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Preços do frango reagem no atacado, mas permanecem estáveis na granja
Margens da avicultura devem seguir melhorando.
Com a redução da oferta de carne de frango no mercado interno a partir de agosto, os preços no atacado encontraram espaço para correção, movimento que seguiu em setembro. Entretanto, nas granjas a ave viva ainda segue com preços contidos, o que tem mantido baixo o spread da avicultura, embora levemente positivo desde agosto.
Os preços da ave abatida no atacado paulista voltaram à média de R$ 7/kg em setembro, maior patamar desde março deste ano. Porém, no RS e no PR, essa correção foi mais
tímida, próxima dos 2,5%. Na exportação, os preços médios são superiores aosinternos convertidos em dólares, mas essa diferença caiu para 28% em setembro, vindo de 68% em julho, enquanto a média desde 2010 é de 37%.
Com relação aos volumes exportados, os embarques de setembro somaram 373,3 mil t, queda de 0,4% sobre set/22, porém o preço médio recuou 3,3% frente ao mês anterior,
prejudicando um pouco o spread da exportação. No acumulado jan-set 23/22 o crescimento foi de 7,7%. Os casos de gripe aviária seguem em evolução, com 115 ocorrências até 4/out, sendo 3 em criações de subsistência.
O último em ave de subsistência foi no MS, o que levou ao fechamento do Japão para a carne do estado, sem grande impacto em nível nacional. Porém, chamou atenção a distância deste foco dos demais ocorridos anteriormente, o que sugere ampla circulação do vírus no território nacional. A Câmara dos Deputados aprovou MP com crédito extraordinário de R$ 200 milhões para o enfrentamento da doença, sendo que o texto vai agora para o Senado.
A França começou a vacinar patos contra a gripe aviária, medida que não encontra apoio nos grandes produtores globais, que temem restrições ao comércio por parte dos
importadores. Com isso, os EUA restringiram as importações de aves francesas a partir de 1º de outubro.
Margens da avicultura devem seguir melhorando
Com os custos de produção contidos e correções nos preços da carne ocorrendo no atacado, acreditamos que o viés é de melhora na margem da avicultura para o último
trimestre do ano. Além disso, a aproximação do período festivo de final do ano traz sazonalmente uma melhora da demanda doméstica, ajudando a compensar uma eventual
desaceleração das exportações que geralmente ocorre.
Sob a ótica dos custos de produção, entendemos que o cenário segue favorável no curto prazo, com boa oferta de grãos, sobretudo de milho. Todavia, o cenário do cereal está
sujeito a alterações que podem vir do risco de perdas de produtividade associado ao El Niño na Região Sul. Além disso, a baixa rentabilidade projetada para o milho safrinha
tende a levar a uma redução de tecnologia e mesmo redução de área, o que deve amenizar as previsões de produção da safra 2023/24, criando espaço para ajustes.
Ou seja, sob a ótica dos compradores, é importante ter em mente a possibilidade de preços se recuperando caso as chuvas sejam excessivas na safra de verão, ou, no limite,
mais adiante caso o cenário para a segunda safra não evolua para o produtor.
Embora o período vindouro seja sazonalmente positivo, vale a atenção para o fato de que, neste ano, a competitividade da ave frente ao dianteiro bovino está menor. Em setembro
foram 1,94 kg de carne de frango por quilo de dianteiro, o menor nível em quatro anos.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.
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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.
Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.
Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.
Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.