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Bioenergia nos ambientes agrícolas

O uso de matéria natural como fonte de energia já deixou de ser o futuro: também é o presente — e quem se adequar mais rápido sairá na frente.

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Fotos: Divulgação/Sansuy

Os diversos alarmes sobre a situação do planeta não surgem por acaso. Hoje em dia, a consciência ecológica vem finalmente recebendo o tratamento adequado, e os produtores do campo devem tratá-la como uma das prioridades. Diante desse cenário, a bioenergia ganha força no setor.

Por ser proveniente da matéria orgânica de origem tanto animal quanto vegetal, a bioenergia representa uma ótima alternativa para as fontes convencionais de energia. A partir da redução do impacto ao meio ambiente, ela garante eficiência nos processos agrícolas e ainda permite a economia de despesas.

O termo bioenergia faz referência a um tipo de energia gerada pela biomassa. Portanto, sua aplicação serve para gerar eletricidade e calor ou para cumprir o mesmo papel das fontes mais comuns e tradicionais de combustíveis.

A bioenergia é uma excelente opção para substituir as fontes que vigoram na matriz energética global. Mesmo que a agricultura foque sobretudo na produção de insumos alimentícios, a gama de serviços da prática continua sendo muito grande e relevante, demandando o desenvolvimento de novas alternativas.

Hoje em dia, a agricultura está envolvida inclusive no fornecimento de matérias-primas ao ramo de manufatura, por exemplo. É um cenário em que a bioenergia se faz necessária por ser acessível, ecologicamente correta e barata. O consumidor consciente, aliás, tende a dar cada vez mais relevância a esse aspecto ligado à preservação do planeta.

No mercado agro, bioenergia e biomassa são dois conceitos em alta atualmente. No primeiro termo, vale ressaltar a definição do segundo: biomassa é a matéria orgânica em si. Ela cumpre o papel de gerar energia, que por sua vez leva o nome de bioenergia.

Capaz de emitir muito menos poluentes e de reaproveitar substâncias orgânicas que eram descartadas sem critério no meio ambiente, a bioenergia é certamente um recurso valioso nos dias atuais. Sua matéria-prima, classifica-se como:

Biomassa sólida

Resíduos oriundos de espaços urbanos que se concentram, sobretudo, em itens florestais e agrícolas;

Biomassa gasosa

Achada facilmente em despejos líquidos que acontecem em processos de produção agropecuária;

Biomassa líquida

Tem origem em culturas energéticas, como a de cana-de-açúcar, e gera biocombustíveis, entre eles biodiesel e etanol.

Existe também uma preocupação crescente entre os responsáveis pelo bem-estar do planeta a longo prazo: a associação entre a energia gerada pela biomassa e uma série de problemas ambientais. O desmatamento, por exemplo, pode tornar inviável a produção agrícola. Afinal de contas, se eliminada, a cobertura vegetal resulta em diversos contratempos naturais, desde o desequilíbrio ecológico até mudanças climáticas, passando ainda por um forte impacto no habitat de muitas espécies de animais.

Principais processos

Existem dois processos principais: a combustão e a gaseificação. A partir deles, a biomassa vira energia.

O processo de combustão envolve a queima direta da biomassa em caldeiras. Sempre em ambientes de temperaturas elevadas, com presença maciça de oxigênio, gerando um vapor a alta pressão que, por sua vez, é aplicado no movimento de turbinas de máquinas que produzem eletricidade.

Quando aquecido sem a presença de oxigênio, a biomassa passa por um processo de aquecimento e dá origem a um gás inflamável. O produto costuma ser filtrado, com o intuito de eliminar certos componentes químicos residuais. Chamado de gaseificação, o processo dispensa a exposição a temperaturas elevadas, o que faz com que a biomassa apenas se transforme em biogás. Essa substância, por sua vez, é aplicada como energia mecânica, ativando um gerador, ou em caldeiras, realizando uma queima direta e gerando energia térmica.

Bastante conhecidos por serem mais econômicos e menos poluentes, etanol e biodiesel puxam a fila da relevância dos combustíveis oriundos da bioenergia. Mas também existem outras alternativas. Milho e madeira, aliás, estão ao lado da cana-de-açúcar quando se fala de fontes desses combustíveis.

Gerado com base em resíduos de origem agroindustrial, sobretudo milho e cana-de-açúcar, o etanol ganhou força, logo em 1994, representava em média metade do consumo de combustível do nosso país.

Óleos vegetais formam a base do biodiesel. Esse combustível consiste em uma ótima opção ao emprego do óleo diesel, mas, por outro lado, não é integralmente limpo, pois a sua produção emite alguns poluentes.

Caracterizado por um elevado poder calorífico e gasoso, o biogás carrega em sua composição uma alta dose de metano. É bastante útil quando atua como substituto do gás natural, uma fonte de energia não renovável e, portanto, mais danosa a longo prazo.

Formado majoritariamente por metano, segundo o próprio nome deixa bem claro, o biometano resulta da limpeza e da purificação do biogás. Esse tipo de combustível está ao alcance em estações de tratamento de águas residuais, aterros sanitários e resíduos de atividade pecuária. Apenas no Brasil, estima-se que haja uma produção figurando na casa dos 30 milhões de metros cúbicos de biometano a cada dia.

Benefícios

Um dos principais benefícios de investir na bioenergia, especialmente em ambientes agrícolas, diz respeito à possibilidade de não depender mais de outras fontes caras e poluentes.

O petróleo e seus derivados representam bons exemplos de alternativas finitas e sujeitas a grandes oscilações de preço, sem falar na concorrência mundial. Mas as vantagens vão além, pois a bioenergia permite algo crucial nos dias de hoje: o crescimento sustentável.

Quando se fala em geração de energia, é essencial colocar o futuro em jogo. Afinal de contas, fontes tradicionais, como o próprio petróleo, exigem elevadas despesas de exploração e distribuição. A partir da utilização da biomassa como fonte de energia, gerando o termo bioenergia, o mercado agro e todas as indústrias envolvidas asseguram um crescimento sustentável.

Se existem oportunidades para a produção de bioenergia por meio de insumos orgânicos, existe potencial para evolução financeira sustentável. A consequência é muito positiva, pois vários municípios do interior tiram vantagem dessas possibilidades para crescer financeira e tecnologicamente a partir dos trabalhos envolvendo a biomassa.

Todo esse ecossistema, no fim das contas, melhora o nível financeiro dos envolvidos, gerando empregos, aumentando a renda média da população e permitindo o desenvolvimento social, como outras vantagens da bioenergia em ambientes agrícolas:

  • baixo índice de poluição, por conta da emissão reduzida de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera;
  • geração de energia e calor, atuando no lugar de combustíveis fósseis extremamente poluentes, como gás natural e carvão;
  • prevenção de incêndios em florestas a partir da promoção da valorização econômica das áreas florestais;
  • aumento do cultivo de árvores, devido ao comércio sustentável de itens oriundos da madeira, o que produz mais oxigênio;
  • armazenamento de carbono ao longo de anos, quando a biomassa tem relação com a madeira;
  • produção de pellets, produto feito de restos de folhas, serradura e lascas de madeira, que substitui o carvão;
  • ausência de qualquer tipo de colaboração para o efeito estufa;
  • possibilidade de reaproveitar vários recursos, etc.

A bioenergia possibilitou a inovação em diversos setores da produção agrícola, como um dos produtos mais impactantes para reaproveitar os recursos orgânicos que, antes, seriam descartados, o biodigestor.

Biodigestor

Capaz de entregar bastante eficiência e acessibilidade, sempre com o intuito de tornar viável o tratamento de efluentes produzidos na propriedade rural, os biodigestores dão a todos os insumos um destino estratégico e, acima de tudo, 100% sustentável.

Além da cultura de bovinos e suínos, o biodigestor é excelente em outros cenários, à procura do reuso de todas as matérias orgânicas e falando de bioenergia, o biodigestor assegura eficácia e o máximo proveito de tudo que teve origem na produção agrícola, permitindo a continuidade dos processos gastando menos e reaproveitando mais.

Em produções como a suinocultura, a bioenergia também é bastante usada no Brasil. Prova disso é que, segundo pesquisa da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), caso o país aplicasse integralmente na geração de biogás os resíduos oriundos da criação de suínos, atingiria números muito significativos, quase três bilhões de metros cúbicos por ano de biometano, o combustível que tem origem na purificação do biogás e é capaz de desempenhar a função do diesel, mas de maneira mais sustentável. Ao mesmo tempo, haveria uma produção de quase 10 mil GWh (Gigawatt-hora) anualmente, o suficiente para abastecer milhões de casas a cada mês.

O impacto seria notado na redução clara do consumo de diesel: estima-se uma queda de mais de dois bilhões de litros desse combustível que resultaria também em cerca de 96% menos emissões de gases de efeito estufa.

Por fim, vale ressaltar que o biometano, em especial, consegue até mesmo servir como combustível para tratores, caminhonetes e empilhadeiras, ou seja, máquinas essenciais para as operações rurais.

Existe uma série de impactos positivos proporcionados pela bioenergia. Trata-se, afinal de contas, de uma alternativa sustentável, renovável e com excelente custo-benefício, permitindo que o ambiente agrícola se torne um lugar cada vez mais produtivo e rentável.

Todos os processos de produção, desde os preparativos da terra até a alimentação de animais, passando pelo armazenamento de resíduos orgânicos, ganham um acréscimo de eficiência. Isso porque o uso de matéria natural como fonte de energia já deixou de ser o futuro: também é o presente — e quem se adequar mais rápido sairá na frente.

Fonte: Por Jorge de Lucas Junior, consultor de Biodigestores da Sansuy

Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba (MG)

Casa do Girolando será inaugurada durante 89ª ExpoZebu

A raça Girolando terá agenda cheia na feira, incluindo lançamento do Ranking Rebanho, encontro com comitivas internacionais, julgamento e assembleia geral.

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Foto: Divulgação/Girolando

Tudo pronto para mais uma participação da raça Girolando na ExpoZebu (Exposição Internacional de Raças Zebuínas), que acontece entre sábado (27) e 05 de maio, em Uberaba (MG). A partir deste ano, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando passa a contar com um espaço fixo dentro do Parque Fernando Costa, a “Casa do Girolando”, onde recepcionará os visitantes ao longo de todo o evento.

A inauguração da Casa do Girolando será na próxima segunda-feira (29), a partir das 18 horas. “O parque é palco de importantes exposições ao longo de todo o ano, como a ExpoZebu e a Expoleite, que contam com a presença da raça Girolando. E agora poderemos atender a todos na Casa do Girolando, levando mais informação sobre a raça para os visitantes”, assegura o presidente da entidade, Domício Arruda.

Durante o evento, também acontecerá o lançamento do Ranking Rebanho 2023, que traz os melhores criadores que melhor desempenham o trabalho de seleção, produção e sanidade dentro de seus rebanhos. “O Ranking Rebanho é uma referência para os criadores de Girolando que buscam melhorar seus indicadores e, como consequência, elevar a rentabilidade de seus negócios”, diz o coordenador Técnico do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira Júnior. Outro evento marcado para o dia 29 de abril, a partir das 13h, é a Assembleia Geral Ordinária, para prestação de contas.

A associação ainda receberá comitivas internacionais durante a 89ª ExpoZebu. Estão agendados encontros com grupos da Índia e do Equador, quando serão apresentados os avanços da raça Girolando, que é uma das que mais exporta sêmen no Brasil.

Competições

A raça Girolando competirá em julgamento nos dias 29 e 30 de abril, pela manhã e tarde, sob o comando do jurado Celso Menezes. Participarão 120 animais de 17 expositores.

Fonte: Assessoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Embrapa propõe políticas para reaproveitamento de pastagens degradadas

Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção. de energia.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares (ha) de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção de energia. O volume de hectares equivale ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul.

O cerrado é o bioma com o maior número de áreas em degradação. Os estados com as  maiores áreas são o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Para ter uma ideia das possibilidades de reaproveitamento, se toda essas áreas fossem usadas para o cultivo de grãos (arros, feijão, milho, trigo, soja e algodão) haveria uma aumento de 35% a área total plantada no Brasil (comparação com a safra 2002/2023).

A extensão do problema e as diferentes possibilidades de reaproveitamento econômico dessas áreas fizeram o governo federal a criar no final do ano passado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (Decreto nº 11.815/2023).

Para implantar o programa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, publicou em um livro mais de 30 sugestões de políticas públicas, que o país tem experiência e tecnologia desenvolvida para implantação.

Planejamento 
Apesar da expertise acumulada, a efetivação é um desafio. Cada área a ser recuperada exige estudo local. O planejamento das ações “deve levar em consideração informações sobre o ambiente biofísico, a infraestrutura, o meio ambiente e questões socioeconômicas. Além disso, é preciso avaliar o histórico de evolução pecuária no local e entender quais fatores condicionam a adoção dos sistemas vigentes”, descreve o livro publicado pela estatal.

A partir do planejamento, é necessário criar condições para o reaproveitamento das áreas: crédito, capacitação dos produtores e assistência. “É preciso integrar políticas públicas, fazer com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito, ampliar o serviço de educação no campo, e dar assistência técnica e extensão rural para a estruturação de projetos e para haja um trabalho contínuo e não uma coisa pontual”, assinala o engenheiro agrônomo Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa.

Nesta sexta-feira (26), a empresa faz 51 anos de funcionamento. A cerimônia de comemoração, nesta quinta-feira (25), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um exemplar do livro foi entregue à comitiva presidencial.

No total, as áreas de pastagem ocupam 160 milhões de hectares, sendo aproximadamente 50 milhões de hectares formados por pasto natural e o restante pasto plantado. A área de produção de grãos totaliza 78,5 milhões de hectares, e as florestas plantadas para uso econômico ocupam uma área aproximada de 10 milhões de hectares.

De acordo com o IBGE, a atividade agropecuária ocupa mais de 15 milhões de pessoas no Brasil. Um terço desses empregos são na pecuária bovina (4,7 milhões). O país é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador (11 milhões de toneladas).

Fonte: Agência Brasil
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Rentabilidade ao produtor de leite melhora impulsionada pela redução dos custos de produção e pela sazonalidade da oferta

Mercado de leite enfrenta um cenário desafiador, marcado por incertezas, queda na oferta interna e nos preços ao consumidor.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado nacional e global de leite ainda segue sob grandes incertezas. Na área internacional, os preços perderam um pouco o ritmo de elevação, influenciado principalmente, por uma menor demanda chinesa. Além disso, o gigante asiático vem estimulando a produção interna substituindo parte da importação.

O leite em pó integral fechou em US$3.269/tonelada no leilão GDT do dia 16 de abril. No mesmo mês em 2023 este preço estava no patamar de US$ 3.100/tonelada. Na Argentina, a oferta de leite segue complicada por uma piora na rentabilidade nas fazendas. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de leite da Argentina caiu 13,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foto: Ari Dias

Já no mercado interno, as cotações de leite e derivados vêm reagindo, mas o cenário de menor competitividade em preços e queda de braço com as importações permanece. No primeiro trimestre de 2024, as importações brasileiras totalizaram 560 milhões de litros, com alta de 10,8% em relação a 2023. O diferencial de preços, tanto do leite em pó quanto do queijo muçarela, está mais favorável ao derivado importado.

Enquanto isso, governos estaduais tem se manifestado com medidas tributárias e fiscais para tentar reduzir a entrada de derivados lácteos oriundos do exterior. Vale lembrar que em 2023 as importações responderam por 9% da produção doméstica e um recuo nesse volume tende a deixar a oferta mais restrita, sustentando os preços internos. Mas também irá exigir uma resposta mais rápida da produção interna, suprindo a demanda brasileira.

Sazonalidade da produção de leite

A sazonalidade da produção de leite no Brasil é bastante pronunciada, mesmo considerando o crescimento dos sistemas de produção de maior adoção de tecnologias. Os meses de abril, maio e junho são aqueles de menor produção de leite e isso acaba refletindo nos preços neste momento. Os mercados de leite UHT e queijo muçarela tem registrado valorizações, ainda que modestas.

O preço ao produtor também vem registrando elevação, pelo quarto mês consecutivo.

Do ponto de vista macroeconômico, os indicadores de crescimento do PIB vêm melhorando, com perspectivas de expansão próxima de 2% em 2024. No comércio, as vendas dos supermercados seguem positivas, com expansão de 4,7% nos últimos 12 meses, enquanto a média do comércio em geral mostrou elevação de apenas 1,7%. Os indicadores do mercado de trabalho têm registrado crescimento importante. Em janeiro o salário real médio do brasileiro cresceu 4% sobre janeiro de 2023. O número de pessoas ocupadas também aumentou.

Foto: Fernando Dias

O preço dos lácteos ao consumidor, por outro lado, recuaram 2,8% nos últimos doze meses. No caso do UHT, a queda foi de 5,6%, o que acaba ajudando nas vendas. Neste mesmo período a inflação brasileira foi de 3,9%. Ou seja, os lácteos vêm contribuindo para redução da inflação brasileira neste momento.

Custo de produção

Na atividade de produção de leite, as informações de custo de produção têm mostrado um cenário mais positivo. Os preços de importantes insumos recuaram, contribuindo com queda no ICPLeite-Embrapa que, nos últimos 12 meses finalizados em março de 2024, apresentou recuo de 5,58%.

O farelo de soja recuou de 23% em relação a abril de 2023, ficando abaixo de R$2 mil/tonelada. No caso do milho, a queda foi também importante, com o cereal recuando 18,5% na comparação anual. Portanto, a combinação de recuo nos custos de produção com elevação no preço do leite vai sinalizando um ambiente de recuperação de rentabilidade para o produtor de leite, após um cenário difícil observado no segundo semestre de 2023.

Cadeia produtiva do leite

De todo modo, é importante avançar em uma agenda de competitividade da cadeia produtiva do leite, sobretudo com foco em melhorias na eficiência média das fazendas e na gestão. Tem sido observado uma heterogeneidade muito grande nos custos de produção de leite, em alguns casos com diferenças de até R$ 0,80 por litro. A importação traz perdas econômicas relevantes para o setor lácteo no Brasil, mas buscar cotações mais alinhadas ao cenário global é uma forma de reduzir estruturalmente as compras externas. Para isso a competitividade em custos é determinante. O momento ainda é de bastante incerteza, inclusive global. Internamente, a entressafra pode dar um fôlego para a alta recente dos preços de leite.

Fonte: Assessoria Centro de Inteligência do Leite
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