Notícias Rio Grande do Sul
Produtores gaúchos planejam safra de verão, enquanto segue a de inverno
Produtores iniciam a semeadura do milho grão e se mobilizam para a compra de insumos para as lavouras de soja
Enquanto as culturas de inverno seguem em desenvolvimento no Rio Grande do Sul, os produtores iniciam a semeadura do milho grão e se mobilizam para a compra de insumos para as lavouras de soja, como sementes e fertilizantes, além de procurarem os escritórios da Emater/RS-Ascar e as agências bancárias para o encaminhamento de projetos de custeio. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (19) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na região de Santa Rosa a escassez de insumos tem exercido forte pressão sobre os preços. O custo da adubação de base se aproxima de R$ 4 mil/ton., e da semente, em torno de R$ 10,00 a R$ 11,00/kg. Outra questão importante é a previsão de tempo seco para o período de cultivo da soja na região.
Sobre o milho grão, a semeadura da cultura na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí se desenvolve em ritmo muito lento, com área semeada inferior ao mesmo período na safra 2020-2021. As previsões de baixas temperaturas durante agosto, associadas à restrita umidade no solo, têm influenciado os produtores a postergar os plantios para evitar riscos de má germinação e desuniformidade no estande das plantas. As áreas a serem plantadas estão recebendo manejo químico e mecânico nas plantas de cobertura. Nas lavouras com boa palhada, antes da semeadura, os produtores distribuem a lanço o nutriente potássio.
Na Regional de Santa Rosa, a área plantada com milho grão já ultrapassa 30 mil hectares. A restante a ser semeada está dessecada, subsolada e gradeada. Nas áreas mais baixas, os produtores irão aguardar até final de agosto para o plantio, a fim de evitar a incidência de geadas tardias que prejudiquem a emergência das plantas. Nas Missões, os agricultores adotam a estratégia de parcelamento na semeadura, para que eventos de estiagem não coincidam com estádios fenológicos mais críticos ao estresse hídrico. As sementes do programa estadual Troca-Troca nos sindicatos dos Trabalhadores Rurais estão sendo retiradas pelos produtores.
Culturas de inverno
Trigo
A segunda semana de agosto trouxe chuvas de baixa intensidade, mas importantes para recompor a umidade do solo em muitas localidades, o que propiciou melhorias no desenvolvimento das plantas. Nas localidades onde que houve melhoria da umidade do solo, os produtores realizaram tratos culturais. Atualmente, 89% das lavouras de trigo estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 10% estão em floração e 1% em enchimento de grãos.
Na Campanha, na Regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as boas condições de umidade proporcionadas pelas chuvas permitiram a primeira aplicação do fertilizante nitrogenado em cobertura nas plantas em perfilhamento. A geada registrada na semana não causou danos, devido as lavouras de trigo estarem predominantemente na fase vegetativa. Na Fronteira Oeste, o período com temperaturas amenas e alta incidência de radiação solar, associado à ausência de chuvas, limitou o desenvolvimento da cultura e interrompeu os tratos culturais. A sanidade é satisfatória.
Aveia branca grão
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, os cultivos apresentam desenvolvimento lento, plantas com porte baixo e entrenós curtos. Em mais de 50% das áreas o estágio de desenvolvimento predominante é o reprodutivo, entre as fases de espigamento e florescimento. Nas regiões de Frederico Westphalen, Santa Maria e Soledade, as lavouras encontram-se com bom desenvolvimento, predominando o perfilhamento e a elongação dos colmos. A sanidade está adequada. Já na Regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as áreas em fase reprodutiva ainda são pouco expressivas e não devem sofrer prejuízos com a geada de 12/08, diante da fraca intensidade do evento. Estima-se que o potencial produtivo da cultura tenha diminuído devido ao reduzido volume de chuvas e da recorrência de temperaturas baixas. O monitoramento de pragas e doenças indica boa sanidade.
Pastagens e criações
As precipitações da semana recuperam parcialmente os níveis de unidade do solo, intensificando o crescimento das forrageiras de inverno, ampliando a oferta de alimentos volumosos, associado à melhoria da qualidade nutricional destes alimentos. Dessa forma, foram intensificados os pastoreios, principalmente nas áreas com manejo rotacionado. Com as chuvas, foi possível realizar a adubação em cobertura das pastagens.
A maior parte das áreas de campo nativo está sem crescimento, devido às baixas temperaturas e geadas e, nestes locais, há necessidade de suplementar a alimentação dos rebanhos. O mesmo ocorre nas áreas com pastagens de verão, como tífton, BRS Kurumi e BRS Capiaçu, nas quais as fortes geadas das últimas semanas prejudicaram o desenvolvimento destas espécies.
Piscicultura
As temperaturas um pouco mais altas impactaram de forma positiva no desenvolvimento dos peixes, assim como as precipitações colaboraram para melhorar o nível de água dos reservatórios e açudes. Na Regional de Santa Rosa, os piscicultores têm demandado aos extensionistas da Emater/RS-Ascar a aquisição de alevinos, no entanto ainda não foram abertas as encomendas nas empresas que realizam venda e entrega. Muitos produtores estão receosos na realização de novos povoamentos de tilápias, em decorrência da grande mortandade dos peixes, relacionadas à presença doenças causadas por fungos.
Notícias Avicultura
Globoaves: 39 anos de inovação e sustentabilidade
No cenário da avicultura, a Globoaves se destaca não apenas pelo seu tamanho e capacidade produtiva, mas também pela sua forte atuação em sanidade, genética e biotecnologia
A Globoaves completa na data de 27 de março a marca de 39 anos. No setor avícola, destaca-se como uma das principais produtoras e exportadoras de ovos férteis e pintos de um dia da América Latina. Com pilares fundamentais na inovação e sustentabilidade, busca constantemente formas de aprimorar os processos produtivos de maneira ambientalmente responsável e eficiente.
No cenário da avicultura, a Globoaves se destaca não apenas pelo seu tamanho e capacidade produtiva, mas também pela sua forte atuação em sanidade, genética e biotecnologia. Esses elementos são essenciais não só para garantir a qualidade dos produtos que oferece, mas também para contribuir com a saúde e o bem-estar dos animais e do meio ambiente em que está inserida.
Ao integrar tecnologia de ponta em suas operações, está constantemente em busca de soluções inovadoras que permitam atender às demandas do mercado interno e externo de forma sustentável. Isso inclui desde o desenvolvimento de novas práticas de manejo até a implementação de sistemas de monitoramento ambiental, visando sempre a redução do impacto ambiental e o uso mais eficiente dos recursos naturais.
Sua visão para o futuro da avicultura está pautada na busca pela excelência, pela sustentabilidade e pela constante inovação. A Globoaves reafirma seu compromisso em contribuir para um setor mais sustentável e em desenvolvimento contínuo, onde a tecnologia e a responsabilidade ambiental caminham lado a lado em prol de um mundo melhor.
Notícias
Brasil expande cooperações e explora novos mercados com a Tailândia
Em reunião com o governo tailandês, foram feitos encaminhamentos para a abertura do mercado de suínos e a eliminação de qualquer impedimento para o trânsito de carga de frango na Tailândia relacionado à influenza aviária
Prosseguindo com a missão no Sudeste Asiático, um dos principais destinos das exportações agrícolas do Brasil, a delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avançou em importantes cooperações e novos acordos comerciais com o governo da Tailândia nesta semana. O país é o nono maior importador do agronegócio brasileiro, totalizando US$ 3,13 bilhões.
Em parceria com os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além da ApexBrasil, os representantes do Mapa marcaram presença no Seminário Empresarial Brasil-Tailândia em Bangkok, no dia 25, acompanhados de rodadas setoriais. Com a presença de Nalinee Taveesin, conselheira do primeiro-ministro da Tailândia Srettha Thavisin, mais de 80 participantes trocaram informações sobre setores produtivos, ambiente de negócios, investimentos e oportunidades comerciais, bem como requisitos e procedimentos para importação.
Dentre as associações brasileiras que participaram do Seminário estavam a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), a ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal) e o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).
No dia 26, a comitiva brasileira teve uma reunião no Ministério da Agricultura e Cooperativas da Tailândia com Bunsing Warinrak, assessor do ministro, e Sedthakiat Krajangwongs, vice-ministro, para discutir a ampliação da parceria agropecuária entre os dois países, considerando suas capacidades produtivas. Durante o encontro, acordou-se a implementação do Memorando de Entendimento (MOU), assinado em 2022, para avançar na cooperação técnica agrícola, abrangendo temas como sanidade animal, recuperação de pastagens e agroflorestas, com a primeira reunião do Grupo de Trabalho agendada para a segunda semana de agosto deste ano.
Ainda na audiência, o lado tailandês confirmou a retirada da restrição do trânsito de carne de aves com destino a terceiros mercados por conta da influenza aviária. Os brasileiros também expressaram interesse em obter novas habilitações para exportar carne bovina e farinhas de origem animal, além de solicitarem a redução das altas tarifas de importação aplicadas na Tailândia.
Em outra bilateral com o diretor do Departamento de Pecuária da Tailândia, foram discutidas a habilitação de exportações brasileiras de carne bovina e farinhas de origem animal, com previsão de novas missões para o segundo semestre de 2024. Também se acordou acelerar a abertura de mercado para produtos brasileiros como carne suína, pet food, mel, bovinos vivos e material genético avícola, fortalecendo as relações comerciais entre Brasil e Tailândia.
A delegação brasileira do Mapa é liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e é composta pelo diretor de Promoção Comercial e Investimento, Marcel Moreira; pelo coordenador-geral de Promoção Comercial, Dalci de Jesus Bagollin; e pela adida agrícola na Tailândia, Ana Carolina Lamy. A missão segue agora para Phnom Penh, no Camboja.
Notícias
Ministro da Agricultura se reúne com a FPA para detalhar medidas de auxílio ao agro
Em reunião no Mapa, ministro apresentou as propostas do Governo Federal para os produtores impactados pelas intempéries climáticas nesta safra
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite de terça-feira (26) para falar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais que estão sendo adotadas pelo Governo Federal.
Participaram da reunião na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o presidente da FPA, Pedro Lupion, o vice-presidente na Câmara, Arnaldo Jardim, os senadores Tereza Cristina e Alan Rick e os deputados federais Alceu Moreira, Isnaldo Bulhões, Marussa Boldrin, Sérgio Souza e Vicentinho Júnior e o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin.
Uma das propostas que já está em discussão e será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos próximos dias é a repactuação de débitos referentes a contratos de investimentos dos produtores de milho, soja e da pecuária de corte e de leite dos estados afetados pelas intempéries climáticas.
O ministro detalhou aos parlamentares a proposta de prorrogação das parcelas de 2024 e debateu as propostas que ainda estão sendo discutidas para o setor. Para os débitos referentes ao custeio, será realizada a análise de crédito e a avaliação de cada caso. O ministro tirou as dúvidas dos parlamentares e recebeu sugestões de propostas estruturantes.
Também foram discutidas as medidas para conter o preço dos alimentos básicos. Conforme Fávaro, uma delas será a apresentação, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dos Contratos de Opção para arroz, feijão, trigo e milho como forma de estimular a produção.