Notícias
Qualidade da soja brasileira será discutida em Conferência de Pós-Colheita em Goiás
Evento será realizado entre os dias 24 e 26 de outubro, no Centro Tecnológico Comigo, em Rio Verde (GO).
A 8ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita (VIIICBP2023) e o 5º Simpósio Goiano de Pós-Colheita vão discutir de forma abrangente temas relacionados à qualidade da soja, entre os dias 24 e 26 de outubro, no Centro Tecnológico Comigo, em Rio Verde (GO). Com foco na “Gestão da pós-colheita de grãos para sustentabilidade do agronegócio”, os eventos são promovidos pela Associação Brasileira de Pós-Colheita de Grãos (Abrapós), reunindo especialistas, pesquisadores e produtores para discutir os avanços e os desafios na pós-colheita e na qualidade da soja.
Um dos palestrantes de destaque, Marcelo Alvares de Oliveira, pesquisador da Embrapa Soja, abordará informações essenciais sobre o Projeto Qualigrãos que foi realizado pela Embrapa no Brasil entre os anos de 2015 e 2019. Também analisará a safra (2021/2022) nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde ocorreram problemas climáticos, destacando a influência da seca nas variáveis proteína, óleo, acidez e teor de clorofila dos grãos de soja. Por fim, discutirá as correlações entre as variáveis de qualidade da soja, com base nos resultados do Qualigrãos.
O pesquisador enfatizou que a qualidade da soja no Brasil tem sido um tópico contínuo de discussão, e o Projeto Qualigrãos desempenhou um papel fundamental, fornecendo uma avaliação abrangente da qualidade da soja no país.
Ao longo desses quatro anos, mais de mil amostras de soja foram coletadas anualmente, abrangendo nove estados em 2014/2015 e dez estados nas três safras seguintes, quando se incluiu o estado do Tocantins. Com a colaboração de cerca de 60 parceiros, o projeto buscou avaliar e analisar a qualidade da soja brasileira.
“Os resultados revelaram uma mudança significativa na composição da soja brasileira ao longo dos anos, com a média de óleo atingindo cerca de 22,5% e a proteína situando-se em torno de 37%”, informa Alvares.
Manejo
Para complementar o painel, o professor Maurício de Oliveira, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), no Rio Grande do Sul, abordará “Consequências do manejo pós-colheita na qualidade industrial da proteína e do óleo de soja e nas perdas”. Ele enfatiza que a gestão adequada do grão começa na lavoura, incluindo o momento certo da colheita, a secagem adequada e a limpeza completa.
“Para o armazenamento, é essencial adotar medidas como segregação de grãos de alta qualidade, pré-limpeza para remover impurezas, classificação de acordo com padrões de qualidade do mercado, uso de técnicas de atmosferas controladas (gás carbônico) e avaliação regular da qualidade dos grãos armazenados, incluindo teor de óleo, proteína e defeitos”, acrescenta Oliveira.
Classificação
Está prevista ainda uma palestra dedicada à classificação de grãos com a consultora da ABIOVE/ANEC, de Viçosa, (MG), Fatima Chieppe Parizzi. De acordo com ela, a classificação, realizada no momento da comercialização, permite conhecer a qualidade de um lote, para que, rapidamente, seja tomada a decisão mais acertada quanto à destinação do produto recebido ou adquirido. Tais procedimentos incluem a limpeza, secagem, armazenamento, transporte e as variadas opções de processamento. “Conhecendo a qualidade da soja, o responsável terá a segurança necessária para a tomada de decisão mais adequada. Observem que todo esse processo de comercialização é muito dinâmico, exige que nos diferentes pontos da cadeia produtiva, tenhamos respostas ágeis e precisas”, afirma Fátima.
Os dois eventos são promovidos pela Associação Brasileira de Pós Colheita de Grãos (Abrapos) e têm o apoio de diversas entidades representativas, como o Instituto Federal Goiano-Campus Rio Verde, Sindicato dos Armazéns Gerais de Goiás (SAGG), Caramuru Alimentos e a Comigo-Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano.
Sobre a Abrapos
Fundada em 1987, a Associação Brasileira de Pós-Colheita é uma organização sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento tecnológico e a inovação na área de pós-colheita de grãos. A sede da associação fica em Londrina, no Paraná, e seu objetivo é contribuir para a diminuição das perdas de grãos que ocorrem durante e depois da colheita, beneficiando os produtores, os armazenadores e os profissionais do setor.
Notícias
Sindiavipar homenageia Ricardo Santin por fortalecer a avicultura brasileira no mercado global
Honraria destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.
Em um gesto de reconhecimento à dedicação e liderança que têm sido fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da avicultura no Brasil, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) prestou uma homenagem a Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O tributo destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.
Durante um encontro festivo promovido pelo Sindiaviapar, realizado em conjunto com a cadeia produtiva paranaense, Santin se mostrou emocionado ao receber a honraria. “Foi uma surpresa, pensei que estava vindo para um jantar com amigos do setor. Receber esta homenagem do Sindiavipar e de toda a cadeia produtiva do Paraná é uma manifestação de carinho imensa, porque a avicultura do Paraná é um grande eixo de desenvolvimento da avicultura brasileira, hoje com 40% da exportação, 35% da produção. Isso me deixa muito honrado. Fico muito feliz e aumenta ainda mais a minha responsabilidade, pois acompanhei o início das atividades da ABPA e a trajetória do Francisco Turra, e junto com ele ajudei a construir esta ABPA forte”, declarou Santin.
O presidente do Sindiavipar e sócio-diretor da Globoaves, Roberto Kaefer, ressaltou a importância do trabalho de Ricardo Santin para o setor. “Fazer uma homenagem ao Ricardo Santin é reconhecer uma pessoa que trabalha muito pelo nosso setor. Este ano vamos chegar aos 5,2 milhões de toneladas de carne de frango exportadas, batendo recorde e nos consolidando como o maior exportador do mundo. A avicultura do Brasil, com mais de 36% de representatividade nacional e 42% das exportações, tem hoje 150 países comprando de nós. Isso é fruto do dinamismo e da capacidade de negociação que a ABPA, sob a liderança de Santin, tem demonstrado. O Brasil, além de oferecer um produto de qualidade superior, tem a capacidade de atender sempre às demandas do mercado global”, enalteceu.
O evento contou com a presença de líderes empresariais e figuras importantes do setor, como os presidentes da Coopavel, Dilvo Grolli; da Copacol, Valter Pitol; o gerente da Divisão Industrial da C.Vale, Reni Girardi; o médico-veterinário e diretor da Mercolab, Alberto Back; além de representantes das maiores empresas de alimentos, genética, laboratórios e insumos do país.
A homenagem a Ricardo Santin ressalta a importância de sua atuação à frente da ABPA, onde ele tem sido peça-chave no crescimento e na promoção da avicultura e suinocultura brasileiras, consolidando o país como um dos maiores players no mercado mundial de proteína animal.
Notícias
Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
Notícias
Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.