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Reprodução e bem-estar animal: Aliados para uma pecuária mais sustentável

As biotecnologias da reprodução buscam cada vez mais unir a produtividade das fazendas às práticas de bem-estar animal para gerar resultados eficientes aos pecuaristas

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Foto e texto: Assessoria

Na pecuária moderna, a otimização da eficiência reprodutiva é fundamental para atender à crescente demanda global por proteína e laticínios. Neste cenário, as biotecnologias de reprodução animal emergem como ferramentas para impulsionar o melhoramento genético, aumentar a produtividade e garantir o bem-estar animal nas fazendas.

As tecnologias mais utilizadas costumam ser a Inseminação Artificial (IA) e a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que consiste em um protocolo de sincronização do ciclo estral das vacas com a IA em momento pré-determinado, reduzindo as chances de falhas nas observações de cios e no momento adequado para a inseminação. A Transferência de Embrião (TE) é outra biotecnologia da reprodução já consolidada no mercado nacional, sendo o Brasil um dos maiores produtores de embriões bovinos in vitro. Com isso, foram desenvolvidos protocolos de Transferência de Embrião em Tempo Fixo (TETF) para dar um suporte mais robusto ao processo.

As técnicas de TE e TETF prezam pela saúde e bem-estar das fêmeas doadoras e de alto valor genético (matrizes) e, quando bem aplicadas, multiplicam o seu potencial reprodutivo gerando múltiplos herdeiros em um mesmo ano. Para este fim são utilizados os protocolos de superovulação (SOV), que visam aumentar o número de ovulações por ciclo estral, através da estimulação hormonal de folículos terciários a se desenvolverem e ovularem. Esse processo é seguido por inseminações artificiais com sêmen de touros também de alto potencial genético, resultando em embriões para posterior coleta e implantação em receptoras (“mães de aluguel”) ou serem criopreservados para posterior implantação.

A superovulação de matrizes com excelência genética permite obter o maior número de embriões transferíveis. A técnica é capaz de proporcionar a produção de cerca de 40 bezerros por ano a partir da mesma fêmea. Isso faz com que o melhoramento genético do rebanho seja acelerado, permitindo ao produtor a multiplicação eficiente de linhagens valiosas.

Para que esta ovulação múltipla aconteça, os protocolos usuais de SOV utilizam doses consecutivas de FSH (Hormônio Folículo Estimulante), buscando o bloqueio do efeito inibitório do folículo dominante de uma onda de desenvolvimento folicular sobre outros folículos que também iniciaram seu desenvolvimento no momento do início do desenvolvimento do FD. Assim há a possibilidade da produção de vários oócitos de boa qualidade com capacidade de resultarem em embriões quando inseminados. Nos protocolos de SOB usuais, o FSH tradicionalmente utilizado é de origem animal, através da extração em pituitárias suínas ou ovinas em frigoríficos.  “Geralmente são necessárias entre 60 e 65 pituitárias ou hipófise para uma única dose hormonal. Além disso, há necessidade da utilização de técnicas adequadas a nível laboratorial para purificação e padronização da quantidade do FSH extraído a fim de se evitar variabilidade na potência” explica Marcos Malacco, médico-veterinário gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal

Os protocolos de superovulação que utilizam o FSH de origem animal envolvem aplicações repetidas do hormônio, duas vezes ao dia (manhã e tarde), durante 4 dias, processo que gera mais estresse às matrizes. Outro ponto de atenção é que podem ocorrer falhas no protocolo devido ao esquecimento de uma ou outra aplicação ou aplicação em horário inadequado para o êxito.

A busca pelo aumento da eficiência produtiva do rebanho é um dos motivos que levou ao desenvolvimento de uma molécula inovadora, a Ripafolitropina alfa bovina (rbFSH), o primeiro FSH recombinante do mundo, produzido por meio de tecnologia recombinante, sem depender da disponibilidade de glândulas pituitárias de outros animais.

“Sua aplicação na reprodução bovina tem sido amplamente estudada e demonstrou benefícios significativos na manipulação do ciclo estral, na produção de embriões e na melhoria da eficiência reprodutiva. O rbFSH atua estimulando o crescimento folicular nos ovários das fêmeas bovinas, promovendo assim a produção de ovócitos de alta qualidade”, elucida o profissional.

O uso de rbFSH permite uma programação mais precisa dos ciclos estrais das fêmeas, reduzindo a necessidade de manejos repetidos nos protocolos de estimulação ovariana convencionais, minimizando o estresse nas doadoras de embriões e a possibilidade de erros nas aplicações do FSH,  além de reduzir a mão de obra associado ao este manejo reprodutivo.

“Uma única aplicação do rbFSH é suficiente para promover a superovulação nas matrizes bovinas e atingir os melhores resultados reprodutivos, facilitando o manejo e aumentando o bem-estar animal, ao mesmo tempo em que apresenta uma maior precisão e menos riscos de falhas no protocolo. Os estudos demonstram que essa única aplicação do rbFSH nos protocolos de superovulação, proporciona a produção de embriões de alta qualidade, o que pode ser um salto gigante para a reprodução bovina e para a melhoria genética dos rebanhos nacionais, isso contribui para o bem-estar geral das vacas e novilhas, promovendo um processo reprodutivo mais sustentável”, detalha Malacco.

Amiga do bem-estar animal e consciente das particularidades de cada rebanho, a Ceva Saúde Animal criou junto com o seu time técnico o Zimbria®, um produto inédito, que contém o hormônio folículo-estimulante recombinante ripafolitropina alfa bovina (rbFSH), indicado para uso nos protocolos de superovulação das fêmeas bovinas.

Zimbria® é uma solução injetável pronta para uso o que não necessita de reconstituição de liofilizado em diluente e pode ser utilizada em até 3 meses após a abertura do frasco, o que otimiza e traz mais segurança para o médico-veterinário. Além disso, a carência de Zimbria® é zero, tanto para o leite quanto para a carne.    “O Zimbria® é uma excelente solução para a melhoria reprodutiva do rebanho, que pensa no bem-estar animal e afeta positivamente o bolso do produtor”, afirma Malacco.

O Zimbria® permite otimizar o protocolo de SOV. Uma única aplicação é suficiente para promover a ovulação múltipla nas matrizes. Desta forma, é possível ter mais precisão e menos riscos de falhas no processo e, consequentemente melhores resultados. Além disso, o manejo reprodutivo é facilitado e o estresse da vaca reduzido o que aumenta o bem-estar animal. Outro diferencial é que a inseminação com rbFSH é mais precisa e tem maiores chances de gerar embriões, o que significa um avanço importante para a melhoria genética dos rebanhos.

A evolução dos protocolos e um enfoque mais profundo no bem-estar animal estão pavimentando o novo caminho que a reprodução na pecuária está trilhando. Inovação, segurança e tecnologia estão impulsionando protocolos mais sólidos e com resultados superiores, delineando a atual realidade do setor

Fonte: Assessoria

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Boehringer Ingelheim apresenta crescimento expressivo na área de saúde animal

A multinacional alemã supera média do mercado, com forte desempenho na linha pet

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Presidente da divisão de saúde animal da Boehringer Ingelheim no Brasil, Xavier Andivia: “Sabemos que será difícil mantermos esse crescimento de 2023 em 2024, mas estamos otimistas” - Foto: Divulgação

Em coletiva de imprensa realizada em maio, a Boehringer Ingelheim, empresa alemã que atua no Brasil há cerca de oito anos na área de saúde animal, apresentou números de crescimento significativos. O presidente ediretores da companhia revelaram que a multinacional obteve um crescimento acima da média do mercado, com destaque para a divisão pet.

Desde a aquisição da Merial em 2017, a Boehringer Ingelheim vem crescendo continuamente, figurando entre as 10 empresas de maior faturamento no mercado brasileiro. Embora a maior parte do faturamento da empresa ainda provenha da linha de saúde humana, a área de saúde animal tem ganhado espaço a cada ano. Em 2023, a divisão de saúde animal faturou mais de 4 bilhões de euros, um crescimento de cerca de 7% em relação a 2022, representando cerca de 20% da receita total do grupo.

Presidente da divisão de Saúde Animal da Boehringer Ingelheim no Brasil, Xavier Andivia, comentou sobre os desafios futuros: “Sabemos que será difícil mantermos esse crescimento de 2023 em 2024, mas estamos otimistas”, frisou.

Os diretores da multinacional afirmaram que continuarão investindo em pesquisa e desenvolvimento, visando expandir ainda mais seu portfólio, especialmente em medicamentos voltados para grandes animais, aves, suínos e pets, setor que atualmente mais fatura no segmento animal.

Os números apresentados destacam que as vendas de produtos pet colocam a Boehringer Ingelheim como líder de mercado em vários produtos, como o antiparasitário NexGard e o Frontline. “Ganhamos cerca de três pontos percentuais de market share no Brasil no último ano, e até o fim deste ano lançaremos mais dois produtos para cães e gatos, inclusive medicamentos contra zoonoses”, adiantou o diretor da área de pets, José Carlos Pereira Júnior.

No segmento de grandes animais, aves e suínos, a empresa também tem aumentado sua participação de mercado. Segundo o diretor Diego Souza, esses setores mantêm um equilíbrio no faturamento total da empresa.

Abilio Alessandri, diretor da área de suínos e aves, destacou o uso significativo de vacinas da Boehringer nesses dois setores: “De cada duas aves vacinadas no Brasil, uma é vacinada com imunizante da Boehringer. E em suínos, são três animais vacinados com vacina da Boehringer em cada cinco vacinados no Brasil”, ressalta.

Fonte: O Presente Rural
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Evonik discute uso de probióticos para promover melhor saúde intestinal, melhor desempenho e rentabilidade na avicultura

Com campo de estudo muito vasto e resultados muito variáveis, a escolha do probiótico precisa ser assertiva para atingir resultados consistentes

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Anita Menconi, médica veterinária e diretora de Negócios da Linha de Especialidades de Monogástricos da Evonik nas Américas

Os probióticos são usados há muitos anos na avicultura. São tecnologias estratégicas para manter uma boa saúde intestinal, importante para atingir um bom desenvolvimento das aves, aumentar a eficiência produtiva no campo e, consequentemente, melhorar a rentabilidade de um setor que trabalha com margens apertadas em sua busca constante pela eficiência. Contudo, a escolha do probiótico mais adequado de acordo com a realidade de produção de cada empresa avícola é um dos desafios mais importantes dentro do contexto de saúde intestinal e nutrição animal em escala global. Isso porque o nutricionista precisa escolher a cepa mais adequada de probiótico entre as inúmeras disponíveis no mercado, assim como a quantidade de inclusão na dieta para atingir o resultado esperado, caso contrário, não terá efeito, defende a médica veterinária e diretora de Negócios da Linha de Especialidades de Monogástricos da Evonik nas Américas, Anita Menconi. “Apesar de ser um produto usado largamente nesta atividade, a inclusão do probiótico deve considerar o processo de fabricação da ração, como a peletização, por exemplo, além de considerar se esta cepa vai chegar íntegra no intestino dos animais e o potencial genético dessa cepa frente aos objetivos da produção. O desafio na escolha do probiótico está no fato de ele pertencer a um campo muito vasto e com resultados muito variáveis”, salientou a especialista.

Com mestrado e doutorado em saúde intestinal, ela começa destacando que os probióticos não são iguais. “Mesmo que a gente veja a mesma espécie, os probióticos são diferentes porque a capacidade de uma cepa é diferente da outra. Elas têm características genéticas que precisam ser avaliadas, por isso o primeiro passo é entender que a oferta de probióticos não é igual”, sinaliza Anita reforçando que outro ponto importante a considerar é a maneira como ele será aplicado via ração. “Estamos manipulando um organismo vivo que precisa chegar vivo até o animal. As condições de peletização impactam diretamente o resultado. Então, algumas perguntas precisam ser respondidas, como qual é a inclusão necessária? Como fazer esta inclusão na dieta das aves? Como testar a variabilidade dos esporos na ração pronta para o consumo? Como estamos misturando na ração? Estamos entregando a quantidade necessária? Sem estas respostas não é possível atingir resultados satisfatórios”, analisou a executiva observando que esta ferramenta não pode ser tratada como uma substituição aos antimicrobianos promotores de crescimento, já que eles não são antibióticos. “Estamos falando de uma ferramenta importante para promover uma melhor saúde intestinal dos animais e sua consequente melhora no desempenho, mas se não forem utilizados da maneira correta, não vai haver resultado. Existe uma série de casos de resultados inconsistentes no uso de probióticos porque eles foram usados de maneira incorreta. Ainda hoje há bastante equívoco na sua utilização”.

Os Probióticos

Ajustar a saúde intestinal. Para Anita, esta é a primeira consequência do uso dos probióticos. “Ele cria um balanço da saúde intestinal. Com a produção intensiva, especialmente falando de frango de corte, que precisa crescer em um espaço muito curto de tempo. Este processo leva a um desbalanço da saúde intestinal, então, o probiótico é uma bactéria benéfica que vai passar pelo trato gastrointestinal e auxiliar esta microbiota, tornando-a mais equilibrada. Ele contribui com a produção de ácido láctico, por exemplo, que passa pelo intestino e traz benefícios para a microbiota ali presente, auxiliando em seu crescimento e desencorajando o crescimento das bactérias patógenas”, explica Anita.

De acordo com ela, o segundo efeito depende do desafio de produção de cada empresa avícola. “Para indicar a melhor cepa, é importante saber qual é o desafio que aquele lote enfrenta. É Salmonella, por exemplo? Ou Clostridium? Para cada desafio existe um tipo de probiótico adequado”.

Experimentos

Conhecer a genética e saber a capacidade metabólica, de efeito nas aves de cada probiótico é o primeiro passo para saber a melhor indicação. Segundo Anita, o estudo dos probióticos envolve desde a parte genética das cepas até o entendimento da segurança delas. “Desenvolvemos pesquisas em nossos laboratórios para avaliar quais são essas bactérias e se elas são seguras. Algumas delas podem carregar genes antimicrobianos, por exemplo. A nossa cepa é uma cepa 100% segura, que não carrega genes de produção de toxinas ou de resistência antimicrobiana”.

A segunda questão importante a ser levantada é quais testes foram realizados nestas cepas, não apenas os laboratoriais, como também os experimentais e qual foi a experiência de uso em campo. “Nós avaliamos desde a genética dos probióticos até a avaliação de como podem ser usados a campo, via ração e em quais condições é possível ajudar e promover de fato uma melhoria da saúde destes animais. Nesta questão, me sinto muito segura em afirmar que a Evonik fez e faz a lição de casa para conhecer profundamente a cepa que usamos”.

Fonte: Assessoria
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Empresa Suíça Socorex tem a vacinadora mais utilizada para diminuir a mortalidade em lotes de peixes

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Divulgação Iaber

O Brasil se destaca na posição de quarto lugar com maior produção de tilápias no mundo, em 2023, produziram 579.080 toneladas de tilápias que corresponde a 65,3% do total de peixes, o restante se enquadra em peixes nativos e demais espécies.

O manejo sanitário preventivo na produção de tilápias é sem dúvidas a melhor forma de controlar enfermidades e diminuir consideravelmente os impactos econômicos para o produtor. Nesse contexto, a Iaber Innovation disponibiliza ao mercado uma solução preventiva, a vacinadora Socorex Ultra 0,1ml, que será apresentada durante a Aquishow Brasil 2024, que acontece entre os dias 21 e 23 de maio, em Rio Preto, interior de São Paulo.

Durante a feira, os produtores poderão entender a importância da vacinação e a necessidade de investir no segmento e no manejo sanitário, e não apenas na nutrição.

“A estreptococose causa doenças severas”, responsável por mortalidade massiva que vem acompanhada de muitas perdas econômicas nos viveiros, os principais sintomas são natação errática, letargia, anorexia, exoftalmia, córnea opaca, lesões cutâneas e hemorragias, explica Giana Souza Hirose, médica veterinária e gerente nacional da Iaber Innovation.

A vacina é feita em tilápias intraperitoneal e utilizada de forma preventiva, são indicadas a partir de 15g de peso ou de aproximadamente 60 dias de vida. A aquicultura possui um grande desafio que é o controle do ambiente, em tempos mais quentes onde a temperatura da água ultrapassa 29°C temos alta incidência da doença de verão, onde bactérias do gênero Streptococcus agalactiae são a principal enfermidade que atingem a criação de tilápias.

Essa doença afeta peixes de várias idades, porém é mais comum, na fase de engorda. A dosagem recomendada é 0,05 ml por peixe, para isso, a Iaber Innovation disponibiliza a vacinadora Socorex Ultra de alta precisão com capacidade de 0,1ml e divisões de 0,005 ml, uma ferramenta que aliada a uma vacinação correta, é capaz de proteger os animais e evitar altas taxas de morbidade, mortalidade e prejuízos econômicos.”

Fonte: Ass. de Imprensa
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