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Quem conserva sai no lucro!

A conservação do solo é a forma mais efetiva de aumento de lucro e preservação do patrimônio do produtor rural, pois agrega valor na terra, produz mais e reduz gastos e impactos ambientais.

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Em agosto de 2022, o Sistema Faep/Senar-PR promoveu o Seminário de Conservação de Solo em sete cidades do Paraná, com a abordagem de diversos temas relacionados. O foco foi regionalizar as discussões e trazer temáticas pertinentes as regiões. Entre as inúmeras formas de conservar o solo, o uso de terraços e o sistema de plantio direto são as mais lembradas pelos produtores. Mas há outras que refletem em lucro dentro da propriedade. A principal mensagem repassada nos eventos foi a de que conservação de solo não é sinônimo de prejuízo, pois muitos associam com o não cultivo. É justamente o contrário, pois o cultivo agrícola é uma forma de conservação de solo.

Pesquisador Tiago Telles, do IDR-Londrina – Foto: Divulgação

O pesquisador Tiago Telles, do IDR-Londrina, apresentou três sistemas de cultivo que mais representam o Paraná: Sistema de sucessão – soja no verão e milho no inverno; Rotação I – avaliação de três anos, com soja/milho/soja no verão e no inverno centeio + aveia-preta no 1º ano; aveia-branca + nabo no 2º ano e braquiária no 3º ano; Rotação II – milho + braquiária/milho + braquiária/soja no verão e no inverno trigo no 1º ano; canola no 2º ano e feijão no 3º ano.

Comparando os sistemas de rotação com o sistema de sucessão de culturas, o lucro pode ser de R$ 826 a mais no primeiro. Isso ocorre porque, apesar da sucessão se tratar de duas culturas comerciais, os sistemas de rotação mantêm o solo coberto com a maior diversidade de plantas, reduzindo os custos de produção (fertilizantes, herbicidas, etc.) e aumentando a produtividade, visto que há menos erosão. A rotação permite a colheita de grãos no inverno (trigo, feijão e canola), pois no verão o consórcio com braquiária mantém palhada no solo e assegura a ciclagem de nutrientes. O maior lucro do produtor, na maioria das vezes, não está associado ao sistema baseado apenas em cultivos comerciais, mas naqueles em que maior diversidade de plantas no solo.

O solo conservado permite que o produtor venda a terra por preços mais altos. De acordo com dados do Censo Agropecuário do IBGE, os maiores valores de venda foram em áreas sob plantio direto, ou seja, com solo mais conservado. Isso porque quem comprar a área vai gastar menos para produzir. Solos sob plantio direto valem quase R$ 11 mil por hectare a mais do que áreas sob preparo mínimo (onde ocorre a “gradagem leve” ou escarificação, com compactação do solo, menor infiltração de água, maior erosão e consequentemente maior custo de produção). Como o solo é um patrimônio do produtor rural, a conservação permite agregar valor à terra.

Fotos: Arquivo/OP Rural

Manter o solo vegetado, sem revolvimento, foi a palavra de ordem dos mais de 40 pesquisadores que palestraram no evento. A ausência de revolvimento mantém as raízes da cultura anterior no solo. Por exemplo, a produtividade de soja em solos sob pousio no inverno em Londrina na safra 2017/18 foi de 38 sacas por hectare, enquanto em solos com Piatã no inverno como cobertura foi de 67 sacas por hectare, nas mesmas condições de clima e adubação. Na ocasião, mais de 70% da massa de Piatã mantida no solo estavam “abaixo da superfície”, ou seja, as raízes. Isso significa que a manutenção delas é de extrema importância para a produtividade. Lembrando que o foco também precisa ser o aumento de produção e redução de custos, visando maior lucro.

A palhada no solo (raízes e parte área) favorece o processo de ciclagem de nutrientes. Na safra 2021/22, os produtores foram surpreendidos com a disparada no preço dos fertilizantes. Na ocasião, quem mantinha o solo conservado teve menor custo com os insumos, pois as plantas são bombas que trazem, pelas raízes, os nutrientes de camadas mais profundas para a superfície. Ainda, com a decomposição da palhada ocorre a liberação desses elementos, perdidos em safras anteriores, para a cultura agrícola atual. A degradação da palhada das plantas de cobertura deve ser lenta e gradual, fornecendo matéria orgânica ao solo, que será a fonte de nutrientes para as próximas culturas, reduzindo o custo com fertilizantes.

Outra forma de fornecer matéria orgânica ao solo é o uso de dejetos animais como fertilizante, algo bastante discutido na região Oeste do Paraná. Esse processo é uma forma de conservação de solo.

A conservação de solo deve ser vista pelos produtores como ação de longo prazo para conservar o patrimônio agrícola e reduzir os custos. O aumento de produtividade deve sempre estar aliado com a redução de custos e aumento de lucro, pois isolado é uma ação de pouca efetividade. A conservação do solo é a forma mais efetiva de aumento de lucro e preservação do patrimônio do produtor rural, pois agrega valor na terra, produz mais e reduz gastos e impactos ambientais.

 

Fonte: Ascom Sistema Faep/Senar-PR
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Maior evento das cadeias produtivas no Brasil, Siavs 2024 está com inscrições abertas

Programado entre os dias 06 e 08 de agosto no novíssimo Distrito Anhembi, em São Paulo (SP), o Siavs vai reunir agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de aves, carne suína, carne bovina, peixes de cultivo e ovos.

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Está chegando o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs 2024). Maior evento das cadeias produtivas no Brasil, o Siavs 2024 reúne os setores da avicultura, da bovinocultura, da suinocultura e o setor de peixes de cultivo em um único grande ambiente, promovendo um encontro de especialistas, inovadores e líderes do setor agroindustrial, gerando oportunidades de negócios e avanços tecnológicos para participantes de todo o mundo.

Programado entre os dias 06 e 08 de agosto no novíssimo Distrito Anhembi, em São Paulo (SP), o Siavs vai reunir agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de aves, carne suína, carne bovina, peixes de cultivo e ovos. Com eles, fornecedores desta cadeia produtiva, incluindo genética avícola, laboratórios, rações, certificadores, equipamentos para granjas e indústrias também confirmaram presença.

A programação de palestras já está disponível no site oficial do evento e você pode conferir clicando aqui.

As inscrições para o congresso do Siavs seguem abertas e você pode fazer a sua clicando aqui. Inscrições até 15 de junho estão R$ 250 para estudantes e R$ 500 para profissionais. Na virada do lote, as inscrições para estudantes ficam R$ 300 e para os demais profissionais  R$ 600, podendo ser feitas até o último dia do evento, 08 de agosto.

Fonte: Com assessofria ABPA
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Projeto Produtor Latino-americano gera oportunidades de negócios e conhecimento para países da região

Ação apoia visitas de produtores da região em busca de novas tecnologias, bem como vai estruturar uma programação integralmente gratuita especialmente selecionada para produtores e técnicos de nações da região – contando com tradução simultânea em inglês e espanhol.

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Presidente da ABPA, Ricardo Santin: "O Siavs é uma oportunidade completa para quem produz e busca se aprofundar tecnicamente e investir na própria produtividade" - Foto: Divulgação

Produtores da avicultura, da suinocultura e da bovinocultura da América Latina contarão com uma programação especial em meio ao Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), um dos principais eventos da cadeia de proteína animal da América Latina, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, em São Paulo (SP).

Batizado como Projeto Produtor Latino-americano, a iniciativa vai estruturar uma programação integralmente gratuita especialmente selecionada para produtores e técnicos de nações da região – contando com tradução simultânea em inglês e espanhol.

São seminários e palestras especiais que tratarão de temas atuais, como enfrentamento e estratégias sobre Influenza aviária e Peste Suína Africana, Boas práticas sobre Antimicrobianos, bem-estar animal, nutrição, qualidade de água, tecnologias e inovação, entre outros pontos.

Ao mesmo tempo, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – a maior feira das cadeias produtivas no Brasil apresentará aos visitantes internacionais novas tecnologias voltadas para a produção de aves, suínos, ovos e bovinos, incluindo novidades em equipamentos, nutrição, saúde animal, genética, estruturas para granjas, energia e outros pontos. “O Siavs é uma oportunidade completa para quem produz e busca se aprofundar tecnicamente e investir na própria produtividade. São centenas de expositores apresentando o que há de mais moderno e o melhor custo benefício para quem quer se aprimorar”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais informações sobre o projeto clicando aqui.

Sobre o Siavs

O Siavs 2024 é a maior feira das cadeias produtivas de proteína animal, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto deste ano no novíssimo Distrito Anhembi – o mais novo e moderno espaço de exposições de São Paulo (SP).

Reunindo centenas de empresas no pavilhão localizado ao lado da Marginal Tietê, o Siavs será o palco de diversos lançamentos de novas tecnologias para a cadeia produtiva ao longo de seus três dias de exposições.

Mais de 200 empresas já confirmaram participação nos mais de 25 mil metros quadrados de área de exposição do evento.

Além disso, uma ampla programação de palestras deverá ser divulgada nos próximos dias, reunindo especialistas das cadeias de proteína animal do Brasil e de diversos países.

Fonte: Assessoria Siavs
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Notícias Em Florianópolis

7º Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa ocorre em 27 de maio

Evento comemora 17 anos do estado livre de febre aftosa sem vacinação e conta com o apoio do Icasa, Sindicarne e Acav.

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Evento terá participação presencial da Defesa Civil e transmissãoon-line - Foto: Everton Queiroz

Neste mês de maio Santa Catarina está completando 17 anos de reconhecimento internacional de estado como “Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”. Em comemoração à data, a Secretaria de Estado da Agricultura e a Companhia Integrada de Santa Catarina (Cidasc) promovem o 7º Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa, na próxima segunda-feira (27), às 09 horas, em Florianópolis (SC). O evento terá participação presencial da Defesa Civil, transmissão on-line e conta com o apoio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav).

O Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa é uma das ações do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), realizado anualmente para apresentar o tema à sociedade e às entidades representativas do setor produtivo catarinense. Visando aprimorar as parcerias público-privadas e fortalecer as medidas de prevenção da febre aftosa, bem como amplificar o marco diferencial da agropecuária de Santa Catarina no mercado mundial, o PNEFA, instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), visa manter o status do país livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação nos estados do Brasil.

Nesta edição, a temática está direcionada aos avanços do Brasil para o reconhecimento internacional de área livre de Febre Aftosa sem vacinação, bem como para o novo modelo de vigilância ativa e gestão de risco para a doença, implementado no Estado de Santa Catarina.

A médica-veterinária e conselheira técnica do Icasa, Luciane Surdi, ressalta a importância em manter as medidas sanitárias. “Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação, busca fortalecer o sistema de vigilância em saúde animal. O Fórum Estadual de Febre aftosa mantém a interação com produtores, profissionais da área, empresas e a comunidade com o objetivo de fortalecimento das ações de prevenção da febre aftosa”, destaca.

O coordenador estadual de Vigilância para Febre Aftosa e Síndromes Vesiculares Ody Hess Gonçalves, destaca a temática. “Devido a importância que a manutenção da condição sanitária de área livre de febre aftosa sem vacinação representa para toda a sociedade catarinense é importante que todas as ‘partes interessadas’ relacionadas à Febre Aftosa, assim como o público geral, tenham conhecimento do Fórum e que sejam estimulados a assistir e participar”, explicou.

A transmissão ao vivo ocorre pelo YouTube da Cidasc.

Fonte: Assessoria
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CBNA – Cong. Tec.

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