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Suínos / Peixes

Seneca Valley Vírus se espalha pelos polos produtores no Brasil

Principal medida para prevenir a entrada do vírus no rebanho é a adoção, a intensificação e o monitoramento de medidas rígidas de biosseguridade

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Um vírus que ainda preocupa muito produtores e profissionais da área de suinocultura é o Seneca Valley. Diagnosticado em diversas regiões do país, ele merece atenção redobrada pelos prejuízos que causa ao produtor. A doença é ocasionada por um vírus que inicialmente foi denominado de Seneca Valley vírus e atualmente está classificado no gênero Senecavírus, espécie Senecavírus A.

O médico veterinário, doutor Amauri Alcindo Alfieri explica que atualmente são conhecidas duas formas de apresentação clínica da infecção. “A primeira é aquela clássica, descrita inicialmente nos Estados Unidos, representada pela forma de apresentação vesicular da infecção”, conta. Ele informa que nessa forma, geralmente animais de recria, terminação e, até mesmo, reprodutores apresentam a formação de lesões vesiculares epiteliais que comprometem principalmente as regiões do focinho e os cascos dos animais. “Com a evolução, as vesículas se rompem, podendo ocorrer ainda sangramento e surgirem úlceras e erosões que podem ser complicadas por infecções bacterianas secundárias. Essas lesões, na dependência do número e intensidade, causam muita dor e desconforto ao animal, que evita se locomover e também reduz a alimentação”, conta.

O profissional acrescenta que em 2015 no Brasil foi descrita a primeira vez em todo o mundo uma forma distinta de manifestação clínica da infecção pelo Senecavírus A, que não se restringe apenas às lesões vesiculares em animais adultos. “Inicialmente no Brasil e posteriormente também nos Estados Unidos e China o Senecavírus A foi identificado em casos de uma Síndrome Multissistêmica com mortalidade neonatal, em que leitões de cinco a dez dias apresentam quadro clínico de definhamento, diarreia, lesões cutâneas, podendo apresentar sinais clínicos neurológicos”, conta.

Alfieri diz ainda que vários agentes etiológicos foram investigados e o Senecavírus foi presença constante nesses casos clínicos neonatais. “Adicionalmente, além da identificação do vírus em órgãos e tecidos de leitões mortos, na ampla maioria das granjas onde esses sinais clínicos ocorreram foram também observadas lesões vesiculares principalmente em matrizes”, conta. O doutor diz que em 2016 as duas formas de apresentação clínica foram, pela primeira vez, reproduzidas clinicamente por meio da inoculação experimental de animais isolados.

O profissional informa que em animais adultos, particularmente, a infecção compromete o bem estar e conforto devido às lesões no casco. Ele diz que no período agudo da infecção também são observadas com muita frequência alterações consideráveis em parâmetros de produção, como ganho de peso e conversão alimentar em animais com lesões vesiculares. “Refugagem e alta mortalidade de leitões também quase que invariavelmente têm ocorrido naquelas granjas que relatam a ocorrência pela primeira vez de lesões vesiculares em adultos”, conta.

Alfiere ainda diz que a quantificação dos prejuízos econômicos é difícil de ser feita, já que pode variar de rebanho para rebanho, uma vez que a infecção pode apresentar taxa de ataque diferenciado, assim como intensidades distintas em diferentes rebanhos. “No período agudo de infecção, aqueles animais com lesões vesiculares apresentam alterações consideráveis em parâmetros zootécnicos, como a conversão alimentar e ganho de peso. Porém, após a cicatrização das lesões, esses parâmetros retornam à normalidade”, conta. O médico veterinário comenta que particularmente no início dos surtos foram realizados vários relatos de desvios de animais da linha de abate em frigoríficos com Inspeção Federal, devido à presença de lesões cicatrizadas em focinho e cascos. “Essas situações ocasionaram prejuízos econômicos importantes, tanto para o produtor, considerando as reduções nos valores pagos por quilo do animal, uma vez que as carcaças dos animais desviados não podem ser exportadas, quanto para o frigorífico, devido à paralisação da linha de abate para desinfecção e sobrecarga de câmara fria”, afirma. Ele ainda acrescenta que outra forma de prejuízo econômico nos surtos de senecavirose ocorridos no Brasil deve-se à alta mortalidade neonatal, com taxas médias de 20 a 25%, tendo sido relatados casos individuais de até 37%.

Assim como toda infecção viral, particularmente em animais de produção, não há tratamento específico contra o vírus como aqueles tratamentos que podem ser realizados, por exemplo, em situações de doenças bacterianas, explica o médico veterinário. “Em animais com a forma vesicular pode-se realizar o tratamento sintomático com antibióticos e quimioterápicos utilizados contra as infecções secundárias. Nas situações em que os cascos dos animais apresentam grande reação inflamatória podem ser utilizados também anti-inflamatórios não esteroides”, conta. Ele ainda acrescenta que nas outras formas de apresentação clínica como, por exemplo, a neonatal, não há muito que fazer ou um tratamento específico.

Situação no Brasil

O médico veterinário, doutor Amauri Alcindo Alfieri, conta que de outubro a novembro de 2014, quando os primeiros relatos clínicos foram realizados no Brasil, até os dias de hoje, o Seneca Vírus A se disseminou pelas mais importantes regiões do país, onde a cadeia produtiva de suínos tem importância econômica. “Foram relatados casos clínicos em várias regiões geográficas e em vários Estados da federação, se destacando o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, diz.

O profissional explica que como muito provavelmente os rebanhos suinícolas não haviam entrado em contato com o vírus anteriormente, e com isso, não apresentava imunidade específica, a infecção se disseminou rapidamente nos rebanhos das principais regiões produtoras. Alfieri conta que posteriormente, apesar de haver casos relatados de surtos e casos clínicos em plantéis em que já haviam ocorrido casos, houve uma tendência de estabilidade. “Atualmente estão sendo relatados casos pontuais, porém não com a abrangência e gravidade iniciais. Particularmente eu creio que a infecção apresenta a tendência de tornar-se endêmica nos rebanhos, assim como ocorreu com a circovirose”, pontua.

Ele ainda acrescenta que a principal medida para prevenir a entrada do vírus ou até mesmo a reentrada do vírus no rebanho é a adoção, a intensificação e o monitoramento de medidas rígidas de biosseguridade. “A implementação e monitoramento de medidas clássicas de biosseguridade, sem dúvida, devem reduzir o número e intensidade de focos”, afirma. Entre as medidas destacadas pelo médico veterinário estão limpeza e desinfecção rigorosas das instalações, vazio sanitário, proibição ou redução ao máximo de trânsito nas granjas, implementação de sistemas de desinfecção de veículos; e evitar a presença de outros animais domésticos e silvestres. “Para granjas que precisam realizar a reposição de animais, deve ser obrigatória a realização de quarentena antes da introdução de novos animais no rebanho”, afirma.

O profissional ainda acrescenta que em hipótese alguma os rebanhos brasileiros estão protegidos do surgimento de um novo agente infeccioso. “Fomos realmente pegos de surpresa. Estávamos nos preparando, e ainda estamos, para evitarmos a entrada do coronavírus, causador da diarreia epidêmica suína (PED). De repente fomos assolados pela infecção por um vírus para o qual não tínhamos diagnóstico instalado no país”, diz. Ele ainda comenta que uma das formas de apresentação clínica da doença, a forma vesicular em animais adultos, apresenta lesões cutâneas muito semelhantes às ocasionadas pela febre aftosa que, de acordo com a OIE, é a principal doença infecciosa animal em todo o mundo.

Alfieri afirma que a lição que fica é que sempre é preciso contar com uma defesa sanitária robusta e qualificada, com sistemas rápidos e eficazes de atendimento a campo, com uma rede de laboratórios competentes e com planos de contenção e medidas de mitigação de risco testadas e avaliadas. “A saúde dos rebanhos de animais de produção sem dúvida alguma é o maior patrimônio do produtor rural. Ele deve consolidá-la por meio da adoção de medidas rígidas de biosseguridade nos rebanhos, e o Estado deve contar com uma estrutura de defesa sanitária animal competente, consolidada e sempre em expansão”, comenta.

Ele ainda acrescenta que doenças infecciosas são a maior ameaça aos rebanhos brasileiros. “Em um país onde mais de 1/3 do PIB é originado por atividades vinculadas ao agronegócio, que gera impostos e divisas, além de milhares de empregos no campo e nas cidades, no comércio e na indústria, sem dúvida a vigilância epidemiológica animal deve ser tratada como matéria de segurança nacional”, finaliza.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Nova edição de Aquicultura explora gargalos, oportunidades e a resistência no Brasil às tilápias supermachos

Periódico traz reportagens sobre os desafios dos piscicultores independentes devido à falta de contratos sólidos com agroindústrias, enfatiza a resistência no Brasil à técnica de produção de tilápias supermachos e apresenta soluções para melhorar a eficiência alimentar na aquicultura, como a edição genômica.

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Um dos obstáculos enfrentados pelos piscicultores independentes é a ausência de contratos bem estabelecidos com agroindústrias ou cooperativas, que garantam a retirada dos peixes no momento certo. Ao contrário do modelo de integração, em que as cooperativas assumem a responsabilidade pela gestão do ciclo produtivo, os produtores independentes ficam à mercê das flutuações do mercado e das decisões das indústrias processadoras.

Na nova edição de Aquicultura do Jornal O Presente Rural, que já está disponível na versão digital no campo Edições Impressas deste portal de notícias, trazemos uma reportagem exclusiva que ilustra vividamente os desafios enfrentados por aqueles que optam por seguir o caminho independente na piscicultura. Quando a indústria falha em realizar a despesca no momento oportuno, os peixes acabam por permanecer nos açudes por períodos prolongados. Embora isso possa resultar em um aumento de peso aparentemente positivo, os impactos negativos sobre a eficiência alimentar e a qualidade da água são profundamente preocupantes.

Torna-se evidente a importância crucial de se estabelecer contratos sólidos e transparentes entre os produtores independentes e as agroindústrias. Esses contratos não apenas oferecem segurança e previsibilidade aos piscicultores, mas também promovem uma relação de parceria sustentável, na qual ambas as partes podem prosperar.

É fundamental que os desafios enfrentados pelos produtores independentes sejam reconhecidos e abordados de forma proativa. Somente através de uma abordagem colaborativa e comprometida, que valorize a transparência, a sustentabilidade e o respeito mútuo, poderemos garantir um futuro próspero para a piscicultura brasileira.

Na capa chamamos atenção para o quanto as tilápias supermachos enfrentam resistência no Brasil. O método de produção já foi implementado com sucesso em países da Europa e Japão, mas falta de pesquisas e inconsistências nos resultados de estudos já feitos no Brasil freiam o desenvolvimento e adoção dessa técnica.

Também trazemos neste periódico reportagens especiais sobre os gargalos e soluções para melhorar a eficiência alimentar, como a edição genômica permite até dobrar produção em apenas uma geração, soluções para a conversão alimentar dos peixes, propriedade no Paraná é reconhecida modelo em sustentabilidade e muito mais.

Há ainda artigos técnicos escritos por profissionais de renome do setor falando sobre manejo, inovação, produtos, bem-estar e as novas tecnologias existentes no mercado. A publicação conta ainda com matérias que trazem novidades das principais e mais importantes empresas do agronegócio nacional e internacional.

O acesso é gratuito e a edição Aquicultura pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes mais pesados geram prejuízos e desafios a mais nos açudes

Piscicultores de Toledo (PR) contam como têm enfrentado os problemas gerados pelos peixes que ficam mais pesados e mais tempo em produção.

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Foto: Shutterstock

Ao contrário das cadeias de aves e suínos, onde a indústria pode ajustar o alojamento para equilibrar a oferta e demanda de carne, o mercado de peixes opera de forma diferente, especialmente para os produtores independentes. Quando a indústria falha em realizar a despesca no momento adequado, os peixes permanecem nos açudes por períodos prolongados, resultando em um aumento de peso, porém, prejudicando a eficiência alimentar e comprometendo a qualidade da água. Essa situação tem se tornado um grande desafio para o piscicultor Dilseu Giacomini, de Toledo, no Paraná.

Bruno, Dilseu e Luiz Antônio Giacomini comandam 50 mil metros quadrados de lâminas d’água em Toledo, no Paraná – Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

Giacomini é um dos pioneiros da piscicultura no Oeste paranaense, o maior polo produtor de tilápias do país. Com experiência de 30 anos na produção de tilápias, Giacomini opera oito açudes que totalizam 50 mil metros quadrados de lâmina de água e uma produção anual de 300 toneladas de tilápias.

Diferente do modelo de integração, em que as cooperativas garantem a retirada do peixe no momento certo, produtores independentes que não têm contratos bem estabelecidos com a indústria ficam dependentes da demanda do mercado. Se o consumo cai, a indústria freia o processamento e deixa a tilápia por mais tempo nos açudes dos produtores. “Foi o que aconteceu nessa última quaresma. Foi um período atípico, de baixo consumo. Então travou o mercado e a indústria reduziu sua produção. Consequentemente, o peixe fica mais tempo no açude”, aponta Giacomini.

“O ideal é que o peixe saia do açude com cerca de 700 a 850 gramas, no máximo, o que levaria entre oito a 10 meses, dependendo da época do ano. Mas quando o mercado trava o peixe chega a sair com 1,1 quilo ou 1,2 quilo. Teve vezes que até passou desse peso. Esse cenário nos gera muitos problemas”, aponta o piscicultor. Giacomini explica que apesar de filés maiores serem apreciados pela gastronomia, produzir peixes maiores gera prejuízos para o produtor. “Naturalmente a gente recebe a mais pelo peso do peixe, mas o prejuízo é na produção, com queda na eficiência alimentar (mais ração necessária para ganhar peso) e queda na qualidade do ambiente aquático, que também podem gerar inúmeras doenças”, menciona.

“Um dos maiores problemas é a queda nos níveis de oxigênio da água, explica Bruno Giacomini, que toca a propriedade junto com o pai Dilseu e o irmão Luiz Antônio. “Peixes maiores consomem mais oxigênio. A queda nos níveis de oxigênio é um fator que pode causar algumas doenças, como a estreptococose”, evidencia Bruno.

O aumento do peso sem um correspondente aumento na eficiência alimentar significa que os custos de produção também aumentam. Mais ração é necessária para alimentar os peixes por um período prolongado, o que impacta diretamente nos gastos do produtor. Dilseu explica que, além de reduzir a qualidade do ambiente e ter que lidar com desafios que não seriam necessários para manter ou restabelecer a qualidade da água, a genética da tilápia tem seu melhor momento em conversão alimentar até cerca de 850 gramas. “Quando fica maior do que isso, precisa mais ração para ganhar peso. A eficiência alimentar começa a despencar, o que aumenta os custos de produção”, evidencia o produtor paranaense.

Soluções

Para enfrentar esse desafio, Giacomini tem buscado soluções criativas. Desde ajustes na densidade dos açudes até investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade da água. O objetivo é mitigar os efeitos negativos desse prolongamento do tempo de permanência dos peixes. “Para a questão do oxigênio, temos uma sonda que mede os níveis em tempo integral e liga os aeradores quando os níveis de oxigênio começam a baixar”, destaca Bruno, que acompanha em um aplicativo no smartphone diversos parâmetros do ambiente interno e externo da produção, como temperatura, luminosidade, vento e pressão barométrica. Todas essas métricas auxiliam a sonda a ligar e desligar os aeradores no momento certo.

O custo de produção também aumenta por conta do custo de energia elétrica. Para ligar os aeradores por mais tempo sem ter que deixar seu lucro com a companhia elétrica, Giacomini investiu em um sistema fotovoltaico, que garante boa parte da energia consumida na propriedade rural.

Outra medida aplicada pelo produtor para reduzir o impacto do maior tempo de permanência dos peixes no açude foi a redução da densidade. Ele conta que diminuiu o povoamento dos açudes em quase 30%. “Estamos reduzindo de 7 alevinos por metro quadrado para 5 alevinos por metro quadrado. É uma estratégia para reduzir o volume de biomassa quando acontecerem esses travamentos de mercado”, menciona. Ou seja: o piscicultor prefere produzir menos no mesmo espaço a ter que enfrentar os problemas com a biomassa excessiva nos açudes no final da produção.

Em meio aos desafios enfrentados pelo prolongamento do tempo de permanência dos peixes no açude, Dilseu Giacomini, juntamente com sua família, vem implementando soluções criativas e estratégicas para mitigar os impactos negativos e garantir a sustentabilidade de sua produção de tilápias. Desde investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade da água até ajustes na densidade dos açudes, Giacomini tem buscado encontrar o equilíbrio entre a eficiência operacional e a saúde dos peixes.

A adoção de sistemas de monitoramento em tempo real, como a sonda que controla os níveis de oxigênio na água e os aeradores acionados automaticamente, demonstra um compromisso com a inovação e o bem-estar dos animais. Além disso, iniciativas como a instalação de sistemas fotovoltaicos para reduzir os custos de energia elétrica e a redução da densidade nos açudes refletem uma abordagem proativa na busca pela sustentabilidade e eficiência econômica. Diante dos desafios do mercado e das adversidades ambientais, Giacomini e sua família continuam a encontrar soluções resilientes, mantendo-se como uma das referências na piscicultura do Oeste paranaense.

Produtor sugere queda na qualidade da ração

O produtor, com sua vasta experiência de três décadas na tilapicultura, destaca não apenas os desafios decorrentes do prolongamento do tempo de permanência dos peixes nos açudes, mas também aponta para uma questão crucial: a qualidade das rações. Ele observa que, ao longo dos anos, houve uma notável evolução genética das tilápias, resultando em peixes de maior tamanho e potencial de crescimento. No entanto, ele ressalta uma preocupação crescente em relação à qualidade nutricional das rações disponíveis no mercado. Segundo o produtor, essa evolução genética não foi acompanhada por um avanço correspondente na qualidade das rações, e ele sugere que isso pode ser atribuído a uma tendência anterior de alguns produtores em priorizar o preço sobre a eficiência nutricional.

Ele especula que essa dinâmica pode ter levado a uma adaptação da indústria de rações às demandas do mercado, resultando em produtos de qualidade inferior que não atendem adequadamente às necessidades nutricionais dos peixes em seu estágio atual de desenvolvimento genético. “Quando começamos a produção em 1994 a tilápia tinha 300 gramas, não passava disso. A evolução genética foi surpreendente. Por outro lado, percebemos que a área da nutrição retrocedeu. Muito provavelmente porque alguns produtores, no passado, começaram a comprar pelo preço e não pela qualidade. Acho que a indústria se ajustou a essa demanda e se acostumou a oferecer essas rações”, sugere o produtor.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor da piscicultura brasileira acesse a versão digital de Aquicultura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Dificuldade no transporte do suíno vivo para abate reduz ritmo de negócios no Rio Grande do Sul 

Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, equivalente a 19,87%, em termos percentuais, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas naquele período.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Levantamento feito pelo Cepea mostra que as enchentes no Rio Grande do Sul vêm dificultando os transportes de suíno vivo para abate, de carnes aos mercados atacadistas e também de insumos utilizados pela atividade.

Como resultado da queda de pontes e destruição de estradas que interligam importantes regiões produtoras, o ritmo de negócios dentro e fora do estado está bastante lento.

Alguns municípios não abrangidos pela pesquisa do Cepea foram atingidos com maior intensidade, com relatos de perda de animais e estragos mais graves.

Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, equivalente a 19,87%, em termos percentuais, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas naquele período.

Além disso, o estado gaúcho representou 23,1% do total exportado de carne suína no ano passado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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