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Premiações, novos mercados para carne e eficiência da ILPF são destaques do segundo dia da InterCorte

Painel sobre integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) foi o tema central da edição deste ano da InterCorte São Paulo

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O segundo dia da InterCorte São Paulo, principal evento da cadeia produtiva da carne, que se realiza até sexta (23/11), no WTC Golden Hall, foi marcado por entrega de premiações, aprofundamento da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o potencial do mercado de alimentos preparados.

O último painel sobre integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que foi o tema central da edição deste ano da InterCorte São Paulo, como um desdobramento do projeto “Caminho do Boi”, teve palestras sobre a importância da água nos sistemas integrados, busca por índices zootécnicos para obter resultados financeiros, papel da nutrição e o modelo de gestão integrado.

“A água é o principal nutriente na dieta dos bovinos, o mais importante, porém, muitas vezes fica esquecido ou relegado, podendo comprometer o desempenho dos animais. Os produtores focados em produzir mais e em menor tempo buscam tecnologias de aumento de produtividade, integrando produção de grãos com pastagens, tendo benefícios de correção de solo e adubação, variedades de pasto mais produtivas, mas, muitas vezes, o fornecimento de água não é adequado para níveis máximos de produção. Muitos acabam por fornecer água em quantidade e/ou qualidade questionáveis, em bebedouros que não podem ou não são limpos com frequência, e os animais são penalizadas com queda de desempenho”, explicou o veterinário Fernando Loureiro, fundador da Rubber Tank.

O médico veterinário e consultor Luciano Penteado discorreu sobre a importância de entender os indicadores zootécnicos para um sistema de produção rentável. “O produtor precisa entender que os indicadores financeiros de uma fazenda são importantes, porém os indicadores zootécnicos são fundamentais. Se ele não se preocupar com índices zootécnicos, não vai conseguir ter resultados financeiros.

Não há economista que seja capaz de fazer dar resultado financeiro uma fazenda que tem taxa de desmame de 50%, intervalo entre partos de dezoito meses, que desmama bezerro de 150 Kg, e tem meia unidade animal por hectare. Primeiro é preciso ajustar os índices zootécnicos, definindo parâmetros a serem buscados, produzir e ajustar a parte financeira em conjunto”, destacou. Para Penteado, o aspecto financeiro não pode ser mais importante do que o zootécnico. É indispensável ter as referências zootécnicas para buscar produtividade e, consequentemente, conseguir resultados financeiros. “Sem produzir bem não tem como a fazenda ser rentável”, completou.

O zootecnista Pedro Veiga, da Cargill, tratou da necessidade de suplementação e nutrição adequadas nos sistemas integrados a fim de aproveitar o crescimento das forragens em épocas não convencionais, otimizando os ganhos na atividade.

“O modelo de negócio integrado” foi o tema abordado pelo médico veterinário Rodrigo Albuquerque. “A pecuária cada vez mais está se adaptando a um sistema novo de trabalho, que envolve janelas de atividades. Nos últimos 10 anos, principalmente os sistemas de cria e confinamento têm se habituado a trabalhar com limites claros de início, meio e fim das atividades produtivas ao longo do ano. Temos percebido que a pecuária intensiva tem se aproximado da agricultura, na qual o conceito de janelas de safra já é extremamente bem enraizado e definido. Então, quanto mais a pecuária se intensificar, mais vai se parecer com a agricultura. Ou seja, mais haverá atividades que precisarão ser feitas em determinados períodos para não perder um ciclo reprodutivo, por exemplo. Diante disso, é preciso considerar um modelo de negócio integrado, pois cada vez mais a pecuária tem início, meio e fim definido, mesmo na recria. Como as margens estão ficando cada vez mais estreitas, não pode ter erro na pecuária, tornando o modelo de gestão com início, meio e fim completamente necessário”, sublinhou Albuquerque.

Alimentos preparados

O mercado de alimentos preparados foi destaque do painel “A carne além do churrasco”, promovido pela JBS, no segundo dia da InterCorte. Foram oferecidas palestras que apresentaram aos participantes informações sobre o setor, que tem conquistado espaço no Brasil e no mundo.

“Queríamos mostrar aos produtores uma parte da indústria que é pouco conhecida e hoje tivemos essa chance. Com as apresentações, os participantes puderam conhecer um pouco mais sobre a área de alimentos preparados e entender a relevância disso para o seu negócio”, explicou o diretor de Relacionamento com Pecuarista da JBS, Fabio Dias.

Após o painel os visitantes do evento foram convidados para uma degustação dos alimentos comercializados pela empresa. “Ainda temos na cabeça algumas ideias preconceituosas sobre esse segmento, mas com a degustação as pessoas puderam conferir quão saudáveis e seguros são esses alimentos”, finaliza Dias.

Touro de Ouro

A InterCorte sediou ainda a entrega do prêmio Touro de Ouro, promovido pela Revista AG há 10 anos, prestigiando as empresas mais lembradas do setor pecuário, em 35 segmentos diferente, incluindo duas novas categorias inauguradas em 2018: Aplicativo para Pecuária e Programa de Avaliação Genética.

“São 10 anos de muito empenho e dedicação a essa premiação tão diferenciada. Nossos leitores e assinantes formam uma importante parcela de produtores e pessoas relacionadas com o meio pecuário e as suas preferências são muito importantes para nós. É com grande alegria que fazemos a entrega do prêmio na InterCorte São Paulo. Esperamos manter e fortalecer essa parceria por muito tempo”, declarou o diretor-executivo da Revista AG, Eduardo Hoffmann.

Caminhos do Leite

Pela primeira vez, a InterCorte São Paulo abriu espaço para a pecuária leiteira, em um painel. Denominado “Caminhos do Leite”, o espaço reuniu representantes de diversos elos da cadeia produtiva do leite para debater o cenário atual e os desafios da produção leiteira no país, além de apresentar casos de sucesso.

“Trazer o público do leite para a InterCorte em São Paulo demonstra que precisamos fortalecer ainda mais a cadeia. As apresentações e cases nos mostraram que o setor leiteiro está unido, mas também que precisamos trabalhar muito para o setor e pelo setor. Isso que ficou como responsabilidade para o IZ: trabalhar para fomentar e aumentar o consumo de produtos lácteos”, afirmou a diretora Instituto de Zootecnia, Renata Branco, que moderou o painel.

Em seguida, os participantes foram convidados para uma degustação de mais de 100 variedades de queijos artesanais produzidos no estado de São Paulo, em parceria com a Associação Paulista do Queijo Artesanal (APQA) e com o Caminho do Queijo Artesanal Paulista, além de vinhos de seis vinícolas paulistas.

“Ficamos muito felizes pela oportunidade de apresentar nossos produtos ao público da InterCorte, que ficou bastante impressionado com a qualidade e a diversidade dos queijos produzidos em São Paulo, demonstrando a criatividade do produtor paulista”, salienta o presidente da APQA, Christophe Faraud.
 

Fonte: Ass. de Imprensa

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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