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Predição genômica ajuda a identificar milho mais tolerante ao déficit hídrico

Técnica acelera o processo de melhoramento genético do milho e, consequentemente, aumenta o ganho em produtividade de grãos por unidade de tempo

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Pesquisadores da Embrapa e parceiros já conseguem avaliar se um híbrido de milho poderá ou não ser resistente à escassez de água baseando-se apenas em informações genômicas. Eles empregaram a chamada “predição genômica”, que utiliza métodos genético-estatísticos, para predizer o desempenho de híbridos de milho ainda não avaliados. Isso representa uma grande economia de tempo e dinheiro, pois poupa anos de testes para as avaliações do desempenho em condições de campo. A técnica acelera o processo de melhoramento genético do milho e, consequentemente, aumenta o ganho em produtividade de grãos por unidade de tempo.

Isso é possível a partir de informações genômicas obtidas por meio de marcadores moleculares que refletem as diferenças entre as sequências de DNA dos diferentes híbridos de milho. Essas informações são capazes de subsidiar a predição do desempenho dos materiais para certas características de interesse agronômico, como a tolerância ao déficit hídrico, por exemplo.

Publicado em periódico da Nature

Para o ajuste e a validação dos métodos genético-estatísticos de predição genômica, foram utilizados dados de 308 híbridos simples de milho, avaliados em experimentos com e sem estresse hídrico, durante dois anos e em dois locais do Brasil. Os resultados do trabalho foram relatados no artigo científico Improving accuracies of genomic predictions for drought tolerance in maize by joint modeling of additive and dominance effects in multi-environment trials, publicado neste ano no periódico Heredity, do grupo Nature.

O artigo também foi selecionado para divulgação por meio de uma entrevista no episódio de julho do "Heredity Journal Podcast". “Essa seleção foi um grande reconhecimento da relevância dos resultados do trabalho e da contribuição da pesquisa da Embrapa para a comunidade científica mundial”, comenta a pesquisadora Isabel Regina Prazeres de Souza, supervisora do Núcleo de Biologia Aplicada da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

“Os resultados desse trabalho mostram que a predição genômica é uma ferramenta útil para reduzir gastos com fenotipagem, aumentar a eficiência de seleção e, consequentemente, o ganho genético por unidade de tempo em programas de melhoramento de milho para tolerância ao déficit hídrico”, ressaltou a pesquisadora Maria Marta Pastina, geneticista da Embrapa Milho e Sorgo. Pastina coordenou os trabalhos com o pesquisador Lauro José Moreira Guimarães, melhorista de milho da Embrapa.

“Essa abordagem permite uma maior exploração da variabilidade genética do banco de germoplasma de um programa de melhoramento, ampliando as chances de identificação de combinações híbridas mais promissoras. Outra vantagem dessa técnica é a possibilidade de direcionar cruzamentos para o desenvolvimento de novas linhagens, com maior estabilidade de produção em condições de estresse hídrico”, afirma Pastina.

O estudo foi realizado por uma equipe multidisciplinar composta por cientistas de diferentes linhas de pesquisa da Embrapa; da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP); da Universidade Federal de Lavras (Ufla); da Universidade Federal de Viçosa (UFV); e das instituições norte-americanas School of Forest Resources & Conservation da Universidade da Flórida (SFRC-UF) e JMP Genomics Division, da empresa SAS.

Como funciona a predição genômica?

No melhoramento genético convencional de milho, linhagens e híbridos são extensivamente desenvolvidos e testados em condições de campo, ao longo de vários anos e locais, o que requer grande investimento de tempo e dinheiro. Com a técnica de predição genômica, é possível identificar materiais que possuem em seu DNA genes favoráveis à expressão de certas características, como uma maior produtividade de grãos em condições de estresse hídrico. Assim, com base nessas informações, somente os materiais com maior potencial genético são levados para os testes em condições de campo, o que se reflete em uma grande economia de tempo e de recursos.

Maior estabilidade de produção na safrinha

No Brasil, o milho é cultivado em duas épocas distintas: safra (primeira safra, de agosto a março) e safrinha (segunda safra, de fevereiro a junho). No entanto, o cultivo do milho de segunda safra ocorre após a colheita da cultura de verão, em uma época do ano sujeita a grandes variações na precipitação. Para o setor agropecuário essa é uma questão bastante relevante.

“As mudanças climáticas têm afetado as temperaturas e os padrões de precipitação em todo o mundo, o que interfere diretamente na disponibilidade de recursos hídricos, na produção agrícola e na segurança alimentar. O déficit hídrico é considerado uma das principais causas de perdas na produção agrícola em regiões tropicais”, pondera Pastina.

“Por causa do impacto das mudanças climáticas e da baixa disponibilidade de recursos hídricos, cultivares com maior estabilidade de produção em condições de déficit hídrico serão essenciais para o futuro da agricultura. Atualmente, o desenvolvimento de cultivares com maior tolerância à escassez de água é um dos principais desafios enfrentados pelos melhoristas de milho, já que essa atividade demanda muito tempo, grande disponibilidade de recursos genéticos, financeiros e mão de obra para a realização de experimentos com e sem estresse hídrico, em vários anos e locais”, explica a pesquisadora.

Pastina também chama atenção para a importância da segunda safra na produção de milho no Brasil. “De acordo com levantamento de 2018 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nos últimos 30 anos, a área total plantada com milho na segunda safra aumentou em média 12% ao ano. No ano agrícola 2016/2017, a segunda safra foi responsável por quase 70% da produção total de milho. No entanto, durante essa época de cultivo, as limitações hídricas, por causa das grandes variações na precipitação, podem reduzir drasticamente a produtividade de grãos, destacando a importância do desenvolvimento de híbridos de milho tolerantes ao déficit hídrico”, destaca a cientista da Embrapa.

A pesquisadora ressalta que o principal objetivo desse estudo foi avaliar a acurácia da seleção genômica para a predição do desempenho de híbridos simples de milho ainda não testados em condições com e sem estresse hídrico. “O método genético-estatístico adotado permitiu explorar as correlações genéticas entre ambientes, aumentando o poder preditivo da técnica”, reforça.

Predição da resposta genética

Os resultados da pesquisa mostram que o uso combinado de dados fenotípicos de múltiplos ambientes nos modelos de seleção genômica melhorou a acurácia de predição da resposta genética de um determinado híbrido em condições de déficit hídrico. Segundo Pastina, também foi possível identificar entre todos os híbridos de alto desempenho predito, aqueles com efeitos aditivos estáveis ao longo dos diferentes ambientes.

“Com base nessa informação, é possível selecionar os genitores desses híbridos e intercruzá-los para a obtenção de novas populações de melhoramento, visando o desenvolvimento de linhagens com maior estabilidade produtiva em condições de déficit hídrico. Por outro lado, os híbridos preditos que apresentaram estabilidade para os efeitos genéticos aditivos e de dominância entre ambientes podem ser diretamente indicados como uma nova cultivar para um determinado ambiente-alvo”, relata a pesquisadora.

Vantagens para o milho tropical

Os resultados, baseados em germoplasma de milho tropical cultivado no Brasil, mostram que é possível utilizar a seleção genômica para a predição do desempenho de híbridos simples em múltiplos ambientes, desde que os efeitos da interação entre genótipos e ambientes sejam apropriadamente modelados. “Trata-se de uma ferramenta muito interessante para aumentar a eficiência de seleção, otimizar cruzamentos e acelerar os ganhos genéticos para a tolerância ao déficit hídrico em programas de melhoramento de milho”, afirma a pesquisadora.

“Além disso, o método genético-estatístico de predição genômica utilizado nesse estudo pode ser facilmente estendido para acomodar covariáveis ambientais, úteis para a predição do desempenho de híbridos ainda não testados, em ambientes ainda não avaliados, com base no relacionamento genético entre híbridos e, também, nas correlações entre ambientes. Assim, a estratégia de predição genômica pode ser utilizada diretamente para auxiliar os melhoristas no processo de obtenção de novas linhagens e novos híbridos nos programas de melhoramento de milho para tolerância ao déficit hídrico”, conclui Pastina.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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