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Avicultura

Saiba porque o presidente da Lar enxerga 2024 com otimismo para a avicultura

Em entrevista exclusiva concedida ao Jornal O Presente Rural, Irineo da Costa Rodrigues destacou os desafios, as estratégias adotadas para superar esse período turbulento no setor e os investimentos feitos para melhorar a infraestrutura e a qualidade na entrega do produto final.

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Fotos: Divulgação/Lar

Os altos custos de produção e a constante ameaça da Influenza aviária fizeram de 2023 um ano extremamente desafiador para a avicultura comercial, levando a atividade a encerrar o ano com margens bem estreitas. Esta análise foi feita pelo diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, Irineo da Costa Rodrigues, em entrevista exclusiva concedida ao Jornal O Presente Rural, em que destacou os desafios, as estratégias adotadas para superar esse período turbulento no setor e os investimentos feitos para melhorar a infraestrutura e a qualidade na entrega do produto final.

Com o valor médio da saca de 60 quilos de soja vendido a R$ 170 e do milho sendo comercializado por R$ 70/sc no início do ano passado impactaram o custo operacional da avicultura, especialmente em relação ao preço de venda da carne de frango, que sofreu uma queda acentuada desde o fim de 2022 e não apresentou recuperação até agosto de 2023. “A atividade operou com margens negativas até setembro, sendo somente a partir de outubro que a avicultura começou a mostrar sinais de recuperação. Entretanto, mesmo com resultados positivos nos últimos meses do ano, não foi possível cobrir as perdas acumuladas de janeiro a agosto de 2023”, evidencia Rodrigues.

Com o aumento dos focos de Influenza aviária, sobretudo em regiões litorâneas do Brasil, a preocupação no setor crescia e o clima de incerteza ganhava cada vez mais força. “Felizmente, o Brasil não registrou nenhum foco na avicultura comercial, o que fez com que mantivéssemos o status de país livre da doença, graças à extraordinária vigilância sanitária promovida por órgãos públicos em conjunto com o setor privado e a cadeia produtiva. A união de esforços entre esses setores é fundamental para preservar essa conquista”, destaca.

Com olhar otimista, o diretor-presidente da Lar afirma que 2024 deve ser de perspectivas mais favoráveis para o setor avícola, com o ano tendo começado com a redução nos custos de produção, impulsionada pelos preços mais baixos da soja e do milho, aliada à leve recuperação nos preços da carne. “Não havendo um alojamento muito alto a atividade poderá se recuperar ao longo de 2024”, ressalta.

Avicultura da Lar em números

A avicultura da Lar engloba a integração de 2.746 aviários, com 1.320 integrados para a engorda de aves, distribuídos em 80 municípios do Paraná, e outros 13 integrados na produção de ovos férteis com 21 núcleos de produção. “Para 2024 vamos oferecer apenas oportunidades pontuais para atender ampliação no vazio sanitário e pequenos ajustes necessários visando uma integração de excelência em resultados”, aponta Rodrigues.

A estrutura avícola da cooperativa conta atualmente com 15 Núcleos de Recria de Aves próprias, com capacidade para recriar 2,35 milhões de matrizes por ano; além de 13 Núcleos de Integração voltados para a produção de ovos férteis, o que tornou a cooperativa capaz de suprir 67% de sua necessidade de ovos para incubação, fortalecendo a cadeia produtiva desde o início do processo.

Ainda possui dois Incubatórios em operação, com capacidade atual de incubação de 24,3 milhões de ovos. Segundo Rodrigues, a expansão prevista para o incubatório de Itaipulândia, no Oeste do Paraná, programada para março de 2024, vai elevar essa capacidade para 36 milhões de ovos, atendendo, em média, 95% da demanda por pintainhos para alojamento da cooperativa.

Para fortalecer a verticalização da produção e garantir a qualidade dos insumos utilizados na criação das aves, a Lar possui sete Unidades Industriais de Rações, com capacidade instalada de produção de ração de 267 mil toneladas por mês, das quais cinco são direcionadas à avicultura.

Desafios para se manter competitivo

As tendências e desafios globais para o Brasil, atualmente o segundo maior produtor e o maior exportador mundial de carne de frango, afetam diretamente empresas exportadoras como a Lar.

Segundo Rodrigues, esses desafios incluem a necessidade de manter um status livre de Influenza aviária em aves comerciais, demonstrar práticas sustentáveis no processo produtivo, assegurar o bem-estar animal, cumprir legislações nas diferentes esferas, além de se adequar aos diferentes requisitos de mercados e clientes internacionais que buscam suprir nichos de mercados para atender as novas demandas de clientes. “A Lar sempre atua com muita transparência junto aos mercados e clientes, demonstrando processos produtivos sustentáveis, e buscando as certificações nacionais e internacionais que, após auditorias, certificam e garantem nossos processos dentro do escopo esperado pelo mercado. Além é claro das práticas diárias na gestão da cooperativa face ao programa de ESG que temos implementado, abrangendo aspectos da sustentabilidade com meio ambiente, práticas sociais com associados, funcionários e comunidade e também as práticas de governança na cooperativa”, frisa.

A Lar já expandiu sua presença para mais de 90 países, operando mensalmente, em média, para 40 a 50 nações, abrangendo operações em mais de 100 portos ao redor do mundo. Os principais destinos de exportação incluem China, Coréia do Sul, União Europeia, África do Sul, México, Oriente Médio, Filipinas e Reino Unido.

Mais de 80 tipos de produtos são exportados mensalmente pela cooperativa. Destacam-se, por exemplo, na Europa, os filés de peito, disponíveis em versões salgadas, in natura e cozidas. No Japão, a empresa oferece coxa com sobrecoxa desossada (BL), enquanto na China, os produtos incluem pés, meio da asa e ponta da asa. África do Sul recebe carne mecanicamente separada (CMS), e no Oriente Médio, a Lar se destaca com shawarma e BL. O México importa filé de peito e coxinha da asa, enquanto a Coreia do Sul recebe o BL. “As nossas indústrias tem padrão de excelência em suas operações e temos 151 países habilitados para exportar entre as quatro plantas frigoríficas, com olhar estratégico sempre vamos continuar analisando as melhores oportunidades em termos de viabilidade comercial, sem deixar de incluir na análise o mercado interno onde a marca Lar tem se fortalecido e atualmente está presente em todos os estados brasileiros nos principais clientes estratégicos que operam o varejo nacional”, salienta.

Melhorias em eficiência e qualidade

Rodrigues destaca que nos últimos anos, os investimentos realizados em todos os segmentos da cadeia avícola na Lar foram focados para alcançar maior eficiência, redução de custos e aumento da produtividade, sempre priorizando a máxima qualidade. “Toda a estrutura na recria de aves é dotada de ambiência e todo processo de manejo é focado em maior uniformidade das aves recriadas, visando atingir todo potencial da genética recriado em ovos produzidos e pintainhos viáveis após incubação”, menciona.

O gestor da cooperativa enfatiza que na produção de ovos férteis é trabalhado com tecnologia de ponta e máxima automação nos processos de recolha e classificação, visando sempre as melhores condições dos ovos férteis para excelência no processo de incubação. “Nos incubatórios, nossos processos utilizam as tecnologias mais modernas com processos de estágio único, com equipamentos de última geração, incluindo manutenção remota por óculos virtuais sendo utilizados pela equipe técnica da Lar junto as nossas estruturas e conectando os especialistas do exterior para rápida identificação e manutenção eficaz”, explica o executivo.

Já nas Indústrias de Ração, Rodrigues afirma que investimentos relevantes foram realizados nos últimos quatro anos, com máxima automação em processos de produção, com 100% da ração sendo peletizada para atendimento das integrações da Lar, com foco em máximo desempenho do campo, visando otimização dos ativos vivos para cooperativa e também levando melhoria de renda aos integrados dedicados aos processos produtivos.

Com um dos parques industriais mais modernos e automatizados do Brasil, o diretor-presidente a Lar diz que os projetos de melhoria nas indústrias de abate são contínuos “Vamos seguir automatizando todos os demais processos ainda possíveis, sempre com olhar de melhoria de processos, redução de custos e padronização do padrão de qualidade dos produtos produzidos tanto para mercado interno como externo”, afirma.

Foto: Jonathan Campos/AEN

Por sua vez, nos processos de produção, o executivo reforça que o olhar está focado em processos sustentáveis, em que o meio ambiente e as relações com as pessoas (associados integrados, funcionários, parceiros e clientes) sempre são pautados na transparência e boa conduta, e o bem estar animal como compromisso maior, sendo certificado para garantia das condições estabelecidas pelo mercado e clientes atendidos ao redor do mundo. “Junto aos avicultores estão sendo adotados cada vez mais equipamentos que fazem a dosagem segura da alimentação, iluminação adequada através de lâmpadas e controle de cortinas, sensores que medem desde temperatura até a concentração de amônia, informando ao produtor e à cooperativa o status do aviário em tempo real, e também a regulagem dos instrumentos de ventilação/exaustão”, pontua Rodrigues.

E na comercialização, o diretor-presidente da Lar é enfático ao afirmar que a cooperativa busca sempre inovar com olhar estratégico para que a marca Lar esteja alinhada as melhores práticas do mercado, atendendo as exigências e necessidades dos diferentes segmentos que a cooperativa atende, tanto no mercado interno como externo. “Seja no formato e tamanho das embalagens, seja na agregação de valor como ocorre nas linhas de cozidos, empanados, linguiças e temperados, como também na busca contínua pela excelência da prestação de serviços em todos os processos desde o embarque, logística, documentação e pós-venda”, menciona.

Práticas sustentáveis

Com o intuito de buscar equilíbrio entre a excelência na criação de aves e o respeito ao meio ambiente, a Lar desenvolve através do Programa Prioridade Ambiental um rigoroso monitoramento em todas as suas atividades, visando manter a qualidade do ar, o controle e gerenciamento dos parâmetros da água, resíduos e efluentes, além de trabalhar para melhorar a eficiência energética, com o uso de fontes alternativas, e de atuar junto à comunidade com temas voltados à educação ambiental.

No que diz respeito à preservação da qualidade do ar e ao sequestro de carbono, a cooperativa conta com extensas áreas de reflorestamento, que totalizam 2.250 hectares, além de mais 1.409 hectares de vegetação nativa no Paraná. No Mato Grosso do Sul, a cooperativa mantém 176 hectares destinados ao reflorestamento. Além disso, monitora o atendimento aos padrões de qualidade do ar em 100% de suas unidades. “Além de investimentos para manter a qualidade do ar, a Lar implantou em 2023 o projeto de reuso de água nas plantas de abate de aves em Rolândia e Matelândia, com objetivo de reduzir em 50% o consumo de água no abate, ou seja, o equivalente ao consumo de uma cidade de aproximadamente 120 mil habitantes”, expõe Rodrigues.

Os gases de efeito estufa (GEE) são os mais prejudiciais ao meio ambiente e a Lar tem implementado estratégias para evitar sua emissão para a atmosfera. Conforme o executivo, na Lar foram implantados biodigestores nas unidades de produção de leitões para canalizar o gás e o transformar em energia elétrica, alimentando geradores e abastecendo as unidades as quais estão instalados. “Através deste sistema evitamos em 2022 a emissão de 33.203 toneladas de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera através da conversão do biogás em energia elétrica, totalizando cerca de 1.186 tonelada de metano evitado no meio ambiente”, menciona o diretor-presidente da Lar, contando que a cooperativa realizou nos últimos dois anos o inventário de carbono e tem como meta neutralizar as emissões relativas ao Escopo 1 e 2 já nos próximos anos.

Com a missão de envolver o quadro social nos temas da agenda de ESG, a cooperativa promove o Prêmio Lar de Sustentabilidade, que reconhece os associados que praticam as boas práticas de sustentabilidade na propriedade. “O objetivo é disseminar e estimular a cultura de sustentabilidade junto aos associados e a comunidade, a partir de critérios de ESG”, assegura Rodrigues, acrescentando: “Outro projeto voltado à sustentabilidade é a recuperação de nascentes degradadas das propriedades dos associados e da própria cooperativa, iniciativa que já recuperou mais de 250 nascentes, devolvendo água pura e abundante à natureza e ao consumo nas propriedades”.

Em relação ao efluente, após o processo de tratamento, a cooperativa realiza a disposição em solo por meio da fertirrigação em uma área de 331 hectares. Neste sentido, além de um aproveitamento da água que retorna à natureza, a Lar também sequestra carbono com o plantio e manejo de florestas de eucalipto.

Para gerenciar os resíduos sólidos, foi implementado a logística reversa de embalagens em diversas unidades, incluindo aves, rações e produção de ovos. Nas instalações dedicadas à produção de pintainhos e leitões, assim como nas propriedades dos associados, é feita também a coleta dos Resíduos de Serviço de Saúde Animal (RSS). Essa iniciativa resultou na destinação adequada de 79,80 toneladas desses resíduos ao longo de 2023.

Já em resíduos de agrotóxicos foram recolhidas 367 toneladas de embalagens em 15 municípios da Costa Oeste de abrangência da cooperativa.

Rodrigues também destaca que são realizados diversos eventos voltados à conscientização ambiental, entre os quais no Dia Mundial do Meio Ambiente, Dia da Água, Dia da Terra, Dia da Árvore, envolvendo a comunidade estudantil de forma a contribuir para uma sociedade mais integrada com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Remuneração por eficiência

Com uma trajetória de 24 anos na avicultura, a Lar se consolidou neste período como a terceira maior empresa de abate de frangos no Brasil, com processamento superior a um milhão de aves/dia. As quatro plantas frigoríficas da Lar registraram em 2023 aumento de 11,25% no volume de aves abatidas em comparação com 2022 e em produto final alcançou um acréscimo de 11%, fechando o último ano com mais de 840 mil toneladas de carne. Esse desempenho resultou na geração de mais de 20 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva.

Tamanha responsabilidade requer aprimoramento de processos e foi pensando nisso que a cooperativa remodelou o sistema de integração, em conjunto com os produtores integrados da atividade. “Reunimos todos os integrados da avicultura para uma avaliação e revisão do sistema de integração e, durante esse processo, dedicamos atenção especial às preocupações e sugestões dos produtores, propondo um novo sistema de integração para a avicultura da Lar a partir de 2024, muito mais previsível e fácil de compreender. Além disso, introduzimos um enfoque meritocrático, proporcionando uma remuneração mais vantajosa para os integrados que demonstram maior eficiência. E para aqueles que buscam aprimorar sua eficácia, o novo sistema oferece uma compreensão clara dos pontos que necessitam de melhorias”, expõe Rodrigues.

Em busca de constância e uma melhor qualidade na produção de ovos férteis, a cooperativa ampliou seus dois incubatórios e deverá até o fim do primeiro quadrimestre de 2024 atingir 95% da produção própria de pintainhos. “Com isso a Lar poderá melhorar a avicultura em 2024, tornando-a mais competitiva e também levando aos associados, além de insumos para a nutrição animal, o fornecimento de pintainhos”, enaltece o executivo.

Crescimento para 2024

Para alcançar novos patamares de eficiência operacional em suas indústrias e volume na produção de aves em 2024, o diretor-presidente da Lar destaca que a cooperativa planeja implementar práticas de abate otimizado, visando ampliar o processamento de aves em 4,5% e em produto acabado 6,8%, podendo chegar a marca de 900 mil toneladas de produto final. Rodrigues ressalta que a estratégia por trás desse crescimento reside na modernização dos processos de produção, adoção de tecnologias inovadoras, logística e controle de qualidade, garantindo um fluxo contínuo e eficaz desde a criação até a distribuição do produto final.

Visando novos projetos de melhoria contínua e eficácia produtiva, Rodrigues antecipa que em 2024 serão feitos investimentos na ordem de R$ 75 milhões em projetos de automação nas quatro indústrias de abate, com foco em mitigar a necessidade de mão de obra para processos básicos e repetitivos, trazendo com isso uma melhor padronização e qualidade final do produto. “O foco da Lar nos processos industriais é sempre atuar de forma mais otimizada possível, seja no aproveitamento de todos os dias da semana, e também em não ter interrupção dos trabalhos no decorrer do dia, sempre otimizando abate em todas as pausas e intervalos, com devido cumprimento de toda legislação pertinente aos trabalhadores que cumprem jornada de trabalho de cinco dias por semana, com dois dias de folga. A otimização se faz necessária para que os investimentos feitos em toda cadeia produtiva possam ser devidamente viabilizados”, explica o executivo.

Ainda em relação as perspectivas para o ano que se inicia, Rodrigues aponta a necessidade de manter a sanidade das aves comerciais, com especial atenção para a ausência de Influenza aviária, bem como prevê possíveis flutuações nos preços de milho e da soja devido a questões climáticas relacionadas ao fenômeno El Niño. “Temos expectativas positivas com relação as exportações e consumo interno prospectado em 47 kg per capita, além de melhor equilíbrio entre oferta e demanda no setor”, exalta.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Mandato de Ricardo Santin é renovado na presidência da ABPA

Ele também preside o Conselho Mundial da Avicultura, o Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de ocupar a vice-presidência da Associação Latinoamericana de Avicultura.

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Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - Foto: Divulgação/ABPA

O advogado e mestre em Ciências Políticas, Ricardo Santin, foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após realização da Assembleia Geral realizada na quarta-feira (24), ocasião em que foi escolhido o novo Conselho Diretivo da associação.

O novo conselho será comandado por Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial há mais de três décadas, assumirá o posto até então ocupado pelo diretor comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi.

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, Diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, diretor da Acav/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho: “Agradeço a confiança do novo Conselho da ABPA e do presidente Irineu na continuidade deste trabalho da entidade que, pela união de esforços, tem gerado grandes resultados para a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, faço especial agradecimento a Leomar Somensi, que nos conduziu desde o primeiro dia de existência da associação, superando grandes crises e conquistando vitórias históricas para o nosso setor. O setor todo rende uma especial homenagem à esta inestimável liderança exercida por ele ao longo destes 10 anos”, destaca Ricardo Santin.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

Fonte: Assessoria ABPA
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Avicultura

Uma cooperativa para se chamar de Lar

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional

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Fotos: Divulgação/OP Rural

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa. Confira!

O Presente Rural – Fale um pouco sobre sua história dentro do cooperativismo e na Lar. Como essas duas histórias se unem?

Irineo da Costa Rodrigues – A Cooperativa Lar foi criada nos anos 1960, quando houve uma migração de pessoas do sul do país para onde hoje é o município de Missal. A Igreja Católica inclusive, através de uma encíclica do Papa João XXIII, que dizia que as pequenas economias deviam se juntar ou em cooperativas. Cinco dioceses na época foram até o governador Moisés Lupion pedir uma ajuda à Igreja. O governador doou a essas cinco dioceses cinco mil alqueires, ou seja, mil alqueires a cada. Assim, vieram agricultores do sul da região das Missões, de origem alemã e católicos pequenos agricultores.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil”

Na medida em que eles vinham, compravam uma colônia de terra que é dez alqueires e a igreja separava um valor para formar uma cooperativa. E assim nasceu a Cooperativa Lar, que foi fundada no dia 19 de março de 1964. Dia 19 de março é Dia de São José, esposo de Maria e o nome do padre que foi colonizador e gerente da colonizadora, e foi o primeiro presidente da cooperativa. A cooperativa nasceu sob a égide da Igreja. No dia 19 de março de 2024 a Lar completou 60 anos.

Eu sou da região da campanha do Rio Grande do Sul. Minha cidade natal é Canguçu e meu pai era pequeno produtor. Produzia leite, batata, cebola, pêssego e na época ele se associou à cooperativa de leite. Infelizmente ela descontinuou por má gestão e então eu sempre convivi com meu pai falando em cooperativa.

Depois fui estudar sete anos no Colégio Agrícola Visconde da Graça, em Pelotas (RS), e lá nós tínhamos uma cooperativa escolar. Então, de novo falando em cooperativa e estudando um pouco. Quando vim para a agronomia, me formei em 1973, em Pelotas, também na grade curricular tinha matérias voltadas ao cooperativismo.

No comecinho de 1974 me formei engenheiro agrônomo e pensei em sair do Rio Grande do Sul, porque as faculdades de agronomia estavam lá na cidade de Pelotas, que é mais antiga do país. Já tinha a URGS, de Porto Alegre, e tinha a de Santa Maria. O Paraná só tinha uma que era a Federal do Paraná. Santa Catarina não tinha faculdade de agronomia, ou seja, o Rio Grande do Sul formava muitos agrônomos. E eu vi o exemplo de outros, eu queria ser produtor rural. Pensei “vou no rumo do Centro-Oeste, no Mato Grosso”, mas o Mato Grosso ainda não tinha a agricultura.

Entrei na Emater do Paraná, trabalhei sete anos e, mais da metade do tempo, com o chefe em Cascavel. Fui chamado pela Embrapa em 1974, não quis ir, eu até tinha uma data para ir para a Carolina do Norte fazer o mestrado nos Estados Unidos. E digo “não, se eu for para a Embrapa eu vou ter que ir fazer mestrado, quem sabe doutorado, e eu não vou ter oportunidade de começar na agricultura antes”. Fiquei sete anos na antiga Carpa, a Emater hoje. E a Carpa tinha o trabalho de fomentar o cooperativismo, falar com os agricultores e é um trabalho que eu fazia. Ou seja, em quatro momentos: com o meu pai, colégio agrícola, na faculdade e depois na antiga Carpa, eu sempre vivi, respirei um pouco o cooperativismo.

Quando saí da Emater, a Sudcoop, que hoje é a Frimesa, entrou em dificuldade e vim ser presidente dessa cooperativa e fiquei até o ano de 1983. Em 1984 e 1986 vim para a Cotrefal (Lar) como diretor-secretário e fiquei um pouco frustrado porque a cooperativa não andava. Então me afastei e, quando voltei, em 1990 por nove anos acumulei a Presidência da Sicredi e da atual Lar.

Então eu já tinha passado pela diretoria da Frimesa, fui presidente da Codetec sempre – eu a fundei e a vendi, e ela teve um papel bem importante. Foi vendida por uma decisão das cooperativas, não era minha decisão.

O Presente Rural – Quando a Lar decidiu diversificar e industrializar sua produção?

Irineo da Costa Rodrigues – Eu só assumi a presidência da Lar com essa ideia de que tinha que fazer duas coisas, até pelo lado de engenheiro agrônomo e de educador da Emater, que tinha que profissionalizar, que tinha que trazer mais eficiência na agricultura e, também, tinha que agregar valor, porque pequenas propriedades não se viabilizam só com grãos e nós já tínhamos através da Frimesa um pouco de suinocultura e leite. Primeiro passo foi aumentar a suinocultura, aumentar a produção de leite, buscar mais produtividade. Na época, criamos os chamados programas de eficácia. Aí nós entramos com a cultura da mandioca e de hortigranjeiros, mas mirando frango. Até que foi possível, quatro anos depois, pois estávamos com um estudo pronto para entrar na avicultura, no dia 09/09/1999, ou seja, em menos de uma década a Lar já estava agregando valor, diversificada e mais industrializada.

O Presente Rural – Presidente, a Lar é destaque tanto em número de colaboradores como associados. Ao que o senhor atribui esse desempenho todo?

Irineo da Costa Rodrigues – Cresceu o número de associados porque mais agricultores passaram a confiar na gestão. Não tínhamos médios e muito menos grandes produtores associados à cooperativa. Passaram a se associar e depois aumentou o quadro de associados quando a Lar foi para o Mato Grosso do Sul, claro, tínhamos associados lá, mas muitos sul-mato-grossenses se associaram à Lar. Como também quando fomos para o Norte do Paraná, para expansão da avicultura. O nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil. Por termos uma avicultura muito intensa, a Lar se tornou em 24 anos a terceira maior empresa de abate de frango do país, a quarta maior da América Latina. A avicultura é muito intensa em ocupação de mão de obra. Nossa avicultura, hoje, precisa de 21 mil funcionários. Então, dos 24 mil funcionários, 21 mil estão na avicultura.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa”

O Presente Rural – Ainda em relação ao quadro de colaboradores e dos associados, quais os benefícios ou ações que a Cooperativa tem nessas duas frentes?

Irineu da Costa Rodrigues – Perante aos associados é o trabalho intenso de levar tecnologia, levar a atualidade para eles produzirem mais. E pela diversificação, também conseguimos levar mais renda aos associados. Mas a Lar também tem alguns programas adicionais. Nós bonificamos os associados por fidelidade, por compra de insumos e por milho de qualidade, pois precisamos de uma matéria-prima boa para nossa pecuária. Com isso, premiamos quem tem milho com mais qualidade. Além de distribuição de sobras, podemos citar levar educação e oportunidade para os associados estudarem. Hoje nós temos o curso, talvez inédito no Brasil, de bacharel em agronegócio para agricultores.  Para os funcionários, é um trabalho incessante de qualificação, gerar oportunidades para que nossos funcionários estudem para serem melhores técnicos e melhores gestores.

O Presente Rural – Como o senhor avalia o cooperativismo no ramo agropecuário e o cooperativismo no Brasil?

Irineu da Costa Rodrigues – Ele é extremamente necessário. Penso que ele vai se expandir. Claro que, vez ou outra, alguma cooperativa não tem sucesso, mas isso se deve a alguns fatores. Primeiro, uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa. Se a cooperativa preenche essa necessidade é meio caminho andado. Segundo, tem que ter uma gestão boa. E, às vezes, as cooperativas se perdem um pouco com a vontade de querer ajudar o associado, exagera na ajuda, ou também por falta de conhecimento, não são felizes nas decisões tomadas na área comercial, industrial. A cooperativa tem que preencher o interesse do associado e tem que ter uma boa gestão.

E outra palavra que não é mágica, mas é importante, é confiança. A cooperativa tem que gerar confiança. Com esses três alicerces uma cooperativa vai bem, ela cada vez mais encanta seu associado, cada vez se expande mais. Claro que isso não é unanimidade, até porque não dá para uma diretoria de cooperativa atender tudo que o associado quer, pois têm alguns que exageram no pedido. O cooperativismo está sendo cada vez mais importante para o país. Cada vez mais está participando mais da produção, como no estado do Paraná, onde mais de 50% da produção do estado passa por cooperativas.

O Presente Rural – Hoje a cooperativa trabalha em diversas áreas do agronegócio. Poderia traçar um panorama dessas áreas?

Irineu da Costa Rodrigues – A Lar tem um foco. Isso foi definido há duas décadas, quando nós passamos a diversificar muito e poucos associados tinham o interesse por aquelas atividades. O foco da Lar é o que a nossa região faz, foco em grãos, em carnes e insumos. Temos logística, temos transporte, serviços. Criamos a cooperativa de crédito, a Lar Credi para focarmos no agricultor. Não é uma crítica, mas as cooperativas quando ficam grandes, focam muito no meio urbano, de certa forma deixam um pouco de lado o agricultor. Atendem muito bem, são fantásticas, são muito fortes, têm uma boa gestão, mas na nossa região, quando a Lar Credi foi criada, levou um choque. Nós percebemos as outras cooperativas, sem citar o nome, se voltando mais para o agricultor porque viram a Lar Credi como uma concorrente forte. E nós não vamos fazer muito barulho, vamos crescendo pouco a pouco, porque a base da Lar Credi é operar com simplicidade, com baixo custo e focada no agricultor. Nós trouxemos um seguro que, para os nossos produtores, foi fantástico. Na avicultura, por exemplo, era um seguro muito caro e esse seguro que nós trouxemos cobre a mortalidade de aves.

O Presente Rural – A avicultura teve uma expansão expressiva nos últimos anos. Até onde a Lar pretende chegar?

Irineu da Costa Rodrigues – De certa forma, a Lar chegou onde queria chegar. Nós precisávamos aumentar a nossa avicultura, porque é uma atividade que tem que crescer para diluir custo. Nós tivemos essa percepção. Nos ressentíamos de ter uma planta para o mercado interno, então, adquirimos a Granjeiro, em Rolândia. Conversávamos muito com a Copagril sobre a necessidade que eles tinham de aumentar, porque com o abate pequeno não era sustentável. O Ricardo Chapla era o presidente, ele cogitou outras empresas que poderiam comprar, outras cooperativas e eu fiquei um pouco frustrado que a Lar não estava na lista, acho que ela era considerada meio pequena. Mas a Lar precisou ser ousada, ter coragem para assumir uma atividade que tinha valor alto e deu certo.  O negócio foi relâmpago. No primeiro dia útil de três anos atrás, a Lar já estava abatendo frango em Marechal Cândido Rondon. Acreditamos que a Lar é reconhecida, está fazendo um bom trabalho.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues foi entrevistado pelo jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural, Giuliano De Luca e por Ueslei Stankovicz para o Programa Voz do Cooperativismo

O Presente Rural – Falando também em suinocultura, como estão as perspectivas? E, falando do aumento no abate do frigorífico Frimesa, tem expectativas de crescimento nessa área também?

Irineu da Costa Rodrigues – A avicultura do ano passado sofreu muito. O Brasil estava com o abate muito alto. Deu muito prejuízo até o mês de agosto, mas muito prejuízo mesmo. A partir de setembro passa a ter resultado positivo, mas nós não cobrimos o prejuízo de avicultura do ano passado. Isso vai demorar uns meses ainda. A suinocultura está com problema semelhante. Ela não deu prejuízo que o frango deu, mas a gente vai ver balanços complicados em empresas que só têm suínos. Isso porque a China deu um “boom” quando ela precisou controlar a peste suína africana, depois se preparou para poder voltar com produção máxima e modernizada e ela está comprando pouco. Então a suinocultura no Brasil possivelmente terá o primeiro semestre ainda duro, sem grandes margens, ou em alguns casos sem margem, acumulando algum prejuízo.

Mas a suinocultura da Lar foi positiva no ano passado. Na nossa forma de ver, no sistema integrado da Frimesa, você deve olhar seu custo e sanidade e a Lar tem sanidade extraordinária. E quando se tem mais produtividade, se diluem os custos. A Frimesa entrou numa época difícil e ela precisa aumentar o abate, pois caso contrário não irá diluir custos.  Mas isso está acontecendo. No ano passado ela teve que arcar com todos os custos de uma empresa em seu início, o que não foi tão fácil, mas teve bom resultado. Precisamos olhar na suinocultura, tanto quando na avicultura, o nível de alojamento, se não passaremos a ver problemas financeiros nessas áreas este ano.

A Lar cresceu muito na produção de suínos, tanto é que no ano passado nós entregamos suínos para Frimesa, para a Friela, Frivatti e vendemos um pouco para o mercado livre. Agora, a partir de janeiro, com a Frimesa ampliando o abate, 100% da matéria prima da Lar está indo para ela.

O Presente Rural –  No Brasil, as taxas estão um pouco elevadas. Isso tem algum impacto na ideia de crescimento da Lar, ou dos próprios produtores rurais?

Irineu da Costa Rodrigues – Primeiramente, a Lar chegou num tamanho adequado, então não temos hoje grandes ideias de expansão. Ela vai investir esse ano mais de 500 milhões para modernizar parque industrial, aumentar um pouco a frota, ampliar grãos. A Lar poderá crescer, eventualmente se surgir uma boa oportunidade, como surgiu a Granjeiro, como surgiu a própria intercooperação com a Copagril. Mas, uma das razões é o juro alto, sim.

O Presente Rural – Quais os principais desafios que a Lar sente hoje?

Irineu da Costa Rodrigues – Nossa preocupação é a queda no preço dos grãos, pois produzimos ainda com custos altos. E, claro, estamos muito preocupados com essas questões de logística que não melhoram nunca. As estradas já deveriam estar todas duplicados, elas são deficientes. Nos preocupa também energia elétrica, que não é adequada ao nível de consumo que temos hoje. A toda hora cai energia, morre frango. Nós não temos conectividade, não temos sinais bons aqui para as máquinas modernas que temos. Em alguns lugares há problemas de água e estradas vicinais. Segurança jurídica e marco temporal, por exemplo. Há indígenas que vêm do Paraguai, que são massa de manobra, criar tensão na região. Como, de certa forma, o MST, que na nossa região está tranquilo, mas a toda hora a gente vê alguém incentivando os movimentos sociais.

O Presente Rural – Quais são as oportunidades emergentes que a Lar observa par ao agronegócio brasileiro?

Irineu da Costa Rodrigues As oportunidades são muito grandes, porque nós temos território, nós temos terra, nós temos know how, nós temos clima. E quando falo em know how é porque temos pessoas que sabem fazer agricultura. Os outros países também têm esse potencial, mas não têm a tecnologia, não tem know how como o nosso agricultor sabe fazer. Então, por isso, o Brasil seguramente vai, cada vez mais, ter uma produção maior.  Mas claro, outros países começam a criar barreiras, barreiras tarifárias, sanitárias. Precisamos ter um governo que faça o trabalho contraponto, que divulgue mais como trabalhamos. Nós temos uma narrativa muito ruim no Brasil, inclusive brasileiros estão falando que a nossa produção não é saudável, que agride o meio ambiente, que tem trabalho escravo. Brasileiros fazendo jogo de interesses fora do país. Nós temos que sair na frente com uma nova narrativa, falar qual agricultura nós fazemos e chamar os clientes, mostrar para eles. Já ocorreu de clientes da Lar que vieram do exterior ficarem surpresos ao verem árvores na beira das estradas e rios, pois se fala que no Brasil não há mais mata. Essa narrativa precisa ser construída para que sejamos melhores vistos lá fora.

O Presente Rural – Na sua visão, o que é o agronegócio do futuro e como o cooperativismo se encaixa nele?

Entrevistado do Programa Voz do Cooperativismo, presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues destacou os principais avanços e conquista da cooperativa

Irineu da Costa Rodrigues – O agronegócio é uma necessidade. Nós vamos ter nove bilhões de pessoas, então é um incremento de mais de um bilhão e meio de pessoas que precisam se alimentar e têm muitas regiões do mundo em que as pessoas passam fome. Estamos numa atividade essencial, diria até mais essencial que a saúde, porque não tendo alimentação, não tem como ter saúde.

Isso tem uma perspectiva muito grande para o nosso país. Cada vez mais a gente observa que quem tem tecnologia para o agro vem para o Brasil. O país vai atrair muitos investidores porque ele tem uma condição espetacular para produzir muito mais. E nós temos que ter a sabedoria de aproveitarmos essas oportunidades. E sim, penso que as cooperativas estão fazendo isso. A Lar não cresceu nos últimos anos à toa, ela buscou crescer, ela se preparou, ela tem na educação e na inovação pilares importantes. Nós somos uma cooperativa que estuda muito. Até temos falado que a Lar é uma cooperativa educadora. Temos aqui grupos de cumbuca espalhados em todo a cooperativa, onde as pessoas se reúnem para estudarem juntas, discutir o que estudam e aplicarem o estudo. Isso está dentro do DNA da cooperativa e é isso que nos dá essa confiança de que a Lar tem mais facilidade de superar dificuldades. Nós acreditamos que ela é uma cooperativa bem resiliente, porque ela, desde o começo do ano, trabalha como se já fosse um cenário difícil. E se ele aperta, o pessoal se dedica um pouco mais. Se o ano vai bem, a gente não afrouxa não. Então vamos produzir um bom resultado financeiro no final do ano, porque o associado quer sobra e o funcionário quer participação do resultado.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Inscrições com desconto ao Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos encerram dia 30 de abril

Evento será realizado nos dias 21 e 22 de maio em Uberlândia (MG).

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Foto: Shutterstock

A Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) realiza, entre os dias 21 e 22 de maio, o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos no Nobile Suíte Hotel em Uberlândia (MG),

Todas as palestras serão realizadas de forma presencial e as inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do primeiro lote variam de R$ 390,00 para profissionais e R$ 195,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 30 de abril.

Para se inscrever clique aqui. A inscrição só será confirmada após o pagamento, que pode ser realizado via depósito bancário, PIX, transferência bancária ou pelo cartão de crédito.

As inscrições antecipadas podem ser feitas até dia 16 de maio, não sendo possível se inscrever presencialmente no dia do evento.

Programação explora tópicos importantes para a avicultura

Durante o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos, os participantes terão a oportunidade de se aprimorar em uma variedade de temas fundamentais para o setor avícola. Um dos pontos de discussão será a otimização da janela de nascimento e seus impactos na qualidade e desempenho das aves adultas. Os especialistas compartilharão novos conceitos sobre como aperfeiçoar esse processo para garantir melhores resultados na produção avícola.

Além disso, a limpeza, desinfecção e controle da contaminação no incubatório serão abordados em detalhes. Os participantes terão  acesso à informações sobre as melhores práticas para manter um ambiente higiênico e seguro para o desenvolvimento dos pintinhos. Confira a programação completa clicando aqui.

Fonte: Assessoria Facta
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