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Banco Central aumenta projeção de crescimento do PIB de 2% para 2,9%

PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada é de 3,7%.

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Foto: Wenderson Araujo/Trilux

O Banco Central (BC) elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) passou de 2% para 2,9%, em razão, sobretudo, da “surpresa com o crescimento no segundo trimestre”. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado na quinta-feira (28).

Além disso, e em menor medida, o BC faz previsões “ligeiramente mais favoráveis” para a evolução da indústria, de serviços e do consumo das famílias no segundo semestre de 2023.

No segundo trimestre do ano a economia brasileira, superando as projeções, cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada é de 3,7%. “A atividade econômica surpreendeu novamente no segundo trimestre”, destacou o BC no relatório, ponderando que o forte crescimento no primeiro semestre do ano se deve, em parte, a fatores transitórios. “Permanece a perspectiva de que a atividade cresça em ritmo menor nos próximos trimestres e ao longo de 2024”, avalia.

No primeiro trimestre deste ano, o setor agropecuário puxou o crescimento do PIB de 1,9%, devido ao ótimo resultado das safras recordes de soja e milho. No segundo trimestre, os desempenhos da indústria e dos serviços explicaram também a alta do crescimento da economia. “Os impactos diretos e indiretos da forte alta da agropecuária no primeiro semestre de 2023 devem se dissipar no restante do ano e, para 2024, não se projeta alta tão expressiva do setor”, avalia o BC.

Outro impulso transitório no primeiro semestre, e que não deve se repetir na mesma magnitude, segundo o relatório, foi a expansão dos benefícios previdenciários – influenciados por alta do salário mínimo e por mudanças de calendário que anteciparam pagamentos para o primeiro semestre – e de assistência social sobre a renda das famílias.

A política monetária se situa “em terreno contracionista e há a expectativa de que se mantenha assim no horizonte de previsão, ainda que esteja sendo gradualmente flexibilizada”.

“Por fim, o cenário externo mostra-se mais incerto, com perspectiva de desaceleração da atividade econômica nos países avançados, em ambiente de pressões inflacionárias persistentes, e de menor crescimento para a economia chinesa”, explicou o BC.

Na política de juros, na semana passada o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Ainda assim, em ata divulgada na terça-feira (26), o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista, para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação, porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Os efeitos do aperto monetário, entretanto, são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia. Já para incentivar a produção e o consumo, diante de preços controlados, o Copom diminui a Selic.

Setores
Em 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%, após alta de 5% em 2021 e recuo de 3,3% em 2020. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para o crescimento do PIB no ano passado. Segundo o BC, os segmentos do setor foram severamente afetados pela pandemia da covid-19, inicialmente, mas desde então apresentam trajetórias de crescimento.

Para este ano, sob a ótica da oferta, a alta na projeção de crescimento do PIB reflete elevação nas projeções para os três setores: agropecuária, indústria e serviços.

A estimativa para o crescimento da agropecuária passou de 10% para 13%, refletindo melhora nos prognósticos do IBGE para a produção agrícola, principalmente de soja, de milho e de cana-de-açúcar, e crescimento do abate de animais no primeiro semestre maior do que o antecipado. “Apesar da contribuição bastante positiva da agropecuária para o resultado do PIB no ano, o setor deve contribuir negativamente para as variações trimestrais do PIB ao longo do segundo semestre, sobretudo no terceiro trimestre, visto que a maior parte da colheita dos produtos com os maiores crescimentos anuais ocorreu na primeira metade do ano”, explicou o BC.

Para a indústria, a previsão foi alterada de 0,7% para 2%, com melhora nos prognósticos para a construção; para a “produção e distribuição de eletricidade, gás e água”; e, especialmente, para a indústria extrativa. Nesse último componente, houve elevado crescimento da produção de minério de ferro e de petróleo na primeira metade do ano. “Tal expansão se deu em ritmo superior ao compatível com os guidances [orientações] de produção dos principais produtores dessas commodities disponíveis à época do relatório anterior [em junho]”, diz o documento.

Ainda sobre a oferta, para o setor de serviços a projeção foi revista de 1,6% para 2,1%, com melhora nas previsões para todas as atividades, com exceção de comércio, bastante influenciado pelo desempenho da indústria de transformação, que segue com previsão de recuo em 2023. “A alta da projeção reflete surpresas positivas no segundo trimestre bastante disseminadas, bem como a ligeira melhora nos prognósticos para as variações trimestrais das atividades do setor terciário no segundo semestre”, explicou a autoridade monetária.

Com relação aos componentes domésticos da demanda, houve alta nas projeções para o consumo das famílias de 1,6% para 2,8% e para o consumo do governo, de 1% para 1,8%. Para a formação bruta de capital fixo (investimentos) das empresas o recuo previsto passou de 1,8% para 2,2%.

A projeção para a variação das exportações este ano foi revisada de 3,7% para 6,7%, repercutindo, principalmente, prognósticos mais favoráveis para os embarques de produtos agropecuários e da indústria extrativa. A previsão para as importações continuou sendo de estabilidade em relação ao ano anterior.

Previsão para 2024
Pela primeira vez, o BC apresentou a previsão de crescimento do PIB para 2024, de 1,8%, com variações nos componentes da oferta e da demanda mais homogêneas do que as previstas para este ano.

Pelo lado da oferta, agropecuária, indústria e serviços devem crescer, respectivamente, 1,5%, 2% e 1,8%.

Na demanda doméstica, as taxas de variação esperadas para o consumo das famílias, o consumo do governo e a formação bruta de capital fixo são 1,9%, 1,5% e 2,1%, respectivamente.

Exportações e importações de bens e serviços devem crescer 1,5% e 1,6%, respectivamente.

Inflação
A previsão de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano se manteve em 5%, a mesma do relatório de junho. Para isso, o BC projeta cenário com taxa básica de juros em 11,75% ao ano e câmbio em R$ 4,90.

Para 2024 e 2025, a expectativa é que o IPCA fique em 3,5% e 3,1%, respectivamente. Nessa trajetória, a taxa Selic chega ao final de 2024 e 2025 em 9% e 8,5% ao ano, respectivamente.

O relatório destaca que a chance de a inflação oficial superar o teto da meta este ano subiu de 61% no relatório de junho para 67% agora em setembro.

A meta para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25% de inflação, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Para 2024 e 2025, o CMN estabeleceu meta de 3% para o IPCA, nos 2 anos, com o mesmo percentual de tolerância. “Na comparação com o Relatório de Inflação anterior, no cenário de referência, as projeções de inflação tiveram poucas alterações. Vários fatores atuaram para cima e para baixo, mas tenderam em boa medida a se compensarem”, explicou o BC.

Os principais fatores de revisão para cima são a trajetória mais baixa da taxa Selic da pesquisa Focus; a forte subida do preço do petróleo; e os indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado. Já as revisões para baixo são influenciadas pela inflação observada recentemente menor do que a esperada e pela queda das expectativas de inflação. “Quando se consideram os grupos de preços livres e administrados, na comparação com o relatório anterior, destaca-se o movimento oposto entre preços livres e administrados. Em particular, para2023, houve queda significativa na projeção da inflação de preços livres, puxada principalmente por alimentação no domicílio, e forte aumento na projeção para administrados, impactada pelo acentuado crescimento do preço do petróleo”, diz o relatório do BC.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,86%.

Fonte: Agência Brasil

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Produção de trigo deve alcançar 3,61 milhões de toneladas na atual safra no Paraná

Boletim da Secretaria da Agricultura também aponta que a colheita do milho segunda safra 2023/24 avança rapidamente, atingindo 76% da área de 2,5 milhões de hectares. Os produtores de batata estão colhendo a segunda safra 2023/24, mas de forma mais lenta em razão do período chuvoso dos últimos dias.

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Fotos: Roberto Dziura Jr/AEN

Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada na quinta-feira (25) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), aponta produção de 3,61 milhões de toneladas de trigo, contra 3,64 milhões colhidas no ano passado. A tendência, determinada principalmente pelas condições climáticas, é de redução de 1%. Na estimativa anterior, divulgada em junho, a perspectiva era de que se chegasse a 3,81 milhões de toneladas. Como a estiagem se prolongou, particularmente no Norte, parte das lavouras teve o desenvolvimento ainda mais limitado e apresenta espigas menores.

“Apesar dos indicativos de perda, cabe ressaltar que a colheita ainda não começou, o que torna difícil a projeção com segurança do volume a ser obtido”, disse o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, as colheitadeiras devem entrar em campo a partir de agosto, iniciando pelas áreas que enfrentaram maior período de estiagem. “A partir dos resultados dessas áreas haverá maior confiabilidade nos números”, reforçou.

Os demais grãos de inverno foram menos impactados que o trigo, principal cultura deste período. Eles ainda podem apresentar produções dentro do projetado inicialmente. A concentração dessas lavouras está nas regiões Sul e Sudoeste do Estado, onde a seca não foi tão severa.

Milho

A colheita do milho segunda safra 2023/24 avança rapidamente, atingindo 76% da área de 2,5 milhões de hectares. A média das últimas dez safras era de 30% colhido em julho. “Um percentual tão expressivo como esse em julho nunca foi observado, mas nesta safra pode ser considerado normal, visto ter sido possível o plantio já no início do zoneamento agrícola, especialmente no Oeste do Estado, que tem pouco mais de um terço da área total de milho”, afirmou o analista da cultura no Deral, Edmar Gervásio.

No ano passado, o milho segunda safra ocupou 2,38 milhões de hectares. Esse espaço foi ampliado em 5% no atual ciclo, passando a 2,5 milhões de hectares. Mesmo assim, a produção estimada é de 12,96 milhões de toneladas, um decréscimo de 9% em relação às 14,26 milhões de toneladas de 2022/23. “Apesar de o aumento de área ser relevante, as perdas causadas pelas condições climáticas foram grandes”, ponderou.

Olericultura 

Os produtores de batata estão colhendo a segunda safra 2023/24, mas de forma mais lenta em razão do período chuvoso dos últimos dias. No espaço de um mês a evolução foi de 7 pontos percentuais e hoje está com 89% da área de 10,6 mil hectares colhida, faltando as regiões de Campo Mourão, Cornélio Procópio e Pitanga. “Em anos anteriores colhia-se batata até outubro no Paraná, mas tendo em vista a chuva na primeira safra e a seca na segunda, adiantou-se o ciclo com redução na produtividade e no tamanho dos tubérculos”, salientou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade. A produção esperada para esta safra é de 293,7 mil toneladas, redução de 12% em relação às 334,5 mil toneladas obtidas no mesmo ciclo no ano passado.

A produção de tomate segunda safra 2023/24, de forma contrária, deve ter aumento de 16% na produção, saindo de 94 mil toneladas no ano passado para 109 mil toneladas agora. “Teve excelente produtividade”, destacou. A colheita evoluiu pouco no último mês, passando de 77% para 84% da área de 1,7 mil hectares. O tomate primeira safra está praticamente todo colhido nos 2,5 mil hectares, resultando em 145,8 mil toneladas.

Em relação à cebola, a área paranaense para a safra 2024/25 é de 3,3 mil hectares, com produção projetada de 135,2 mil toneladas. A estimativa é que haja grande produção nacional, o que beneficiaria o consumidor, ainda que o preço possa se reduzir ao produtor. Nessa cultura houve bom aproveitamento das janelas climáticas e o plantio avançou de 49% para 90% de um mês para outro.

Boletim

Nesta quinta-feira o Deral também publicou o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 19 a 25 de julho. Além de análise da safra paranaense, o documento traz informações sobre as exportações de peixes, suínos e carne de frango, além dados sobre a disponibilidade de carne bovina no mercado brasileiro.

A exportação de pescados no primeiro semestre de 2024 pelo Paraná totalizou 3,26 mil toneladas, apresentando uma alta de mais de 20% quando comparado ao mesmo período de 2023. O montante financeiro transacionado chegou a US$ 16,3 milhões, uma alta de 82% comparativamente ao primeiro semestre de 2023. O principal item exportado pelo Paraná é a tilápia, que representa quase a totalidade do volume, pouco mais de 99%.

No cenário nacional, as exportações de pescados tiveram uma queda. Foram exportados no primeiro semestre 25,9 mil toneladas, queda de 12,8% quando comparado a 2023. O montante financeiro ficou ligeiramente maior, chegando a US$ 149,6 milhões.

Em relação aos suínos, de acordo com dados do Agrostat/MAPA, o Paraná apresentou o segundo melhor primeiro semestre de sua história em exportações de carne suína desde o início da série histórica em 1997. No período de janeiro a junho de 2024 foram exportadas aproximadamente 79 mil toneladas de carne suína, ligeiramente abaixo do recorde histórico de 81 mil toneladas alcançado no primeiro semestre de 2023 (-1%).

Fonte: AEN-PR
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Darci Piana recebe ministro da Pesca e apresenta produtores de tilápia do Norte do Paraná

Governador em exercício recebeu nesta segunda-feira (15) o ministro André de Paula nos municípios de Alvorada do Sul e Bela Vista do Paraíso. A tilápia é o peixe mais cultivado da piscicultura brasileira, com 579 mil toneladas produzidas em 2023 e o Paraná é o líder nacional na produção, com 209 mil toneladas.

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Fotos: Ari Dias/AEN-PR

O governador em exercício Darci Piana recebeu o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, em uma visita a produtores de tilápia em Alvorada do Sul e Bela Vista do Paraíso, na região Norte do Paraná, nesta segunda-feira (15). A tilápia é o peixe mais cultivado da piscicultura brasileira, com 579 mil toneladas produzidas em 2023 e o Paraná é o líder nacional na produção, com 209 mil toneladas produzidas.

Piana e o ministro conheceram duas propriedades que trabalham com diferentes tipos de cultivo do peixe em tanque e visitaram o frigorífico de pescados da cooperativa Cocari.

De acordo com os dados do Anuário do Peixe, da Associação Brasileira de Piscicultura, a tilápia é o peixe mais produzido do Brasil. A espécie representa 65% de toda a produção nacional de peixes. “O Paraná é líder nacional, responsável por 36% da produção nacional de tilápia e de 25% de toda a produção de peixes do País, o que torna o Estado em uma referência na piscicultura brasileira. É uma atividade que tem crescido muito no Paraná por ser um produto com alta lucratividade que pode ser cultivado em paralelo com a soja, o milho ou a produção de outras proteínas animais”, afirmou Darci Piana.

Essa liderança, inclusive, vem se ampliando, já que a produção do peixe cresceu mais do que o dobro da média nacional entre 2022 e 2023. Enquanto em todo o Brasil o aumento entre um ano e outro foi de 5,28% na produção de tilápia, o Paraná registrou crescimento de 11,5% na cultura do peixe. “É uma alegria estar aqui, por tudo que o Paraná representa para o agronegócio brasileiro e para a piscicultura. O Estado é, de longe, o maior produtor nacional de tilápias. São Paulo, que é o segundo maior produtor nacional, produz menos da metade do Paraná. O modelo daqui, que é baseado nas cooperativas, é um exemplo para todo o Brasil”, disse o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.

Segundo os dados mais recentes do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, a cadeia produtiva da tilápia teve um Valor Bruto de Produção (VBP) em 2022, que representa o valor total recebido pelos produtores, de mais de R$ 1,2 bilhão.

Visita

A comitiva conheceu produtores da região Norte do Estado e a cooperativa Cocari, que faz o beneficiamento e a comercialização dos peixes. “A produção de tilápia é muito forte e está consolidada nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado, e agora tem crescido muito aqui nas regiões Norte e Noroeste. Isso é importante porque mostra o dinamismo da cultura deste peixe, que tem valor agregado e pode ser beneficiado de diversas maneiras, tanto como filé, como ração animal ou óleo”, afirmou o governador em exercício, Darci Piana.

Primeiro, a comitiva visitou uma propriedade em Bela Vista do Paraíso, que trabalha com cultivo de tilápia em tanque escavado. Nesta modalidade, os viveiros se parecem com ‘piscinas’ cavadas na propriedade. O local conta com 5 represas e comercializa, anualmente, cerca de 200 toneladas de peixe. O local conta com equipamentos que automatizam o controle de oxigênio e a distribuição de ração dos tanques, o que barateia a produção e garante lotes mais uniformes de peixes. “Hoje eu consigo distribuir ração em um tanque inteiro em até oito minutos, cortando custos que eu teria com mão-de-obra e ganhando tempo”, explicou o piscicultor Hélio Salomão.

Depois, o governador em exercício e o ministro conheceram a Estância Alvorada, em Alvorada do Sul, onde são criadas tilápias em tanques-rede. Nestes casos, os peixes são confinados em tanques feitos com telas, parecidas com gaiolas submersas.

A empresa tem, atualmente, 750 tanques de 6 metros cúbicos, mas conta com um projeto de expansão para 1,2 mil tanques.

Ao todo, a Estância Alvorada produz cerca de 850 toneladas de tilápia por ano.

Por fim, as autoridades conheceram a Unidade de Beneficiamento de Pescados da cooperativa Cocari, onde milhares de peixes da região são abatidos e preparados para comercialização.

Diretor-presidente da Cocari, Marcos Trintinalha: “Nós acreditamos que o mercado da tilápia tem ainda muito a crescer”

A cooperativa, que trabalha desde a década de 1960 com vários tipos de proteína animal e grãos, vem expandindo atuação no mercado de pescados. Atualmente, 16 associados da região produzem para a cooperativa. “Hoje nós estamos com um trabalho de prospecção de agricultores que possam entrar no mercado de tilápia para que a gente aumente a nossa produção. Nós acreditamos que é um mercado que ainda tem muito a crescer”, afirmou o diretor-presidente da Cocari, Marcos Trintinalha.

Demanda

A demanda pela tilápia tem crescido nos últimos anos por ser uma proteína altamente nutritiva e com baixo teor de gordura. Em dez anos, de acordo com o anuário da Associação Brasileira de Piscicultura, o consumo anual per capita de tilápia praticamente dobrou no Brasil. Em 2014, era de 1,47 quilos por pessoa, enquanto em 2023 o consumo chegou a 2,84 quilos por pessoa.

Na comparação com outros países, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, atrás de China (2,05 milhões de toneladas), Indonésia (1,45 milhão de toneladas) e Egito (1,1 milhão de toneladas).

Apesar do forte crescimento no período, ainda há espaço para avançar no mercado. Segundo o anuário dos produtores de peixes do Brasil, a média global de consumo de carne de peixe por ano é de 20 quilos por pessoa. No Brasil, o consumo é de apenas 10 quilos por pessoa, por enquanto.

Presenças

Também estiveram presentes na visita aos produtores o secretário do Estado de Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza; de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; a deputada federal Luísa Canziani; e outras autoridades locais.

Fonte: AEN-PR
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Valorizações do suíno vivo elevam poder de compra

Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos têm intensificado as compras de novos lotes de suínos para abate neste mês, diante das demandas doméstica e externa por carne suína aquecidas. 

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Foto: Julio Cavalheiro

Diante das fortes valorizações do suíno vivo neste início de julho, o poder de compra do produtor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem crescendo no comparativo com o mês anterior, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Em relação ao cereal, que apresenta preços em queda no mesmo período, o suinocultor registra o melhor desempenho desde novembro de 2020, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de junho/24).

As cotações do derivado da oleaginosa, por sua vez, subiram ligeiramente de junho para esta parcial de julho.

Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos têm intensificado as compras de novos lotes de suínos para abate neste mês, diante das demandas doméstica e externa por carne suína aquecidas.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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