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Saiba como a ciência ajudou Mato Grosso do Sul a se tornar uma potência do agro

Cultivares evoluídos para a região, manejo adaptado e estudo das pragas locais são algumas das atividades desenvolvidas pela Unidade da Embrapa em Dourados. As pesquisas se concentram em culturas como arroz, feijão, milho, algodão e, especialmente, soja e trigo. 

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Trabalho científico realizado pelo Laboratório de Análise Ambiental da Embrapa Agropecuária Oeste tem papel importante para o Estado ocupar papel de destaque no agro nacional - Foto: Silvia Zoche

O destacado papel de Mato Grosso do Sul no agro nacional deve-se muito ao trabalho científico, boa parte dele desenvolvido na Unidade de Pesquisa da Embrapa, em Dourados, no Sudoeste do estado. Criada em 13 de junho de 1975, cerca de dois anos após a criação da Embrapa, a instituição nasceu como Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual (Uepae) de Dourados, no então estado de Mato Grosso. Em 1993, fruto de uma demanda regional do setor agropecuário, a Uepae foi transformada em Centro de Pesquisa Agropecuária do Oeste (CPAO) e conhecida, logo após, pelo nome-síntese: Embrapa Agropecuária Oeste. Hoje, ela compõe, com outros 42 centros de pesquisa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, que acaba de completar 50 anos.

As atividades desenvolvidas pela Unidade da Embrapa em Dourados procuram com o melhoramento genético para o desenvolvimento de cultivares adaptados às condições locais. As pesquisas se concentram em culturas como arroz, feijão, milho, algodão e, especialmente, nas de soja e trigo.

Os pesquisadores também se debruçaram sobre o manejo de pragas e doenças da região, de acordo com as épocas de plantio, conservação, correção e manejo da fertilidade do solo. Um marco relevante para a agricultura do estado foi a publicação, em julho de 1975, do documento Sistemas de Produção de Soja e Trigo, base técnica de consultas.

A partir da década de 1980, novos projetos de pesquisa foram elaborados, focados em sistemas de produção e não apenas em culturas comportamentais. Esses trabalhos foram em parceria com os que tiveram como resultado o Sistema Plantio Direto (SPD). Técnica conservacionista por excelência, o SPD melhora a produtividade e a absorção da água pelo solo e reduz os custos de produção. A criação do Grupo de Plantio na Palha (GPP), em 4 de janeiro de 1994, em Dourados, constituiu-se em um importante fórum de discussões sobre o SPD .

As parcerias com o setor produtivo, universidades, cooperativas e demais segmentos produtivos da região, possibilitaram a aproximação das necessidades dos produtores, o que levou à implantação de melhorias no SPD com vistas a integrar, diversificar e melhorar a rentabilidade da propriedade. Essa ação culminou com a implantação, na década de 1990, do sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), ambos considerados pilares da agricultura de baixo carbono.

Plantação de soja -Foto: José Fernando Ogura

As pesquisas conduzidas pela equipe do centro, ao longo dos anos, possibilitaram a melhoria nos arranjos produtivos e na adaptação dos formatos de ILP mais adequados às necessidades e interesses dos produtores da região. Até hoje, a Unidade atua em pesquisas sobre sistemas de produção sustentáveis ​​e adaptação às mudanças climáticas, sanidade agropecuária, segurança alimentar, desenvolvimento territorial e uso dos recursos naturais. A Embrapa Agropecuária Oeste tem uma obrigatoriedade de atuação ecorregional que abrange uma estrutura fundiária formada tanto por familiares como por produtores de grande porte integrados ao mercado de commodities.

Entre as atividades desenvolvidas, a equipe de profissionais desenvolve trabalhos em diversas culturas: consórcio milho-braquiária, soja, cana-de-açúcar, culturas de inverno e plantas de cobertura. Ela também participa do processo de validação de: algodão, mandioca, trigo, aveia e sorgo e realiza testes de viabilidade e potencial produtivo de girassol, amendoim, feijão-caupi, grão-de-bico, entre outros.

Mudanças climáticas

Localizada em uma região de clima tropical e com forte impacto das condições climáticas, que variam muito ao longo das estações do ano, a Unidade desenvolveu um sistema de coleta e disponibilização de informações agrometeorológicas como forma de subsidiar a tomada de decisão dos produtores agrícolas. Por meio de banco de dados organizado, sistematizado e on-line, o Guia Clima é resultado do trabalho de pesquisa e desenvolvimento que auxilia diversos produtores rurais da região.

Trata-se de um sistema de monitoramento agrometeorológico que disponibiliza, em tempo real, dados sobre as condições meteorológicas (temperatura, umidade do ar etc.), informações (médias, normais etc.) e alertas (baixa temperatura do ar, ventos fortes, geadas etc.), que podem ser usados ​​para auxiliar na tomada de decisões, por meio de aplicativo em celulares. Abastecido por quatro estações agrometeorológicas, o Guia Clima possui potencial de extensão e pode ser adaptado para outras cidades.

O conhecimento em agrometeorologia do centro de pesquisa permitiu que ele passasse a contribuir de forma contínua com as atividades do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Rede ZARC Embrapa), responsável pelo trabalho em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária, que alimenta o banco de dados do sistema (SISZarc).

Além das atividades de coleta de dados de pesquisa no campo, a equipe da Unidade realiza também o processamento e a modelagem dos parâmetros de culturas, estabelecendo as informações do ZARC. Os profissionais de Dourados também promovem reuniões de validação do ZARC. Maracujá, melancia, sorgo forrageiro, consórcio milho com braquiária são alguns exemplos de culturas e de sistemas produtivos que contam com ZARC no Mato Grosso do Sul, elaborados pela equipe de pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste.

Agroenergia

No início da década de 2010, a Embrapa Agropecuária Oeste começou a trabalhar com cana-de-açúcar, com o objetivo de desenvolver tecnologias para aumentar a produtividade e a qualidade da cana-de-açúcar na região Centro-Oeste do Brasil, que naquela época não era uma região tradicionalmente produtora dessa cultura.

Atualmente, segundo dados da Biosul, o estado conta com 19 usinas de cana-de-açúcar e ocupa um importante papel no cenário sucroenergético brasileiro. Já foram produzidos quase 50 milhões de toneladas de cana em apenas uma única safra, um crescimento de 230%, responsável por colocar o Mato Grosso do Sul na quarta posição de maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. Além disso, o estado é o quarto produtor de açúcar do país.

Esses números são reflexo do trabalho científico que possibilitou o uso e ocupação de ambientes restritivos com lavouras de cana-de-açúcar. Sobre esse tema, a equipe está desenvolvendo sistemas de produção que viabilizam a renovação de canaviais com adubação verde e com rotação de culturas, tais como crotalária e soja.

A Unidade está atenta às demandas do RenovaBio, um plano nacional de biocombustíveis, e tem buscado se antecipar às necessidades do segmento, por meio de parcerias com cooperativas, iniciativa privada e associações de produtores, com destaque para a Biosul.

Para isso, conta com o esforço da equipe de transferência de tecnologia da Unidade, que vem promovendo eventos recorrentes voltados para o setor sucroalcooleiro. Esses seminários, atualmente denominados CanaMS, acontecem desde 2012 e contam com a participação de técnicos das usinas e interessados ​​no assunto. Nessas reuniões, ocorrem amplas trocas de informações e captação de novas demandas de

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

pesquisa para aproximar a pesquisa do setor produtivo.

Peixes

Em 2004, a Embrapa Agropecuária Oeste criou o Núcleo de Pesquisa em Piscicultura, com o objetivo de contribuir com o fortalecimento da cadeia produtiva de pescados no Mato Grosso do Sul. Esse Núcleo desenvolve há 20 anos pesquisas em nutrição, genética, sanidade e manejo de peixes nativos e exóticos.

Em 2006, foi inaugurado o Laboratório de Pesquisa em Piscicultura, que contorna com o apoio financeiro da SEAP/PR e uma área de 247m2. O laboratório faz parte do Programa Integrado de Pesquisa em Aquicultura, que na época servia para pesquisas relacionadas à qualidade de água – monitoramento, manejo e medidas de controle; a nutrição e alimentação – requisitos nutricionais para espécies nativas, manejo alimentar, fontes proteicas de origem vegetal e fontes energéticas – e a sanidade – diagnóstico e controle de doenças.

Sustentabilidade ambiental

Por tratar-se de uma unidade de pesquisa e corregional, uso e conservação de recursos naturais fazem parte das linhas de pesquisa de criação.

Em relação à agroecologia, as pesquisas estão voltadas para produção de alimentos, solos de qualidade e sistemas de produção integrados. Trabalhos sobre a produção de alimentos orgânicos na Unidade tiveram início com o uso de mandalas, que são sistemas de cultivo que combinam hortaliças, plantas medicinais e flores em um mesmo espaço circular.

Há também pesquisas relacionadas às estratégias de conservação de Áreas de Reserva Legal (ARLs) e de Áreas de Preservação Permanente (APPs), por meio de Sistemas Agroflorestais Biodiversos (SAFs). Os SAFs são sistemas de produção agrícola que combinam a produção de culturas agrícolas e árvores em uma mesma área, visando à conservação do solo, à recuperação de áreas degradadas e à diversificação da produção agrícola. A Embrapa Agropecuária Oeste desenvolve pesquisas nessa área desde a década de 1990, com destaque para os SAFs com espécies frutíferas, que apresentam alto potencial de recepção.

Recursos hídricos 

Um dos maiores impactos da agricultura na qualidade dos recursos hídricos (água subterrânea e superficial) ocorre devido à possibilidade de sua contaminação com resíduos de agrotóxicos. Em função desse risco, a Embrapa Agropecuária Oeste trabalha em um projeto de monitoramento da presença de resíduos de agrotóxicos em águas de Mato Grosso do Sul, dos rios Dourados, Amambai e Ivinhema, considerados fontes de captação de água para distribuição à população de alguns municípios e um recurso para manutenção da biodiversidade. O principal resultado gerado com o projeto é o monitoramento da qualidade da água com frequência quinzenal. Esse monitoramento serve como importante para identificar possível o impacto das atividades agropecuárias na qualidade dos recursos hídricos.

De modo a viabilizar as análises laboratoriais, foi construído e equipado um laboratório referência em análise e monitoramento de resíduos de agrotóxicos em águas superficiais. Inaugurado em junho de 2019, o Laboratório de Análise Ambiental tem 361m2. Os recursos financeiros para a construção do novo laboratório e a aquisição dos equipamentos foram viabilizados por meio de parceria entre Embrapa Agropecuária Oeste, Ministério Público Federal (MPF/MS), Ministério Público do Trabalho (MPT/MS), Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MP MS) e Instituto de Meio Ambiente de Dourados (Imam).

Atualmente, os trabalhos da Unidade são orientados para continuar buscando soluções inovadoras para a agricultura tropical, com ênfase na produção de alimentos, fibras e energia de forma sustentável e integrada. O foco da Embrapa Agropecuária Oeste está em reduzir custos e utilizar insumos biológicos e alternativas que geram menor impacto ambiental. Além disso, trabalha na elaboração de políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e fortalecimento das cadeias produtivas locais.

Fonte: Assessoria Embrapa Agropecuária Oeste

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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