associação genética entre FP e outras características como crescimento, reprodução, carcaça e eficiência alimentar em primíparas da raça Nelore.

O conjunto de dados fenotípicos utilizados foi fornecido pelo programa de melhoramento genético Nelore Brasil da ANCP. Os dados de FP de novilhas primíparas foram coletados

de 21 rebanhos distribuídos pelo Brasil. Os animais foram classificados quanto à necessidade de assistência ao parto, sendo 88% dos partos sem assistência e 12% necessitaram de assistência.

O estudo, que teve início em 2019, comprovou que a correlação genética estimada entre FP e características indicadoras de precocidade sexual das fêmeas foi moderada, sugerindo que a seleção para antecipação do parto em novilhas aumentaria a incidência de problemas de parto nessa categoria, o que traz consequências negativas para a fertilidade, reforçando a importância da seleção para facilidade de parto como critério auxiliar de seleção, principalmente em rebanhos selecionados para precocidade sexual.

Entre peso ao nascer e facilidade de parto as estimativas de correlação genética foram moderas e negativas, indicando que a seleção para menor peso ao nascer reduziria a incidência de distocia. Apesar da correlação genética moderada com FP, a estimativa não é alta o suficiente para afirmar que a característica PN possa substituir ou servir como indicador direto de FP em bovinos Nelore. Além disso, a seleção para baixo PN pode proporcionar impacto negativo nos pesos subsequentes após o desmame. Assim, é possível inferir que a FP é um componente crucial a ser considerado para reduzir problemas de parto em vacas primíparas da raça Nelore.

Para características de crescimento pós-desmame, as estimativas de correlação genética foram baixas e próximas de zero, indicando que a seleção para desempenho pós-desmame não influenciaria a FP. Esses resultados reforçam que se o objeto de seleção é reduzir problemas de parto, é mais vantajoso aplicar a seleção direta para FP ao invés da seleção para PN, uma vez que a seleção para baixo PN poderia potencialmente retardar o crescimento animal, dada a sólida e favorável correlação genética entre PN com peso ao desmame e sobreano.

Em relação às características de carcaça, as estimativas de correlações genéticas com FP foram baixas, sugerindo que a seleção para facilidade de parto não afetaria o rendimento de carcaça, a deposição de gordura intramuscular ou a espessura da gordura subcutânea. Da mesma forma, as estimativas de correlações genéticas obtidas entre FP com características indicadoras de eficiência alimentar foram baixas. Assim, se é desejável obter seleção genética para carcaça, eficiência alimentar e bom desempenho ao parto, todos esses critérios de seleção devem ser trabalhados em conjunto, uma vez que essas características apresentam correlações desfavoráveis.

A seleção para FP em primíparas é um critério importante a ser considerado na raça Nelore, dado o impacto dos efeitos genéticos diretos e maternos sobre esta característica. As estimativas de herdabilidade para FP obtidas no estudo indicaram que a seleção para essa característica é viável para reduzir os problemas ao parto em novilhas precoces.

Outro ponto importante evidenciado neste estudo é a seleção e acasalamento de fêmeas precoces, onde a FP deve ser levada em consideração para reduzir problemas de parto nessa categoria. Além disso, a associação genética entre FP e PN apontou que selecionar apenas para baixo peso ao nascer para reduzir problemas de parto não é a estratégia mais adequada para aumentar a facilidade de parto em novilhas Nelore.

Portanto, os resultados indicam que a adoção de um modelo de seleção multicaracterística combinando a seleção para FP com características reprodutivas e de crescimento melhoraria a seleção para precocidade sexual, resultando em maior sucesso reprodutivo, com menor incidência de problemas ao parto, sem prejudicar o desempenho das características de crescimento, eficiência alimentar e de carcaça.

Os cinco anos de estudo científico resultaram na criação da DEP para facilidade de parto para a raça Nelore que será lançada de forma inédita ao mercado brasileiro no 28° Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores da ANCP, que acontece no dia 16 de agosto, em Uberaba (MG).

Fonte: Por Maria Paula Marinho de Negreiros, médica-veterinária e mestre em Ciências. Atua no setor de Genótipos da ANCP.
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Agroindústrias retomam atividade gradativamente no Rio Grande do Sul

Com o restabelecimento gradativo da produção, o risco ao abastecimento destas proteínas no Estado gaúcho está afastado, apesar de comprometimentos pontuais devido a questões logísticas.

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Foto: Shutterstock

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS) informam que a maior parte das unidades frigoríficas prejudicadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul retomaram parcial ou totalmente as atividades de abate e processamento de aves e de suínos. Atualmente, duas unidades frigoríficas estão paralisadas no Estado.

Com o restabelecimento gradativo da produção, o risco ao abastecimento destas proteínas no Estado gaúcho está afastado, apesar de comprometimentos pontuais devido a questões logísticas.

Permanece, portanto, o estado de atenção do setor quanto aos obstáculos enfrentados para o fluxo de insumos e escoamento da produção, frente às adversidades logísticas enfrentadas pelo estado após as dezenas de pontos de interrupção de fluxo rodoviário.

Ao mesmo tempo em que segue trabalhando para preservar o abastecimento de proteínas, o setor produtivo mantém a atenção ao apoio às comunidades impactadas pelas chuvas. A distribuição de alimentos e itens básicos está no foco das empresas do setor. A prioridade é preservar vidas e cuidar daqueles que sofrem nesta que é uma das mais tristes páginas da história gaúcha e nacional

Fonte: Assessoria ABPA
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Exportações de carne de frango crescem 10,5% em abril

No quadrimestre, as exportações totais chegaram a 1,701 milhão de toneladas, volume 2,8% menor que o total embarcado entre janeiro e abril de 2023, com 1,749 milhão de toneladas. No mesmo período comparativo, a receita deste ano totalizou US$ 3,024 bilhões, saldo 11,4% menor que o total obtido no ano anterior, com US$ 3,413 bilhões.

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Foto: Cláudio Neves

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 480,7 mil toneladas em abril, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). É o segundo melhor resultado da série histórica do setor, superando em 10,5% o total embarcado no mesmo período de 2023, com 435,1 mil toneladas.

Em receita, a alta registrada em abril chega a 5%, com US$ 882,2 milhões resultantes dos embarques deste ano, contra US$ 840,3 milhões no quarto mês de 2023.

No quadrimestre, as exportações totais chegaram a 1,701 milhão de toneladas, volume 2,8% menor que o total embarcado entre janeiro e abril de 2023, com 1,749 milhão de toneladas. No mesmo período comparativo, a receita deste ano totalizou US$ 3,024 bilhões, saldo 11,4% menor que o total obtido no ano anterior, com US$ 3,413 bilhões. “O desempenho das exportações de carne de frango em abril reequilibra as expectativas e mantém as projeções positivas do setor para o ano, mesmo diante de adversidades internas, como a Operação Padrão. Por outro lado, acompanharemos os efeitos decorrentes das inundações no Rio Grande do Sul no próximo mês, tendo em vista que é um estado relevante para as exportações. As empresas manterão a resiliência em produzir, abastecer o estado e os embarques, ao mesmo tempo em que se focarão no apoio à recuperação das comunidades gaúchas”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Maior importadora de carne de frango do Brasil, a China importou 57,7 mil toneladas em abril, número 22,9% menor que o total exportado no mesmo período do ano passado. Retomando o segundo posto, o Japão importou 42,2 mil toneladas, número 5,9% maior, segundo o mesmo período comparativo. Seguindo o ranking dos cinco maiores destinos estão Emirados Árabes Unidos, com 41 mil toneladas (+31,9%), Arábia Saudita, com 37,2 mil toneladas (+59%) e Filipinas, com 29,4 mil toneladas (+35,7%).

Maior exportador de carne de frango do Brasil, o Paraná embarcou 196,7 mil toneladas em abril, número 5,9% maior do que o total registrado no mesmo período comparativo. Em seguida estão Santa Catarina, com 103,9 mil toneladas (+19,7%), Rio Grande do Sul, com 69,2 mil toneladas (+20,4%), São Paulo, com 26 mil toneladas (-10,2%) e Goiás, com 23,2 mil toneladas (+15,5%). “Seguindo a tendência de incremento de demanda observada nos últimos meses, os países do Oriente Médio seguem como destaque positivo do ano. Também vemos uma recuperação gradativa dos preços em todos os mercados ao longo deste ano, que é um indicativo importante sobre o aumento da demanda internacional já observado pelo produto brasileiro”, avalia Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.

Fonte: Assessoria ABPA
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