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Avicultura

Profissional cita pontos-chave no manejo do incubatório ao transporte do pintinho

Realizar um bom manejo durante o incubatório, garantindo boa qualidade, além do transporte até o aviário e no primeiro dia de vida do pintinho faz toda a diferença nos resultados finais do lote

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Para garantir maior qualidade a um lote e para que ele garanta bons resultados, as preocupações devem vir desde o incubatório. É importante que os profissionais envolvidos no processo tomem todos os cuidados necessários, estejam atentos e, assim, garantam que os resultados que serão obtidos no momento do abate sejam satisfatórios. De acordo com o especialista em Incubação do Suporte Técnico Mundial da Cobb, Eduardo Costa, bons resultados vêm dos cuidados desde o incubatório até chegar aos pintos de um dia.

Costa afirma que o sucesso do incubatório inicia com a qualidade de matéria-prima, ou seja, o ovo fértil. “Para garantir bons índices zootécnicos e boa qualidade de pintos, os ovos precisam ser limpos, com boa qualidade de casca, que tem influência direta nos índices de contaminação, trincas de casca e perda de umidade”, destaca. Ele diz que logicamente os ovos precisam ser férteis, já que “não há nada mais frustrante para um incubatório que incubar ovos inférteis”, complementa. Para o especialista, é importante que se conheça o lote de origem e que sejam livres de enfermidades. “Para manter qualidade dos ovos incubáveis é importante um bom manejo de coleta, desinfecção e controle de temperatura dos ovos”, afirma.

Para não haver perdas de resultados, Costa destaca que o incubatório precisa trabalhar para manter a qualidade dos ovos recebidos das granjas de reprodutoras. E um ponto que merece atenção é a temperatura de armazenamento dos ovos. “Esta temperatura deve ser ajustada de acordo com o tempo de estocagem. Um dos pontos-chave para o sucesso no armazenamento de ovos é garantir que a temperatura siga um “V” perfeito, onde a temperatura mais baixa a que os ovos serão submetidos seja na sala de ovos do incubatório”, conta. O especialista explica que para os ovos transportados diariamente ao incubatório, a sala de ovos da granja pode trabalhar em 24°C, o caminhão em 22°C e a sala de ovos do incubatório em 20°C – para os ovos incubados com menos de seis dias de armazenamento.

Perdas

“Mesmo sob perfeitas condições de armazenamento dos ovos quando estocados por mais de sete dias, espera-se uma redução na eclosão de 0,5 e 1% por dia de estocagem a partir do oitavo dia”, diz. Ele acrescenta que no caso de pintos de um dia é importante manter o conforto térmico das aves para evitar que desidratem.

Costa ainda destaca que algo que comumente vê nos incubatórios são pintos ofegantes no momento do saque. “Quando a temperatura corporal de pintos de um dia chega próximo dos 41°C eles começam a ofegar para controlar a temperatura corporal. Porém, ofegando, as aves perdem cinco vezes mais água que quando respirando pelas narinas, levando a um quadro de desidratação”, diz. Ele informa que para evitar que as aves esquentem, o incubatório deve adotar um programa de passos de temperatura, onde a temperatura dos nascedouros vai reduzindo à medida que a das aves sobe. “O mais importante é iniciar a redução de temperatura antes que as aves fiquem quentes”, aconselha.

Pontos-chave no transporte

Assim como o processo de incubação, o transporte também é uma importante etapa que garante melhores resultados no final do processo. Costa destaca que esta é uma etapa extremamente importante, já que o transporte inadequado, mesmo que por curtos percursos, pode prejudicar a qualidade do lote, afetando o resultado final do lote de frango de corte. “Os caminhões que transportam os pintinhos devem ser projetados especificadamente para esse fim e precisam ser compatíveis com as estradas e a distância a ser percorrida. Os motoristas devem ser especializados e estar comprometidos com o cuidado dos pintinhos por meio das melhores práticas de manejo e de bem-estar animal”, afirma.

Para garantir isto, o manejo durante o transporte é de suma importância. O especialista afirma que são cinco os pontos-chave para a contenção e transporte de pintinhos: temperatura, ventilação, carregamento, desembarque e comportamento. Para o primeiro, ele explica que é preciso manter a temperatura no interior das caixas a 32°C, lembrar que a temperatura no interior das caixas deve estar entre 6 e 12°C acima da temperatura ambiente e usar a temperatura da cloaca como ferramenta, mantendo-a entre 40 e 40,6°C. “Esta é a melhor prática para manter a qualidade dos pintinhos”, diz.

Quanto a ventilação, o especialista informa que é preciso fornecer volume suficiente de ar fresco, deixar espaço para permitir o fluxo de ar fresco entre as caixas, mas evitar correntes de ar diretas sobre as aves, manter o nível de CO2 abaixo de 3000 ppb (0,30%) e a umidade relativa em 65%. Já no carregamento, Costa diz que não se pode exceder o limite de capacidade dos veículos, carregar de acordo com as recomendações para cada caminhão e estrada, manter 21²cm/pintinho (3.3 pol²/pintinho), além de que durante períodos de clima muito quente é recomendável diminuir a densidade.

Para o desembarque, a recomendação é que não se abra as portas do caminhão na direção do vento predominante, se descarregue diretamente na área de pinteiro e solte as aves imediatamente, além de contar o número de pintinhos mortos ao chegar e observar a distribuição dessa mortalidade. Sobre o último item, Costa diz que é preciso ficar atento ao comportamento dos pintinhos durante o armazenamento, transporte e após alojamento. “Escute o que as aves estão tentando dizer”, aconselha.

Primeira semana determina o resto da vida

Todos os cuidados no incubatório e transporte serão plenamente vistos no decorrer da vida da ave. Dessa forma, outro momento que merece atenção são os primeiros dias do animal. “Para mim, o dia mais importante da vida do lote é o primeiro. Precisamos garantir que pelo menos 85% dos pintos tenham uma boa quantidade de ração e água no papo 12 horas após o alojamento e no mínimo 95% 24 horas”, afirma Costa. O especialista reitera que a relação do manejo desde o incubatório até a granja para a obtenção de bons resultados é, principalmente, a temperatura. “As aves só comerão ração se estiverem em conforto térmico, caso estejam com frio ou calor não haverá consumo de ração e consequentemente não ganharão peso”, comenta.

A recomendação de Costa que é se trabalhe o lote de matrizes para produzir ovos uniformes, limpos, livres de contaminação e que mantenha os poros livres. “Depois que as bactérias penetraram no ovo, não há muito mais que possamos fazer”, afirma. Ele diz ainda que quando os ovos produzidos não têm proteção contra a invasão bacteriana, eles precisam ser produzidos no ambiente mais limpo possível, que seria o ninho.

O especialista aconselha ainda que o profissional mantenha o controle da temperatura de armazenamento e transporte dos ovos desde o ninho até a incubadora. “Flutuações na temperatura de armazenamento vão afetar a viabilidade do embrião, causar condensação, danificando a cutícula, aumentando o número de ovos contaminados”, sugere.

Mais informações você encontra na edição de Aves de julho/agosto de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Avicultura

Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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