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Qualidade dos ingredientes e impacto na nutrição animal: Micotoxinas e seus efeitos

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Kariny Fonseca da Silva - Zootecnista, Especialista em Nutrição - Vaccinar Nutrição Animal

A contaminação com micotoxinas, nas matérias primas utilizadas na produção de rações para alimentação animal é um problema significativo. Os suínos estão entre as espécies mais sensíveis às micotoxinas.

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários produzidos por fungos filamentosos. Os fungos crescem e se proliferam bem em grãos quando em condições ideais de temperatura, umidade e presença de oxigênio, e induzem uma série de reações tóxicas no organismo, prejudicando o desempenho dos animais, seja de maneira direta, afetando órgãos envolvidos no processo de digestão e absorção de nutrientes, ou de maneira indireta, atuando sobre o sistema imunológico, tornando os animais menos resistentes a infecções.

Essas toxinas são responsáveis ​​por perca de milhões de dólares anualmente em saúde animal e produtos agrícolas condenados. Os fatores que contribuem para a presença ou produção de micotoxinas em alimentos ou rações incluem armazenamento, condições ambientais e ecológicas.

A sintomatologia da intoxicação por micotoxinas nos suínos depende principalmente dos seguintes fatores: Quantidade de toxina presente na alimentação, tipo de toxina, tempo de exposição, estado nutricional, idade do animal e composição da dieta. As principais micotoxinas encontradas nas matérias primas de origem vegetal para alimentação animal são:  Aflatoxinas, Fumonisinas, Zearalenona, Tricotecenos (TCT) e Ocratoxina A.

As aflatoxinas estão entre as micotoxinas mais tóxicas e são produzidas pelos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que costumam crescer no solo, vegetação em decomposição e principalmente em grãos vegetais como o milho, sorgo, trigo, arroz soja e o amendoim.

Esta toxina é capaz de causar problemas em suínos quando ingerida pela ração em níveis acima de 50 ppb. O órgão mais afetado pelos efeitos tóxicos da aflatoxina é o fígado, resultando numa série de danos ao metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídeos.  Os sintomas mais comuns entre os animais infectados variam entre ascite, anemia, icterícia e diarreia hemorrágica, evidenciando lesões intestinais sendo comum a morte dos afetados. Nos quadros crônicos os sintomas mais marcantes são de redução do consumo de ração associada com uma queda do crescimento. Além dos casos reprodutivos como desuniformidade dos leitões ao nascer, deformidades, vulvovaginite em leitões e marrãs, prolapso retal e aumento da porcentagem de abortos

Já os fungos Fusarium são comuns no solo e produzem uma variedade de toxinas diferentes, incluindo Fumonisinas, Zearalenona e os Tricotecenos, como Desoxinivalenol (DON), e Toxina T. A formação de fungos e toxinas ocorre em uma variedade de safras de grãos e cereais.

Acredita-se que o início da cultura, com o período de elevadas temperaturas e ambiente seco, seguido de chuvas frequente no florescimento, colabora para o crescimento do Fusarium nas culturas. Ele sobrevive facilmente em restos de vegetais e se dissemina através de ventos e chuvas.

As fumonisinas formam um grupo de micotoxinas produzidas pelo metabolismo secundário de fungos toxígenos dos gêneros Fusarium e Alternaria, sendo as linhagens de F. moniliforme as maiores produtoras. Fumonisinas podem causar danos ao tecido hepático, bem como edema pulmonar em suínos. As fumonisinas podem também induzir degeneração hepatocelular, alterações no sistema imune, inibição metabólica em vários tecidos e efeitos deletérios sobre a morfologia intestinal.

A Zearalenona (ZEN) ocorre em praticamente todos os cereais colhidos no Brasil, principalmente em culturas de inverno. Os suínos possuem a maior sensibilidade entre os animais domésticos, podendo apresentar sinais clínicos de intoxicação a partir de 0,1 mg da toxina/kg de alimento consumido. A ação desta toxina se dá pelo estímulo aos receptores estrogênicos citoplasmáticos, afetando a síntese proteica no aparelho reprodutor tendo efeitos nos hormônios sexuais principalmente no estrogênio podendo gerar infertilidade, além do surgimento de quadros caracterizados de vulvovaginite, nascimento de leitões fracos e natimortos e, muitas vezes, a surtos da síndrome dos membros abertos. Também há redução na taxa de concepção, acompanhada de repetição de cio.

Os tricotecenos são um grupo de micotoxinas produzidas por diferentes espécies de fungos, mas principalmente do gênero Fusarium. De acordo com a estrutura molecular são divididos em dois grandes grupos: os de cadeia simples e os macrocíclicos. Apenas alguns apresentam importância econômica no Brasil, sendo deoxinivalenol (vomitoxina ou DON) e a toxina T-2 os principais representantes.  A ocorrência de TCT é significativa em culturas de inverno, como trigo, cevada, aveia, arroz e centeio, cultivadas em baixas temperaturas, variando entre 6 e 24° C.

Os deoxinivalenol induzem recusa de alimentos e perda de peso, apresentam toxicidades similares e um nível combinado menor que 0,4 mg/kg é descrito como aceitável (para suínos, os quais são relativamente susceptíveis), enquanto mais de 2,0 mg/kg é sempre inaceitável. A intoxicação por esta micotoxina é relacionada com prejuízos no desempenho dos animais, especialmente com recusa do alimento, vômitos e lesões no trato gastrointestinal. Em decorrência desta intoxicação também são relatados inchaços, redução do tamanho da tireoide, crescimento excessivo da mucosa gástrica e alterações em parâmetros hematológicos e imunológicos.

A toxina T2 é considerada a micotoxina mais potente do grupo dos tricotecenos. A exposição a altas doses da toxina resulta em diarreia, vômito e danos hematopoiéticos. Lesões causadas no trato digestório podem ocorrer após o contato direto com a toxina. Em suínos, são descritas lesões no focinho, pelo contato com a toxina na dieta; e perianais, devido ao contato com a toxina ainda nas fezes. Também ocorre diminuição na ingestão de alimentos, provavelmente devido ao desconforto causado pelas lesões orais, e consequente perda de peso. A síndrome sanguinolenta, produzida pela toxina T2, se caracteriza pela ocorrência de dermatites, abortamentos, distúrbios nervosos, hemorragias gástricas e viscerais.

Já as Ocratoxinas são produzidas por espécies dos gêneros Penicillium e Aspergillus geralmente durante o armazenamento dos grãos. Um mecanismo de ação importante das ocratoxinas inclui a inibição da síntese proteica celular. Adicionalmente, a toxina pode diminuir a reabsorção de eletrólitos e aumentar a excreção de água através de diurese osmótica. Toxicidades cardíaca e hepática também são frequentemente observadas em intoxicações com a micotoxina. As intoxicações agudas também incluem sinais como anorexia, perda de peso, urina excessiva, hemorragia no trato digestório e desidratação.

Os fungos possuem desenvolvimento reduzido em alimentos devidamente secos e armazenados, portanto, a secagem eficiente e armazenamento adequado são medidas eficazes contra a produção de micotoxinas. Além disso, para evitar a exposição à micotoxinas, procure inspecionar grãos inteiros (especialmente milho, sorgo, trigo, arroz), que normalmente são contaminados com aflatoxinas. Além da avaliação de cada ingrediente, é essencial que avaliamos a quantidade de micotoxinas na ração final. Pois a combinação de micotoxinas presente em cada matéria prima pode resultar em um valor final que contribui para intoxicação do animal.

Quando não há como avaliar a qualidade dos ingredientes deve-se fazer o uso de ferramentas na dieta para amenizar os efeitos deletérios das micotoxinas no organismo dos animais, umas das formas eficaz no combate das micotoxinas incluem a utilização dos adsorventes nas rações, onde essas substâncias agem como sequestrantes de micotoxinas, evitando sua absorção no intestino dos animais, impossibilitando a sua ação nos diferentes órgãos.

Para produzir um alimento de qualidade, a seleção e escolha das matérias-primas a serem usadas é o passo inicial. Se não se iniciar a produção com matérias-primas de qualidade, por melhor que seja a formulação ou o processamento, não será possível obter um produto que potencialize o ganho de desempenho dos animais.

 

Autora: Kariny Fonseca da Silva – Zootecnista, Especialista em Nutrição – Vaccinar Nutrição Animal

Fonte: Ass. de imprensa
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Modulador pré-natal garante maior uniformidade à leitegada 

FLAVORAD RP, nova especialidade da Agroceres Multimix, promove mais eficiência reprodutiva em matrizes suínas, potencializando sua produtividade

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Foto e texto: Assessoria

A indústria suinícola acaba de receber um produto inovador destinado a otimizar a eficiência reprodutiva das matrizes suínas, promovendo uma melhoria significativa na nutrição placentária, resultando em benefícios evidentes para a produtividade e a qualidade da leitegada.

Maior média de nascidos vivos e leitegadas mais pesadas e uniformes. Esses são os principais resultados a partir da suplementação das matrizes com FLAVORAD RP, nova especialidade da Agroceres Multimix.

Desenvolvido a partir do conceito de imunomodulação, o FLAVORAD RP foi criado cuidadosamente para maximizar o fluxo de nutrientes para a placenta, o que se traduz em uma redução na perda de embriões e uma notável otimização na formação de fibras musculares nos leitões.

“Na fase de gestação, as fêmeas suínas passam por uma série de dificuldades metabólicas, principalmente estresse oxidativo. Nesse cenário, elas precisam de um cuidado especial e o máximo de aporte nutricional, pois são animais de altíssima produtividade e a cada dia são mais exigidas. E o FLAVORAD RP veio para solucionar isso”, argumenta Francisco Alves Pereira, gerente técnico de suínos na Agroceres Multimix

Ao integrar o FLAVORAD RP à dieta das matrizes suínas, os produtores irão observar um aumento na quantidade de nascidos vivos e uma leitegada mais robusta, pesada e uniforme, impulsionando a rentabilidade e eficiência da produção como um todo.

“Estamos entusiasmados em apresentar mais esse produto tecnológico ao mercado suinícola. O FLAVORAD RP representa uma solução inovadora e eficaz para melhorar significativamente a eficiência reprodutiva das matrizes suínas, elevando os padrões de desempenho e qualidade na produção de suínos”, declara Edmo Carvalho, gerente nacional de suínos da Agroceres Multimix. 

“O FLAVORAD RP atua na secreção de fluidos uterinos, aumentando a oferta de nutrientes chaves para a nutrição precoce dos embriões. O principal objetivo é a melhoria da eficiência placentária”, ressalta Francisco.

O produto promove uma vascularização sem precedentes, irrigando e vitalizando a placenta. O resultado é uma média de nascidos vivos 7,8% superior, a partir da maior sobrevivência embrionária.

E, ainda, a imunonutrição para gestantes hiperprolíferas aumenta em 7,5% o peso das leitegadas ao nascer. Dessa forma, o FLAVORAD RP melhora o peso médio da leitegada, mesmo com o aumento expressivo do número de leitões nascidos.

O FLAVORAD RP foi desenvolvido no Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix, estrutura única no Brasil, que constitui de um Centro de Pesquisa em Patrocinio/MG e uma granja de suínos com 3.400 matrizes, em Patos de Minas/MG, totalmente estruturada e equipada para o desenvolvimento de pesquisas em todas as fases da produção.

Colocando apenas a linha de suínos em perspectiva, nos últimos 10 anos foram mais de 150 mil animais utilizados, distribuídos em mais de 200 experimentos concluídos. Este é o contexto do desenvolvimento do FLAVORAD RP.

 

Fonte: Assessoria
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Produção de ração cresce 1,84% no Brasil em 2023 e supera 83 milhões de toneladas métricas

Líder na América Latina e terceiro colocado no ranking mundial, País se destacou positivamente na 13ª edição anual da pesquisa Alltech Agri-Food Outlook, enquanto a produção global estabilizou

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Divulgação Alltech

O Brasil fechou 2023 com crescimento de 1,84% na produção de ração animal, que atingiu 83,32 milhões de toneladas métricas (MMT), de acordo com o levantamento Perspectivas do Setor Agroalimentar 2024 (Alltech Agri-Food Outlook 2024),,divulgado hoje (29) no Brasil pela Alltech. Com acréscimo de 1,51 MMT em relação ao resultado de 2022, o Brasil liderou o aumento da produção na América Latina e segue em terceiro lugar no ranking mundial. Já a produção global de ração ficou estável em 1,29 bilhão de toneladas métricas (BMT), uma ligeira queda de 140 mil toneladas métricas (MT) (-0,01%) em relação às estimativas de 2022. A 13ª edição da pesquisa anual incluiu dados de 142 países e mais de 27 mil fábricas de ração.

O incremento na produção brasileira de ração no último ano foi impactado por altas em: animais de estimação/pets (6,18%), frangos de corte (3%), aquicultura (2,55%), suínos (2,53%), aves de postura (0,99%) e equinos (0,78%). Conforme a pesquisa da Alltech, o desafio sanitário global da influenza aviária tem influenciado a produção brasileira de frangos de corte de forma positiva, por meio do crescimento das exportações. Além disso, o setor de aves de postura registrou taxas excepcionalmente elevadas de exportação de ovos, compensando as perdas de produção globais causadas pela gripe aviária. O levantamento aponta ainda que a produção de ração para bovinos de corte deve crescer no Brasil em 2024, com a expectativa dos produtores de que os preços da carne bovina subam no segundo semestre.

Segundo o relatório, uma desaceleração na produção geral de proteína animal, em resposta às margens apertadas experimentadas por muitas empresas de ração e produtos de origem animal, contribuiu para uma menor demanda global por ração. Além disso, a mudança nos padrões de consumo causada pela inflação e tendências alimentares, custos de produção mais altos e tensões geopolíticas também influenciaram a produção mundial de ração em 2023.

Top 10

De acordo com a pesquisa da Alltech, os dez principais países produtores de ração são: China (262,71 MMT, +0,76%), EUA (238,09 MMT, -1,13%), Brasil (83,32 MMT, +1,84%), Índia (52,83 MMT, +13,43%), México (40,42 MMT, +0,02%), Espanha (36,22 MMT, -3,28%), Rússia (35,46 MMT, +3,83%), Vietnã (24,15 MMT, -9,63%), Japão (23,94 MMT, -1,15%) e Turquia (23,37 MMT, -11,48%). Juntos, esses dez países responderam por 63,1% da produção mundial de ração (igual a 2022). Quase metade da produção mundial de ração está concentrada em quatro países: China, EUA, Brasil e Índia.

Resultados e perspectivas por espécies: 

  • O setor avícola experimentou um aumento na produção de ração para frangos de corte (386,33 MMT, +12,81 MMT, +3,43%), que agora representa 29,8% da produção total de ração no mundo, e permaneceu estável para aves de postura (171,293 MMT, +0,001 MMT, 0%).
    • O setor está preparado para manter sua trajetória de crescimento constante, impulsionado por uma mistura de sucessos regionais e dinâmica do mercado global. A previsão para a avicultura de corte permanece otimista graças aos menores custos de insumos, ao aumento das margens industriais e à mudança de comportamento do consumidor. Para a avicultura de postura, os desafios persistem, mas há áreas que demonstram resiliência e crescimento.
  • O setor global de produção de ração para suínos enfrentou muitos desafios em 2023, o que levou a uma queda de 1,26% na produção de ração para a espécie (323,04 MMT, -4,14 MMT).
    • A América Latina se destacou como a única região que alcançou um aumento na produção de ração para suinocultura em 2023, enquanto Europa, Ásia-Pacífico e América do Norte – que, tradicionalmente, são as principais regiões produtoras de ração para o setor do mundo – enfrentaram desafios.
    • As tendências destacam a complexa relação entre fatores econômicos, dinâmica de oferta e manejo sanitário na indústria global de ração para suínos. Enfrentar esses desafios será crucial para alcançar uma produção sustentável e garantir a segurança do alimento.
  • A tonelagem de ração para bovinos de leite diminuiu 1,12% (127,92 MMT, -1,45 MMT), principalmente devido ao alto custo da ração combinado com os baixos preços do leite, o que levou os produtores a fazerem ajustes estratégicos, como reduzir o número de vacas e/ou depender mais de fontes de ração não comerciais.
    • A Ásia-Pacífico conseguiu contrariar a tendência de queda e emergiu como a única região que aumentou sua produção de ração para bovinos de leite em 2023. Esse crescimento foi impulsionado por um aumento contínuo no consumo de produtos lácteos, bem como uma expansão da produção de ração nas cooperativas.
    • Custos mais baixos de ração e preços mais altos do leite ajudariam a recuperar o segmento.
  • A produção de ração para bovinos de corte diminuiu 3,78% (119,56 MMT, -4,70 MMT) globalmente – a queda mais significativa entre todos os setores de espécies no ano passado. As mudanças no ciclo pecuário nos Estados Unidos e políticas de sustentabilidade mais rígidas na Europa tiveram grande impacto, com o setor de pecuária de corte da Ásia-Pacífico superando notavelmente o da Europa em 2023.
    • Embora as indústrias de bovinos de corte europeia e norte-americana devam continuar em declínio em 2024, espera-se crescimento na China, Brasil e Austrália.
  • O setor aquícola teve queda de 4,41% (52,09 MMT, -2,40 MMT).
    • Este declínio foi impulsionado em parte por uma queda significativa na oferta de ração para aquicultura da China devido aos preços mais baixos do pescado.
    • A América Latina cresceu 0,27 MMT (3,87%). Apesar das condições climáticas adversas, a demanda por peixes e frutos do mar ainda é forte na região. 
  • A indústria global de ração para animais de estimação continua a crescer, embora a um ritmo mais lento, de 2,66% (35,44 MMT, +0,92 MMT) em 2023. A demanda por produtos e serviços de alta qualidade para animais de estimação continua elevada por parte dos tutores de pets que querem apenas o melhor para seus fiéis companheiros.
    • Os mercados da América Latina e da Europa foram os principais impulsionadores desse crescimento.
  • A indústria de ração para equinos experimentou queda de 4,69% (7,98 MMT, -0,39 MMT) em 2023.
    • Os principais desafios no setor equestre incluem os altos preços da mão de obra e dos materiais.
    • Espera-se que a ração para equinos diminua tanto em preço quanto em volume durante o próximo ano.

 Resultados regionais de destaque: 

  • A América do Norte viu uma queda de 2,8 MMT (259,26 MMT, -1,1%), com a produção de ração para bovinos de corte caindo significativamente. Os setores de suínos e de bovinos de leite também caíram ligeiramente, mas os setores de frangos de corte, aves de postura e animais de estimação mais do que compensaram a diferença. A tonelagem de ração no setor de frangos de corte subiu quase 2,9%.
  • A América Latina experimentou um crescimento em 2023 de 2,46 MMT (200,67 MMT, +1,24%). Apesar dos altos custos de produção, das tensões geopolíticas e da mudança de comportamento do consumidor devido a razões econômicas, a região continua entre os líderes globais de crescimento, principalmente devido aos seus mercados de aquicultura, aves e suínos impulsionados pela exportação. 
  • A Europa manteve sua tendência de queda na produção de ração, com uma redução de 7,59 MMT (261,89 MMT, -2,82%) devido a questões que incluíram a invasão na Ucrânia e a disseminação de doenças nos animais de produção, como a peste suína africana (PSA) e a influenza aviária (IA). 
  • A Ásia-Pacífico liderou o crescimento da produção de ração em 2023, com um aumento de 6,54 MMT (475,33 MMT, +1,4%). O crescimento da produção de ração para ruminantes da região compensou um revés no setor de aquicultura. A região abriga vários dos dez principais países produtores de ração, incluindo China, Índia, Vietnã e Japão.
  • A África experimentou um crescimento contínuo, mas mais lento, com um aumento de 1,94%, correspondente a quase 1 MMT, para um total de 51,42 MMT. 
  • O Oriente Médio teve uma leve queda de 0,12 MMT (35,93 MMT, -0,32%).
  • A Oceania cresceu 3,71% ou 0,39 MMT para totalizar 10,78 MMT.

A Alltech trabalha em conjunto com fábricas de ração e entidades industriais e governamentais em todo o mundo para compilar dados e insights a fim de fornecer uma avaliação da produção de ração a cada ano. A produção e os preços das rações foram coletados pela equipe global de vendas da Alltech e em parceria com associações locais de ração no primeiro trimestre de 2024. Estes números são estimativas e destinam-se a servir como um recurso de informação para as partes interessadas do setor.

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As empresas Choice Genetics da França, Brasil e Polônia se juntam ao Grupo Axiom

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Divulgação/Grupo Axion

A aquisição das empresas Choice Genetics da França, Brasil e Polônia reforça a posição do Grupo Axiom como líder francês indiscutível em genética suína e fortalece, consideravelmente, sua presença no cenário internacional, juntando-se aos 5 principais players mundiais no negócio.

Guillaume Naveau, CEO do Grupo Axiom

Atualmente líder francês em genética suína, o Grupo Axiom representa cerca de 50% da produção suína francesa em termos de vendas de reprodutores e vendas de doses. “Temos uma base acionária poderosa, composta por cooperativas francesas, que faturam 16 bilhões de euros e são presentes na França e internacionalmente, tanto no setor suíno quanto em outras atividades agrícolas”, evidencia Guillaume Naveau, acrescentando: “Também somos o principal exportador francês de animais reprodutores, com uma forte influência internacional, já que hoje temos quatro filiais, um na Polônia, um no Brasil, um na Espanha e um na China, e cerca de 90 distribuidores em todo o mundo”.

Soluções inovadoras e competitivas aos produtores brasileiros

Com uma base de seleção genética mundial de 30 mil matrizes GGP coloca o Grupo Axiom em uma posição de destaque, permitindo-lhe realizar um trabalho de seleção minucioso. Esse amplo conjunto de dados proporciona uma base sólida para identificar e aprimorar características genéticas valiosas, resultando em avanços significativos na seleção e melhoramento genético. Esse tipo de recursos coloca o Grupo Axiom entre os líderes do setor, destacando-se pela sua capacidade de realizar seleções de alta qualidade e com precisão. “Temos duas frases chaves em nossos critérios de seleção. A primeira é desmamar mais, mais pesado e mais facilmente. Queremos ter animais com qualidades maternais e com o máximo de autonomia possível. A eficiência alimentar é também essencial nos nossos eixos de seleção.

Fizemos pesados investimentos para medir o índice de consumo de todas as nossas linhas e principalmente dos nossos machos reprodutores para oferecer o melhor aos nossos parceiros e clientes”, salienta Naveau, reforçando que o objetivo da Companhia é ter uma seleção global baseada na eficácia geral do plantel.

Objetivos a curto e longo prazo

Ao considerar o mercado da América do Sul, especialmente ao Brasil, o Grupo Axiom almeja estabelecer uma presença de longo prazo. A empresa está firmemente convencida de que a América do Sul não apenas é, mas também continuará a ser um dos principais centros de produção de suínos em escala global. “Reconhecemos os benefícios significativos que essa região oferece em termos de produção de carne suína, em quantidade e qualidade”, afirma Naveau.

Inicialmente, a Companhia vai buscar estabelecer um núcleo robusto de raças puras para fornecer reprodutores de alta qualidade aos seus parceiros no Brasil e em toda a América do Sul. “Para alcançar esse objetivo, contamos com o suporte de uma equipe local composta por cerca de 20 profissionais altamente capacitados. Além disso, o Grupo Axiom emprega aproximadamente 130 colaboradores no total, incluindo especialistas que podem ser mobilizados de diversas partes do mundo para complementar e apoiar nossos clientes e parceiros locais”, assegura.

Naveau afirma que a Axiom está entrando definitivamente no mercado sul-americano. “Faremos tudo o que for necessário para oferecer o melhor da nossa genética e disponibilizar uma equipe eficiente para apoiá-los no desenvolvimento da sua produção de suínos”, enfatizou.

 

Fonte: Ass. de Imprensa
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CBNA – Cong. Tec.

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