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Avicultura

Participação maciça e debates de alto nível posiciona Conbrasul Ovos como um dos principais eventos do setor

Com 360 participantes, a edição 2023 consolidou o evento entre os mais importantes da avicultura de postura do Brasil.

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Foto: Rafael Cavalli

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos (Conbrasul) realizada a cada dois anos no Rio Grande do Sul tem trazido grandes benefícios para o setor de postura, evidenciando a relevância da cadeia no cenário nacional. A cada edição, o evento reafirma sua importância na produção de ovos no país. Sua programação com palestras e debates de alto nível, junto com a presença de um público altamente qualificado, proporcionaram aos conferencistas da 4ª edição uma oportunidade única para networking, destacando-se como um dos pontos centrais do encontro.

Presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e organizador do evento, José Eduardo dos Santos – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Com 360 participantes, a edição 2023 consolidou o evento entre os mais importantes da avicultura de postura do Brasil. Realizado de 18 a 20 de junho, no Wish Serrano Resort & Convention, em Gramado, na serra gaúcha, a conferência abordou não apenas o futuro da avicultura, mas também analisou o passado para projetar cenários futuros. Todos os debates foram realizados com salas lotadas, ressaltou o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e organizador do evento, José Eduardo dos Santos. “Esta edição superou todas as nossas expectativas. Tivemos pela primeira vez o painel técnico Conbrasil Tec Ovos, que surpreendeu pela alta adesão do público”, disse, animado. “O evento abordou temas relevantes do setor, reuniu líderes nacionais e internacionais, que expressaram interesse em participar das próximas edições. Além disso, novos patrocinadores também manifestaram interesse em se juntar ao evento, o que é um reconhecimento do trabalho realizado e comprova a importância de reunir o setor para discutir suas demandas e valorizar cada momento, visando o contínuo crescimento da cadeia avícola de postura do Brasil”, completou.

Influenza

No entanto, esse sucesso não foi alcançado sem enfrentar desafios. A ocorrência da Influenza aviária na América do Sul, logo no início do ano, e posteriormente em aves silvestres migratórias no Brasil, gerou preocupação no setor, que mais uma vez demonstrou resiliência, união e maturidade para lidar com a situação. “Trabalhamos de forma coordenada e colaborativa, todos nós da cadeia produtiva, com o Ministério da Agricultura e Pecuária e secretarias estaduais de agricultura, fortalecemos a nossa biosseguridade e mostramos agilidade de resposta e eficiência. Por isso, seguimos livres desta enfermidade (em planteis comerciais)”, sinalizou o executivo.

O ovo e o mundo

Diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua

O diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, elogiou a qualidade do evento, enfatizando que a Conbrasul é uma conferência de alto padrão, refletindo a excelência da avicultura brasileira. “A programação foi cuidadosamente adaptada às necessidades atuais do setor, ressaltando a importância de compreender as crescentes demandas dos consumidores modernos, ao mesmo tempo em que se reconhece a existência de um bilhão de pessoas no mundo sofrendo com a fome. Nesse contexto, o ovo é reconhecido como um alimento estratégico por ser uma fonte de proteína saudável e acessível. A participação no evento proporcionou um momento valioso para o estabelecimento de contatos com pessoas estratégicas”, evidenciou.

Setor organizado

Presidente do Instituto Ovos Brasil (IOB), Edival Veras,

Para o presidente do Instituto Ovos Brasil (IOB), Edival Veras, a Conbrasul desempenhou um papel fundamental não apenas ao facilitar o compartilhamento de informações relevantes para o mercado, mas também ao fortalecer ainda mais a união na cadeia produtiva. De acordo com ele, a presença das lideranças resultou em uma maior coesão, permitindo um planejamento mais eficiente para o setor. “É essencial que a produção de alimentos seja realizada de forma responsável, evitando tanto o excesso quanto a escassez. Neste evento, tivemos a oportunidade de continuar nosso processo de profissionalização e assumir responsabilidades, comprometendo-nos a um crescimento organizado”, enfatizou.

A 4ª Conbrasul Ovos proporcionou momentos de confraternização, mas também de aprendizado e troca de informações entre profissionais de diversas áreas e regiões do país e do exterior, todos buscando a valorização do setor avícola e dos alimentos que são produzidos.

Santos ainda expressou seu agradecimento à equipe de trabalho, às empresas apoiadoras e patrocinadoras, às instituições parceiras e à mídia especializada, bem como aos órgãos do governo que contribuíram para o sucesso do evento.

Edição 2025

Segundo Santos, a próxima edição do evento deverá ser ainda melhor, revelando que será realizada no mesmo local, em Gramado, no mês de junho de 2025. “Vamos continuar trabalhando para proporcionar este momento de união e conscientização dos desafios, das oportunidades e tendências do nosso setor”, elencou.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Avicultura

Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Avicultura

Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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