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Suínos / Peixes

Proteínas alternativas não ameaçam pecuária, sustenta especialista

Mesmo com as proteínas alternativas ganhando cada vez mais espaço no mercado, especialista norte-americana afirma que o sabor da carne animal é o grande aliado, e isso deve ser usado com consumidor

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Muito tem se ouvido falar sobre as proteínas alternativas, as famosas carnes de laboratório. O que antes parecia ser uma ideia distante, ou somente “conversa”, hoje já é uma realidade em diversos países. Agora, os produtores de proteína animal no mundo têm mais um concorrente, e é importante saber como trabalhar com isto e que estratégias adotar para lidar com esse novo cenário. Mas, primeiro, é preciso entender o que é esta “novidade”. A vice-presidente sênior do Departamento de Relações Públicas do North American Meat Institute (Nami) – Instituto da Carne da América do Norte, na tradução livre -, Janet Riley, falou sobre o assunto durante o 13° Seminário Internacional de Suinocultura da Agroceres PIC, que aconteceu em agosto, em Mangaratiba, RJ.

De acordo com a especialista, ver estes novos produtos pode ser bastante assustador, porém existem alguns fatores sobre a carne de origem animal que o produtor deve considerar. “É uma proteína completa, tem todos os aminoácidos, é a única fonte de vitamina B12, faz bem para a saúde mental, entre tantos outros benefícios”, comenta. Além do mais, ela afirma que o principal aliado da carne de origem animal é o sabor. “As pessoas gostam, e não devemos subestimar isso”, afirma.

Janet informa que as proteínas alternativas estão divididas em duas categorias: as proteínas de origem vegetal – no Brasil conhecida por exemplo como carne de soja, que já estão disponíveis, e a carne produzida em laboratório. Para ela, por conta das tantas alternativas, o consumidor está vivendo um dilema. “Vamos pensar como um consumidor comum, que lê jornal, Facebook, Twitter. O consumidor não sabe se o que é colocado lá é verdade ou não e está se falando tanto, que as pessoas estão se sentindo mal em comer carne. O dilema é como o consumidor vai responder a todas estas mensagens e produtos que existem no mercado”, comenta.

Ela explica que nos Estados Unidos quando se lê jornal é possível pensar que todas as pessoas estão virando vegetarianas. “Mas é ao contrário. Dados mostram que ao longo do tempo somente 5% dos norte-americanos são vegetarianos ou dizem que são. No Brasil este número é de 14%, na Argentina 5% e nos outros países de 21,8%”, expõe.

Mesmo os vegetarianos sendo um público em potencial, Janet afirma que os fabricantes das proteínas alternativas procuram cativar o consumidor de carne. “Eles procuram falar mal da produção animal tradicional, falar mal do bem-estar animal, de efeito estuda, dos efeitos nocivos à saúde. Mas, apesar desses esforços, eles não conseguem convencer as pessoas a deixar de comer carne”, diz.

Contato com o consumidor

De acordo com Janet, algumas carnes produzidas em laboratório já estão disponíveis nos supermercados norte-americanos. Ela conta que é interessante perceber que estas carnes estão distribuídas nas prateleiras junto com os produtos de origem animal. “Geralmente, os itens que são vegetarianos estão separados. Mas agora não mais, estes produtos estão todos juntos”, conta.

Ela comenta que em decorrência destes produtos estarem todos juntos, ela, junto com colegas de trabalho, resolveu experimentar estas carnes produzidas em laboratório. “Compramos um hambúrguer que estava disponível e o que percebemos é que parece com argila ou barro. E apesar de uma boa embalagem, são somente dois hambúrgueres que custam US$ 6. Então, estes produtos não têm cara de carne, não cheira a carne e nem tem sabor de carne”, declara.

Outro produto que já está sendo bastante comercializado nos Estados Unidos é uma linguiça feita em laboratório. Janet conta que este produto está disponível para o consumidor até mesmo em estádios de basebol. Porém, algo que chama a atenção é o preço. Ela diz que geralmente quatro linguiças compradas nestes locais são US$ 4,99, mas estas feitas em laboratório são vendidas por um valor de US$ 9 por quatro unidades. “E eles comparam esta com a linguiça feita com carne de porco. Falam que é livre de hormônios e antibióticos, e dizem que a de carne não. E esse é o nosso desafio, o nosso problema, são estas afirmações que estão causando uma confusão na cabeça do consumidor”, afirma.

A especialista comenta que, assim como o produtor sabe, qualquer ser vivo tem hormônios naturais, assim como os antibióticos são utilizados somente para tratamento. “Mas o nosso consumidor não sabe disso, e isso aumenta a confusão na cabeça dele”, reafirma.

Outro ponto contra estas proteínas alternativas destacadas por Janet é em relação à quantidade de ingredientes que estes produtos têm. “São muitos ingredientes, e uma coisa que está se tornando popular nos Estados Unidos é justamente a redução do número de ingredientes. Produtos com cinco ou menos. Dessa forma, quem está fazendo estas proteínas está indo contra uma tendência do consumidor, listando um monte de ingredientes que o consumidor não conhece”, comenta.

Proteína vegetal

Mesmo com estas características, a especialista informa que as associações de fabricantes de alimentos vegetais tiveram um crescimento de 24% em 2018, comparado a somente 2% do mercado de carne de origem animal. “Porém, o mercado total para carne de origem vegetal ainda é muito pequeno, de somente US$ 600 milhões. Mas está crescendo”, alerta.

Janet apresentou uma pesquisa feita por uma empresa norte-americana que acompanha atitudes e tendências do mercado consumidor. De acordo com o levantamento realizado, 36% dos americanos consumem proteína vegetal. “O fato deles comprarem não quer dizer que são vegetarianos, mas que estão abertos à alternativa”, explica. Ainda segundo o relatório, 46% dos entrevistados acham a proteína vegetal mais saudável que a animal. “Os entrevistados mencionam o sabor como escolha da proteína. Entre estas escolhas, o levantamento mostra ainda que 39% compra vegetal por conta da saúde, outros 10% por dieta. Mas aqui está o dado interessante, somente 11% dizem que compram proteína vegetal por conta de proteção aos animais e bem-estar”, informa. Ela diz que os consumidores concordam que a preocupação com saúde é um argumento a favor da proteína vegetal, mas ainda assim eles não abrem mão do sabor da carne de origem animal.

Comunicação

Outro detalhe interessante destacado por Janet é quanto à forma de comunicação que está sendo utilizada por aqueles que defendem a proteína vegetal. “Eu trabalho há 27 anos com isso, conheço esse pessoal. Antes estavam sempre mostrando cartazes, falando que os animais são assassinados, falando de crueldade. Mas agora isso mudou, eles não falam mais gritando em megafones. Eles perceberam que o diálogo é melhor do que ficar berrando”, afirma.

Ela explica que estas pessoas desenvolveram estratégias, pararam de focar somente em bem-estar e amplificaram a mensagem deles para o lado ambiental. “Agora eles usam o argumento da segurança alimentar, falando que o alimento vegetal é mais seguro, que agora podem salvar o meio ambiente com carne de origem vegetal. E isso é uma mensagem que tem um grande apelo ao público. Eles estão usando bastante as mídias sociais para argumentar”, diz.

Janet explica que antes estas pessoas buscavam a abolição da produção de carne, mas agora o que eles querem é que as pessoas reduzam o consumo de carne. “Eles veem a produção de carne como se estivessem salvando almas. Estão preocupados mais com as aves, porque acham que têm alma. Então, se eles conseguirem abolir a avicultura, eles salvaram almas. E isso também vale para a suinocultura e bovinocultura”, comenta.

O maior recurso agora utilizado por estas pessoas, conta Janet, são as mídias sociais. “É interessante ver que há um grupo chamado Better Eat International, que é uma organização que produz conteúdo de mídias sociais. A única coisa que eles fazem é produzir conteúdo criticando a agricultura e a pecuária”, conta.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Marcos Sipp celebra 30 anos dedicados à suinocultura

Atual gerente das UPLs da Coopavel conquistou recentemente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade no Programa Open Farm AWARDS.

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Fotos: Arquivo pessoal

Em uma trajetória marcada por dedicação e paixão pelo campo, Marcos Jovani Sipp, atual gerente das Unidades de Produção de Leitões (UPLs) da Coopavel Cooperativa Agroindustrial, reflete sobre suas três décadas de contribuição para o setor. “Parece que foi ontem, mas já se passaram 30 anos”, recorda.

Técnico em Agropecuária e Administrador, Sipp iniciou sua carreira profissional em 28 de março de 1994 como extensionista na suinocultura da BRF. Esses anos foram repletos de aprendizado e conquistas para Marcos, que destaca: “Como extensionista tive a oportunidade de conhecer, aprender e levar muita informação para a tomada de decisão dos produtores por onde passei, sempre com muita dedicação, competência, inconformismo e resiliência”, enfatiza.

Ao longo de sua carreira, o profissional acumulou diversos prêmios, sendo o mais recente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade em um projeto da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) no Programa Open Farm AWARDS, no qual a Coopavel concorreu com outros cinco projetos.

O técnico em Agropecuária ressalta a importância da gratidão e da reflexão sobre os erros e acertos que moldaram sua trajetória. “Carrego na bagagem muita história boa para contar. De acertos e erros que nos fazem corrigir rapidamente o rumo que deve ser seguido, com muita gratidão a Deus, que sempre me acompanha a cada passo. Sei que ainda tem muito a ser feito”, pontua.

Entre os desafios da atual função que exerce na Coopavel, Sipp diz que estão planejar, executar e desenvolver novos talentos, destacando a importância de profissionais com capacidade de organização, planejamento e entrega de resultados superiores. “Sinto-me realizado, vitorioso e muito feliz com as conquistas alcançadas e com as vitórias que ainda estão por vir. Aprendi que sozinho vou mais rápido, mas que juntos vamos mais longe. Com essa reflexão, gostaria de deixar registrado o meu agradecimento a cada um que fez parte dessa história, sejam produtores, empresas parceiras, amigos e, em especial, ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, pela confiança. Agradeço também à minha família e aos meus colegas de trabalho e parceiros da cadeia produtiva”, ressalta.

 

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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SABSA 2024

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