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Preços do suíno vivo em outubro teve média mensal superior a de setembro

Demanda aquecida por carne suína no mercado atacadista para a formação de estoques para o fim do ano levou unidades industriais a aumentarem a busca por novos lotes de animais. No entanto, a oferta de suínos com peso ideal para abate esteve reduzida, contexto que elevou os preços nas primeiras semanas do mês.

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Foto: Julio Cavalheiro/Secom

As altas nos preços do suíno vivo no começo de outubro garantiram que a média mensal fechasse acima da registrada em setembro. Isso porque, nas últimas semanas do mês, os valores do animal recuaram em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Ressalta-se, contudo, que, em muitas praças, a média de outubro ainda ficou inferior à do mesmo mês de 2021.

No começo de outubro, a demanda aquecida por carne suína no mercado atacadista para a formação de estoques para o fim do ano levou unidades industriais a aumentarem a busca por novos lotes de animais. No entanto, a oferta de suínos com peso ideal para abate esteve reduzida, contexto que elevou os preços nas primeiras semanas do mês.

Já as desvalorizações nas últimas semanas do mês foram influenciadas pela menor procura da indústria por lotes de animais para abate, devido às fracas vendas de carne no mercado atacadista e também ao feriado do dia 02 de novembro (Dia de Finados), que acarretou um dia a menos de abate na semana.

Desta forma, na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno posto teve média de R$ 7,18/kg em outubro, alta de 3,6% frente à de setembro, mas 0,8% menor que a de outubro de 2021, em termos nominais. Na região de Belo Horizonte (MG), o avanço mensal foi de fortes 7,8%, com o suíno negociado à média de R$ 7,30/kg em outubro, 0,9% abaixo da de outubro de 2021.

No Oeste Catarinense, o suíno vivo se valorizou 5,2% de setembro para outubro, com a média a R$ 6,76/kg no último mês, 0,7% acima da de outubro de 2021, também em termos nominais.

Na região paranaense de Arapoti, o animal foi comercializado à média de R$ 7,09/kg em outubro, elevações de 5,8% no mês e de 2,1% em um ano. No mercado atacadista da carcaça, os preços seguiram a tendência do vivo.

Na Grande São Paulo, a carcaça especial teve média de R$ 10,32/kg em outubro, avanço mensal de 4,8% e anual de 0,6%. Para os cortes suinícolas, na média das regiões do estado de São Paulo, o carré foi cotado no atacado a R$ 11,39/kg em outubro, valorização de 7,1% em relação à média de setembro, mas recuo de 8,3% na comparação anual.

Quanto ao preço da costela, houve avanço de 6,3% no comparativo mensal, indo a R$ 15,57/kg em outubro, mas recuo de 3,2% em um ano.

 

Preços e exportações

As exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, recuaram em outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 97,2 mil toneladas da proteína no último mês, 4,1% a menos que em setembro e 0,5% abaixo do volume escoado em outubro de 2021.

Ainda conforme a Secex, em termos financeiros, a receita obtida com as exportações de carne suína somou R$ 1,23 bilhão em outubro, 2,5% abaixo da arrecadada em setembro, mas ainda 3% superior à de outubro de 2021.

De janeiro a outubro deste ano, 909,8 mil toneladas de carne suína foram exportadas pelo Brasil, volume 4,8% menor que o escoado no mesmo período de 2021. A retração no volume embarcado neste ano está relacionada à menor demanda chinesa. De janeiro a outubro, os envios à China somaram 363,8 mil toneladas, 24,5% abaixo da quantidade do mesmo período de 2021. Em outubro, especificamente, 46 mil toneladas tiveram como destino a China, 2,1% a menos que em setembro.

A redução das compras chinesas se deve ao movimento de recuperação do rebanho daquele país. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de suínos no país asiático passou de 43,5 milhões de cabeças em 2020 para 44,5 milhões de cabeças em 2021, elevação de 2,3% no período. Para 2022, a estimativa do USDA é de que o rebanho cresça 0,8% frente ao ano anterior.

Apesar da redução da demanda chinesa, países como Vietnã e Coréia do Sul intensificaram as compras da carne brasileira de setembro para outubro, em 15,1% e 34,1%, respectivamente, sendo destinos de 6,35 mil e de 1,35 mil toneladas. Vale lembrar que, em junho, a Coréia do Sul sinalizou a retirada das tarifas de importação para 50 mil toneladas, medida que vem beneficiando o setor exportador brasileiro.

Fonte: Secex

 

Relação de troca e insumos

Diante das altas nos preços do animal vivo em todas as praças acompanhadas pelo Cepea nas primeiras semanas de outubro, a média mensal do suíno ficou acima da registrada em setembro. Com isso, o poder de compra do suinocultor avançou frente ao milho, mas diminuiu frente ao farelo de soja, tendo em vista que, em algumas praças, o derivado da oleaginosa se valorizou na mesma proporção ou até mais que o animal.

Na média de outubro, o suíno vivo foi negociado a R$ 7,18/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), alta de 3,6% em relação à média de setembro, mas 0,8% abaixo da de outubro de 2021, em termos nominais. No Oeste Catarinense, o animal foi comercializado a R$ 6,75/kg, em média, em outubro, avanços de 3,4% frente ao mês anterior e de 0,5% na comparação com outubro de 2021.

No mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, a demanda internacional pelo cereal brasileiro esteve aquecida, devido a preocupações com a escalada dos conflitos relacionados à região do Mar Negro e também com a colheita nos Estados Unidos, que segue em ritmo inferior ao registrado na temporada passada.

Diante disso, em outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) fechou com média de R$ 84,48/saca de 60 kg, alta de 0,5% frente a setembro, mas 6,1% inferior à de outubro/21, em termos nominais. No mercado de lotes da região de Chapecó (SC), o cereal foi comercializado a R$ 92,30/saca de 60 kg em

outubro, aumento de 1,7% frente ao mês anterior, mas queda de 0,1% em relação a outubro/21. Quanto ao farelo de soja, ainda conforme a Equipe Grãos/Cepea, a demanda externa pelo produto brasileiro seguiu firme. Problemas logísticos nos Estados Unidos, em decorrência do baixo nível do Rio Mississipi, levaram demandantes internacionais ao Brasil.

Com isso, o derivado foi negociado em Campinas a R$ 2.737,58/t em outubro, avanços de 3,6% na comparação mensal e de expressivos 15,1% na anual, em termos nominais. Em Chapecó, na mesma comparação, o farelo foi negociado à média de R$ 2.698,44/t no último mês, respectivas valorizações de 5,2% e de significativos 22,7%.

Assim, considerando-se o suíno negociado na região SP-5 e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor paulista conseguiu comprar 5,09 quilos de milho com a venda de um quilo de animal em outubro, quantidade 2,9% maior que a de setembro e ainda 5,6% acima da de outubro de 2021. De farelo de soja, o suinocultor pôde adquirir 2,62 quilos, recuo mensal de 0,1% e anual de 13,8%.

Em Chapecó, de setembro para outubro, o suinocultor conseguiu adquirir 4,39 quilos de milho com a venda de um quilo de animal, avanço mensal de 1,7% anual de 0,6%. De farelo de soja, o suinocultor do oeste catarinense pôde comprar 2,5 quilos em outubro, volume 1,8% menor que o de setembro e 18,1% inferior ao de outubro do ano passado.

Carnes concorrentes

Os preços da carne suína registraram forte alta de setembro para outubro, enquanto os da proteína de frango apresentaram ligeira elevação, e os da bovina, queda. Diante disso, em outubro, a competitividade da carne suína caiu em relação a essas duas proteínas substitutas.

Os preços da carne suína negociada no atacado da Grande São Paulo iniciaram outubro com forte incremento, impulsionados pela demanda doméstica aquecida e pela oferta controlada, principalmente de animais com peso ideal para abate.

Diante desse cenário, na média de outubro, a carcaça especial suína foi comercializada no atacado da Grande São Paulo a R$ 10,32/kg, alta de 4,8% frente à de setembro. No caso da carne de frango, apesar do enfraquecimento das vendas no atacado, em especial na segunda quinzena do mês, as cotações ainda registraram leve alta entre setembro e outubro.

Logo, o frango inteiro resfriado foi negociado no atacado da Grande São Paulo a R$ 7,64/kg, avanço de 0,2% em relação à média do mês anterior. Já para a proteína bovina, as fracas vendas domésticas limitaram reações de preços, mesmo com as exportações seguindo em ritmo intenso.

Além disso, a maior oferta de animais para abate, sobretudo de confinamento, também acabaram resultando em pressão sobre os valores da carne. Com isso, no atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada foi comercializada à média de R$ 19,34/kg em outubro, recuo de 1,2% em relação a setembro.

Dessa forma, o preço da carcaça especial suína ficou 2,69 Reais/kg acima do valor do frango inteiro em outubro, significativo aumento de 20,4% frente à diferença registrada em setembro.

Com relação à carcaça casada bovina, a diferença foi de 9,02 Reais/kg, recuo de 7,2% frente à observada em setembro. Vale ressaltar que a proteína suinícola perde competitividade à medida que seu preço médio se distancia do valor do frango e se aproxima do da carne bovina.

Fonte: Ascom Cepea

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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