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Workshop atualiza setor produtivo sobre regras de sementes e mudas
Evento acontece dias 21 e 22 de novembro em Piracicaba, por iniciativa da Comissão de Sementes e Mudas do Estado de São Paulo, vinculada ao Mapa.

Estão abertas as inscrições para o Workshop de Sementes e Mudas – A Nova Portaria de Mudas, que acontece nos dias 21 e 22 de novembro, no Parque Tecnológico de Piracicaba (SP). O evento é direcionado a produtores de mudas, responsáveis técnicos e demais agentes envolvidos. A realização é da Comissão de Sementes e Mudas de São Paulo (CSM-SP), vinculada à Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo (SFA-SP). A superintendência é a representação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Estado.
A comissão detectou a necessidade de treinamento de atores do setor produtivo em função de várias alterações recentes na regulamentação envolvendo sementes e mudas. A finalidade é atualizar o público-alvo para garantir que as sementes e mudas produzidas no Estado se enquadrem na legislação e promovam a segurança de toda a produção agrícola envolvida a partir desses insumos.
A mudança mais recente na regulamentação do Mapa sobre mudas ocorreu em setembro. Foram publicadas novas normas para a produção, a certificação, a responsabilidade técnica, o beneficiamento, a reembalagem, o armazenamento, a amostragem, a análise, a comercialização e a utilização de mudas e de material de propagação para fim exclusivo de produção de mudas. A Portaria Mapa nº 616/2023 entra em vigor em dezembro deste ano, o que torna o treinamento ainda mais relevante para o setor produtivo.
“Todas as mudanças legais recentes promoveram atualizações profundas e importantes para o setor de sementes e mudas. Os usuários do sistema precisam estar devidamente orientados, enquadrados e adequados”, explica Danilo Kamimura, presidente da CSM-SP e chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-SP) do Mapa em São Paulo.
O treinamento será realizado por auditores fiscais federais agropecuários do Mapa, por um integrante do Mapa sem Papel e por um representante da Defesa Agropecuária do governo estadual. A expectativa é de uma capacitação “mão na massa”, ou seja, os participantes vão aprender na prática como ter acesso a documentos e o preenchimento correto, para evitar problemas futuros com a fiscalização.
Confira a programação:
21/nov (terça-feira)
12h30 Recepção dos participantes e entrega de material
13h15 Abertura e agradecimentos
13h45 Palestra 1: Lei e Decreto de Sementes e Mudas – Samanta Del Vecchio Nunes – Mapa15h Palestra 2: Renasem – passo a passo para a inscrição – Maria José Fachini de Oliveira Paron – Mapa
15h30 Intervalo
15h45 Palestra 3: Renasem e inscrição da produção: principais dúvidas – Eduardo Mendes Gusmão – Mapa
16h15 Palestra 4: Peticionamento eletrônico no SEI – Vanessa da Conceição Silva – Mapa
16h40 Palestra 5: Legislação Estadual de São Paulo na Produção de Mudas – Valentim Donizeti Oliveira Scalon – Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal do Estado de São Paulo
17h30 Esclarecimento de dúvidas das palestras
18h Encerramento do dia
22/nov (quarta-feira)
08h30 Palestra 6: Mudas – Nova Portaria de Mudas (Portaria MAPA nº 616/2023) – Elyson Santos Amaral – Mapa
10h30 Intervalo
10h45 Palestra 6: Mudas – Nova Portaria de Mudas (Portaria MAPA nº 616/2023) – Elyson Santos Amaral – Mapa
12h Esclarecimento de dúvidas das palestras
12h30 Encerramento do dia

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Em 10 meses, Portos do Paraná registra crescimento de 15% nas exportações
Ao todo, foram 35.198.778 toneladas movimentadas no sentido exportação, um aumento de 4,5 milhões de toneladas em comparação a 2022, com 30.619.504 toneladas. A movimentação total de cargas, incluindo importação e exportação, foi de 53.360.117 toneladas.

A Portos do Paraná registrou de janeiro a outubro de 2023 um
nas movimentações para exportação. Ao todo, foram 35.198.778 toneladas movimentadas, um aumento de 4,5 milhões de toneladas em comparação a 2022, com 30.619.504 toneladas. As cargas que se destacaram no ano até o momento foram soja, açúcar (granel) e farelo, todas com crescimento no comércio internacional. Os principais destinos dos navios que saíram de Paranaguá foram China, Coreia do Sul e Japão.A movimentação total de cargas, incluindo importação e exportação, foi de 53.360.117 toneladas, 3,66 milhões de toneladas a mais no comparativo ao ano anterior (crescimento de 7,4%), com 49.699.648 toneladas. No sentido importação, o principal produto continua sendo o fertilizante. Os portos do Paraná também ultrapassaram a marca de 1 milhão de TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner) em 2023, com crescimento de 4% em relação a 2022.
Segundo o diretor-presidente Luiz Fernando Garcia, para atender a elevada demanda de mercado, a empresa pública trabalha pesado no sistema operacional e foca em estratégias para crescimento da Portos. “Nos próximos meses teremos o início da construção do Moegão, sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos, que promete um ganho de 63% na capacidade de desembarque de carga. Para esta obra, serão investidos R$ 592 milhões”, afirmou.
“O mercado apresentou uma grande procura ao longo de todo e nós otimizamos as nossas manobras de atracação, desatracação e planejamos uma logística de forma a atender ao máximo possível a maior quantidade de navios no período”, complementou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.
A expectativa é que, até o final do ano, a Portos do Paraná alcance a marca total de 62 milhões de toneladas importadas e exportadas, representando um crescimento de aproximadamente 6,2% em relação ao ano de 2022 (58.399.284 toneladas).
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Exportação de frango para Argélia pode começar em 2024
País abriu mercado para frango brasileiro em outubro. Negociações para redução de tarifa já estão em curso no governo e poderão ser próximas de zero.

Após anos de negociações, a Argélia abriu o mercado para importação de frango do Brasil em outubro. Para as vendas terem início, contudo, ainda é preciso que as tarifas de importação, que hoje chegam a 100%, sejam reduzidas. De acordo com o diretor de Mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, a partir do momento em que as tarifas caírem, as empresas brasileiras poderão exportar no dia seguinte, pois já estão capacitadas a atender as demandas daquele mercado, seja conforme o tipo de produto demandado, seja por já serem produtoras e exportadoras de produtos halal, que seguem os preceitos do Islã.
“O Brasil comemorou e segue comemorando a abertura desse mercado. Primeiro, acho que é o reconhecimento do status sanitário, a qualidade, a sanidade que o Brasil hoje já exporta para mais de 150 países e a Argélia também passa a reconhecer todos esses atributos que a gente sabe que estão presentes na nossa carne de aves”, afirma Rua, acrescentando: “Segunda questão é o fato de os argelinos estarem atravessando um momento conturbado em relação à inflação de alimentos”.
Após a abertura daquele mercado com a publicação do Certificado Sanitário Internacional (CSI) em 12 de outubro, tanto agentes privados como instituições governamentais de abastecimento começaram a se preparar para importar frango brasileiro. Uma missão com integrantes da ABPA, do Ministério das Relações Exteriores, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e da Câmara de Comércio Árabe Brasileira visitou o país entre 15 e 19 de outubro.
Ainda há um desafio para que as exportações acelerem: atualmente há duas tarifas de importação que somam 100%, o que dificulta ao exportador vender naquele mercado. “A gente esteve lá, houve o compromisso por parte do governo, e a gente explicou para eles que com uma tarifa de 100% seria muito difícil fazer negócio. Eles entenderam isso, estão agora avaliando, internamente discutindo, isso passa em um processo legislativo e tudo o mais, o que leva seu tempo, e a gente entende e está esperançoso que seja retirado logo em breve, ou reduzido logo em breve para que possa efetivamente começar os negócios”, diz Rua.
A expectativa é que exista uma grande redução dessa tarifa para próximo de zero. “Esses ajustes são comuns em aberturas de mercado”, completa Rua, para quem, ajustada essa questão da tarifa, o Brasil no ano que vem terá na Argélia um importante parceiro comercial.
O tamanho do potencial ainda está sendo avaliado, mas o país tem 44 milhões de habitantes e o Brasil é, hoje, o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carne de frango. É, também, o maior exportador halal de carne de frango, com remessas que somam duas milhões de toneladas por ano.
A principal demanda do mercado argelino é por frango inteiro congelado acima de 1,3 quilograma. Como comparação, o consumidor da Arábia Saudita, país que é um dos maiores importadores de frango brasileiro, prefere frango inteiro menor do que 1,3 kg. Há também, afirma Rua, oportunidades para a venda de frango inteiro desossado congelado, o shawarma, e de carne mecanicamente separada, utilizada para a produção de processados de frango. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), não foram registradas remessas de carne de frango para a Argélia em outubro.
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Câmara de Comércio Árabe Brasileira convoca agro a explorar mercado halal
Em encontro voltado ao agronegócio e adidos agrícolas em Brasília, a diretora de Marketing e Conteúdo da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Silvana Gomes, falou sobre as oportunidades que o setor pode encontrar entre os consumidores muçulmanos.

A diretora de Marketing e Conteúdo da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Silvana Gomes, chamou representantes do agronegócio brasileiro a explorarem ainda mais o mercado internacional de produtos halal. A executiva falou a adidos agrícolas e outros profissionais do segmento na última sexta-feira (24) durante o 1º Encontro Nacional do Agro e 5º Encontro dos Adidos Agrícolas do Brasil, na capital federal.

Diretora de Marketing e Conteúdo da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Silvana Gomes – Fotos: Divulgação/ANBA
Os adidos agrícolas atuam na abertura, manutenção e ampliação de mercados para o agronegócio brasileiro. Eles trabalham em embaixadas ou missões diplomáticas, em coordenação com o embaixador e outros diplomatas, para identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação no setor.
A Câmara Árabe leva adiante com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) o Projeto Halal do Brasil, que tem como foco principal promover a presença de alimentos brasileiros com valor agregado e certificado halal no mercado internacional. Os produtos halal são consumidos em países árabes e outras nações muçulmanas, além de outras partes do mundo há essa demanda.
Silvana agradeceu o apoio que o projeto já encontra em ministérios e associações do agronegócio e disse contar com a colaboração de todos os adidos e instituições do segmento para trazer empresas a participarem do Halal do Brasil. O projeto arca com 50% do custo da primeira certificação halal de empresas interessadas. Silvana disse que o apoio ainda é pouco conhecido e chamou os presentes a divulgarem a oportunidade.
A executiva apresentou alguns dados que mostram o tamanho do mercado halal, avaliado em US$ 1,26 trilhões e formado por 2 bilhões de muçulmanos, ou um quarto da população mundial. Ela também contou como os consumidores muçulmanos estão preocupados em verificar a origem e certificação halal dos produtos em suas compras e relatou algumas iniciativas do projeto Halal do Brasil, como ação durante a feira Mihas, na Malásia, neste ano.

Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana
O Halal do Brasil tem o intuito de inserir 500 empresas nacionais no mercado halal. Ele consta de várias fases: a capacitação, na qual as empresas ainda não certificadas recebem informações e são sensibilizadas sobre o halal, o treinamento online e segmentado para companhias interessadas em receber a certificação halal e a promoção comercial, com participação em feiras e em missões internacionais. Também há o apoio para obter a certificação.
O 1º Encontro Nacional do Agro e o 5º Encontro de Adidos Agrícolas foram organizados pela ApexBrasil em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, reunindo presidentes e diretores entidades setoriais, autoridades e adidos agrícolas.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, esteve presente e falou ao público. O objetivo do evento foi promover diálogo na busca por estratégias para potencializar o agronegócio brasileiro no cenário global. Representantes de vários setores fizeram palestras e debateram. No encerramento estava prevista a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.