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Projeções para o segundo semestre de 2016

O cenário brasileiro do primeiro semestre foi de estragos em praticamente todos os setores produtivos

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Por Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA

Crise econômica, desaceleração dos negócios, fechamento de fábricas, desemprego.  O cenário brasileiro do primeiro semestre foi de estragos em praticamente todos os setores produtivos.  Com a expansão do índice de desemprego no país, os níveis de consumo foram fatalmente impactados.

Neste contexto, ao longo dos seis primeiros meses deste ano, os produtores e exportadores de proteína animal viram o preço do milho dar saltos e alcançar patamares superiores a R$ 60,00 a saca.  Agora, com a colheita da safrinha de milho e o leve “respiro” diante das cotações praticadas no cereal, é a vez da soja “pesar” nos custos e na competitividade dos produtores avícolas e suinícolas do Brasil.

Para somar-se a estes fatores desfavoráveis, a queda do câmbio a patamares de R$ 3,30 impôs um aperto às margens do setor.  Recentemente, a ABPA havia manifestado preocupação com relação à importância da manutenção do câmbio a R$ 3,50, para a manutenção da capacidade competitiva das agroindústrias exportadoras.

Foi uma tempestade quase perfeita.  Empresas anunciaram suspensão de turnos.  Outras, fecharam unidades ou suspenderam contratos de arrendamento.  Apesar disto, o setor tem se esforçado para evitar demissões.

Diante deste contexto, a ABPA – por meio de suas análises periódicas junto às agroindústrias associadas – tem acompanhado uma notável redução dos níveis de alojamento de pintinhos.  Mantidos estes patamares, a expectativa é que os volumes de produção caiam para cerca de 13 milhões de toneladas, 4% a menos em relação à expectativa inicial do ano, que era de 13,5 milhões de toneladas.

No caso de suínos, os mesmos efeitos sobre a produção deverão resultar em queda sobre a expectativa inicial de crescimento de produção para este ano (que se esperava chegar a 3,76 milhões de toneladas).  Agora, o setor espera repetir volume próximo do produzido no ano passado, de 3,64 milhões de toneladas.

Um alento neste cenário é o incremento das exportações.  As novas projeções da ABPA indicam que os volumes embarcados de carne de frango devam crescer neste ano 8% em relação ao total exportado em 2015%.  Há grande expectativa coma manutenção das vendas para a China (consolidada como segundo maior mercado importador de carne de frango do Brasil), além do bom ritmo dos embarques para o Oriente Médio e outros países da Ásia, como Japão e Coreia do Sul.

Já para a carne suína, as vendas totais de 2016 em volumes deverão superar em 28% o total registrado nos 12 meses do ano passado.  Assim como para o setor de frangos, a China tem se destacado nas importações da carne suína brasileira.  Outros grandes mercados, como Rússia (maior importador), Argentina, Chile e Singapura também aceleraram suas compras neste primeiro semestre.

Exportações de Carne de Frango

Os embarques de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) de junho atingiram 411,9 mil toneladas, volume 4,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

O bom desempenho de junho contribui para que o setor encerrasse o primeiro semestre com exportações 13,86% maiores que o realizado nos seis primeiros meses de 2015.  Ao todo, neste ano, foram embarcadas 2,266 milhões de toneladas – 276 mil toneladas a mais em relação ao ano anterior.

Já em receita cambial, o saldo do semestre registrou retração de 1,25%, com total de US$ 3,384 bilhões.  Em junho, a queda foi de 3,5%, com US$ 661,7 milhões.

Em ritmo diferente, os resultados dos embarques em reais apresentaram resultados positivos, com elevação de 6,2% em junho (com R$ 2,265 bilhões) e de 21,72% no semestre (com R$ 12,442 bilhões).

15 maiores importadores do primeiro semestre

    Jan/Junho 2016 Participação
1 Arabia Saudita 379.764.833 17,0%
2 China 256.417.859 11,5%
3 Japão 215.142.311 9,7%
4 União Européia 200.314.651 9,0%
5 Emiados Árabes 159.216.306 7,1%
6 Hong Kong 124.231.187 5,6%
7 África do Sul 123.118.945 5,5%
8 Coveite 64.459.919 2,9%
9 Egito 54.069.178 2,4%
10 Correia do Sul 47.544.684 2,1%
11 Rússia 47.287.174 2,1%
12 Cingapura 43.407.772 1,9%
13 Oma 41.049.873 1,8%
14 Catar 39.628.802 1,8%
15 México 33.535.891 1,5%
  Outros 399.122.402 17,9%
  Subtotal 2.228.311.787 100%

Exportações de Carne Suína

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos) totalizaram, em junho, 61,322 mil toneladas, volume 29,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. 

No acumulado do ano, o setor já acumula alta de 54,7% em relação ao primeiro semestre de 2015, totalizando 353,3 mil toneladas.

A receita dos embarques em dólares chegou a US$ 122,9 milhões em junho, número 14,8% maior na comparação com o sexto mês de 2015.  No semestre, os ganhos chegam a US$ 633,8 milhões, dado 14,8% maior na comparação com os seis primeiros meses do ano passado.

Já o saldo em reais chegou a R$ 420,7 milhões em junho, resultado 13% superior ao alcançado no mesmo período de 2015.  No acumulado do ano, a receita obtida chegou a R$ 2,328 bilhões, 40,8% acima do alcançado no primeiro semestre de 2015.

15 maiores importadores do primeiro semestre

    Janeiro/Junho 2016 Participação
1 Rússia 118.935.241 34,1%
2 Hong Kong 86.698.868 24,8%
3 China 41.423.331 11,9%
4 Cingapura 17.143.699 4,9%
5 Angola 15.318.990 4,4%
6 Uruguai 13.330.703 3,8%
7 Chile 10.052.972 2,9%
8 Argentina 9.575.826 2,7%
9 Georgia 4.740.018 1,4%
10 Emiados Árabes 4.562.431 1,3%
11 Costa do Marfim 2.705.834 0,8%
12 Albania 2.433.154 0,7%
13 Armenia 1.770.969 0,5%
14 Congo, Rep. Dom. 1.733.554 0,5%
15 Liberia 1.555.576 0,4%
  Outros 17.141.716 4,9%
  Total 349.122.882 100%

Ovos

As exportações brasileiras de ovos totalizaram em junho 528 toneladas, 21,9% a menos que o total embarcado pelo setor no mesmo mês de 2015.  Já no semestre o setor acumula alta de 6,8%, com 7,487 mil toneladas exportadas.

No resultado cambial, o setor acumula alta de 8,8% no ano, com US$ 10 milhões obtidos neste primeiro semestre.  Em junho, entretanto, houve decréscimo de 16,8%, com saldo de US$ 798 mil.

Já no desempenho em reais, houve incremento de 44,4% no total obtido pelo setor nos seis primeiros meses deste ano em relação ao ano anterior, com R$ 38,2 milhões.  No mês, entretanto, houve retração de 8,4%, com R$ 2,7 milhões.

Fonte: Assessoria ABPA

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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