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Suínos / Peixes

Uma nova ótica sobre o arraçoamento no período pós cobertura

Diferente do que se pregava nos anos 90, elevar níveis nutricionais no período pós-cobertura pode ser benéfico à sobrevivência embrionária, defende doutora Fernanda Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais (MG)

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A doutora em Medicina Veterinária, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernanda Almeida, fez uma palestra sobre estratégias para a manutenção de embriões viáveis com a perspectiva de um novo olhar para o período pós-cobertura. O evento integrou o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, que aconteceu de 09 a 11 de agosto, em Chapecó (SC), promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas/SC (Nucleovet).

Diferente do que se pregava nos anos 90, hoje, com o advento da fêmea moderna, hiperprolífica, níveis nutricionais elevados no período pós-cobertura podem ser benéficos à sobrevivência embrionária.

Aos participantes, começou destacando que a eficiência reprodutiva é o principal indicador econômico em sistemas de produção animal e que na indústria suinícola esse indicador é representado pelo número de animais desmamados por fêmea por ano (DFA). De acordo com Almeida, “muitos são os fatores determinantes desse índice, alguns inerentes à fêmea, tais como período de gestação, período de lactação e número de dias não produtivos, outros inerentes aos leitões, onde se destaca o tamanho da leitegada”.

De acordo com a profissional, o tamanho da leitegada é determinado pela taxa de ovulação, que tem sido foco principal dos programas de melhoramento genético nas últimas duas décadas, culminando com o advento da fêmea suína moderna, que tem como característica fundamental a elevada prolificidade. Ela explicou, no entanto, que mesmo que a taxa de ovulação determine o tamanho de leitegada, normalmente isso pode não refletir o número de leitões nascidos ao parto. Isso porque ocorrem perdas ainda na vida intrauterina, tendo como causa principal a mortalidade embrionária. Ela citou, conforme estudos já publicados, que a mortalidade embrionária contribui com potencias perdas de leitões no início da gestação que podem ser chegar a até 40 %.

A nutrição pós-cobertura, na opinião da doutora Fernanda Almeida, assume papel de destaque entre os desencadeadores que contribuem para as perdas embrionárias no início da gestação. Conforme a profissional, a cadeia suinícola ainda não chegou a um denominador comum sobre a forma mais adequada de executar o arraçoamento neste período. Na palestra, ela mostrou um levantamento dos principais trabalhos onde esse tema foi investigado e apresentou as principais conclusões, que incluem o controle da progesterona e a relação com a nutrição.

Nutrição

De acordo com Fernanda, estudos clássicos do final da década de 90 evidenciaram a importância do hormônio progesterona para a manutenção da gestação e para determinação do tamanho da leitegada. “Sabe-se que esse hormônio, sintetizado pelos corpos lúteos ovarianos, é responsável pelas funções endometriais (síntese do “leite uterino”), fundamental para os estágios iniciais de desenvolvimento, implantação e sobrevivência embrionária”, destacou.

Ela explica que nos anos 1996 e 1997 o papel de níveis de arraçoamento elevados imediatamente após a cobertura em leitoas foi evidenciado como prejudicial à sobrevivência embrionária por reduzir os níveis circulantes de progesterona em função de um maior metabolismo do hormônio a nível hepático. No entanto, revelou, o suprimento local de progesterona é direto, não sendo modulado por metabolismo hepático, o que explica o fato de a concentração de progesterona na circulação local ser muito mais elevada quando comparada à circulação sistêmica.

Os novos estudos, porém, mostram um benefício com a utilização de níveis nutricionais elevados no período pós-cobertura. “Estudos mais recentes onde os efeitos de altos níveis de arraçoamento pós-cobertura e sobrevivência embrionária foram investigados revelaram que níveis nutricionais elevados no período pós-cobertura seriam benéficos à sobrevivência embrionária, contradizendo o que havia sido postulado há quase 20 anos atrás. Foi reportado que a progesterona transferida diretamente do ovário ao útero seria um adicional considerável ao suprimento uterino dos níveis sistêmicos de progesterona, compensando a redução sistêmica de progesterona em leitoas com altos níveis de arraçoamento após a cobertura”.

Além disso, revela a professora, as fêmeas modernas, hiperprolíficas, possuem mais corpos lúteos e produzem mais progesterona. “Portanto, níveis elevados de arraçoamento no período pós-cobertura seria prejudicial à sobrevivência embrionária nesses animais.

Para Almeida, a fêmea suína moderna é bem diferente daquela de 20 anos atrás. “A hiperprolificidade aumentou a capacidade de síntese de progesterona em decorrência a maiores taxas de ovulação. O suprimento local de progesterona para o corno uterino tem efeito positivo sobre a sobrevivência embrionária, comparado ao corno uterino que depende somente do suprimento sistêmico de progesterona, mesmo depois da ocorrência de implantação. Adicionalmente, tanto progesterona sistêmica quanto o suprimento local de progesterona devem ser considerados quando se investiga os efeitos do nível de arraçoamento no período pós-cobertura sobre a sobrevivência embrionária”, garante a médica veterinária.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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