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Preço da carne bovina pode registrar maior queda desde o início do Plano Real

Saiba como aproveitar e comprar as melhores carnes com preço reduzido 

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Foto: Divulgação/Freepik

O preço da carne bovina, que disparou nos últimos anos, pode registrar a maior queda desde o início do Plano Real. Segundo economistas, a redução pode superar 10% no acumulado do ano, mas ainda não será suficiente para compensar os aumentos anteriores. A queda nos preços se deve a dois fatores principais: o aumento da oferta de animais para abate e a boa safra de grãos, que reduz o custo de produção de outras carnes, como frango e porco.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as carnes em geral tiveram um recuo médio de 9,65% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado do ano até agosto. O filé-mignon lidera as quedas, com -16,95%, seguido pela alcatra (-13,46%) e pelo contrafilé (-11,77%). O frango em pedaços teve redução de 11,69%, enquanto o frango inteiro apresentou queda de 9,79%. A carne de porco caiu 4,65%.

Mas como aproveitar essa oportunidade e fazer boas escolhas na hora de comprar carne? Quais são os cortes mais baratos, nutritivos e saborosos? Como prepará-los de forma saudável e prática? Confira algumas dicas a seguir:

Carnes bovinas

As carnes bovinas são ricas em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B, mas também contêm gordura saturada e colesterol, que devem ser consumidos com moderação. Entre os cortes mais baratos, estão:

  • Fígado: é uma excelente fonte de ferro, vitamina A e ácido fólico. Pode ser preparado grelhado, refogado ou cozido com legumes. Evite consumir mais de uma vez por semana, pois o excesso de vitamina A pode ser prejudicial à saúde.
  • Músculo:  é uma carne magra e macia, ideal para ensopados, sopas, caldos e cozidos. Pode ser combinado com legumes variados, como cenoura, batata, mandioca, abóbora e chuchu.
  • Coxão duro: é uma carne firme e saborosa, que fica ótima em assados, bifes à milanesa ou à rolê. Para deixá-la mais macia, pode-se marinar com vinho, limão ou vinagre antes de cozinhar.
  • Capa de filé: em alguns lugares é uma carne suculenta e marmorizada, que pode ser usada em churrascos, bifes ou picadinhos. Por ter mais gordura, deve ser consumida com moderação e bem passada.
  • Chuleta (bisteca): é uma carne tenra e saborosa, que pode ser preparada grelhada, frita ou assada. Pode ser temperada com sal, pimenta, alho e ervas.

Carnes de frango

As carnes de frango são fontes de proteínas magras, niacina, selênio e fósforo. Possuem menos gordura saturada e colesterol do que as carnes vermelhas. Entre os cortes mais baratos estão:

  • Filé do peito: é a parte mais magra do frango. Pode ser preparado grelhado, assado ou cozido. Pode ser usado em saladas, sanduíches ou recheios.
  • Coxa e sobrecoxa:  são as partes mais suculentas do frango. Podem ser preparadas assadas, fritas ou cozidas. Podem ser temperadas com limão, alho, cebola ou ervas.
  • Frango inteiro: é uma opção econômica para fazer um prato único. Pode ser assado inteiro ou em pedaços. Pode ser recheado com farofa ou legumes.

Carnes suínas

As carnes suínas são fontes de proteínas completas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Possuem mais gordura saturada e colesterol do que as carnes de frango, mas menos do que as carnes bovinas. Entre os cortes mais baratos estão:

  • Lombo: é a parte mais magra do porco. Pode ser preparado assado, grelhado ou cozido. Pode ser temperado com sal, pimenta, alho, mostarda ou mel.
  • Costela: é uma carne saborosa e macia, que pode ser preparada na churrasqueira, no forno ou na panela. Pode ser temperada com sal grosso, vinagre ou molho barbecue.
  • Pernil: é uma carne suculenta e aromática, que pode ser preparada assada, cozida ou desfiada. Pode ser marinada com vinho, cerveja, limão ou laranja.

Dicas para economizar e aproveitar melhor a carne

Além de escolher os cortes mais baratos, existem outras formas de economizar e aproveitar melhor a carne. Veja algumas dicas:

  • Compare os preços: pesquise em diferentes estabelecimentos e aproveite as promoções. Prefira comprar a carne em açougues de confiança ou em mercados que tenham boa procedência e higiene.
  • Planeje as compras: faça uma lista do que vai precisar para a semana ou para o mês e compre apenas o necessário. Evite desperdícios e congele o que não for usar em até dois dias.
  • Varie o cardápio: alterne o consumo de carnes com outras fontes de proteínas, como ovos, leite, queijo, iogurte, feijão, lentilha, grão-de-bico, soja e quinoa. Assim você economiza dinheiro e ganha saúde.
  • Use a criatividade: aproveite as sobras de carne para fazer novos pratos, como tortas, salgadinhos, croquetes, bolinhos ou escondidinhos. Use os ossos e as aparas para fazer caldos ou sopas.
  • Reduza o consumo: a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é consumir no máximo 500 gramas de carne vermelha por semana. Uma porção adequada de carne equivale a um bife médio ou uma coxa de frango. Coma mais frutas, verduras e cereais integrais para equilibrar a alimentação.

Por que montar uma dieta com a presença de carne?

As carnes de boi, de frango e de porco são alimentos que trazem diversos benefícios para a saúde, desde que consumidas com moderação e de forma adequada. Veja algumas das vantagens de incluir essas proteínas animais na sua alimentação:

A carne bovina é uma das principais fontes de ferro heme, que é melhor absorvido pelo organismo do que o ferro de origem vegetal. Esse mineral é essencial para a formação dos glóbulos vermelhos e para o transporte de oxigênio no sangue. Além disso também contém zinco, que ajuda na cicatrização de feridas e na imunidade, e vitaminas do complexo B, que participam do metabolismo energético e da saúde do sistema nervoso. A carne bovina é rica em creatina, um composto que melhora o desempenho físico e aumenta a massa muscular.

Já a carne de frango é uma carne magra, com baixo teor de gordura saturada e colesterol, o que favorece a saúde cardiovascular. A carne de frango também é rica em proteínas de alto valor biológico, que contribuem para a manutenção e o crescimento dos músculos. Outro nutriente importante presente na carne de frango é o selênio, que tem ação antioxidante e protege as células dos danos causados pelos radicais livres. A carne de frango ainda fornece niacina, uma vitamina do complexo B que previne a pelagra, uma doença caracterizada por dermatite, diarreia e demência.

E a carne de porco é uma carne que tem sido cada vez mais consumida pelos brasileiros, pois apresenta um menor teor de gordura do que antigamente. A carne de porco é fonte de vitamina A, que é importante para a visão e para a pele, e de vitamina D, que ajuda na absorção do cálcio e na saúde dos ossos.  A carne de porco também contém potássio, um mineral que regula a pressão arterial e o equilíbrio hídrico do corpo. Outro benefício da carne de porco é o seu alto teor de tiamina, uma vitamina do complexo B que previne o beribéri, uma doença que afeta o sistema nervoso e o coração.

Como escolher carnes para o churrasco

A queda no preço das carnes também abre caminho para uma confraternização importante nos lares brasileiros: o churrasco. Existem diversos cortes bovinos, suínos e até de peixe para deixar esse momento ainda mais especial. Para aqueles que estão em dúvidas sobre os melhores cortes para a realização de um evento desse tipo abaixo você pode conferir alguns dos melhores cortes de carnes para churrasco.

  • Picanha: é a rainha do churrasco, com uma camada de gordura que deixa a carne muito saborosa e macia. Pode ser assada inteira ou em fatias no espeto ou na grelha, com sal grosso ou temperada com alho. O ponto ideal é mal passado ou ao ponto, para não ressecar a carne.
  • Bife ancho: é um corte nobre retirado do contrafilé, com uma boa quantidade de gordura intramuscular que dá um sabor especial à carne. Pode ser assado na grelha ou no espeto, com sal grosso ou outros temperos. O ponto ideal é mal passado ou ao ponto.
  • Chorizo: é outro corte nobre retirado do contrafilé, mais magro que o bife ancho, mas ainda assim muito suculento e macio. Pode ser assado na grelha ou no espeto, com sal grosso ou outros temperos. O ponto ideal é mal passado ou ao ponto.
  • Alcatra: é uma carne versátil, que pode ser dividida em vários cortes, como maminha, picanha e baby beef. Tem pouca gordura e muita maciez, podendo ser assada inteira ou em fatias no espeto ou na grelha, com sal grosso ou outros temperos. O ponto ideal é ao ponto ou bem passado.
  • Fraldinha: é uma carne saborosa e macia, que fica ótima no churrasco. Tem uma camada de gordura que ajuda a manter a suculência da carne. Pode ser assada inteira ou em fatias no espeto ou na grelha, com sal grosso ou outros temperos. O ponto ideal é ao ponto ou bem passado.

Essas são algumas das melhores carnes para churrasco, mas existem muitas outras que você pode experimentar e variar o seu cardápio. O importante é escolher carnes de boa qualidade, temperar com moderação e assar no ponto certo.

O que esperar dos preços da carne para o futuro?

Apesar do alívio para o bolso dos consumidores, os preços ainda não voltaram ao patamar pré-pandemia. Em setembro de 2020, o quilo do filé-mignon custava R$ 54,10 em média nas capitais brasileiras. Em agosto de 2023, o preço médio era de R$ 44,94. Em setembro de 2019, antes da crise sanitária, o valor era de R$ 39,64.

Os preços da carne bovina no Brasil estão sujeitos a variações de acordo com diversos fatores, como a oferta e a demanda, o clima, o câmbio, o mercado internacional e os custos de produção. Por isso, é difícil prever com precisão o comportamento dos preços no futuro, mas é possível analisar algumas tendências baseadas em projeções de especialistas e instituições.

Para o ano de 2024, a perspectiva é de uma alta nos preços da carne bovina, em função da redução da oferta de animais para o abate, resultado do aumento do abate de fêmeas em 2023, que deverá impactar as taxas de natalidade em 2024.

Segundo um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de carne bovina no Brasil pode crescer 8% em 2023, mas deve cair 2% em 2024. Além disso, a demanda interna e externa pela carne bovina brasileira deve se manter aquecida, pressionando os preços para cima.

Portanto, os preços da carne bovina devem apresentar uma tendência de baixa em 2023 e de alta em 2024, mas essas projeções podem mudar conforme as condições do mercado e do clima. O ideal é acompanhar as informações atualizadas sobre o setor e planejar o consumo de acordo com o orçamento.

Fonte: Assessoria

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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