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24º SBSA debate prevenção e controle de doenças

Vacinas autógenas e enterite necrótica compuseram a programação científica do segundo dia de evento.

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Consultor em Sanidade Avícola, Dino Garcez destacou ainda medidas preventivas para o combate à enfermidade durante o 24º SBSA

Importante alternativa para a prevenção e o controle de doenças infecciosas na avicultura, as vacinas autógenas atuam sob a Normativa SDA nº 31, de 20 de maio de 2003. Para fornecer ao público um entendimento simplificado de todos os processos envolvidos na regulamentação das vacinas, o médico-veterinário Bruno Pessamilio conduziu um passo a passo da normativa. A palestra ocorreu na última quarta-feira (10) e integrou o Bloco Abatedouro e Nutrição do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet).

Especialista em Defesa Sanitária Animal, Bruno Pessamilio apresentou a normativa de registro e utilização de vacinas autógenas – Fotos: Divulgação/MB Comunicação

O especialista em Defesa Sanitária Animal atuou por 16 anos como auditor fiscal federal agropecuário no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e explicou, primeiramente, que a vacina autógena não tem registro no Ministério da Agricultura, sendo registrada apenas uma autorização de uso por tempo limitado. “O uso é de caráter emergencial, por isso sua aprovação vem mais rápido. No entanto, quando ganha em velocidade, prejudica em outros aspectos. Isso significa que as garantias de qualidade das vacinas autógenas são menos rígidas que as tradicionais”.

Entre as exigências para a produção de vacinas autógenas se encontram a necessidade de ter características e origens específicas. O objetivo, segundo Pessamilio, deve ser sempre o controle ou prevenção de doenças na espécie alvo e o local de uso se limita a propriedade autorizada ou propriedades adjacentes.

O controle de qualidade, etapa determinante da normativa, tem por missão manter os substratos e ingredientes biológicos livres de patógenos e de contaminantes, enquanto os substratos e ingredientes não-biológicos possuem necessidades mais específicas, explicou o especialista. “Eles devem ser controlados para atender padrões de pureza e qualidade, não apresentar toxicidade na dose recomendada de uso do produto final, não desnaturar substâncias específicas no produto e não podem diminuir a potência mínima aceitável dentro do prazo de validade quando armazenadas na temperatura recomendada”. Pessamilio ainda reforçou os cuidados com o controle de qualidade na esterilidade, com o vírus ativo, na inativação do produto acabado e na eficácia da partida inicial.

Bruno Pessamilio pontuou que as vacinas são uma importante alternativa para a prevenção e o controle de doenças infecciosas na avicultura

A etapa de validade e conservação descrita na normativa foi divulgada pelo palestrante, que salientou que a semente isolada possui validade de 15 meses. Após esse período deve ser armazenada em área segregada da área da produção e precisa apresentar a documentação que comprove sua legalidade. “Quanto a conservação da vacina, temos um prazo máximo de validade de seis meses. Isso se mantida na temperatura correta entre 2ºC e 8ºC”.

Pessamilio esclareceu, por fim, que a comercialização de vacinas autógenas só é permitida quando o fabricante tenha obtido, no mínimo, os resultados satisfatórios nos testes de pureza, esterilidade e inativação, realizados a partir do 4º dia de incubação. Os frascos, rótulos, bulas ou rótulo/bula também precisam atender a legislação vigente.

Enterite necrótica em frangos de corte

A enterite necrótica afeta negativamente o desempenho zootécnico de frangos de corte, o rendimento no abatedouro e, por consequência, a lucratividade das agroindústrias. Detalhes da condição foram debatidos no 24º SBSA pelo médico-veterinário Dino Garcez, que abordou os impactos econômicos provocados pela doença, a incidência no Brasil, os detalhes dessa patogenia, os fatores predisponentes, as principais medidas para prevenção, o controle e o que há de inovação para fazer um diagnóstico preciso.

Consultor em Sanidade Avícola, Dino Garcez, evidenciou as consequências da enterite necrótica em frangos de corte

“Entre os principais impactos da doença estão a perda do bem-estar das aves, o índice de condenações e geração de perdas de cerca de U$$ 6 bilhões ao ano para a cadeia produtiva avícola. A incidência da doença está aliada a fatores como proteínas de má qualidade, disbioses e micotoxinas que comprometem a digestão e absorção de nutrientes pelas aves. Além do manejo impróprio das instalações, altura inadequada da cama, má qualidade da água e uso de ração de baixa qualidade”, evidenciou o palestrante.

O uso de aditivos nutricionais pode ser um grande aliado para prevenir essa, que é uma das doenças avícolas mais comuns, refletiu Garcez. Entre os aditivos citados estão fitogênicos, enzimas, ácidos orgânicos, óleos essenciais e probióticos que vão exercer efeitos antimicrobianos, antioxidantes, anti-inflamatórios, digestivos e imunoestimulantes. “Essas estratégias são capazes de favorecer o desempenho zootécnico e a qualidade da microbiológica”.

Garcez apresentou, ainda, algumas inovações em termos de diagnóstico e vacinas que futuramente devem ser lançadas para o controle da enfermidade. No que diz respeito a monitoria, o especialista citou como exemplo a utilização do qPCR, metodologia já difundida que passa por atualizações para melhorar a gestão avícola, sendo capaz de estimar o nível de risco da doença com base na presença de genes (CPA e netB).

Programação

O 24º SBSA segue até a tarde desta quinta-feira (11) com o Bloco Manejo. Confira a programação aqui.

Fonte: Assessoria SBSA

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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