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Avicultura

Saiba o que o México aprendeu com a Influenza de 2012 para dar respostas em menos de 24h no atual surto

Para controlar a propagação da gripe aviária, o governo mexicano implementou uma série de recomendações de controle, incluindo a identificação precoce e o sacrifício rápido de aves infectadas, a limpeza e desinfecção de instalações de aves e a proibição da venda e transporte de aves infectadas.

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Fotos: Divulgação/Arquivo pessoal

Devastadora, a Influenza aviária tem gerado prejuízos incalculáveis à cadeia avícola ao redor do mundo, com registros da doença em mais de 90 países nos últimos anos. Com as primeiras notificações em 1994 no México, quando o país registrou um foco de Influenza aviária de Alta Patogenicidade (H5N2), mas que logo fora controlado com um esquema vacinal no plantel de aves, alterando o status da doença para vírus de baixa patogenicidade, o país volta a enfrentar surtos da doença, resultando em impactos econômicos significativos em sua indústria avícola.

Para controlar a propagação da gripe aviária, o governo mexicano implementou uma série de recomendações de controle, incluindo a identificação precoce e o sacrifício rápido de aves infectadas, a limpeza e desinfecção de instalações de aves e a proibição da venda e transporte de aves infectadas.

Além disso, trabalha em estreita colaboração com as organizações internacionais de saúde animal, como a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para relatar, monitorar, controlar e prevenir surtos de Influenza aviária (IA) no país.

Histórico

Segundo maior produtor mundial de ovos e principal consumidor da proteína, com média de 402 unidades per capita, o México voltou a suspeitar de novos casos em 2012, quando uma granja de criação com 100 mil aves em Teocuitatlán de Corona, no Estado de Jalisco, na região Oeste do país, apresentou uma alta taxa de mortalidade, no entanto, o diagnóstico à época foi de um foco de Laringotraqueíte infecciosa. Contudo, novas granjas, em diferentes regiões, passaram a registrar incremento de mortalidade das aves que, após exames laboratoriais, o Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar (Senasica) confirmou a presença do vírus A subtipo H7 de alta patogenicidade, o que levou a ativar o Dispositivo Nacional de Emergência Zoossanitária (Dinesa), com registros do vírus nos municípios de Acatic, Tepatitlán e Jalisco, resultando na morte e sacrifício de cerca de 22,3 milhões de aves, acendendo a preocupação das autoridades sanitárias locais sobre a segurança alimentar e o impacto econômico para a indústria avícola mexicana.

Os casos foram reportados à OIE e imediatamente o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica do México iniciou as ações para diagnóstico da situação de campo, implementação de atividades contra a epidemia, reforço das medidas de biosseguridade, mitigação na comercialização das aves e ovos, intensificação da vigilância epidemiológica em aves silvestres, verificação contínua de laboratórios de diagnóstico e produção de vacinas, com a criação de um plano de vacinação, que contou com a aplicação de 53 milhões de doses, decisão tomada à época em razão da falta de um fundo para desastres econômicos do país. “Inicialmente a vacinação contra Influenza aviária estava prevista para ser suspensa em outubro de 2012, no entanto, a imunização segue em andamento em pontos estratégicos no país”, afirmou o médico-veterinário mexicano Fernando Navarro, da Hy-Line, que compartilhou a experiência do México com a Influenza aviária no Congresso de Ovos, realizado em meados de março pela Associação Paulista de Avicultura (APA), em Ribeirão Preto, SP.

Médico-veterinário mexicano Fernando Navarro

De acordo com o profissional, os primeiros relatos foram feitos em aves silvestres e alguns casos pontuais em aves de quintal, reportados em outubro do ano passado. Desde então foram confirmados surtos em 12 dos 32 estados do país, tendo o primeiro surto de aves comerciais em galinhas poedeiras nos estados de Nuevo León e Sonora, no Norte do país da América Central, em novembro de 2022, com registros de surtos subsequentes, principalmente em aves de ciclo longo – galinhas poedeiras e reprodutivas – nas regiões Noroeste, Oeste e Sudeste, porém em áreas consideradas sem qualquer relação geográfica.

Em números

Segundo autoridades agrícolas federais mexicanas, cerca de 300 mil aves de postura precisaram ser abatidas após o diagnóstico da doença a fim de evitar sua disseminação e proteger o consumo nacional de produtos avícolas. Em decorrência da crise instalada pela IA no país, houve outras 15 milhões de aves mortas ou sacrificadas e 12 milhões de mexicanos deixaram de consumir ovos por dia, o que causou uma inflação de 0,11% e um aumento expressivo nos preços dos ovos de 40% e da carne de frango em 14%, segundo dados do Banco Central.
Até início de fevereiro foram confirmados casos em 50 granjas do país, com 5,9 milhões de aves infectadas, o equivalente a quase 0,3% do total de aves no país, informou o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Efeitos na cadeia produtiva

De acordo com o profissional, as unidades produtivas de aves foram submetidas a quarentena interna, desinfetadas e despovoadas, bem como todas as fazendas de produção ficaram impossibilitadas de movimentar produtos avícolas sem autorização da autoridade sanitária federal. “Como o México é um país com praticamente zero de exportação de frango e pouquíssima exportação de derivados de ovos, como ovos em pó, felizmente isso não foi afetado”, frisou Navarro.

Além da insegurança alimentar e do desemprego, esse cenário desencadeou a descapitalização dos produtores e de demais elos da cadeia na região afetada, como da indústria de ração animal, que pela baixa demanda do produto chegou a produzir apenas cerca de 45 mil toneladas por mês.

Dentre os efeitos da IA no México, Navarro cita ainda o impacto econômico direto pelo custo das aves que os produtores perderam, apesar de em volume a mortalidade pela doença não ultrapassar 0,5%. “Com a baixa oferta houve aumento dos preços do produto final e são esperadas perdas expressivas na cadeia produtiva pela importância do rebanho avícola na indústria, uma vez que muitos dos planteis eram de aves reprodutoras pesadas e leves, porém o real impacto financeiro do setor ainda não foi calculado”, menciona.

Vacinação

Conforme Navarro, quando o foco de IA foi registrado, o Senasica tinha duas cepas isoladas de patos HPAI e duas alternativas para produzir os inoculantes: uma era de um vírus de referência H7N3 HPAI do Canadá e outra de um vírus HPAI H7N3 isolado de um pato selvagem no México em 2006 e mantido aos cuidados das autoridades mexicanas, opção essa escolhida posteriormente.

De acordo com os dados oficiais do país, antes do início da campanha de vacinação a mortalidade das aves por lote variava entre 80% e 95%, após a aplicação do imunizante passou a ser entre 8% e 15%. “A vacina ajudou a prevenir a mortalidade, mas não protegeu contra as quedas de produção. Atualmente o governo federal controla as cepas para produzir a vacina por alguns anos”, menciona Navarro.

Desde o primeiro surto de IA novas tecnologias foram e estão sendo desenvolvidas, entre elas Navarro cita a genética inversa, HVT+H7 e Pox+H7. Para que os laboratórios mexicanos possam atualizar as mudanças genéticas da cepa HPAI H7N3, o governo federal autorizou a liberação da semente-mãe (vírus morto) atrelado ao uso de vacinas recombinantes (HVT o vetor Pox). “O que reduziu a mortalidade entre 2% e 4% durante o surto, assim como também em alguns casos de mudança sanitária forçada”, pontua Navarro.

Imunização massiva

Com cerca de 70 milhões de aves, a região de Los Altos de Jalisco é a área avícola mais importante do México e provavelmente a mais povoada do mundo, com cerca de cinco aves por quilômetro quadrado. Dado a sua importância e devido aos recentes registros de IA no país, o estado de Jalisco iniciou em janeiro deste ano uma campanha massiva de vacinação contra a IA em fazendas de quintal. Para a imunização, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Sader) de Jalisco destinou dois milhões de pesos para a aquisição de 4,2 milhões de vacinas das 55,8 milhões de doses que o governo federal autorizou para o estado.

Recomendações de controle sanitário

De acordo com o profissional, antes de qualquer contingência deve-se verificar nas propriedades o cumprimento de todas as medidas de biossegurança recomendas pelo Senasica, bem como a adoção de um plano para controlar a movimentação de todos os produtos e subprodutos de origem avícola, pois sua movimentação inadequada pode colocar em risco o restante da cadeia avícola, com especial atenção ao destino das aves de ciclo longo ao fim do ciclo produtivo e o tratamento térmico do esterco de frango e sua correta movimentação para os locais de aplicação. “Além disso, para a movimentação de produtos avícolas é necessário ter um resultado de PCR negativo a depender do produto a ser movimentado e deve haver um veterinário responsável autorizado pelo Senasica, que será responsável por verificar o cumprimento das normas e responder a qualquer problema que ocorra na fazenda”, expõe Navarro.

Entre as medidas que devem ser tomadas no local após a confirmação do surto, Navarro ressalta que de imediato deve ser feito o abate das aves e a eliminação de todos os subprodutos, como ovos e esterco de galinha. Feito isso, a unidade de produção é lavada e desinfetada, permanecendo em vazio sanitário pelo tempo determinado pela autoridade do país. “Depois disso são colocadas aves sentinelas para garantir que não haja circulação viral”, salienta.

Cenário atual

Diante dos recentes casos registrados e com base nas análises dos laboratórios que possuem condições de produzir a vacina contra IAAP H5N1, o governo federal autorizou a vacinação de emergência no país em meados de novembro do ano passado, tendo sido iniciado a campanha em zonas de risco, matrizes e reprodutoras. Os laboratórios também possuem autorização para exportar as vacinas.

O médico-veterinário menciona que os biológicos usados para imunização das aves são do subtipo H5N8, que provou ter 100% de proteção contra o vírus H5N1 circulante no México, e uma vacina bivalente com um vírus Newcastle + o vírus H5.

Navarro diz que o setor e os órgãos governamentais encaram o atual momento com muito mais maturidade e responsabilidade quando comparado ao cenário vivenciado em 2012. “Agora tivemos uma resposta muito mais rápida e eficaz, com resultados em menos de 24 horas. Um problema desse tipo sempre gera nervosismo em todas as áreas desse setor, mas, diferentemente do surto de H7, agora há um plano mais claro, que gera mais tranquilidade no mercado mexicano”, considera, afirmando que a cadeia deve estar sempre vigilante. “A gripe aviária é uma doença que gera grandes perdas econômicas na avicultura de qualquer país, é importante gerar essa conscientização em todas as pessoas envolvidas nesse setor, além de ter um plano de contingência bem definido para ajudar a prevenir para que, em caso de entrada do vírus, o setor tenha orientações a seguir para conseguir seu controle e pronta erradicação”, enfatiza.

Além de uma maior conscientização de todos os envolvidos no setor avícola, o atual momento do surto de IA no país quando comparado com 2012 evidencia ações imediatas após a notificação, como a criação de fundos locais para contingência através de grupos de avicultores, estratégias mais eficientes de controle sanitário, com abate imediato do lote e enterro dentro da unidade junto com todos os seus subprodutos, assim como medidas para restringir a circulação de subprodutos em zonas internas de quarentena. E ainda a vacinação da zona perifocal foi administrada para gerar uma zona tampão.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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