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Avicultura R$ 5,5 BILHÕES

Só 18% do custo com coccidiose é com prevenção

Entre os métodos preventivos de controle para garantir e manter a sanidade das aves é fundamental realizar um programa de biosseguridade com todos os elos da corrente bem trabalhados, para que o parasita seja eliminado por completo do ambiente.

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Foto: Shutterstock

Entre as enfermidades mais comuns da avicultura industrial, mas que causam grandes impactos econômicos na produção devido ao atraso no desenvolvimento e mortalidade de animais, está a coccidiose, doença transmitida por protozoários do gênero Eimeria spp. que atacam o intestino das aves.

Recentes estudos estimam que o custo global da indústria avícola gerados com o patógeno pode chegar a 10,4 bilhões de euros, sendo que no Brasil esse valor se aproxima de 1 bilhão de euros, em torno de R$ 5,5 bilhões. “Apenas 18% deste custo é para prevenção, outros 82% são prejuízos que a doença pode acarretar quando não bem controlada, o que demonstra o quanto é importante que sejam consideradas todas as opções disponíveis no mercado para prevenção dessa enfermidade de forma assertiva e de acordo com a realidade, para que se consiga reduzir o percentual de prejuízo que possa causar”, expõe a médica-veterinária e mestra em Ciência Animal, Bruna Cereda de Oliveira, durante a 6ª edição do Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat), evento realizado de 28 a 30 de novembro, em Porto Alegre, RS. Ela participou do Painel Saúde intestinal e imunidade para palestrar sobre “Presente, passado e futuro no controle da coccidiose em frangos de corte”.

São reconhecidas sete espécies com capacidade de infectar as aves de produção, sendo cinco causadoras da coccidiose clínica, a qual é mais prevalentes em aves de ciclo curto como de frango de corte, devido ao período pré-patente – decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico do ciclo de vida desses parasitas dentro do intestino: Eimeria acervulina, Eimeria maxima, Eimeria tenella. Enquanto a Eimeria mitis e Eimeria praecox são causadoras da coccidiose subclínica. “Estudos demonstram que a prevalência dessas Eimerias spp. podem, sim, impactar negativamente nos resultados produtivos de frangos de corte. Em relação a casos de ciclo longo, que incluem reprodutoras e poedeiras, precisamos incluir mais duas, que são a Eimeria brunetti e Eimeria necatrix. Elas possuem um período de vida pré-patente mais longo e, dessa forma, causam problemas significativos na avicultura”, ressalta.

Resistentes no ambiente, as Eimerias spp. possuem uma dupla camada proteica e lipídica que protege os parasitas contra agentes químicos, do calor e do frio. Além disso, a produção avícola em larga escala favorece a multiplicação deste parasita no ambiente. “Se não controlado adequadamente pode causar um impacto na saúde intestinal muito significativo e consequente prejuízo econômico”, comenta Bruna.

A coccidiose é transmitida quando os oocistos são levados em partículas de fezes contaminadas carregadas por vetores, fômites e alimentos contaminados, por isso a alta densidade de aves e o contato com fezes são indícios para manutenção da coccidiose nas criações, aliados a fatores ambientais, como a umidade e a temperatura, que também propiciam aumento do problema no aviário.

Métodos de controle

Entre os métodos preventivos de controle para garantir e manter a sanidade das aves é fundamental realizar um programa de biosseguridade com todos os elos da corrente bem trabalhados, para que o parasita seja eliminado por completo do ambiente.

Algumas medidas podem contribuir para evitar surtos da doença como a limpeza e desinfecção dos aviários, adoção de um programa de controle sanitário, de biosseguridade e boas práticas de manejo. Os oocistos dos protozoários Eimeria spp. podem permanecer por cerca de um ano ou mais no galpão caso estejam em condições favoráveis, sendo assim é de suma importância que se mantenha uma avaliação contínua e periódica do desempenho do programa anticoccidiano.

Em um trabalho realizado recentemente se avaliou o efeito desinfetante do gás amônia em diferentes concentrações em cama de aviário contaminadas com Eimeria spp., cujos resultados demonstraram que, independente da concentração de amônia na cama, todos os oocistos esporulados foram eliminados. Em relação aos oocistos não esporulados, quanto maior a concentração de amônia menor a quantidade de oocistos esporulados detectados.

“Dessa forma nós podemos utilizar os métodos sanitários como um auxílio para reduzir a pressão de infecção das nossas granjas, mas infelizmente não podemos usá-lo isolado para controle da coccidiose, somente associada a outras ferramentas de controle”, frisa Bruna.

Segundo a médica-veterinária, os produtos anticoccidianos são os métodos de controle mais utilizados na avicultura atualmente. Classificados em ionóforos e químicos, são utilizados de acordo com os desafios da região em que está localizado o aviário.

Os primeiros anticoccidianos lançados no mercado foram na década de 50, sendo que o último lonóforo foi a Salinomicina em 1995, e o último químico foi o Diclazuril em 1989. “Desde então nenhum novo produto foi lançado e essa falta associada à utilização de um mesmo medicamento por muito tempo ou até mesmo em alta frequência pode contribuir para problemas relacionados à resistência das Eimerias em relação à utilização destes medicamentos”, enfatiza Bruna.

Conforme a mestra em Ciência Animal, existe uma grande necessidade de se preservar a rotação de moléculas para que se tenha efetividade no controle da coccidiose. Entre as novas abordagens estão as vacinas anticoccidianas. “Quando falamos de vacinas anticoccidianas existem experiências passadas com o uso de vacinas com cepas selvagens, no entanto, essas vacinas se mostraram ineficientes devido ao perfil das Eimerias serem totalmente deletérias para um campo intestinal, o que gerou o mito de que vacinas antioxidantes são ineficazes para o controle de coccidiose em frangos de corte”, relembra Bruna.

Atualmente existem as vacinas atenuadas por precocidade, fabricadas a partir de passagens por atenuação. Os estudos são realizados com Eimerias de ciclo de vida menor, ou seja, que geram menos indivíduos e vão entrar em muito menos células intestinais. “Porém apenas uma passagem não é suficiente, é preciso que sejam realizadas essas passagens várias vezes até que se tenha uma vacina que elimine rapidamente do intestino esses parasitas. O número de células intestinais que a vacina vai estimular no sistema imunológico é muito sutil, porém suficiente para que se tenha uma resposta imune e celular efetiva. Então, as vacinas do presente e do futuro conseguem estimular o sistema imune e manter a integridade intestinal”, exalta Bruna.

No gráfico 1 são demonstradas a diferença entre as vacinas com as cepas selvagens e as atenuadas por precocidade. No eixo X a cada sete dias são considerados um ciclo da coccidiose e no eixo Y é o pico de excreção de oocistos que cada cepa é capaz de produzir. A linha vermelha é considerada a cepa selvagem, a qual além de ter um pico reprodutivo mais tardio, entre 28 e 35 dias, tem uma capacidade reprodutiva muito grande, impactando negativamente na mucosa intestinal, uma vez que gera muitos descendentes. Por sua vez, quando falamos de uma cepa vacinal atenuada por precocidade, o pico de excreção se desloca para a esquerda de forma muito sutil, com a formação de imunidade precoce entre 14 e 21 dias, não conseguindo estimular a imunidade celular, mas mantendo então a integridade do intestino.

 

Qual estratégia usar?

A médica-veterinária recomenda a estratégia de rotação entre vacinas anticoccidianas para o combate ao agente etiológico. Segundo ela, estudos experimentais demonstram que a utilização de vacinas em uma mesma granja, em pelos três lotes consecutivos, altera o perfil de Eimerias do ambiente. “É possível substituir as Eimerias selvagens e as Eimerias de campo, que são resistentes aos produtos anticoccidianos disponíveis no mercado, por cepas vacinais, que são totalmente sensíveis a tais medicamentos. Dessa forma, as Eimerias selvagens vão perdendo espaço, passando a serem substituídas pelas Eimerias vacinais, gerando uma efetividade maior no controle da coccidiose com os produtos anticoccidianos”, afirma Bruna.
Uma outra estratégia é o uso contínuo da vacina, pelo fato dela ser atenuada por precocidade não existe possibilidade de se tornar patogênica novamente. “Atualmente existem essas duas estratégias para o uso da vacina, porém há uma preocupação que os químicos e ionóforos possam ter seu uso proibido a qualquer momento. Nos Estados Unidos, por exemplo, os ionóforos estão classificados como promotores de crescimento. Então, até quando vamos poder utilizar os químicos e ionóforos não sabemos”, expõe.

Vacina atenuada por precocidade, com administração em spray

Além da tecnologia de uma vacina atenuada por precocidade, Bruna diz que houve a melhoria do procedimento vacinal desses imunizantes com a administração em spray, a qual é realizada ainda no incubatório. “Para essa vacinação é necessária a administração de um spray gota grossa para que essas aves sejam estimuladas a ingerir essas vacinas, diferentes de vacinas respiratórias, onde o tamanho de gota é fina, na coccidiose o pintinho precisa ter o estímulo dessa gota grossa para que a vacina chegue no intestino e tenha a formação da imunidade”, menciona.

A mestra em Ciência conta que as vacinas de última geração estão associadas com diluentes específicos, que possuem uma cor roxa a fim de chamar mais atenção das aves, estimulando assim a visão dos animais. Também contém um aromatizador de baunilha para estimular o olfato das aves, que possuem ótimos receptores, fazendo com sejam atraídas pelo cheiro. “Em ambientes de incubatórios mais escuros ou até mesmo no empilhamento de caixa devido ao volume de frango de corte, quando a ave não consegue visualizar o corante, ela vai ser estimulada pelo olfato. Além disso, esse diluente possui imunomoduladores que são adjuvantes (componentes que ajudam na estimulação do sistema) de vacina viva, que vão acelerar a presença de macrófagos, células dendríticas para desencadear a resposta imune”, aponta Bruna.

Vacina atenuada por precocidade in ovo

O último lançamento em relação à vacina atenuada por precocidade foi a vacina in ovo. Entre as vantagens de administração desse imunizante está a forma individualizada da ave receber essa vacina, podendo ser associada na mesma injeção de uma vacina para Doença de Gumboro ou de Doença de Marek no incubatório.

Uso de vacina em casos de resistência aos anticoccidianos

O uso de vacina em casos de resistência aos anticoccidianos, essa resistência é explicada devido ao alto número de casos com coccidiose clínica, associada à utilização de um lote demandante anticoccidiano com uma dose limite, mortalidade alta, casos restritivos de medicações a campo e índices zootécnicos inferiores. “Essa realidade de campo iniciou o uso da vacina em meados de agosto de 2019 e desde então os casos de coccidiose diminuíram significativamente, assim como o uso de medicações e mortalidade”, declara.

Em relação aos resultados zootécnicos com a utilização desta vacina, Bruna diz que em casos clínicos de coccidiose por causa de ineficiência de programas anticoccidianos, devido à resistência desses produtos, há passagens de parasitas para o intestino.

Em relação aos resultados zootécnicos com a utilização de vacina em casos de resistência aos anticoccidianos, Bruna conduziu um estudo a campo em que avaliou o ganho de peso (GPD) e a conversação alimentar, como ilustrado no gráfico 2, em lotes com coccidiose clínica, comprovando que após quatro meses do uso da vacina esses índices produtivos melhoraram significativamente. “Em 2020 foi utilizada apenas a vacina anticoccidiana e o resultado foi muito interessante: foram reduzidas 100 quilocalorias na nutrição devido a melhora desses resultados zootécnicos e teve ainda uma redução do investimento nutricional, o que demonstra que em casos onde há resistência aos anticoccidianos, é possível, sim, melhorar os resultados produtivos da granja”, assegura Bruna.

Uso de vacina em casos de não resistência

Em outro experimento para avaliar o desempenho produtivo nos primeiros 28 dias de vida, foi colocado a prova a eficácia da vacina anticoccidiana comparada com um programa de medicamentos químicos e inócuos muito utilizados na avicultura, associada com um aditivo para verificar o sinergismo entre os dois programas.

Em relação ao ganho de peso e conversão alimentar, “os resultados demonstram que, independente do programa anticoccidiano, se é vacina ou não, houve um sinergismo entre o programa anticoccidiano e o aditivo. Então é vantajoso associar o controle anticoccidiano a um aditivo nutricional”.
Por outro lado, quando foi avaliado os programas anticoccidianos de forma isolada, Bruna salienta que a vacina anticoccidiana conseguiu maximizar a sua efetividade, protegendo as aves contra a coccidiose, ou seja, quando não existe casos clínicos de coccidiose sem resistência aos anticoccidianos é possível preveni-los com uma experiência anterior. “É imprescindível o correto controle da coccidiose, já que essa enfermidade onera muito os custos de produção. As vacinas com cepas atenuadas por precocidade são totalmente seguras, eficientes, precoces, porque estimulam o sistema imune de uma forma sutil, mantendo a integridade intestinal”, salienta.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital de Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Mandato de Ricardo Santin é renovado na presidência da ABPA

Ele também preside o Conselho Mundial da Avicultura, o Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de ocupar a vice-presidência da Associação Latinoamericana de Avicultura.

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Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - Foto: Divulgação/ABPA

O advogado e mestre em Ciências Políticas, Ricardo Santin, foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após realização da Assembleia Geral realizada na quarta-feira (24), ocasião em que foi escolhido o novo Conselho Diretivo da associação.

O novo conselho será comandado por Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial há mais de três décadas, assumirá o posto até então ocupado pelo diretor comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi.

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, Diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, diretor da Acav/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho: “Agradeço a confiança do novo Conselho da ABPA e do presidente Irineu na continuidade deste trabalho da entidade que, pela união de esforços, tem gerado grandes resultados para a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, faço especial agradecimento a Leomar Somensi, que nos conduziu desde o primeiro dia de existência da associação, superando grandes crises e conquistando vitórias históricas para o nosso setor. O setor todo rende uma especial homenagem à esta inestimável liderança exercida por ele ao longo destes 10 anos”, destaca Ricardo Santin.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

Fonte: Assessoria ABPA
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Avicultura

Uma cooperativa para se chamar de Lar

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional

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Fotos: Divulgação/OP Rural

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa. Confira!

O Presente Rural – Fale um pouco sobre sua história dentro do cooperativismo e na Lar. Como essas duas histórias se unem?

Irineo da Costa Rodrigues – A Cooperativa Lar foi criada nos anos 1960, quando houve uma migração de pessoas do sul do país para onde hoje é o município de Missal. A Igreja Católica inclusive, através de uma encíclica do Papa João XXIII, que dizia que as pequenas economias deviam se juntar ou em cooperativas. Cinco dioceses na época foram até o governador Moisés Lupion pedir uma ajuda à Igreja. O governador doou a essas cinco dioceses cinco mil alqueires, ou seja, mil alqueires a cada. Assim, vieram agricultores do sul da região das Missões, de origem alemã e católicos pequenos agricultores.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil”

Na medida em que eles vinham, compravam uma colônia de terra que é dez alqueires e a igreja separava um valor para formar uma cooperativa. E assim nasceu a Cooperativa Lar, que foi fundada no dia 19 de março de 1964. Dia 19 de março é Dia de São José, esposo de Maria e o nome do padre que foi colonizador e gerente da colonizadora, e foi o primeiro presidente da cooperativa. A cooperativa nasceu sob a égide da Igreja. No dia 19 de março de 2024 a Lar completou 60 anos.

Eu sou da região da campanha do Rio Grande do Sul. Minha cidade natal é Canguçu e meu pai era pequeno produtor. Produzia leite, batata, cebola, pêssego e na época ele se associou à cooperativa de leite. Infelizmente ela descontinuou por má gestão e então eu sempre convivi com meu pai falando em cooperativa.

Depois fui estudar sete anos no Colégio Agrícola Visconde da Graça, em Pelotas (RS), e lá nós tínhamos uma cooperativa escolar. Então, de novo falando em cooperativa e estudando um pouco. Quando vim para a agronomia, me formei em 1973, em Pelotas, também na grade curricular tinha matérias voltadas ao cooperativismo.

No comecinho de 1974 me formei engenheiro agrônomo e pensei em sair do Rio Grande do Sul, porque as faculdades de agronomia estavam lá na cidade de Pelotas, que é mais antiga do país. Já tinha a URGS, de Porto Alegre, e tinha a de Santa Maria. O Paraná só tinha uma que era a Federal do Paraná. Santa Catarina não tinha faculdade de agronomia, ou seja, o Rio Grande do Sul formava muitos agrônomos. E eu vi o exemplo de outros, eu queria ser produtor rural. Pensei “vou no rumo do Centro-Oeste, no Mato Grosso”, mas o Mato Grosso ainda não tinha a agricultura.

Entrei na Emater do Paraná, trabalhei sete anos e, mais da metade do tempo, com o chefe em Cascavel. Fui chamado pela Embrapa em 1974, não quis ir, eu até tinha uma data para ir para a Carolina do Norte fazer o mestrado nos Estados Unidos. E digo “não, se eu for para a Embrapa eu vou ter que ir fazer mestrado, quem sabe doutorado, e eu não vou ter oportunidade de começar na agricultura antes”. Fiquei sete anos na antiga Carpa, a Emater hoje. E a Carpa tinha o trabalho de fomentar o cooperativismo, falar com os agricultores e é um trabalho que eu fazia. Ou seja, em quatro momentos: com o meu pai, colégio agrícola, na faculdade e depois na antiga Carpa, eu sempre vivi, respirei um pouco o cooperativismo.

Quando saí da Emater, a Sudcoop, que hoje é a Frimesa, entrou em dificuldade e vim ser presidente dessa cooperativa e fiquei até o ano de 1983. Em 1984 e 1986 vim para a Cotrefal (Lar) como diretor-secretário e fiquei um pouco frustrado porque a cooperativa não andava. Então me afastei e, quando voltei, em 1990 por nove anos acumulei a Presidência da Sicredi e da atual Lar.

Então eu já tinha passado pela diretoria da Frimesa, fui presidente da Codetec sempre – eu a fundei e a vendi, e ela teve um papel bem importante. Foi vendida por uma decisão das cooperativas, não era minha decisão.

O Presente Rural – Quando a Lar decidiu diversificar e industrializar sua produção?

Irineo da Costa Rodrigues – Eu só assumi a presidência da Lar com essa ideia de que tinha que fazer duas coisas, até pelo lado de engenheiro agrônomo e de educador da Emater, que tinha que profissionalizar, que tinha que trazer mais eficiência na agricultura e, também, tinha que agregar valor, porque pequenas propriedades não se viabilizam só com grãos e nós já tínhamos através da Frimesa um pouco de suinocultura e leite. Primeiro passo foi aumentar a suinocultura, aumentar a produção de leite, buscar mais produtividade. Na época, criamos os chamados programas de eficácia. Aí nós entramos com a cultura da mandioca e de hortigranjeiros, mas mirando frango. Até que foi possível, quatro anos depois, pois estávamos com um estudo pronto para entrar na avicultura, no dia 09/09/1999, ou seja, em menos de uma década a Lar já estava agregando valor, diversificada e mais industrializada.

O Presente Rural – Presidente, a Lar é destaque tanto em número de colaboradores como associados. Ao que o senhor atribui esse desempenho todo?

Irineo da Costa Rodrigues – Cresceu o número de associados porque mais agricultores passaram a confiar na gestão. Não tínhamos médios e muito menos grandes produtores associados à cooperativa. Passaram a se associar e depois aumentou o quadro de associados quando a Lar foi para o Mato Grosso do Sul, claro, tínhamos associados lá, mas muitos sul-mato-grossenses se associaram à Lar. Como também quando fomos para o Norte do Paraná, para expansão da avicultura. O nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil. Por termos uma avicultura muito intensa, a Lar se tornou em 24 anos a terceira maior empresa de abate de frango do país, a quarta maior da América Latina. A avicultura é muito intensa em ocupação de mão de obra. Nossa avicultura, hoje, precisa de 21 mil funcionários. Então, dos 24 mil funcionários, 21 mil estão na avicultura.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa”

O Presente Rural – Ainda em relação ao quadro de colaboradores e dos associados, quais os benefícios ou ações que a Cooperativa tem nessas duas frentes?

Irineu da Costa Rodrigues – Perante aos associados é o trabalho intenso de levar tecnologia, levar a atualidade para eles produzirem mais. E pela diversificação, também conseguimos levar mais renda aos associados. Mas a Lar também tem alguns programas adicionais. Nós bonificamos os associados por fidelidade, por compra de insumos e por milho de qualidade, pois precisamos de uma matéria-prima boa para nossa pecuária. Com isso, premiamos quem tem milho com mais qualidade. Além de distribuição de sobras, podemos citar levar educação e oportunidade para os associados estudarem. Hoje nós temos o curso, talvez inédito no Brasil, de bacharel em agronegócio para agricultores.  Para os funcionários, é um trabalho incessante de qualificação, gerar oportunidades para que nossos funcionários estudem para serem melhores técnicos e melhores gestores.

O Presente Rural – Como o senhor avalia o cooperativismo no ramo agropecuário e o cooperativismo no Brasil?

Irineu da Costa Rodrigues – Ele é extremamente necessário. Penso que ele vai se expandir. Claro que, vez ou outra, alguma cooperativa não tem sucesso, mas isso se deve a alguns fatores. Primeiro, uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa. Se a cooperativa preenche essa necessidade é meio caminho andado. Segundo, tem que ter uma gestão boa. E, às vezes, as cooperativas se perdem um pouco com a vontade de querer ajudar o associado, exagera na ajuda, ou também por falta de conhecimento, não são felizes nas decisões tomadas na área comercial, industrial. A cooperativa tem que preencher o interesse do associado e tem que ter uma boa gestão.

E outra palavra que não é mágica, mas é importante, é confiança. A cooperativa tem que gerar confiança. Com esses três alicerces uma cooperativa vai bem, ela cada vez mais encanta seu associado, cada vez se expande mais. Claro que isso não é unanimidade, até porque não dá para uma diretoria de cooperativa atender tudo que o associado quer, pois têm alguns que exageram no pedido. O cooperativismo está sendo cada vez mais importante para o país. Cada vez mais está participando mais da produção, como no estado do Paraná, onde mais de 50% da produção do estado passa por cooperativas.

O Presente Rural – Hoje a cooperativa trabalha em diversas áreas do agronegócio. Poderia traçar um panorama dessas áreas?

Irineu da Costa Rodrigues – A Lar tem um foco. Isso foi definido há duas décadas, quando nós passamos a diversificar muito e poucos associados tinham o interesse por aquelas atividades. O foco da Lar é o que a nossa região faz, foco em grãos, em carnes e insumos. Temos logística, temos transporte, serviços. Criamos a cooperativa de crédito, a Lar Credi para focarmos no agricultor. Não é uma crítica, mas as cooperativas quando ficam grandes, focam muito no meio urbano, de certa forma deixam um pouco de lado o agricultor. Atendem muito bem, são fantásticas, são muito fortes, têm uma boa gestão, mas na nossa região, quando a Lar Credi foi criada, levou um choque. Nós percebemos as outras cooperativas, sem citar o nome, se voltando mais para o agricultor porque viram a Lar Credi como uma concorrente forte. E nós não vamos fazer muito barulho, vamos crescendo pouco a pouco, porque a base da Lar Credi é operar com simplicidade, com baixo custo e focada no agricultor. Nós trouxemos um seguro que, para os nossos produtores, foi fantástico. Na avicultura, por exemplo, era um seguro muito caro e esse seguro que nós trouxemos cobre a mortalidade de aves.

O Presente Rural – A avicultura teve uma expansão expressiva nos últimos anos. Até onde a Lar pretende chegar?

Irineu da Costa Rodrigues – De certa forma, a Lar chegou onde queria chegar. Nós precisávamos aumentar a nossa avicultura, porque é uma atividade que tem que crescer para diluir custo. Nós tivemos essa percepção. Nos ressentíamos de ter uma planta para o mercado interno, então, adquirimos a Granjeiro, em Rolândia. Conversávamos muito com a Copagril sobre a necessidade que eles tinham de aumentar, porque com o abate pequeno não era sustentável. O Ricardo Chapla era o presidente, ele cogitou outras empresas que poderiam comprar, outras cooperativas e eu fiquei um pouco frustrado que a Lar não estava na lista, acho que ela era considerada meio pequena. Mas a Lar precisou ser ousada, ter coragem para assumir uma atividade que tinha valor alto e deu certo.  O negócio foi relâmpago. No primeiro dia útil de três anos atrás, a Lar já estava abatendo frango em Marechal Cândido Rondon. Acreditamos que a Lar é reconhecida, está fazendo um bom trabalho.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues foi entrevistado pelo jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural, Giuliano De Luca e por Ueslei Stankovicz para o Programa Voz do Cooperativismo

O Presente Rural – Falando também em suinocultura, como estão as perspectivas? E, falando do aumento no abate do frigorífico Frimesa, tem expectativas de crescimento nessa área também?

Irineu da Costa Rodrigues – A avicultura do ano passado sofreu muito. O Brasil estava com o abate muito alto. Deu muito prejuízo até o mês de agosto, mas muito prejuízo mesmo. A partir de setembro passa a ter resultado positivo, mas nós não cobrimos o prejuízo de avicultura do ano passado. Isso vai demorar uns meses ainda. A suinocultura está com problema semelhante. Ela não deu prejuízo que o frango deu, mas a gente vai ver balanços complicados em empresas que só têm suínos. Isso porque a China deu um “boom” quando ela precisou controlar a peste suína africana, depois se preparou para poder voltar com produção máxima e modernizada e ela está comprando pouco. Então a suinocultura no Brasil possivelmente terá o primeiro semestre ainda duro, sem grandes margens, ou em alguns casos sem margem, acumulando algum prejuízo.

Mas a suinocultura da Lar foi positiva no ano passado. Na nossa forma de ver, no sistema integrado da Frimesa, você deve olhar seu custo e sanidade e a Lar tem sanidade extraordinária. E quando se tem mais produtividade, se diluem os custos. A Frimesa entrou numa época difícil e ela precisa aumentar o abate, pois caso contrário não irá diluir custos.  Mas isso está acontecendo. No ano passado ela teve que arcar com todos os custos de uma empresa em seu início, o que não foi tão fácil, mas teve bom resultado. Precisamos olhar na suinocultura, tanto quando na avicultura, o nível de alojamento, se não passaremos a ver problemas financeiros nessas áreas este ano.

A Lar cresceu muito na produção de suínos, tanto é que no ano passado nós entregamos suínos para Frimesa, para a Friela, Frivatti e vendemos um pouco para o mercado livre. Agora, a partir de janeiro, com a Frimesa ampliando o abate, 100% da matéria prima da Lar está indo para ela.

O Presente Rural –  No Brasil, as taxas estão um pouco elevadas. Isso tem algum impacto na ideia de crescimento da Lar, ou dos próprios produtores rurais?

Irineu da Costa Rodrigues – Primeiramente, a Lar chegou num tamanho adequado, então não temos hoje grandes ideias de expansão. Ela vai investir esse ano mais de 500 milhões para modernizar parque industrial, aumentar um pouco a frota, ampliar grãos. A Lar poderá crescer, eventualmente se surgir uma boa oportunidade, como surgiu a Granjeiro, como surgiu a própria intercooperação com a Copagril. Mas, uma das razões é o juro alto, sim.

O Presente Rural – Quais os principais desafios que a Lar sente hoje?

Irineu da Costa Rodrigues – Nossa preocupação é a queda no preço dos grãos, pois produzimos ainda com custos altos. E, claro, estamos muito preocupados com essas questões de logística que não melhoram nunca. As estradas já deveriam estar todas duplicados, elas são deficientes. Nos preocupa também energia elétrica, que não é adequada ao nível de consumo que temos hoje. A toda hora cai energia, morre frango. Nós não temos conectividade, não temos sinais bons aqui para as máquinas modernas que temos. Em alguns lugares há problemas de água e estradas vicinais. Segurança jurídica e marco temporal, por exemplo. Há indígenas que vêm do Paraguai, que são massa de manobra, criar tensão na região. Como, de certa forma, o MST, que na nossa região está tranquilo, mas a toda hora a gente vê alguém incentivando os movimentos sociais.

O Presente Rural – Quais são as oportunidades emergentes que a Lar observa par ao agronegócio brasileiro?

Irineu da Costa Rodrigues As oportunidades são muito grandes, porque nós temos território, nós temos terra, nós temos know how, nós temos clima. E quando falo em know how é porque temos pessoas que sabem fazer agricultura. Os outros países também têm esse potencial, mas não têm a tecnologia, não tem know how como o nosso agricultor sabe fazer. Então, por isso, o Brasil seguramente vai, cada vez mais, ter uma produção maior.  Mas claro, outros países começam a criar barreiras, barreiras tarifárias, sanitárias. Precisamos ter um governo que faça o trabalho contraponto, que divulgue mais como trabalhamos. Nós temos uma narrativa muito ruim no Brasil, inclusive brasileiros estão falando que a nossa produção não é saudável, que agride o meio ambiente, que tem trabalho escravo. Brasileiros fazendo jogo de interesses fora do país. Nós temos que sair na frente com uma nova narrativa, falar qual agricultura nós fazemos e chamar os clientes, mostrar para eles. Já ocorreu de clientes da Lar que vieram do exterior ficarem surpresos ao verem árvores na beira das estradas e rios, pois se fala que no Brasil não há mais mata. Essa narrativa precisa ser construída para que sejamos melhores vistos lá fora.

O Presente Rural – Na sua visão, o que é o agronegócio do futuro e como o cooperativismo se encaixa nele?

Entrevistado do Programa Voz do Cooperativismo, presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues destacou os principais avanços e conquista da cooperativa

Irineu da Costa Rodrigues – O agronegócio é uma necessidade. Nós vamos ter nove bilhões de pessoas, então é um incremento de mais de um bilhão e meio de pessoas que precisam se alimentar e têm muitas regiões do mundo em que as pessoas passam fome. Estamos numa atividade essencial, diria até mais essencial que a saúde, porque não tendo alimentação, não tem como ter saúde.

Isso tem uma perspectiva muito grande para o nosso país. Cada vez mais a gente observa que quem tem tecnologia para o agro vem para o Brasil. O país vai atrair muitos investidores porque ele tem uma condição espetacular para produzir muito mais. E nós temos que ter a sabedoria de aproveitarmos essas oportunidades. E sim, penso que as cooperativas estão fazendo isso. A Lar não cresceu nos últimos anos à toa, ela buscou crescer, ela se preparou, ela tem na educação e na inovação pilares importantes. Nós somos uma cooperativa que estuda muito. Até temos falado que a Lar é uma cooperativa educadora. Temos aqui grupos de cumbuca espalhados em todo a cooperativa, onde as pessoas se reúnem para estudarem juntas, discutir o que estudam e aplicarem o estudo. Isso está dentro do DNA da cooperativa e é isso que nos dá essa confiança de que a Lar tem mais facilidade de superar dificuldades. Nós acreditamos que ela é uma cooperativa bem resiliente, porque ela, desde o começo do ano, trabalha como se já fosse um cenário difícil. E se ele aperta, o pessoal se dedica um pouco mais. Se o ano vai bem, a gente não afrouxa não. Então vamos produzir um bom resultado financeiro no final do ano, porque o associado quer sobra e o funcionário quer participação do resultado.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Inscrições com desconto ao Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos encerram dia 30 de abril

Evento será realizado nos dias 21 e 22 de maio em Uberlândia (MG).

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Foto: Shutterstock

A Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) realiza, entre os dias 21 e 22 de maio, o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos no Nobile Suíte Hotel em Uberlândia (MG),

Todas as palestras serão realizadas de forma presencial e as inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do primeiro lote variam de R$ 390,00 para profissionais e R$ 195,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 30 de abril.

Para se inscrever clique aqui. A inscrição só será confirmada após o pagamento, que pode ser realizado via depósito bancário, PIX, transferência bancária ou pelo cartão de crédito.

As inscrições antecipadas podem ser feitas até dia 16 de maio, não sendo possível se inscrever presencialmente no dia do evento.

Programação explora tópicos importantes para a avicultura

Durante o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos, os participantes terão a oportunidade de se aprimorar em uma variedade de temas fundamentais para o setor avícola. Um dos pontos de discussão será a otimização da janela de nascimento e seus impactos na qualidade e desempenho das aves adultas. Os especialistas compartilharão novos conceitos sobre como aperfeiçoar esse processo para garantir melhores resultados na produção avícola.

Além disso, a limpeza, desinfecção e controle da contaminação no incubatório serão abordados em detalhes. Os participantes terão  acesso à informações sobre as melhores práticas para manter um ambiente higiênico e seguro para o desenvolvimento dos pintinhos. Confira a programação completa clicando aqui.

Fonte: Assessoria Facta
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