Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Pesquisa

Pesquisa da UNILA desenvolve vacina para tilápia como proteção contra doenças bacterianas

O estudo visa diminuir o número de mortes de peixes em tanques de produção e evitar o uso de antibióticos

Publicado em

em

Divulgação

Na mesa do brasileiro, um dos peixes mais consumidos é a tilápia – espécie de água doce que está sendo objeto de estudo de uma pesquisa da UNILA intitulada Desenvolvimento de uma vacina bivalente nacional para a tilapicultura. Os resultados parciais desse estudo apontam para uma diminuição de mortes de peixes que receberam a vacina desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade. Iniciada em 2018 e com previsão de término neste mês de fevereiro, a pesquisa é coordenada por Kelvinson Viana, professor do curso de Biotecnologia da UNILA e pesquisador em Bioengenharia para o desenvolvimento de vacinas.

O estudo conduzido pelo docente envolve o desenvolvimento de uma vacina bivalente inativada, para proteção de duas doenças bacterianas (estreptococose e aeromonose) que acometem o pescado. “A vacina é necessária para reduzir o número de mortes de pescado nos tanques de produção, gerando menos prejuízos aos produtores, além de garantir um pescado sem a presença de antibióticos, ou seja, um produto final de melhor qualidade. Além disso, a vacina consegue fazer com que o pescado ganhe mais biomassa, aumentando os rendimentos do produtor”, explica Kelvinson Viana. A vacina já passou por testes laboratoriais e agora passa por avaliações em testes de larga escala, que estão sendo realizados em tanques de produção no Lago de Itaipu.

Resultados parciais

Os testes em larga escala são feitos em réplicas (4 tanques vacinados e 4 tanques controle), com 1.500 peixes por tanque, ou seja, trata-se de uma produção em alta densidade. Embora os resultados não estejam concluídos, já foi possível notar que, “comparando um grupo com o outro, a incidência de mortes no grupo controle (que não recebeu vacina) é de 69,5%, e no grupo vacinado, é de 30,5%”, aponta Viana. Ele relata, ainda, que só no mês de janeiro houve 7 mortes nos tanques vacinados e 98 mortes nos tanques não vacinados. O coordenador da pesquisa também pontua que cada peixe morto representa uma perda financeira ao produtor, uma vez que os custos de produção envolvem, entre outros, o gasto com a ração. Ao final da pesquisa, portanto, será possível analisar, também, o impacto financeiro da vacinação na tilapicultura.

“A produção de tilápias é uma das mais importantes atividades pesqueiras no Brasil, que é um dos mais importantes produtores no mundo. Acontece que a produção do pescado em larga escala (muitos peixes por metro cúbico) acarreta em mortes por causa do estresse gerado nos animais, com consequente acometimento de infecções bacterianas generalizadas nos tanques. Para reduzir esses impactos, os produtores usam antibióticos, o que é péssimo, porque a prática não elimina e tampouco controla as infecções, além de poder gerar resistência bacteriana aos antibióticos, que são os mesmos usados por humanos”, explica Viana.

Dados da pesquisa Produção Pecuária Municipal, do IBGE, publicados em 2019, apontam que na produção da piscicultura, a espécie tilápia corresponde a 61,1% da quantidade total de peixes produzidos no Brasil. A criação de tilápias está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Ainda segundo os dados do IBGE, o Paraná lidera os números de produção de peixes no País, sendo que, do volume total produzido no estado, 95,2% (120,5 mil toneladas) corresponde à produção de tilápias. Nesse contexto, a produção em larga escala dessa espécie reforça a importância do estudo realizado na UNILA, que está sendo feito em parceria com uma empresa familiar, a Alquimia Pescados, localizada no bairro Vila C Nova, em Foz do Iguaçu.

Transferência de tecnologia

Na fase de testes em larga escala, a vacina é aplicada via injeção, como as demais vacinas já disponíveis no mundo para este segmento produtivo. Segundo Viana, “todas as outras maneiras de vacinar já foram analisadas (vacina na ração ou por banho de imersão), mas não funcionam, somente a injetável, que é mais trabalhosa, mas é eficiente. Em um dia, por exemplo, três pessoas conseguem imunizar em torno de cinco mil cabeças de pescado”, aponta. Os testes da pesquisa finalizam ainda neste mês de fevereiro e, após essa fase, a vacina estará pronta pra ser licenciada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Viana explica que, nas grandes produções de pescado em outros países, a vacinação faz parte da rotina e já é aplicada de forma mecanizada. No Brasil, embora já exista uma vacina no mercado, não são todos os produtores que fazem uso da prática. A vacinação é realizada atualmente por alguns grupos de produtores do Nordeste, de São Paulo e de Goiás, por exemplo. A UNILA iniciou experimentos com a vacina em pequena escala – que é pré-requisito para a vacina avançar nos testes de larga escala –, a partir de uma pesquisa no curso de mestrado em Biociências da Universidade, realizado pela estudante Açucena Rivas.

Hoje, os testes de larga escala ocorrem em parceria com uma startup que foi contemplada no edital Sinapse de Inovação Paraná. A vacina, inclusive, já teve o depósito de patente requerido pela Universidade e pode ser um dos primeiros produtos de que a UNILA fará contrato de transferência de tecnologia. O estudo, coordenado pelo docente Kelvinson Viana, tem a participação, além da ex-aluna do mestrado em Biociências Açucena Rivas, dos estudantes de graduação da UNILA Angelo Vidal dos Santos, do curso de Biotecnologia, e Adrieli de Souza, do curso de Ciências Biológicas. A pesquisa tem o financiamento da UNILA, da Fundação Araucária e do Programa Sinapse de Inovação.

Fonte: Assessoria

Notícias

Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
Continue Lendo

Notícias

Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

Publicado em

em

Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
Continue Lendo

Notícias

Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

Publicado em

em

Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
Continue Lendo
ABMRA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.