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USDA autoriza venda de carne de frango produzida em laboratório nos EUA

Medida representa um marco significativo para as empresas envolvidas na criação de carne a partir de células animais, bem como para os consumidores que buscam alternativas aos frangos criados e abatidos em fazendas convencionais.

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Essa decisão coloca os Estados Unidos como o segundo país do mundo, depois de Singapura, a autorizar a produção e comercialização de carne cultivada em laboratório - Foto: Divulgação/Good Meat/FDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tomou uma decisão histórica ao conceder aprovação, na quarta-feira (21), para a produção e comercialização de carne produzida em laboratório no país. Essa medida abre caminho para empresas produzirem frangos de laboratório, que são cultivados a partir de células animais.

Embora essa decisão tenha sido tomada, ainda será necessário aguardar outros trâmites de origem regulatória até que o público possa encontrar esse tipo de produto nos supermercados. No entanto, com a realização de inspeções federais, esse avanço eventualmente permitirá a comercialização de alimentos produzidos em laboratório além das fronteiras estaduais.

A aprovação concedida pelo USDA representa um marco significativo para as empresas envolvidas na criação de carne a partir de células animais, bem como para os consumidores que buscam alternativas aos frangos criados e abatidos em fazendas convencionais.

As empresas Upside Foods e Good Meat (subsidiária da Eat Just), que foram autorizadas a comercializarem seus produtos, receberam com entusiasmo a notícia, considerando-a fundamental para a indústria de carne e para o sistema alimentar como um todo. As duas empresas já haviam recebido sinal verde meses antes da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, atestando ser seguro para consumo humano o frango criado em laboratório pelas duas empresas. Essa aprovação ocorre em um momento em que cresce a conscientização sobre o impacto ambiental da produção convencional de carne e as preocupações com o tratamento dos animais envolvidos. “Essa aprovação mudará fundamentalmente a forma como a carne chega à nossa mesa. É um passo gigante em direção a um futuro mais sustentável, que preserva a escolha e a vida”, frisou a diretora executiva e fundadora da Upside Foods, Uma Valeti, em comunicado à imprensa.

Essa decisão coloca os Estados Unidos como o segundo país do mundo, depois de Singapura, a autorizar a produção e comercialização de carne cultivada em laboratório.

Brasil

O presidente do The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil), Gus Guadagnini comemora a decisão. “É mais uma etapa histórica para o nosso setor. A aprovação do FDA atesta a segurança dos produtos para consumo, que antes eram apenas comercializados em Singapura”.

Um dos projetos existentes no Brasil que pesquisa a carne de frango cultivada está na fase de prototipagem desde 2022 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com subsídios do Programa de Incentivo à Pesquisa do GFI. Depois do protótipo pronto, a Embrapa deve procurar uma empresa para tocar o projeto, o que incluiria a inserção da carne de frango cultivada no mercado. Já existem empresas interessadas.

Benefícios da carne cultivada

Os defensores da carne cultivada argumentam que o produto oferece benefícios ambientais, segurança alimentar e bem-estar animal superiores à produção convencional. No entanto, os céticos levantam preocupações sobre os riscos científicos e de segurança, questionando a falta de comprovação dos supostos benefícios ambientais. Além disso, permanecem desafios em relação à escalabilidade da produção para atender à demanda em larga escala.

Existem cerca de 100 empresas em todo o mundo, incluindo dezenas nos Estados Unidos, focadas na produção de carne cultivada. Em 2022, o setor foi avaliado em aproximadamente US$ 247 milhões (R$ 1,1 bilhão) pela empresa de pesquisa de mercado Grand View Research, com projeções da consultoria McKinsey & Company indicando que o valor poderá atingir US$ 25 bilhões (R$ 119 bilhões) até 2030.

Produção da carne de laboratório

A carne cultivada em laboratório tem seu processo iniciado com a coleta de células de um animal. Essas células são então nutridas com água, sal e nutrientes, como aminoácidos, vitaminas e minerais.

Posteriormente, as células se multiplicam em grandes tanques, conhecidos como cultivadores ou biorreatores. Após a colheita, o produto resultante é essencialmente carne moída, que pode ser processada em hambúrgueres, salsichas ou filés. A carne cultivada não contém ossos, penas, bicos ou cascos, e não requer abate de animais.

Vendas terão início em restaurantes parceiros 

Embora a Upside Foods e a Good Meat não tenham fornecido detalhes sobre sua capacidade de produção atual, ambas iniciarão a venda de frango produzido em laboratório para consumidores americanos por meio de restaurantes parceiros. A Upside Foods terá seu produto disponível no Bar Crenn, localizado em São Francisco, enquanto a Good Meat operará em um local não revelado, em parceria com o renomado chef José Andrés, em Washington. Esse modelo de parceria permite a interação com os consumidores, fornecendo oportunidades de educação e feedback, de acordo com porta-vozes das empresas.

Além do frango

Após a fase de teste inicial, as duas empresas têm planos de aumentar a produção e expandir para outros tipos de carne. No entanto, reproduzir carne bovina, por exemplo, com maior teor de gordura e sabor mais complexo, representa um desafio adicional.

Apesar dos avanços, ainda existem incertezas em relação à estrutura regulatória da carne cultivada e às atitudes dos consumidores em relação a esses produtos.

Fonte: O Presente Rural com assessoria da Good Meat

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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