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Queda de preço estimula produtores a aderir usinas solares

Só no ano passado, custos de painéis fotovoltaicos tiveram redução de 40%. Paraná tem mais de 31,5 mil conjuntos instalados em propriedades rurais

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Foto: Jose Fernando Ogura

Os preços dos painéis fotovoltaicos despencaram em 2023, reduzindo os custos de implantação de usinas solares e o payback (tempo de retorno do investimento). Um levantamento da Infolink Consulting apontou que os valores dos conjuntos recuaram 40% no ano passado.

Com isso, a adesão às energias renováveis, que já era viável, tornou-se ainda mais atrativa. Esse cenário tem estimulado produtores rurais do Paraná a recorrer à energia solar. “Nós temos feito um trabalho sistemático de disseminação de informações sobre as energias renováveis. A energia elétrica é um dos principais insumos do setor agropecuário, principalmente para atividades como avicultura, piscicultura e bovinocultura de leite. Quem não gerar sua própria energia, vai ficar para trás”, enfatiza o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette.

“Agora, com essa queda nos custos, ficou ainda mais atrativo para que os produtores rurais instalem usinas solares em suas propriedades”, acrescenta o líder rural.

Segundo a consultoria, os maiores fabricantes mundiais de painéis solares ampliaram a produção de componentes, mas a demanda não cresceu na mesma proporção. Em razão disso, há estoque de conjuntos, o que fez com que o preço caísse. Ao fim de 2023, as cinco principais indústrias do setor – todos sediadas na China – estavam com até 70% de sua capacidade de produção contratada. Ou seja, os conjuntos fotovoltaicos produzidos não foram, integralmente, absorvidos pelo mercado.

Isso não significa que a conjuntura está atrelada à estagnação do setor. Ao contrário, já que a demanda por módulos fotovoltaicos aumentou 34% ao longo de 2023. A questão é que as indústrias investiram pesado nos últimos anos, esperando uma demanda maior do que a que se consolidou. Nesse contexto, a expansão da fabricação foi bem além da procura. “A indústria superestimou o crescimento do mercado. Em razão disso, estamos com altos estoques de equipamentos, o que ocasionou a queda nos preços. Com isso, se abriu uma janela de oportunidade. O produtor rural que ainda não fez os investimentos deve aproveitar, porque as condições implicam um bom negócio”, sugere o técnico Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR. “Esperamos uma nova rodada de crescimento de projetos de energia renovável no campo”, completa.

Propriedade de Edmilson Luís Geisel ampliou o número de usinas solares – Fotos: Divulgalção/Faep

A consultoria Infolink projeta que a queda dos preços deve impulsionar em até 20% a implantação de usinas. No Paraná, o aumento já é mais expressivo. A procura por financiamento por meio do programa Paraná Energia Renovável (RenovaPR), do governo estadual, cresceu 35% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Só neste ano, entre 1º de janeiro e 15 de abril, 462 projetos foram financiados pelo programa, totalizando R$ 44,5 milhões.

“A mudança de comportamento dos consumidores por causa da queda dos preços é bastante perceptível. Chegamos ao final do ano passado com alguma demanda, mas nada acentuada. A partir do início deste ano, vimos que aumentou de forma significativa o número de projetos. Os produtores estão procurando, aproveitando essa oportunidade”, diz Herlon Almeida, coordenador do RenovaPR.

O produtor rural Edmilson Luís Geisel, de Toledo, na região Oeste do Paraná, aderiu às energias renováveis em 2017, com vistas a reduzir os custos na propriedade, que se dedica à avicultura e à suinocultura. “Energia é como um aluguel. Você gasta um dinheiro que não volta. Então, lá atrás, vimos que valia a pena investir nas usinas, que se pagam com a economia na conta de luz”, afirma.

 

De lá para cá, o negócio cresceu. Hoje, a propriedade contém nove aviários, com capacidade total de alojar 230 mil frangos, e três unidades de suinocultura voltada à fase de crechário. Como a primeira usina já “se pagou” a partir da economia gerada, Geisel financiou, no ano passado, a implantação de outras duas usinas fotovoltaicas. Ele calcula que, caso não gerasse a própria energia, gastaria em torno de R$ 20 mil por mês.

“Hoje, atividades como a avicultura trabalham com a margem apertada. O produtor precisa reduzir seus custos para não tornar o negócio inviável. E a energia renovável entra nessa conta. Não dá para pensar em se dedicar à avicultura sem ter uma usina”, garante Geisel. “Eu estou contente com as usinas da nossa propriedade. Recomendo muito. Quem ainda não tem, precisa ter. Ainda mais agora, que o preço está caindo”, acrescenta.

Expansão renovável

Ao longo dos últimos sete anos, o Paraná deu um salto no uso de energias renováveis no campo. Em 2017, havia apenas 47 usinas instaladas em propriedades rurais do Estado – 40 fotovoltaicas e sete de biogás. Hoje, são mais de 31,5 mil usinas instaladas em propriedades rurais, com capacidade de gerar 682,9 mil quilowatts (kW) de potência.

O investimento na geração própria se justifica por inúmeros fatores. A energia elétrica é um dos principais insumos na produção agropecuária, principalmente em atividades como a avicultura, piscicultura e bovinocultura de leite. Além disso, ao longo dos últimos seis anos, o custo da energia no meio rural teve uma alta acentuada, em razão do fim de subsídios federais e da extinção do programa estadual Tarifa Rural Noturna – que previa a redução de 60% na energia consumida entre 21h e 6h, em propriedades rurais.

Há mais de uma década, o Sistema Faep/Senar-PR vem desenvolvendo ações para levar informações sobre energias renováveis a produtores rurais e para estimular o uso dessas fontes no campo. Em 2017, a entidade organizou viagens técnicas, levando mais de 160 agricultores e pecuaristas para conhecer propriedades em países como Itália, Áustria e Alemanha, que utilizavam usinas solares e/ou de biogás.

A partir das viagens internacionais, o Sistema Faep/Senar-PR promoveu um intenso trabalho de difusão de informações técnicas qualificadas aos produtores rurais sobre a adoção de sistemas de energias renováveis, por meio de eventos técnicos e palestras. Em 2022, por exemplo, foram promovidos seminários em cinco regiões do Estado, que tiveram a participação de mais de 600 pessoas. “Temos levado informações sobre a instalação e o funcionamento dos sistemas, principalmente a viabilidade financeira. O produtor precisa ter essas informações para tomar a decisão de aderir à geração de energia em sua propriedade. Hoje, a energia tem um papel estratégico na agropecuária, a ponto de ser decisiva para a sustentabilidade do negócio”, frisa Meneguette.

O Sistema Faep/Senar-PR lançou, ainda, duas cartilhas sobre energias renováveis. Ambos os materiais trazem a síntese das legislações aplicadas ao tema e apresentam o funcionamento de sistemas fotovoltaicos e de biogás. As publicações também contemplam estudos de viabilidade técnica e financeira, estimando a necessidade de geração em propriedades modais voltadas à avicultura e à bovinocultura de leite, e calculando qual seria o payback.

Fonte: Assessoria Sistema Faep/Senar-PR

Notícias Em evento híbrido

Cenário desafiador será debatido pela Câmara Setorial do Trigo de São Paulo

Reunião ocorrerá em Capão Bonito (SP), no dia 20 de junho, com transmissão ao vivo, via YouTube.

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Foto: José Henrique Chagas

Em meio a um cenário de muitos obstáculos para a cadeia do trigo, debater sobre o presente e o futuro do setor é imprescindível para que o mercado brasileiro saiba como se posicionar nos próximos meses. Pensando nisso, a Câmara Setorial do Trigo de São Paulo realizará sua segunda reunião deste ano, em Capão Bonito, no dia 20 de junho, às 10h.

O evento híbrido, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo), contará com apresentações e reporte de cooperativas e cerealistas, assim como análise mercadológica, apresentada por Douglas Araújo, em nome da Aliança Agrícola do Cerrado.

Para o presidente da Câmara Setorial, Nelson Montagna, o encontro tem como objetivo aferir estimativas de produção para 2024, reforçar os estímulos para o aumento do volume de produção no País e nortear os elos da cadeia para que se atinja a melhoria na qualidade do trigo e, assim, atenda os requerimentos da indústria de moagem.

O encontro conta com apoio da Capal Cooperativa Agroindustrial, do Sindustrigo – Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo, da Coordenação das Câmaras Setoriais e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Cenário global

No panorama global, Montagna destaca o início da colheita do cereal no Hemisfério Norte, resultando na baixa momentânea dos preços em decorrência da pressão de venda e deixando o mercado do trigo pressionado. “Por outro lado, não podemos deixar de ressaltar que os preços internacionais – e o mercado interno acompanhou, subiram, recentemente, cerca de 30% e, um recuo pontual, não deveria desestimular a produção nacional”, pontua.

“Nos últimos anos, acompanhamos a diminuição dos estoques finais por quedas na produção e aumento da demanda global que, associada a uma esperada queda nos juros nos Estados Unidos e na União Europeia, pode sustentar os preços das commodities”, analisa.

Produção paulista de trigo

Segundo Montagna, a produção paulista de trigo tem enfrentado gargalos expressivos, como o longo período de seca que não só retardou o plantio, como afetou o desenvolvimento das áreas já plantadas. Esse cenário, de acordo com o presidente da Câmara, não deve favorecer os resultados do Estado.

“Não esperamos para este ano um aumento na produção total. No entanto, esse seguirá sendo o objetivo permanente da Câmara, uma vez que temos espaço para seguir aumentando a produção paulista do cereal”, afirma.

Fonte: Assessoria Sindustrigo
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Notícias No Rio Grande do Sul

Servidores  da Seapi atuam no levantamento das perdas agrícolas e pecuárias

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Foto: Maurício Santini

Após auxiliarem das mais variadas formas as vítimas da catástrofe socioambiental que atingiu o Rio Grande do Sul, agora os servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural atuam no levantamento das perdas agrícolas e pecuárias. O trabalho consiste em visitar as propriedades afetadas e preencher um questionário – as áreas foram mapeadas por georreferenciamento. No Vale do Taquari, região que teve mais prejuízo, a força-tarefa contou com quatro fiscais estaduais agropecuários, dois técnicos agrícolas e oito servidores da defesa agropecuária de São Paulo.

Divididos em cinco equipes, percorreram cerca de 5.800 quilômetros para visitar 200 propriedades em 13 municípios. “Não teríamos condições de terminar um trabalho como esse em uma semana sem o apoio dos colegas de São Paulo”, avalia a fiscal estadual agropecuária Vanessa Dalcin, da inspetoria de defesa agropecuária de Arroio do Meio, gestora da atividade de campo no Vale do Taquari. Na região, há pelo menos 1.600 propriedades atingidas. O levantamento está sendo realizado em parceria com o Senar.

O mesmo formato está sendo aplicado nas demais regiões do Estado. “É um trabalho que está mobilizando colegas de todo o Rio Grande do Sul. Essa força-tarefa mostra a importância dos servidores públicos em um momento como este. Realizamos uma atividade que é essencial para o Estado”, ressalta o vice-presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro), Giuliano Orlandi Suzin.

Todo o levantamento está sendo feito a partir de informações da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS (PDSA). A ferramenta, que já era utilizada pelo serviço de defesa agropecuária, foi aperfeiçoada para uso após a catástrofe.Assim como na pandemia, desde o início da tragédia, os fiscais estaduais agropecuários dedicam sua força de trabalho para manter o abastecimento e a economia do Estado.

Para além de suas atribuições, cada servidor tem ajudado como pode a população atingida. A categoria, que já vinha atuando nos resgates, tem trabalhado na entrega de doações em abrigos e nas propriedades rurais, abastecendo comunidades locais e população de animais sobreviventes.

Fonte: Assessoria Seapi
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Notícias

Vacas Girolando batem recorde no Torneio Leiteiro da Megaleite 2024

Vaca Fanny FIV Kingboy 131 FGS Sapucaia é a nova recordista nacional de produção total entre os animais 5/8, na categoria Vaca Adulta.

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Foto: Divulgação/Gadoleite

O 33º Torneio Leiteiro da Megaleite 2024 terminou com o registro de dois recordes nacionais. A vaca Fanny FIV Kingboy 131 FGS Sapucaia é a nova recordista nacional de produção total entre os animais 5/8, na categoria Vaca Adulta. Ela produziu no total 306,960 kg/leite, com média de 102,320 kg/leite. Com essa produção, ela quebra um recorde que foi estabelecido em 2015, na Exposição de Araxá/MG, que era a média de 99,340 kg/leite. Fanny, de propriedade do expositor Fernando Gonçalves dos Santos, sagrou-se Grande Campeã de Produção Absoluta do Torneio Leiteiro de Girolando.

Outro recorde foi registrado na categoria Vaca Jovem, entre os animais CCG 1/2. A campeã da categoria Tradição FIV Elixir Santa Luzia produziu 268,670 kg/leite, com média de 89,557 kg/leite. De propriedade do expositor José Freire Neto, ela bateu o recorde que vinha sendo mantido desde a Megaleite de 2019, que era a média de 89,153 kg/leite.

A Grande Campeã de Sólidos foi a vaca adulta Paloma Jedi FIV F. Congonhas, do expositor Gustavo Frederico Burger Aguiar. Ela produziu 225,543 kg/leite, com média de 75,181 kg/leite.

Os expositores das Grandes Campeãs de Produção Absoluta e de Sólidos foram premiados com uma moto 0 km, cada um. O 33º Torneio Leiteiro da Megaleite 2024 começou no domingo e foi encerrado nesta quarta-feira. Concorreram 17 animais.

Sobre a Megaleite
Realizada de 11 a 15 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, a Megaleite 2024 é promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e terá em sua programação mostra de várias raças leiteiras, palestras, minicurso, lançamentos, julgamento de animais, torneio leiteiro, espaço kids, área gourmet, dentre outras atrações.

A feira tem o patrocínio da Codemge, Governo de Minas e Sicoob Central Crediminas. Apoio institucional do Sebrae/MG, Sistema Ocemg e CNA/FAEMG e a Rádio Itatiaia como Media Partner. O Parceiro Premium é a Alvoar Lácteos e os Parceiros Master são: Allflex, Tortuga, uma marca DSM, Agener União, UCBVET Saúde Animal, Agroceres Multimix, Zoetis, Alta, Genex Brasil, Boehringer Ingelheim, CRV Lagoa, Nutron e Semex. Canal Master: Terraviva; Apoio Master: Bebamaisleite.

Fonte: Assessoria Gadolando
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AJINOMOTO SUÍNOS – 2024

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