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Avicultura

Brasil precisa melhorar certificação da avicultura para ampliar mercados

Garantir segurança alimentar é somente uma das exigências de consumidores externos; professor doutor alerta para necessidade de mais clareza nas inspeções

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Para aumentar a competitividade no mercado nacional e, principalmente, internacional, é preciso que os produtores de frango brasileiros passem a entender melhor como funciona o processo de inspeção, para saber repassar a informação ao consumidor de forma clara e que garanta, não somente a fidelidade, mas a confiabilidade de todo o processo produtivo. Para falar um pouco sobre este processo, o professor doutor José Maurício França palestrou durante o Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) sobre o sistema de fiscalização e condenação em países concorrentes, como China, Estados Unidos e países da Europa, impacto sobre a competitividade brasileira e riscos sanitários.

De acordo com ele, há três aspectos que determinam a barreira a uma maior participação da avicultura brasileira no mercado internacional: barreiras comerciais, salvaguardas e restrições sanitárias e normas técnicas. “Adequar o produto às exigências dos clientes é uma rotina para empresas brasileiras com larga experiência em exportação. Apesar das barreiras comerciais, a avicultura permanece competindo para ter mais acesso aos mercados dos países desenvolvidos”, comenta. Para ele, embora o momento seja de complicadas negociações comerciais entre os países ricos por envolver aspectos relacionados a proteção de seus mercados, é determinante direcionar também o eixo de participação nos mercados dos países emergentes, uma vez que já há a entrada de consumidores com renda crescente e vontade de elevar seu padrão de alimentação, adquirindo produtos como a carne de frango.

França explica que nos países da União Europeia não há alimento à venda cuja cadeia produtiva não contenha dispositivos de certificação em todos os seus elos. “Se o Brasil quiser manter a competitividade no agronegócio terá de aprender a se readequar às regras dos mercados consumidores, que não abrem mão de conhecer a procedência do que estão comprando”, diz. Ele acrescenta que a condição de ressico é incompatível com a liderança, já que “tornamo-nos líderes em produção, porém, possuímos poucas certificações de qualidade consistentes”, afirma. Para o doutor, as maiores chances para a avicultura de corte brasileira crescer no mercado externo estão em mercados como México, Chile, Malásia, Coréia do Sul e China.

Além disso, os importadores exigem que o controle sanitário seja atestado pelo governo, uma vez que a indústria é parte interessada do processo. França comenta que as consequências do mal desempenho do perfil sanitário são conhecidas pela atividade industrial nos frigoríficos. O profissional citou algumas como os acúmulos de produtos nas linhas de inspeção, que geram contaminação dos produtos; as paradas do processamento industrial, por razões sanitárias acarretam a parada das atividades pelos operários nos frigoríficos; e as condenações decorrentes de motivos sanitários determinadas pelo Serviço de Inspeção Federal acarretam em prejuízos em toda a cadeia.

França diz que nos sistemas de produção de aves observa-se uma substituição gradativa dos antibióticos naturais como probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos, manoligossacarídeos, enzimas e os oligossacarídeos. “Para minimizar riscos de alimentos afetarem a saúde da população, a ferramenta mais atual de segurança alimentar, conhecida como gestão de risco, que é o processo através do qual se faz a seleção e implementação das medidas apropriadas para proteger a saúde do consumidor sem, necessariamente, eliminar os riscos, mas atingir o nível tolerável, já que o risco zero não existe”, afirma.

O estudioso acrescenta que a pressão produtiva sobre os animais afeta a saúde e potencializa os riscos de surtos alimentares. “A intensificação dos processos durante o abate e a evisceração podem aumentar o risco de contaminação da carne de frango. O setor avícola é sensível a notícias relacionadas a riscos em segurança alimentar que possam afetar a credibilidade do setor”, comenta.

França destaca que a credibilidade do mercado passa pela inspeção sanitária. Para ele, o desafio para melhorar a competitividade da avicultura brasileira está no campo, trabalhando para compreender as causas das condenações. “Cabe ao Mapa e às empresas tornar os dados de condenação ferramentas aplicáveis de gestão, garantindo sua credibilidade e aplicabilidade. É necessário desenvolver e implementar um modelo de inspeção diferenciada para abatedouros cuja escala produtiva implique em adaptações de processos, baseado na análise de riscos”, pondera.

Mais informações você encontra na edição de Aves de junho/julho de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura ARTIGO

Será que o Brasil sabe a dimensão do desastre no Rio Grande do Sul?

Você está fazendo tudo o que pode mesmo? Quem sabe você pode ajudar só um pouquinho mais

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Fotos : divulgação Governo do Estado

O Estado do RS acabou. Da forma como a gente o conhecia, ele não existe mais. Nos resta rezar a Deus e torcer para que o Brasil e o mundo nos ajude a enterrar nossos mortos e a reconstruir um pouco do que foi devastado pelas águas – e ainda vai ser devastado, pois vem mais ciclone por aí. Quem sabe, em meio ao caos, no fundo do poço, a gente encontre uma força que nem a gente saiba que tem, algo como o Japão que se reconstrói em tempo recorde após os terremotos. ou como a Flórida, que enfrenta dezenas de furacões anuais e continua em pé!
Talvez estas palavras iniciais sejam fortes, Mas, talvez a maioria das pessoas de outras regiões do Brasil não tenha se dado conta do tamanho da tragédia. Ela é muito pior do que você vê na TV ou nos vídeos de WhatsApp! Muito, mas muito pior! É como se todo mundo desta região aqui perdesse sua casa, se enchesse tudo isso de água, por dias e mais dias, fechando estradas, escolas, lar de idosos, empresas… tudo!

Você já parou para pensar!? Então, você vai ajudar mais!?

 

Muitos não ajudam pelo medo do julgamento alheio

Por outro lado, felizmente muitas regiões do país estão ajudando, botando a mão na massa, salvando pessoas.

Cito aqui o exemplo do Pablo Marçal, que vai e volta quase todo dia a São Paulo e salvou mais gente da água do que eu e você juntos – sem contar que deu uma aula em poucos minutos ali no centro de distribuição de doações. Eu estive lá em Hamburgo Velho e agradeci a Deus por estar do lado de cá dos gradis, que separavam a fila gigantesca para buscar donativos, das pessoas que foram doar ou tomar uma dose de coragem para ajudar mais!

O Marçal poderia estar torrando o dinheiro em Dubai, mas estava em cima de uma empilhadeira, no meio da rua, discursando para arrebanhar pessoas para ajudar daqui pra frente, pois talvez o pior esteja daqui pra frente, acredite! Você não precisa gostar dele, não precisa gostar da Globo, mas toda ajuda é muito bem-vinda! E, ao citar o Marçal, cito cada um aqui da região que está empenhado em ajudar, com grana, com barco, separando doações, tirando gente da água, doando…

Temos percebido muitos golpes, muita gente reclamando, muita gente se aproveitando para aparecer… e muita gente ou empresa querendo ajudar, mas não ajuda porque tem medo de que vão dizer que está querendo fazer propaganda. Vocês não têm noção a quantidade de pessoas (ou empresas) que vem me falar isso! Ora, vamos parar de ter medo destes juízes de sofá da sala, que se escondem em casa e ficam só metendo o pau nos outros; e não fazem nada! Deixe ‘essa gente pra lá’ e daí que a Globo só veio depois da Madona, e daí que alguns dizem que o Pablo Marçal está fazendo marketing, e daí que muitos só reclamam e apontam o dedo, daí que tem gente que vai na fila duas vezes pegar 2kg de arroz e 2 litros de leite, e daí, que se danem! Ora, manda a m… diz assim: “vá cuidar da tua vida”!
E se esta tragédia tocou seu coração, vai lá você e bota o pé na lama, porque você sabe que quem reclama não fará nada, estará muito ocupado dando opinião e reclamando.

O Brasil pode fazer muito mais

Se não tua casa, graças ao bom Deus, não teve mortes, somente alguns alagamentos, pessoas perderam bens materiais e… e estamos tocando nossa vida normalmente, limpando o guarda-roupa, fazendo uma comprinha maior para doar e… e deu! Era isso, a ajuda é só isso! Mas você pode fazer mais, todo mundo pode fazer mais!

Eu sinto que muita gente ainda não acordou para o tamanho da tragédia (e está tudo certo, cada um é cada um, não reclamo destes). Mas gostaria de ajudar, então, se você quiser dormir com a consciência tranquila, faça mais. “Teoricamente” só morreram 100, mas você sabe que esse número vai aumentar muito. Quantos idosos foram levados por não conseguir se locomover, quantos bebês morreram, quantos animais ainda estão ilhados ou foram levados, bichinhos de estimação que estão abandonados, quanta gente vai morrer de doença, de leptospirose, de hipotermia (vem o frio aí), e tem muitos outros problemas que vão aparecer.
Quantas crianças não terão mais aulas, quantas crianças não terão mais pais ou avós ou amiguinhos – que viraram estrelinhas ou ainda vão virar?
Quantas crianças perderam seu bichinho de estimação ou vão perder por falta de ração? Quantos avós perderam seus netos ou ainda vão perder!
A gente não sabe nada, não sabe a dimensão desta “desgraceira” toda! Não é uma enchentezinha que sobe, alaga e no dia seguinte volta para o rio, aí você vai lá e mete o lava-jato e tudo volta ao “normal”. Serão semanas, meses, vai ter lodo, lama até nos fios da luz.
Tem cidade inteira no Vale do Taquari que acabou, estão pensando em mudar a cidade de lugar, recomeçar. Você tem noção do tamanho da tragédia? Então, graças a Deus você está bem, seu vizinho está bem, mas tem muita gente que precisa de ti, tire um tempo, reserve um dinheiro, faça sua doação, ajude mais, você pode, sim! Se você não tem grana, não tem alimento, não tem colchão, doe tempo, doe uma palavra, vá lá no campo de batalha lutar, senão, jamais ouse cantar aquele pedaço do Hino Rio-grandense que diz “Mostremos valor, constância, nesta ímpia e injusta guerra”… eu não quero que “nossa façanha sirva de modelo a toda terra”, eu só peço a Deus e a você que ajude a salvar o máximo de gente possível “nesta ímpia e injusta guerra”.

 

Por
Mauri Marcelo ToniDandel
Jornalista – Dois Irmãos

Fonte: Mauri Marcelo ToniDandel
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Avicultura Defesa agropecuária

Prorrogado por mais 180 dias estado de emergência zoossanitária por gripe aviária

Até este momento, não há registro de circulação do vírus na criação comercial brasileira.

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Foto: Divulgação/Mapa

Foi publicada nesta terça-feira (07) a Portaria nº 680, que prorroga por mais 180 dias a vigência do estado de emergência zoossanitária, em todo território nacional, em função da detecção da infecção pelo vírus da Influenza aviária H5N1de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.

“O Brasil é um dos quatro países do mundo que não tem gripe aviária no plantel comercial. O sistema de defesa agropecuária brasileiro é muito eficiente. Vamos manter o status de emergência para evitar uma possível crise que possa vir a acontecer”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A prorrogação acontece de forma preventiva com objetivo de manter as condições do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em adotar medidas de erradicação do foco de forma rápida e a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais.

A emergência zoossanitária foi decretada, pela primeira vez, em 22 de maio de 2023 e prorrogada, uma vez, em 07 de novembro do mesmo ano, como uma medida do Mapa para evitar que a doença, também conhecida como gripe aviária, chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

Até este momento, não há registro de circulação do vírus na criação comercial, o que mantem o Brasil com status de país livre de Influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), exportando seus produtos para consumo de forma segura.

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi registrado no dia 15 de maio de 2023, em aves silvestres. Perto de completar um ano da detecção, já foram identificados 164 focos, sendo apenas três em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Para saber mais informações sobre a gripe aviária, clique aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Avicultura

Especialista aponta desafios e novas estratégias na luta contra a Salmonella

Médico-veterinário Fernando Ferreira detalha fatores de risco a campo para controle de Salmonella spp., enfatizando a relevância da realização de estudos focados na prevenção da enfermidade.

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Fotos: Shutterstock

Garantir a segurança alimentar e a sanidade das aves são prioridades da cadeia avícola brasileira. Durante o 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura, realizado em abril na cidade de Chapecó (SC), o médico-veterinário Fernando Ferreira, especialista em Saúde Pública e coordenador geral de Prevenção e Vigilância em Saúde Animal (CGVSA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), abordou os fatores de risco a campo para controle de Salmonella spp., enfatizando a relevância da realização de estudos focados na prevenção da enfermidade.

Médico-veterinário, especialista em Saúde Pública e coordenador da CGVSA do Ministério da Agricultura e Pecuária, Fernando Ferreira: “Só se controla o que se conhece e exatamente por isso é fundamental que ocorram investigações dedicadas com posterior aplicação de medidas de controle, que devem ser periodicamente reavaliadas” – Foto: Arquivo pessoal

Em sua palestra, Ferreira aprofundou os desafios do controle da bactéria na avicultura. Segundo ele, diversos aspectos podem contribuir para a contaminação dos lotes, desde a origem das aves até a higiene da granja: através da aquisição de animais contaminados oriundos de matrizes infectadas, infecção cruzada no incubatório e equipamentos contaminados, contaminação ambiental nos galpões de criação devido ao baixo nível de higiene na granja, presença de roedores e insetos, limpeza inadequada e falta de vazio sanitário entre lotes, além da contaminação dos alimentos e da água potável.

O profissional destaca ainda que foi realizado um trabalho de campo com a execução do Termo de Execução Descentralizada (TED/Embrapa/Mapa), cujo resultado será apresentado em sua palestra, envolvendo a aplicação de questionários para identificar os fatores de risco associados.

Conforme Ferreira, o estudo teve como objetivo promover a identificação dos fatores de risco avaliados por meio do caso-controle realizado em estabelecimentos avícolas de Santa Catarina. “O estudo buscou relacionar a presença de Salmonella spp. em granjas envolvidas em surtos identificados no período do desenvolvimento do estudo com variáveis associadas à biosseguridade, investigadas por meio de aplicação de questionário estruturado. Adicionalmente, buscou-se avaliar a presença deste agente em amostras de diferentes fontes potenciais de contaminação – poeira, bebedouro, comedouro e ambiente – obtidas nas granjas selecionadas para inclusão no estudo”, explicou, acrescentado que o estudo foi realizado em parceria com a Divisão de Sanidade das Aves do Mapa, com a Embrapa Suínos e Aves, e contou com apoio  da Universidade de São Paulo (USP), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) e do Centro de Diagnóstico de Saúde Animal (Cedisa).

Densidade populacional

A densidade populacional das aves em uma granja avícola desempenha um papel preponderante na disseminação de Salmonella spp. e de outras doenças. “Manejos com alta densidade de animais exigem uma maior dedicação na detecção de ocorrência de doenças, uma vez que a presença de um agente patogênico pode se propagar mais rapidamente em um ambiente com grande concentração de aves”, frisa Ferreira.

Nesse contexto, a atuação do responsável técnico se torna ainda mais fundamental, a fim de que se busque uma detecção rápida para ação precoce, visando promover um controle eficaz dos agentes em circulação nos sistemas de produção avícola. “Essa abordagem proativa é essencial para mitigar os riscos à saúde das aves e dos consumidores, garantindo a segurança alimentar e o bem-estar animal”, enaltece.

Qualidade da água

A água e a ração devem ser provenientes de fonte segura, na qual seja possível identificar a ausência de patógenos e contaminantes. “Tanto a ração como a água fornecidas às aves devem ser isentas de patógenos que ofereçam riscos à saúde dos animais, por isso é importante a realização de análises microbiológicas frequentes associadas a tratamento que promova a eliminação e/ou controle de patógenos que possam ser veiculados pela água e ração aos animais”, pontua.

Ferreira também reforça que os silos de ração devem estar localizados próximos às cercas, visando o abastecimento sem acesso à unidade de produção. “Os silos devem permanecer tampados de forma a impedir o acesso de moscas, ratos e pássaros ou outras aves de vida livre”, reforça.

Conforto térmico

Em relação aos efeitos do ambiente de criação, como temperatura e umidade, na sobrevivência e disseminação de Salmonella em frangos de corte, Ferreira destaca que esses dois fatores são frequentemente mencionados como predisponentes para ocorrência e sobrevivência de bactérias de maneira geral, sem mencionar os efeitos no animal. “Deve-se buscar o controle mais favorável possível, pensando na ave e na transmissão/disseminação dos agentes etiológicos. Manter condições ambientais adequadas, incluindo controle preciso de temperatura e umidade, é essencial para minimizar o risco de infecção por Salmonella e garantir o bem-estar das aves. Além disso, estratégias de manejo que promovam a higiene e a saúde das aves são fundamentais para reduzir a prevalência e a disseminação de Salmonella na produção avícola”, expõe.

Práticas de biossegurança

Programas de biosseguridade devem ser concebidos e implementados com base nos riscos de doença existentes e no status relacionado a estas. Isso inclui a revisão contínua da eficácia das medidas implementadas, a fim de identificar lacunas e adaptar os objetivos e métodos conforme necessário. Essa abordagem torna cada programa de biosseguridade único em sua aplicação.

No entanto, de maneira geral, se os estabelecimentos aplicarem as medidas previstas na Instrução Normativa nº 56/2007, podem obter redução do risco de ocorrência de Salmonella spp. e outros agentes etiológicos. Essas medidas estão divididas em três grandes dimensões: na primeira dimensão deve-se avaliar a localização geográfica e a proximidade com áreas de alta densidade produtiva, sítios de aves migratórias ou áreas urbanas e estradas; na segunda dimensão estão as questões estruturais, que compreendem as cercas, barreiras existentes, características internas do galpão e quaisquer equipamentos associados que possam contribuir na prevenção e adição de isolamento. E a terceira dimensão contempla as questões operacionais, que envolvem os protocolos e programas instituídos, ou seja, as atividades executadas com vistas à prevenção de patógenos. “Juntas, essas atividades podem contribuir com a prevenção, monitoramento e controle das diferentes doenças que acometem o sistema de produção avícola”, frisa o profissional.

Medidas de controle

Para o controle de Salmonella spp. o foco é sempre a prevenção, por meio da adoção de medidas de biosseguridade e procedimentos operacionais que visam prevenir, controlar e limitar a exposição das aves contidas em um sistema produtivo a agentes causadores de doenças. “A eficácia se dá justamente pela adoção conjunta, uma vez que é um agente etiológico de origem multifatorial”, menciona o médico-veterinário.

As ações com foco em biosseguridade estão previstas no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), que define, por meio da Instrução Normativa nº 56/2007, os procedimentos para o registro, a fiscalização e o controle sanitário dos estabelecimentos avícolas de reprodução, comerciais e de ensino ou pesquisa. “As monitorias periódicas vão sempre oferecer informações, acerca da presença do agente. Só se controla o que se conhece e exatamente por isso é fundamental que ocorram investigações dedicadas com posterior aplicação de medidas de controle, que devem ser periodicamente reavaliadas”, ressalta.

Além disso, há previsão de risco diferenciado contemplado na Instrução Normativa nº 10/2013, que define um programa de gestão de risco diferenciado, baseado em vigilância epidemiológica e adoção de vacinas para os estabelecimentos avícolas considerados de maior susceptibilidade à introdução e disseminação de agentes patogênicos no plantel avícola nacional, bem como para estabelecimentos avícolas que exerçam atividades que necessitam de maior rigor sanitário.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor da avicultura de corte e postura brasileiro acesse a versão digital clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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