Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Piscicultura

Pesquisa determina parâmetros para diferenciar geneticamente peixes híbridos de puros

Conhecimentos vão auxiliar piscicultores na formação de planteis de alto valor para o mercado

Publicado em

em

Felipe dos Santos Rosa

Estudo inédito da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) comprovou que são necessários, no mínimo, sete marcadores moleculares para diferenciar animais híbridos avançados (resultantes de cruzamentos com outros híbridos ou desses com espécies puras) de peixes nativos. A pesquisa, que reúne conhecimentos de genética e estatística, representa um passo importante para auxiliar produtores de alevinos na formação de plantéis puros, a partir de matrizes com pedigree o que, entre outros fatores, contribui para o fortalecimento da produção dessas espécies, entre elas o tambaqui (Colossoma macropomum). Trabalhos anteriores sobre esse tema vinham utilizando apenas até três marcadores.

O estudo, desenvolvido pelos pesquisadores Alexandre Rodrigues Caetano e Joseane Padilha da Silva, dentro do projeto Rede Genômica Animal da Embrapa, foi publicado na Genetics and Molecular Biology, uma das principais revistas científicas da área. A publicação não só endossa a descoberta realizada, como também reforça aos produtores de alevinos a necessidade de usar testes robustos para evitar problemas na hora da selecionar matrizes para reprodução e reposição do plantel de reprodutores.

Segundo Caetano, a literatura científica mostra que vários híbridos interespecíficos (gerados a partir do cruzamento entre duas espécies distintas) de espécies nativas são férteis e, portanto, podem ser reproduzidos em pisciculturas e potencialmente no ambiente, em casos de escapes, provocando cruzamentos entre si e com reprodutores puros.

Testes para identificação de híbridos interespecíficos de peixes nativos, baseados em dois e até três marcadores moleculares, foram desenvolvidos há mais de dez anos e são eficientes para identificar híbridos F1, ou de primeira geração. “No entanto, nenhum estudo aprofundado havia sido feito para determinar o número mínimo de marcadores-diagnóstico necessários para identificar híbridos com uma ou mais gerações de cruzamento com outros híbridos ou com as espécies puras”, explica o cientista.

Vantagens do Tambaplus para o produtor

• Redução da perda de produção de alevinos em função de acasalamentos consanguíneos de matrizes de tambaqui.

• Diminuição de híbridos interespecíficos indesejados, gerados entre o tambaqui e o pacu (Piaractus mesopotamicus) ou pirapitinga (Piaractus brachypomus).

• Racionalização do uso e comércio de germoplasma (matrizes e formas jovens destinadas à formação de novos reprodutores) com base em análises técnicas validadas.

• Produção de alevinos de qualidade com rastreabilidade.

• Expansão da produção de tambaqui.

Planteis terão menos riscos de cruzamentos indesejáveis 

A descoberta vai nortear o desenvolvimento de novas ferramentas, com números adequados de marcadores-diagnóstico, para a realização de testes acurados. O objetivo é evitar que o setor tenha a sustentabilidade afetada, bem como monitorar as populações selvagens das respectivas espécies usadas no sistema de produção.

Até agora, devido à falta de identificação e acompanhamento do pedigree nos planteis, essas duas possibilidades eram apontadas como um grande problema. Por isso, o método recém-desenvolvido deverá reduzir os riscos de cruzamentos indesejados.

De acordo com Padilha, o estudo publicado pela Genetics and Molecular Biology fornece uma base estatística sólida para calcular o poder de testes diagnósticos, com base em extensivas simulações computacionais, considerando que o tamanho da amostra obtida por metodologias tradicionais pode estar subestimado. Isso ocorre, principalmente, em função da variabilidade presente nessas populações, segundo detalha a pesquisadora. “Os resultados demonstram que testes moleculares para identificação de híbridos interespecíficos com base em números insuficientes de marcadores apresentam altas taxas de erro (falhas) e poderão afetar negativamente o setor produtivo”, observa.

Tambaplus é divisor de águas na piscicultura brasileira

Caetano esclarece que os achados dessa pesquisa já foram aplicados de forma prática para o desenvolvimento do serviço Tambaplus Pureza que, na sua versão 1.0, é capaz de identificar híbridos interespecíficos de tambaqui com até 6% de contaminação de outra espécie.

Lançado em setembro de 2019, o Tambaplus Pureza é oferecido ao setor produtivo pela Embrapa que, com base em testes genômicos a partir de um conjunto de 70 marcadores SNP, possibilita diagnosticar a pureza de reprodutores de tambaqui para a produção de alevinos. Por meio desse painel, é possível identificar as introgressões, isto é, contaminações de até 6% de pacu (Piaractus mesopotamicus) ou pirapitinga (Piaractus brachypomus), espécies nativas com características ou aparências semelhantes, utilizadas frequentemente na produção de híbridos destinados à engorda e ao consumo.

Nas versões Pureza e Parentesco, os testes da marca Tambaplus não têm concorrentes no mercado. Trata-se do único serviço ofertado ao setor produtivo no Brasil para detectar híbridos F1, F2, BC1 e além, e de parentesco de matrizes de tambaqui. Além disso, apresenta taxa de acerto de 99% para híbridos avançados com até três gerações de retrocruzamento (BC3) e 95% até a geração BC4 em relação à pureza. No quesito parentesco, apresenta estimativas com taxa de erro médio de 5%, podendo ser aplicado para identificar relações entre irmãos completos, meio-irmãos e pais e filhos.

Fonte: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Notícias

Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

Publicado em

em

Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
Continue Lendo

Notícias

Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
Continue Lendo

Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
CBNA – Cong. Tec.

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.