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Notícias Boletim Agropecuário

Santa Catarina registra recorde na exportação de suínos em 2022

Estado catarinense exportou 602,14 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos, crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 1,43 bilhão, alta de 2,5% na comparação com 2021.

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Fotos: Shutterstock

Santa Catarina alcançou em 2022 o melhor índice de exportações de suínos desde o início da série histórica da Epagri/Cepa. Esse é um dos destaques do Boletim Agropecuário de janeiro, que traz também a proximidade do final da colheita de cebola, que mantém o Estado como maior produtor da hortaliça no país, respondendo por 30% do total. O documento revela ainda que a produção catarinense de trigo deve ser 38% maior nesta safra do que na anterior e aponta para uma recuperação do feijão primeira safra.

No ano passado, o Estado catarinense exportou 602,14 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos, crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 1,43 bilhão, alta de 2,5% na comparação com 2021.

Santa Catarina foi responsável por 54,8% da quantidade e 56,3% das receitas das exportações brasileiras de carne suína de 2022.

A China, principal destino, registrou quedas de 10,6% em quantidade e 13,1% em valor, em relação ao ano anterior.

Chile e Hong Kong também registraram quedas expressivas nas compras de carne suína catarinense, principalmente quando se consideram as receitas: -9,1% e -41,8%, respectivamente. Essas quedas foram compensadas pelo crescimento das exportações para outros destinos relevantes, caso das Filipinas (alta de 138,5% em quantidade e 164,1% em receitas) e do Japão (80,4% e 67,4%, respectivamente).

Frango

Santa Catarina exportou 1,02 milhão de toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em 2022, queda de 0,9% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 2,20 bilhões, alta de 19,5% na comparação com 2021. O estado foi responsável por 23,1% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango em 2022.

Os cinco principais destinos registraram aumento nas receitas das exportações de janeiro a dezembro de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para os Países Baixos (24,7%) e a Arábia Saudita (25,1%). Quanto às quantidades embarcadas, predominaram as quedas, com destaque para o Japão (-15,1%) e a China (-6,8%).

Bovinos

Em Santa Catarina, diferente da maioria dos demais estados, os preços do boi gordo apresentaram variação positiva nos primeiros meses de 2022. No segundo semestre, contudo, a tendência se inverteu, registando-se quedas expressivas. Na comparação entre o valor de dezembro de 2022 e o mesmo mês de 2021, observou-se queda de -2,7% no preço médio estadual.

Os preços de atacado da carne bovina seguiram tendência semelhante aos do boi gordo, embora com menor intensidade nas variações. Tanto as carnes de dianteiro quanto as de traseiro apresentaram predominância de altas ao longo do primeiro semestre, com quedas no segundo. Na comparação entre os preços de dezembro de 2022 com o mesmo mês de 2021, observam-se altas de 1,2% na carne de dianteiro e 4,2% na carne de traseiro. Na média dos dois tipos de corte, a variação foi de 2,7%.

Leite

Tomando por base o que ocorreu até setembro, estima-se que as indústrias brasileiras adquiriram uma produção de leite no mínimo 6% menor em 2022 do que em 2021, o que representa cerca de 23,615 bilhões de litros. Nos últimos dez anos, esse índice só foi inferior em 2013 (23,553 bilhões) e 2016 (23,170 bilhões).

Foto: Divulgação/OP Rural

Esse baixo desempenho de 2022 soma-se a outro em 2021 e, confirmada a estimativa, a quantidade de leite adquirida pelas indústrias terá caído 7,9% de 2020 para 2022. Isso ajudou no crescimento das importações brasileiras de lácteos, que aumentaram 23,6% de 2021 para 2022.

Foi também a principal razão do aumento dos preços internos. Corrigido pelo IGP-DI de dezembro de 2022, o preço médio recebido pelos produtores catarinenses de leite em 2022 supera com folga os preços médios de todos os anos da série histórica da Epagri/Cepa.

A rentabilidade da produção leiteira não cresceu na mesma proporção. Para parte dos produtores, aliás, apenas no período de maio a outubro o preço médio esteve acima dos custos de produção, com especial destaque para os preços de julho, agosto e setembro.

A expectativa é de que a produção leiteira catarinense de 2023 apresente desempenho melhor do que o de 2022.

Milho

Os técnicos da Epagri/Cepa atualizaram a estimativa de produção de milho em Santa Catarina, na safra 2022/23, de 2,7 para 2,6 milhões de toneladas atuais. Os fatores climáticos já influenciam na expectativa da produção inicial, em especial, o frio prolongado e a estiagem que atingiram o Extremo Oeste e a região do Vale do Rio Uruguai em dezembro.

Foto: Aires Mariga/Epagri

Os preços ao produtor apresentaram recuperação de agosto a dezembro, no estado. O mercado está atento a dois fatores prevalentes: condições climáticas na safra atual de verão no Sul do Brasil, e ritmo das exportações de grãos pelo Brasil. A íntegra do Boletim traz uma análise da evolução dos preços em 2022 e perspectivas de mercado futuro.

Milho silagem

As estimativas da Epagri/Cepa mantêm uma projeção de recuperação da produção de milho para fins de silagem em Santa Catarina na safra 2022/23. Este cenário se apresenta apesar da estiagem no Extremo Oeste na primeira quinzena de dezembro. O mercado de silagem cresce em Santa Catarina.

Soja

A estimativa da safra 2022/23 de soja em Santa Catarina foi elevada na atualização de janeiro, ultrapassando os 2,63 milhões de toneladas, superior ao prognóstico inicial, que era de 2,61 milhões de toneladas. O crescimento deve acontecer apesar da produtividade esperada das lavouras em função das condições climáticas desfavoráveis. A área de cultivo se mantém em 730 mil hectares, com a expectativa ainda de incorporação de áreas.

Os fatores que prevaleceram quanto ao mercado da oleaginosa em novembro e dezembro foram: o clima no Sul do Brasil e Argentina, que pode impactar no potencial produtivo, e o macro cenário mundial da economia. O Boletim Agropecuário de janeiro traz uma análise da evolução do mercado em 2022.

Trigo

A safra 2022/23 de trigo em Santa Catarina deve ser de 480,7 mil toneladas, volume 38% maior do que no ciclo anterior, quando o estado produziu 347,8 mil

toneladas. O aumento reflete o crescimento de 36% na área plantada, passando de 102,8 mil hectares, para atuais 139,7 mil hectares. A produtividade também cresce em média 2%, subindo de 3.384 kg/ha para 3.441 kg/ha. Nos últimos seis anos a produção catarinense de trigo cresceu 196%, enquanto que a nacional cresceu 76%.

No mês de dezembro, o preço médio mensal pago aos produtores catarinenses de trigo ficou em R$ 90,43 a saca de 60 kg, variação negativa de 5,33%. Na comparação anual, em termos nominais, os preços recebidos em dezembro deste ano foram 4,3% acima dos registrados no mesmo mês de 2021.

Arroz

A estimativa atual da Epagri/Cepa aponta para uma produção de 1.238.587 toneladas de arroz na safra 2022/23 em Santa Catarina, um pequeno recuo de -1,07% em relação ao ciclo anterior. A produtividade deve ser de 8.424Kg por hectare, uma redução de -0,71% em relação à safra passada, quando esteve acima da média. Destaque para o atraso no ciclo da cultura, provocado pelo prolongado período de frio. A baixa luminosidade preocupa os produtores com relação à produtividade e à uniformidade do grão. A colheita teve início em algumas áreas do estado, especialmente Litoral Norte, mas com o ciclo atrasado, o percentual ainda é muito baixo.

O mercado do arroz fechou o ano de 2022 com preços em ascensão, tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul. O cenário foi bem diferente do observado no início daquele ano, quando o excesso de oferta gerou preocupações quanto aos preços ao produtor. Apesar da recuperação dos preços em 2022, a margem bruta foi negativa. Isso porque os custos de produção aumentaram significativamente, especialmente os relativos aos insumos, como agrotóxicos e adubos.

Em 2022 Santa Catarina exportou US$4,08 milhões em arroz, o que representa 8,6 mil toneladas e cerca de 54% do valor exportado em 2021. As importações do grão no Estado ficaram em 28,06 mil toneladas, o equivalente a US$12,7 milhões.

Feijão

A Epagri/Cepa estima que Santa Catarina colha 59.565 toneladas de feijão na primeira safra 2022/23. Esse número é 11% maior do que no ciclo anterior. O crescimento se apresenta apesar da redução esperada de 14% na área plantada. Isso porque a safra passada foi fortemente afetada pela estiagem, o que comprometeu a produção daquele ano. Da mesma forma, espera-se um crescimento de 29% na produtividade. Esse aumento também reflete o resultado frustrante na produtividade da safra 2021/22.

O preço médio do feijão-carioca no mercado catarinense reagiu em dezembro, com crescimento de 33,59% em relação a novembro, fechando na média mensal de R$ 301,37 a saca de 60 kg. Os preços do feijão-preto também tiveram um crescimento de 23,13%, fechando a média mensal em R$ 224,10 a saca de 60 kg. Na comparação com um ano atrás, os preços da saca do feijão-carioca, em termos nominais, estão 39,13% acima do que foi pago em dezembro de 2021. Para o feijão-preto, há um recuo de 5,7%.

Com a evolução das operações de plantio em todas as regiões produtoras, esta fase está tecnicamente encerrada.

Alho

A safra catarinense de alho já foi toda colhida, com produção estimada de 16.201 toneladas, produtividade de 10.873 kg por hectare e área plantada de 1.490 hectares.

A comercialização foi aberta no final de dezembro e deve se estender até junho. Em relação ao preço pago ao produtor, a abertura da comercialização da safra no estado registrou, no mês de dezembro, preços de R$ 6,00/kg para o alho classes 2 e 3. Para o alho classes 4 e 5, R$ 11,70/kg; para o das classes 6 e 7, R$ 14,00/kg. São preços pagos ao produtor que ficam acima do custo médio de produção estimado para o estado.

Em dezembro foram importadas 18,38 mil toneladas de alho. O volume internalizado no ano de 2022 foi de 119,59 mil toneladas. Em relação ao ano de 2021, a redução foi de 4,8%, quando foram importadas 125,58 toneladas.

Cebola

A colheita da safra catarinense de cebola se aproxima do final. Conforme levantamento do Projeto Safras da Epagri/Cepa, devem ser produzidas em Santa Catarina pouco mais de 514 mil toneladas de cebola na safra 2022/23, volume superior ao ciclo 2021/22, quando foram produzidas quase 496 mil toneladas da hortaliça. O desempenho mantém o Estado como maior produtor de cebola do país, respondendo por cerca de 30% do total nacional.

A comercialização segue ritmo normal, com preços de mercado menores que em novembro e início de dezembro. Com a entrada da produção da safra do Sul, a oferta ficou mais equilibrada com a demanda, trazendo os preços para patamares mais reais, mas ainda acima do custo médio de produção estimado para o estado.

Em 2022, o volume importado foi de 150.524 toneladas, sendo a Argentina o principal fornecedor, seguida pelo Chile. O preço médio deste ano é de US$ 0,27/kg (FOB) – aumento de 17,39% em relação ao preço médio do ano de 2021.

O Boletim Agropecuário é divulgado mensalmente pela Epagri/Cepa, com a análise das principais cadeias produtivas do agronegócio catarinense.

Fonte: Ascom Epagri

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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