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Workshop de Gestão ABCS traz nova abordagem e fomenta discussão sobre o futuro da atividade

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O 4º Workshop de Gestão ABCS promoveu, entre os dias 19 e 20 de fevereiro, no Sebrae Nacional, em Brasília, palestras de alto nível, motivou o relacionamento e a troca de experiências entre os 120 profissionais dos diversos elos da cadeia de todo o país e contribuiu para tornar a suinocultura brasileira mais forte e unida para mais um ano de desafios que começa. 
Organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), em parceria com o Sebrae Nacional, o Workshop passou por uma reestruturação. Realizado por três anos com foco na capacitação dos gerentes e colaboradores das associações estaduais e regionais de suínos e dos gestores das unidades do Sebrae dos estados participantes do PNDS, o evento é agora um espaço para se discutir ideias, apresentar novos projetos e diretrizes e ainda levar conhecimento atualizado, novas práticas e visões do mercado de suínos brasileiro e do mundo corporativo atual. O público alvo são profissionais de todos os elos do setor, suinocultores, executivos de empresas, representantes de associações, políticos e técnicos.
A edição de 2014 começou com a apresentação do presidente da ABCS, Marcelo Lopes, sobre o relatório de atividades da entidade em 2013, as perspectivas para 2014, suas principais atividades e posicionamentos, além dos próximos objetivos a serem conquistados pelo setor. “Encerramos 2013 com 15 entidades estaduais filiadas, mais de 40 mil suinocultores envolvidos e 1,6 milhão de matrizes tecnificadas. No ano passado, conseguimos incluir dois novos estados do Nordeste no time da ABCS: Maranhão e Pernambuco. Para este ano teremos como novidade o Piauí, com a Apisui, totalizando 16 estados", comentou.
Marcelo também destacou a nova fase do PNDS (Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura) com foco na sustentabilidade de todos os elos da cadeia e as ações promovidas como a Semana Nacional da Carne Suína, que trouxe aumento de 77% nas vendas do produto na maior rede varejista do país, o GPA.
Em seguida, o professor da USP, Marcos Fava Neves, fez a palestra “Tendências econômicas: uma visão de médio prazo sobre o agro no Brasil”, no qual destacou que, apesar dos desafios, o cenário para o setor de carnes do Brasil e mundial é promissor.
Segundo Fava Neves, os produtores de carne vão se beneficiar do aumento da população mundial que deve chegar 9 bilhões de pessoas até 2050, da intensa urbanização, do aumento econômico e de renda, dos avanços nos programas governamentais de incentivo, entre outros fatores. 
O especialista, no entanto, rendeu elogios ao agronegócio brasileiro. Ele revelou que o agronegócio deve consolidar aumento de quase 80% em seu VBP (Valor Bruto da Produção) entre 2005 e 2014, é o principal responsável pelo superávit da balança comercial (saltando de US$ 20 bi exportados em 2000 para US$ 99,9 bi em 2013) e produziu grandes multinacionais brasileiras.
O diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, palestrou sobre o tema “Produção de suínos: uma análise atual do mercado brasileiro” e chamou a atenção do setor sobre a necessidade de “sair da inércia” na realização de diversas ações que garantam a sustentabilidade da suinocultura.
Ele ressaltou que as relações de troca entre milho, farelo de soja e suíno variaram acentuadamente em pouco tempo e, assim, o risco da atividade está maior nos últimos anos. "A produção brasileira ainda não se planeja de acordo com a demanda ou por meio de uma política, seja para suínos ou para seus insumos. Por isso, vivemos ciclos bons e vários outros muito ruins", aponta. Para o diretor executivo da ABCS, o setor precisa fazer o dever de casa para elevar a demanda interna, que consome em torno de 85% da produção. 
O primeiro dia do Workshop ainda teve a palestra “Formando equipes vencedoras” do facilitador do Empretec do Sebrae/MG, Noé Gomes Neto. O especialista detalhou os pontos chave para motivar e formar equipes vencedoras como "ter pessoas diferentes", "compreender seus estilos", "focar nos pontos fortes do grupo", "perceber o ponto fraco de outra maneira", entre outros. 
Para ele, as situações econômicas e políticas positivas ou negativas sempre existirão, mas uma equipe vencedora pode se diferenciar de outras concorrentes mesmo nestas condições. "O bom objetivo talvez não seja crescer só nos números e sim nas oportunidades abertas", resumiu.
No segundo dia do 4º Workshop de Gestão ABCS a coordenadora do PNDS, Lívia Machado, por sua vez, apresentou os “Resultados PNDS 2013 e propostas de ações 2014” e revelou, entre outros números, que o PNDS já sensibilizou mais 1,38 milhão de consumidores e capacitou 41,1 mil profissionais.
“O Sebrae Nacional está investindo na renovação da parceria com a ABCS pois vemos que os produtores estão envolvidos e integrados nesta troca de informações que o PNDS promove. O foco na sustentabilidade é a prioridade para a área de agronegócio do Sebrae Nacional e a suinocultura deu passos importantes para isso.”, comentou o gerente de agronegócio do Sebrae Nacional, Ênio Queijada, durante o encontro.
Lívia ainda comentou o crescimento das vendas de carne suína durante a Semana Nacional da Carne Suína do ano passado, com crescimento de 77% nas 507 lojas do Grupo Pão de Açúcar, a maior rede varejista do país.
"Fizemos mais de 300 ações nas indústrias e na comercialização para levar aos brasileiros conhecimento sobre a carne suína, com o slogan “A Carne Suína é 10!”, ampliando os cortes nas gôndolas dos supermercados Extra e Pão de Açúcar e alcançando resultados bem acima do esperado", disse.
A coordenadora do PNDS comentou sobre a realização da segunda edição da Semana Nacional da Carne Suína no mês de setembro e as expectativas da ação. "Estamos em um ano de Copa, no qual queremos fortalecer a imagem de que a carne suína é 10, visando ampliar o consumo do produto em todo o país", sinaliza.
Para o gerente comercial nacional do Grupo Pão de Açúcar, David Buarque, que teve a palavra durante a apresentação, a ideia para 2014 é de ao menos repetir os resultados alcançados no ano passado. "Estipulamos um crescimento de 80% nas vendas durante a campanha. É preciso dizer que a Semana do ano passado apresentou um resultado de venda extraordinário. Isso nos anima muito para este ano também", acrescentou.
O evento continuou com o especialista Fernando Dolabela que realizou a apresentação “Empreendedorismo: uma forma de ser” na qual compartilhou sua ampla experiência no tema. O autor do best seller "O segredo de Luísa" iniciou a apresentação com duas perguntas que devem estar claras para definir um empreendedor ou “operadores de sistemas” já criados: "Qual é o seu sonho?" e "O que você vai fazer para transformar o seu sonho em realidade?". 
Para ele, estas são as perguntas básicas para identificar os empreendedores e também para estimulá-los. "Existem pessoas que criam novidades e pessoas que apenas operam. No Brasil, sempre fizemos operadores de sistemas. No passado, chegamos a ter leis que proibiam ter uma empresa por exemplo", disse.
Para encerrar as palestras, o comunicador corporativo Márcio Mussarela fez a exposição “Comunicação para liderança: ferramentas para o sucesso do novo líder” para destacar a importância da comunicação institucional. O colunista da Exame.com destacou a importância da comunicação e promoveu a interação com os participantes para identificar características de liderança.  "Qual é o papel do líder? É fazer algo que os outros tenham vontade de seguir e compartilhar e ser uma pessoa melhor. Enfim, o líder deve dar significado, inspirar, ser o exemplo", disse.
Além das apresentações, o Coquetel de Confraternização ao final do primeiro dia de evento foi palco para o anúncio da realização da 2ª edição da Semana Nacional da Carne Suína pela ABCS e o Grupo Pão de Açúcar que acontecerá de 03 a 17 de setembro. O lançamento foi realizado para cerca de 150 lideranças políticas e empresariais ligadas a suinocultura que tinham entre os presentes a senadora da República, Ana Amélia; o ministro conselheiro da embaixada da China, Wang Qingyuan; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Luis Carlos Heinze; o presidente da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura, Vilson Covatti; além de presidentes de associações estaduais, líderes do setor, deputados parceiros do setor, entre outros representantes.

Fonte: Ass. Imprensa da ABCS

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Frangos possuem hormônios?

Especialista explica mitos e verdades sobre a criação das aves.

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Foto: José Adair Gomercindo

No contexto da busca por alimentos saudáveis e livres de aditivos artificiais, a questão da presença de hormônios na produção de carne de frango se torna frequente. Para elucidar essa dúvida e apresentar informações fundamentadas sobre o assunto, a zootecnista da Tijuca Alimentos, Rebeca Horn Vasconcelos, destaca alguns pontos.

De acordo com a profissional, os frangos de corte comercialmente disponíveis para consumo humano no mercado não recebem hormônios. “O crescimento acelerado das aves é resultado de décadas de seleção genética, avanços na nutrição e manejo das aves”, destaca a profissional.

A zootecnista enfatiza que o uso de hormônios em aves destinadas ao consumo humano é proibido no Brasil. “Os produtores são rigorosamente regulamentados e inspecionados para garantir a conformidade com as leis e regulamentos de segurança alimentar”, acrescenta. Essa legislação se estende a outros países da América Latina e Europa, garantindo a segurança alimentar em larga escala.

Rebeca ressalta pilares fundamentais para que essas aves tenham um rápido crescimento:

  • Aprimoramento genético: por meio de pesquisas, as linhagens de frango foram otimizadas ao longo dos anos, resultando em aves com maior potencial de crescimento;
  • Nutrição balanceada: a alimentação das aves possui dietas formuladas por especialistas e enriquecidas com nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável dos animais;
  • Manejo adequado: as condições de criação, como temperatura, ambiência e sanidade também influenciam significativamente no crescimento dos frangos;

A carne de frango se destaca como uma fonte rica em proteínas, vitaminas e minerais, essencial para uma alimentação balanceada e nutritiva. “Com informações confiáveis e optando por marcas responsáveis, o consumidor garante um alimento seguro e de alta qualidade”, pontua.

Fonte: Assessoria Tijuca Alimentos
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ABCZ divulga atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte

Dados disponíveis envolvem à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

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Foto: Divulgação/ABCZ

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), por meio do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), divulgou, nesta sexta-feira (26), a atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte – AG 2024-2.

As avaliações, que estão disponíveis para os mais de 2,4 mil criadores que possuem animais participantes das provas zootécnicas do PMGZ, podem ser acessadas no site da ABCZ, por meio da página de comunicações eletrônicas. A consulta pública de touros também já está no ar, por meio das plataformas eletrônicas da ABCZ.

Estas avaliações dizem respeito à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

“As avaliações, desenvolvidas pela ABCZ em parceria com a Embrapa Gado de Corte, reúnem dados de 17.593.832 animais das raças zebuínas de corte, processadas com a utilização de mais de 21 milhões de fenótipos e características de crescimento, idade ao primeiro parto, stayability, perímetro escrotal ao ano, perímetro escrotal ao sobreano, ultrassonografia de carcaça e de características morfológicas”, explica o Gerente de Provas Zootécnicas da ABCZ, Ismar Carneiro.

Ainda segundo Ismar, é importante destacar a quantidade de animais que já foram genotipados – já são mais de 399 mil genotipagens realizadas pelo PMGZ, cujos resultados estão incorporados na avaliação divulgada nesta quarta. Desse total, 390.100 animais são da raça Nelore, enquanto 9.072 pertencem à raça Tabapuã. “Para as demais raças, a ABCZ está investindo na genotipagem gratuita de animais com a expectativa de que, nas próximas avaliações, já tenhamos um banco de dados genotípicos expressivo”, comenta o Superintendente Técnico da associação, Luiz Antonio Josahkian.

“Para tanto, é imprescindível que os criadores enviem para a ABCZ o material biológico dos animais selecionados, cuja lista também está disponível na página de comunicações eletrônicas”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCZ
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IPVDF substitui prova em diagnóstico de raiva para abolir uso de animais vivos

Testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no estado gaúcho.

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Foto: Fernando Dias

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) do Rio Grande do Sul deu um importante passo rumo à modernização e ética nos processos de diagnóstico. Relatório de validação, elaborado por seu Laboratório de Virologia, comunica a substituição da Prova de Inoculação Intracerebral em Camundongos Lactentes, pela Transcrição Reversa seguida da Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR) para o diagnóstico de raiva. Com isso, o IPVDF não vai mais utilizar animais vivos para a prova biológica.

“Essa substituição representa um grande avanço no diagnóstico da raiva animal. Além de ser uma técnica mais eficiente, ela elimina completamente o uso de animais, atendendo aos princípios éticos e de bem-estar animal”, explica a pesquisadora Carla Rodenbusch.

Os testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no Rio Grande do Sul. “Essa conquista não apenas moderniza o processo de diagnóstico da raiva animal, mas também reforça o compromisso do IPVDF com a redução do uso de animais em experimentação, em conformidade com os princípios éticos preconizados pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA)”, ressalta o chefe do centro de pesquisa, Vilar Gewehr.

Para o presidente do Comitê de Ética no Uso de Animais do IPVDF (Ceua-IPVDF), Guilherme Klafke, a substituição da prova biológica pelo método RT-PCR representa um significativo avanço ético, alinhado com os princípios dos 3Rs que orientam a experimentação animal: Redução, Refinamento e Substituição (Reduction, Refinement and Replacement, na sigla em inglês). “A completa eliminação do ensaio com camundongos em favor de um método que não requer o uso de animais é um bom exemplo dos princípios dos 3Rs. Esta abordagem não só promove uma prática científica mais compassiva, como também evidencia uma evolução na busca por técnicas mais éticas e precisas”, destaca o pesquisador.

Fonte: Assessoria Seapi
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