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Produtores que adotam manejo integrado de pragas reduzem em 53% o uso de inseticidas

Os dados são resultado de um trabalho feito pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e Embrapa Soja. Para chegar a esse número, os profissionais do Instituto acompanharam 1.639 lavouras no Estado.

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Foto: Divulgação/IDR-PR

Produtores paranaenses de grãos que adotaram ações de boas práticas agrícolas, de forma específica o MIP-Soja (Manejo Integrado de Pragas da Soja) reduziram em 53%, em média, as aplicações de inseticidas nos últimos dez anos. Os dados são resultado de um trabalho feito pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e Embrapa Soja. Para chegar a esse número, os profissionais do Instituto acompanharam 1.639 lavouras no Estado e compararam com os produtores não adotadores do MIP-Soja.

Edivan José Possamai, coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, explicou que as lavouras acompanhadas fizeram 1,7 aplicações de inseticidas, enquanto os não adotadores chegaram a 3,6 aplicações. Além disso, a primeira pulverização de inseticida foi realizada 27 dias mais tarde nas lavouras dos produtores que adotaram o MIP-Soja. A rentabilidade desses agricultores teve um aumento médio de duas sacas por hectare, em virtude da diminuição dos custos.

Outro trabalho de destaque em boas práticas agrícolas é o MID-Soja (Manejo Integrado de Doenças da Soja), com foco no manejo da ferrugem-asiática da soja. Nas últimas sete safras, 1.315 lavouras foram acompanhadas pelos extensionistas.

“Em média, o número de aplicações de fungicidas passou de 2,6 para 1,6 (38%), quando se compara quem adotou o MID e quem não usou essa tecnologia”, disse Possamai. A rentabilidade aumentou 1,5 saca/ha, em média, já que o custo de produção diminuiu, sem perda da produtividade. A aplicação de fungicida também foi feita mais tarde, 17 dias depois dos agricultores que não adotaram o MID.

São esses argumentos que estão contribuindo para aumentar o número de produtores que adotam o MIP/MID no Estado. De acordo com Possamai, em todo o Paraná cerca de 2 mil agricultores adotam a prática ou têm algum contato com essa tecnologia. O Instituto mantém 200 Unidades de Referência no Estado, em parceria com produtores. Nessas propriedades são implantados o MIP/MID, o controle de plantas daninhas, manejo e fertilidade do solo. São práticas e tecnologias que podem aumentar a produtividade das lavouras de soja e melhorar a rentabilidade da cultura.

Meio ambiente

Jean Tonelli, produtor rural no município de Iracema do Oeste, região de Toledo (no Oeste), é um exemplo de agricultor que descobriu as vantagens do MIP/MID. Ele cultiva soja, milho e sorgo e está na agricultura desde que nasceu, dando continuidade ao trabalho do pai numa propriedade de 22 alqueires.

Há cinco anos Tonelli começou a implantar o MIP e MID com a orientação de técnicos do IDR-Paraná. Ele disse que a aplicação de inseticidas e fungicidas caiu pela metade, o que aumentou o lucro da produção. “Temos o monitoramento do IDR-Paraná em 2,3 alqueires, mas eu faço o trabalho de MIP e MID em toda a minha produção. Meu lucro aumentou porque, além de perceber um aumento na produtividade da soja, tenho um custo menor com os produtos para eliminar as pragas”, explicou.

“O técnico do IDR-Paraná vem aqui, e me ajuda a bater o pano, assim conseguimos identificar qual praga precisa ser eliminada e que produto aplicar. Meu lucro aumentou consideravelmente”, afirmou Jean. O agricultor também reforçou os benefícios dessas práticas para o meio ambiente. “Precisamos pensar em ações que preservem o meio ambiente. Porque lá na frente o povo vai sentir, se não fizermos nada agora. E o uso irracional de agrotóxico causa um dano grande ao meio ambiente”, acrescentou.

Capacitação

Na última semana, aproximadamente 90 extensionistas do IDR-Paraná participaram de um curso de capacitação sobre o MIP e MID, plantas daninhas, manejo e fertilidade do solo, em Londrina, no Norte do Estado. A atividade, promovida em parceria com a Embrapa-Soja, é parte da atualização técnica dos profissionais do Instituto que participam do projeto Grãos Sustentáveis. Com mais informação, os extensionistas estão preparados para acompanhar os produtores que adotam boas práticas agrícolas. Durante o curso, também foram analisados os resultados dos dez anos de aplicação do MIP/MID para os produtores do Estado.

“O curso é um momento em que os extensionistas podem interagir com a pesquisa, trazendo à discussão temas como as melhores práticas agrícolas que vão ser levadas para os produtores”, informou Possamai. Para ele, os resultados obtidos pelo MIP/MID em dez safras mostram que essas práticas podem contribuir decisivamente para a produção de soja no Paraná.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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4º Pedal Brasil/Bolívia destaca importância da carne bovina

Além de promover o cicloturismo na região, o evento ressalta a importância da “proteína vermelha”, focando nos benefícios da carne bovina para atletas de alto desempenho.

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Foto: Divulgação/IFC

Neste domingo (28), a cidade de Cáceres será palco de um evento que promete não apenas desafiar os participantes com um trecho de pedal com 115 km , mas também fortalecer laços e promover a saúde através do ciclismo. Organizado pelo Grupo Pedal Feliz, com o apoio da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e diversos parceiros locais e nacionais, o pedal Brasil/Bolívia se destaca não apenas pela sua extensão, mas pelo impacto social que promove.

Iniciado há seis anos como a finalidade de superação pessoal, o Grupo Pedal Feliz surgiu da necessidade de Val Janones, uma das fundadoras, de combater o câncer através do ciclismo. O que começou como uma jornada individual logo se transformou em um movimento que acolhe mulheres de todas as idades, oferecendo não apenas exercício físico, mas um suporte emocional valioso. “O ciclismo não apenas melhorou minha saúde física, mas também me conectou com outras mulheres enfrentando desafios semelhantes”, compartilha Cleonice Janones, irmã de Val, uma das líderes do projeto. Desde então, o Grupo Pedal Feliz tem crescido, promovendo amizades, interação social e uma vida mais saudável para suas participantes.

Em 2021, o grupo alcançou um marco significativo com a realização do primeiro pedal Brasil/Bolívia, um sonho concretizado com o apoio de Val Janones, cuja memória continua a inspirar o projeto mesmo após seu falecimento. O evento deste ano marca a quarta edição, com 300 atletas inscritos, incluindo ciclistas amadores, profissionais e representantes de diversas partes do Brasil.

Além de promover o cicloturismo na região, o evento ressalta a importância da “proteína vermelha”, focando nos benefícios da carne bovina para atletas de alto desempenho. Com o apoio de parceiros como Acrimat, Ray Soares Empreendimentos, Sicredi,  Águas do Pantanal, IMAC, Seeg Fibras, Grupo Cometa, Integra, Bike MT, Cross Bike, Canopus Veículos, Açaí movido, Five e Suco Prats, o pedal Brasil/Bolívia não apenas fortalece o esporte local, mas também a economia e a comunidade de Cáceres.

Para a pecuarista, diretora regional da Acrimat no Vale do Paraguai e participante do Grupo Pedal Feliz, Ida Beatriz Machado, o evento não se resume apenas a uma competição, mas a uma oportunidade de promover saúde, amizade e desenvolvimento regional através do ciclismo. “Já participei de duas edições deste pedal. Estamos não apenas pedalando, mas construindo um legado de união e superação, e levando para as pessoas a importância do consumo da proteína vermelha na prática de esportes”, destaca.

“A carne é o melhor alimento para o ser humano, mas há muitos mitos”. De acordo com a nutricionista Letícia Moreira, especialista em nutrição carnívora. Ela informa que os nossos ancestrais consumiam, no máximo, 18% de vegetais no seu cotidiano. “Não conseguimos ficar fortes, saudáveis e longevos na ausência de proteína animal. A dieta carnívora é a ideal para a espécie humana, porque inclui o consumo de todos os alimentos de origem animal, inclusive lácteos. E, apesar de muitos mitos a esse respeito, a carne bovina é o alimento menos inflamatório que existe”.

A nutricionista que palestrou durante o Acricorte 2024, evento realizado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso, explicou ainda que a vitamina B12 só é encontrada na carne. Outros benefícios são a redução do peso, menos inflamação, aumento na produção de testosterona e progesterona, melhora na função digestiva e melhora na saúde mental.

Com cada vez mais apoio e participação, o pedal Brasil/Bolívia se consolida como um evento de destaque no calendário esportivo regional, trazendo benefícios tanto para os participantes quanto para a comunidade em geral.

Fonte: Assessoria Acrimat
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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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