Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes Expectativa positiva

Reflexos da PSA no mercado externo podem ser positivos para suinocultura brasileira

Com a retomada do mercado russo e o provável aumento de demanda da China ao longo do ano, ainda se projeta que 2019 feche com volumes exportados superiores a 2018

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

A cadeia suinícola já encontra novos desafios a serem enfrentados durante este ano. Uma das questões atuais de maior preocupação para o mercado mundial de proteína animal é o surto de Peste Suína Africana (PSA) que assola a China. A PSA provocou mudanças no volume e nos preços do mercado internacional. Mas, apesar da redução das exportações de carne suína brasileira para o país no primeiro trimestre deste ano, os volumes totais exportados estão ligeiramente maiores que o mesmo período do ano passado. Com a retomada do mercado russo e o provável aumento de demanda da China ao longo do ano, ainda se projeta que 2019 feche com volumes exportados superiores a 2018.

China tem queda, mas Rússia compensa as exportações

Com o abate de grande número de suínos na China, em função dos focos de PSA, a oferta de carne suína aumentou muito em um curto período, determinando queda nos preços dos suínos no país. Mas, ao contrário do que se esperava, ainda não houve aumento significativo das exportações de carne suína brasileira para a China. Analisando as exportações do produto in natura, segundo dados do MDIC, no primeiro trimestre de 2019, houve uma redução de quase 18% nas quantidades exportadas para a China e uma queda de 21,6 % na receita, quando comparado com o mesmo período de 2018.

Se por um lado, a carne suína brasileira ainda não atingiu os mesmos volumes de 2018 no mercado Chinês, por outro, a Rússia voltou a ser um grande comprador. No primeiro trimestre de 2019, a Rússia assumiu a terceira colocação dos destinos da carne suína brasileira (atrás de China, com 24,9% e Hong Kong, com 15,7%) e já representa quase 13% dos embarques de carne suína in natura, totalizando mais de 17 mil toneladas de janeiro a março (tabela 1).

Tabela 1 – Exportação de carne suína brasileira in natura no primeiro trimestre de 2019 e comparação com o mesmo período de 2018 (diferença em mil toneladas e percentual). Fonte: MDIC

Esta retomada do mercado russo, mesmo que em quantidades menores do que em 2017, por exemplo, fez com que houvesse uma compensação da redução dos volumes exportados para a China, pois na somatória dos três destinos, manteve-se praticamente o mesmo volume de um ano para o outro (ao redor de 73 mil toneladas de carne in natura).

Mercado interno aquecido

O mercado interno de suínos está bastante demandado, com os preços pagos ao produtor voltando a patamares que não eram atingidos desde o segundo semestre de 2017 (gráfico 1). Além da regularidade da exportação, o preço crescente das carnes bovina e de frango também contribui para elevar o valor pago pelo suíno.

Gráfico 1 – Evolução dos preços do suíno vivo em vários estados (MG, PR, RS, SC e SP) nos últimos 2 anos, mostrando crescimento consistente em 2019 e valores de março e abril superiores a todas as médias mensais do ano passado. Fonte: CEPEA

Há uma percepção na diminuição da retenção de animais e do peso de abate em muitas regiões, indicando que esta relativa baixa oferta de suínos deve se manter para os próximos meses. “Com a perspectiva de aumento das exportações ao longo do ano, especialmente para a China, parece que, finalmente, depois de muitos meses de dificuldades, o suinocultor voltará a trabalhar com margens positivas. Resta saber até que ponto os indicadores socioeconômicos negativos do país, como alto desemprego e redução de renda, vão limitar esta subida dos preços”, avalia o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, alertando que o atual cenário deve ser acompanhado com atenção por todos os integrantes da cadeia suinícola.

Custo de produção estável, com tendência de queda

Apesar de uma pequena quebra na safra brasileira em final de colheita, o preço da soja e seus derivados (farelo) tem se mantido estável, por enquanto, sem tendência de alta, ao contrário do que ocorreu no ano passado (gráficos 2 e 3).

 

Gráfico 2 e 3 – Preço da soja no Paraná nos últimos 2 anos e nos últimos 12 meses, respectivamente. Observa-se queda acentuada iniciada antes do início da colheita da primeira safra e preços estáveis no primeiro semestre de 2019, sem tendência de alta. Fonte: CEPEA

Com relação ao imbróglio tarifário entre China e Estados Unidos que fez com que o Brasil ganhasse grande espaço nas exportações desta oleaginosa para os chineses em 2018, permanece a expectativa da definição das negociações entre os dois gigantes. No primeiro trimestre de 2019 o Brasil exportou 28% a mais e os EUA 30% a menos que o ano passado para a China em relação ao mesmo período do ano passado.

O preço da soja no Brasil vai depender em grande parte desse movimento entre EUA e China e do próprio consumo chinês. A eventual redução de tarifas da China em relação a soja norte-americana pode determinar uma reconquista de percentuais perdidos para o Brasil no país asiático. Por outro lado, a redução significativa do rebanho suíno, pela PSA, pode determinar redução expressiva da demanda de grãos pela China. Ambas ocorrências, aliadas à esperada grande safra argentina, podem reduzir significativamente os embarques de soja do Brasil, determinando preços mais baixos no mercado interno.

Embora o milho continue em patamar de preço relativamente elevado para as atividades de produção de proteína animal (gráfico 4), o comportamento do clima com chuvas regulares nas principais regiões produtoras do Brasil indica que, de fato, a segunda safra, prevista para metade do ano, determinará volume recorde deste grão na safra 2018/19. Mantém-se a previsão de colher ao redor de 15% mais que na safra 2017/18, o que deve determinar a queda dos preços deste grão.

Gráfico 4 – Preço do milho (Campinas/SP) ao longo dos últimos 2 anos. Patamares de preço elevados desde o início de 2018. Fonte: CEPEA Gráfico 4 – Preço do milho (Campinas/SP) ao longo dos últimos 2 anos. Patamares de preço elevados desde o início de 2018. Fonte: CEPEA

O que esperar?

Com o mercado interno e externo de carnes aquecido, a previsão é de boa colheita da segunda safra de milho e estabilidade do mercado de soja, espera-se uma recuperação das margens da atividade suinícola ao longo do ano. Porém, é preciso ficar atento às condições climáticas aqui e nos EUA e às negociações tarifárias da soja e da carne suína entre China e EUA. Além disso, com o crescimento das exportações de carne bovina e de frango, é esperada uma pressão para o aumento dos preços pagos ao suinocultor brasileiro.

Fonte: ABCS

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
Continue Lendo

Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
Continue Lendo

Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.