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Quais são os desafios da análise de risco de crédito no agronegócio?

Realizar uma análise 360º do produtor mitiga riscos, traz uma maior segurança para os fornecedores de crédito rural e possibilita melhores taxas.

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Foto: Shutterstock

Com histórico favorável de safras recorde, o agronegócio brasileiro trabalha intensamente em todos os dias do ano. Responsável por quase 25% do PIB do país em 2022, o agro nacional tem uma alta demanda de recursos financeiros a cada novo início de safra. Entretanto, o contexto em que o setor se encontra torna o processo de concessão de crédito progressivamente mais desafiador.

Uma gama de riscos interfere no fornecimento de créditos ao produtor rural, como as intempéries climáticas que podem impactar o desempenho da lavoura, situações geopolíticas que podem favorecer ou desfavorecer o preço dos grãos, políticas econômicas, sociais, socioambientais e os riscos de imagem ou reputação. “Fazer uma análise de risco de crédito no agronegócio brasileiro não é uma tarefa simples, como compilar o histórico do CPF do produtor e verificar se ele é um bom pagador ou não. O concessor do crédito precisa entender, mapear e mitigar os riscos particulares do setor, o que é uma tarefa complexa para quem não está totalmente inserido no agro”, explica o CEO e co-fundador da Tarken, Luiz Tângari.

Parte dessa dificuldade é refletida nas taxas de juros fornecidas ao produtor rural, visto que quanto mais alto o risco que a concessora entende que está correndo ao emprestar aquele dinheiro, maior é a taxa cobrada pelo empréstimo. Esta dinâmica, apesar de resguardar o concessor, muitas vezes não leva em consideração as particularidades de cada produtor e pode ser até mesmo desfavorável para alguns.

A escassez de dados bem estruturados e a distância entre a propriedade rural e o concessor do crédito são fatores que contribuem para maior dificuldade na análise e no acompanhamento da progressão da lavoura. Neste contexto, as revendas e distribuidoras de insumos têm importante vantagem quando comparadas à bancos e outras instituições financeiras, especialmente pela sua proximidade com o produtor no dia a dia e o profundo conhecimento das particularidades da região em que se encontram. “É verdade que revendas e distribuidoras tem mais facilidade em ofertar crédito com taxas mais coerentes e personalizadas para cada produtor, ainda assim, essa concessão conta com inúmeras variáveis que estão além da previsão e controle de ambas as partes”, comenta.

Falta de informações confiáveis

“Apesar dessa proximidade das revendas e distribuidoras com os produtores, algumas informações, como o histórico de safras, podem ser difíceis de conseguir, principalmente se o crédito estiver sendo cotado para um cliente novo”, Luiz alerta. “O concessor de crédito precisa se resguardar com informações de confiança, que podem ser obtidas de maneira transparente e rápida através do uso de diversas tecnologias disponíveis em plataformas de análise de riscos, essenciais para a expansão do crédito no agronegócio”.

Utilizando inteligência artificial e algoritmos específicos capazes de compilar e apreciar informações disponíveis em bancos de dados públicos, plataformas como a da Tarken conseguem realizar em um curto tempo o levantamento retrógrado de até 10 safras da propriedade, verificação de disponibilidade de infraestrutura, análise de compliance e dados financeiros, entre outros.

Para Luiz, essa automatização de processos, assim como o acesso mais fácil e objetivo a diversos dados disponíveis, são essenciais para agilizar a rotina da concessão do crédito e garantir uma maior segurança para as duas pontas. “O investimento em tecnologia e inovação porteira para fora é muito mais do que uma opção. É um diferencial competitivo bem relevante, já que a oferta e disponibilidade de crédito é um catalisador para a indústria e revendas”, enfatiza.

Verificações mais profundas do que apenas financeiras

A agenda ESG (sigla em inglês para “Ambiental, Social e Governança”) está cada vez mais em evidência, e precisa ser abordada na concessão do crédito. Entendendo a sua corresponsabilidade junto ao produtor, as concessoras devem ficar atentas ao ecossistema ambiental e social impactados pelo negócio. “A sociedade moderna está mais atenta e preocupada em não fazer negócios ou consumir produtos que possam ser oriundos de produtores ou propriedades que tenham atitudes reprováveis, como a prática de trabalho análogo a escravidão, que promovam impactos negativos para a sociedade próxima ou mesmo que realizem o desmatamento de áreas destinadas a proteção. Um produtor que não segue as diretrizes ESG acaba trazendo mais risco para o fornecedor do crédito, além de respingar em sua imagem”, elabora o executivo.

No quesito ambiental, é possível ter acesso à lista de restrições e de emissão de certidões oriundas dos órgãos competentes sobre a reserva legal da propriedade e, por meio de monitoramento remoto, observar se existe ou não um avanço do desmatamento na propriedade além de suas respectivas autorizações ou a ausência delas. Com dados mais claros, as análises são mais coerentes e racionais.

É possível, também, realizar a análise do solo da região e entender como períodos com mais chuvas ou escassez podem interferir na germinação e crescimento das culturas cultivadas, informações preciosas e que possibilitam projeções com estimativas realistas sobre a produtividade nas próximas safras e realizar comparativos com as safras passadas.

Favorável para todos

Realizar esta verificação 360º do produtor rural é benéfica para todas as partes. Com acesso aos dados mais claros e específicos, a análise de crédito permite não apenas uma taxa mais justa ao produtor e uma segurança maior para quem está fornecendo o dinheiro, como também possibilita que o produtor saiba quais são os seus pontos fortes e o que precisa ser aprimorado para que alcance taxas melhores.

Para as concessoras, a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento dos talhões por meio de sensoriamento remoto, além de monitoramento completo e eficiente da propriedade, promove ganho de eficiência e gera insights para novas oportunidades, possibilitando também monitorar o risco de inadimplência da carteira. “O grande desafio do crédito no agronegócio é realizar a integração de informações, cruzar dados relevantes e realizar modelagens não-óbvias que eliminam a inconsistência de dados. E já temos tecnologias capazes de fornecer tal suporte aos players de crédito agrícola, independente de seu tamanho ou localização. Com informações mais robustas e diferenciadas de cada cliente, o fornecimento de crédito no agro se torna mais ágil e justo para todos”, finaliza.

Fonte: Assessoria Tarken

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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