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Bovinos / Grãos / Máquinas

Paraná colhe a maior safra de grãos da história

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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) divulgou na sexta-feira (18) o último relatório de safra de 2015 feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), confirmando a previsão de colheita recorde no Paraná. O volume referente ao período 2014/2015 é de 38 milhões de toneladas de grãos. A colheita está quase encerrada e o resultado indica aumento de 6% sobre a safra anterior (2013/14).
Para o Deral, a safra é considerada boa. Contudo, a produção poderia ter sido maior não fosse o excesso de chuvas, que causou prejuízos aos cereais de inverno, como trigo e cevada. Na avaliação do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o resultado foi positivo e contribuiu para o bom desempenho registrado pelo agronegócio paranaense neste ano. 
No entanto, é importante destacar que o resultado só foi alcançado com a adoção de treinamento constante de produtores e técnicos para a boa aplicação da tecnologia existente. “Esse trabalho vem sendo feito no Paraná”, destacou Ortigara, considerando que os produtores paranaenses estão conscientes de que a adoção das recomendações da pesquisa e assistência técnica resultam em bom produto final e diminuem riscos de perdas.

Trigo e cevada 

O Deral apontou prejuízos econômicos para as safras de trigo e cevada, em decorrência do excesso de chuvas no final de 2015. De acordo com o engenheiro agrônomo do Carlos Hugo Godinho, o trigo tinha um potencial produtivo inicial de quatro milhões de toneladas e a colheita resultou em volume de 3,3 milhões toneladas, uma redução de 17% em relação às estimativas iniciais. 
Por outro lado, o especialista avalia que parte das perdas em volume e qualidade estão sendo compensadas, pois a comercialização do trigo neste ano está mais favorável aos produtores. Cerca de 67% da produção paranaense, que equivale a 2,2 milhões de toneladas, está com P.H. (índice de qualidade) 78, considerado bom. Isso pode render um preço melhor, em torno de R$ 38 a saca conforme as indústrias pagam para o trigo de qualidade. 
Para 25% da produção de trigo, estima-se um P.H. 76, mais baixo e avaliado à medida que é comercializado com as indústrias de massas. E cerca de 8% da safra é classificada como triguilho, destinado à ração animal.
Já a safra de cevada tinha um potencial de produção de 199 mil toneladas, mas resultou em volume colhido de 131 mil toneladas, 34% inferior à estimativa inicial.  As duas culturas de inverno foram afetadas por uma estiagem que ocorreu em meados de setembro, na sequência pela incidência de ventos gelados e, na reta final do ciclo, pelo excesso de chuvas na colheita.
Verão
Para a safra de verão 2015/16, que está em campo, a previsão do Deral é de uma produção de 22,2 milhões de toneladas de grãos, praticamente estabilizada em relação ao que foi colhido na safra anterior. A previsão não leva em consideração possíveis prejuízos decorrentes das chuvas e do excesso de umidade que estão predominando no campo.
Prejuízos poderão ser melhor avaliados somente na colheita, a partir de janeiro de 2016. 
Para o diretor do Deral, Francisco Simioni, é preciso ter cautela e observar o comportamento do clima até a colheita. 
O feijão, que é mais vulnerável, já apresenta problemas. Mas sem alardes até aqui. As chuvas de novembro atrapalharam o final da colheita de cereais de inverno na região Centro-Sul, mas não impediram o plantio das culturas de verão dentro do zoneamento agrícola recomendado pela pesquisa. “Alertamos as equipes de campo para intensificarem o monitoramento das áreas cultivadas semanalmente. A orientação é avaliar o comportamento do clima, a evolução dos tratos culturais e as condições das lavouras para poder analisar com segurança danos que possam alterar o potencial produtivo”, finalizou Simioni.

Soja e milho

A safra de soja 2015/16 está quase toda plantada, ocupa uma área de 5,3 milhões de hectares e a previsão de produção aponta pra um volume recorde de 18 milhões de toneladas. Segundo o economista Marcelo Garrido, do Deral, o excesso de chuvas pode afetar o potencial produtivo, mas ainda é muito cedo para fazer essa avaliação, porque poderá haver recuperação de lavouras. “Avaliação de prejuízos são confiáveis apenas do período de colheita”, explicou.
Cerca de 33% da safra está vendida e o preço da soja pago ao produtor está ainda melhor que no ano passado. Este ano está recebendo R$ 65,47 a saca, valor 12% acima ao praticado em dezembro do ano passado quando a saca de soja foi comercializada, em média, por R$ 58,27 a saca.
O milho da primeira safra ocupa uma área de 429 mil hectares, cerca de 21% a menos que no ano passado, quando foram ocupados 542 mil hectares com a cultura. A previsão de produção aponta para um volume de 3,7 milhões de toneladas, também 21% menor que no mesmo período do ano passado, quando rendeu 4,6 milhões de toneladas. 
O desempenho da lavoura está semelhante ao da soja, vulnerável ao excesso de chuvas. Conforme acompanhamento do Deral, 89% das lavouras estão com bom desempenho, 10% com médio desempenho e 1%, ruim. Pode ser que esse quadro seja alterado se houver excesso de chuvas na colheita. Mas prejuízos são avaliados somente no período da colheita. “Isso porque muitas lavouras podem se recuperar se forem feitos os controles de doenças. Além disso, o milho é mais sensível a perdas quando há falta de chuvas e não quando há excesso”, explicou Garrido.
O Deral divulgou também a estimativa para a segunda safra de milho, que começa a ser plantada em meados de janeiro, quando a primeira safra de grãos entra em fase de colheita. A área ocupada cresce de 1,9 milhão de hectares, no ano passado, para 2,02 milhões de hectares, aumento de 5%. A produção cresce 3%, passando de 11,3 milhões de toneladas no ano passado para 11,7 milhões de toneladas que podem ser colhidas este ano. 
Feijão  
O feijão é a cultura mais sensível ao excesso de chuvas. “Mas assim como o milho, o feijão sofre mais com a falta de água que com o excesso”, avaliou o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador. Segundo ele, 67% da área plantada (180.474 hectares) está com bom desempenho, 24% em condições medianas e 9% com áreas ruins.

A primeira safra de feijão (feijão das águas) já está com 7% da área plantada, colhida e o Deral estima redução de 10 mil toneladas na colheita. O potencial de produção, que apontava para um volume de 335 mil toneladas, foi reduzido para 325 mil toneladas.
Como o Paraná é responsável pela produção de 40% da safra nacional, a redução no potencial de produção já impactou o mercado, proporcionado bons preços de comercialização ao produtor. “Quem planta com mais tecnologia será beneficiado com rendimento maior e preço melhor”, disse o técnico.
O feijão de cor teve valorização de 51%, passou de R$ 106 a saca em dezembro de 2014 para R$ 160 neste ano. O feijão preto teve valorização de 9%, passou de R$ 99 para R$ 108 a saca no mesmo período.
Também foi divulgada a primeira estimativa para o feijão de segunda safra, que começará a ser plantada em meados de janeiro de 2016. A área plantada estimada é de 200 mil hectares, com uma produção de 388 mil toneladas. A área é 4% inferior ao mesmo período do ano passado, mas a estimativa de produção é 2% maior.

Fonte: AEN-PR

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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba (MG)

Casa do Girolando será inaugurada durante 89ª ExpoZebu

A raça Girolando terá agenda cheia na feira, incluindo lançamento do Ranking Rebanho, encontro com comitivas internacionais, julgamento e assembleia geral.

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Foto: Divulgação/Girolando

Tudo pronto para mais uma participação da raça Girolando na ExpoZebu (Exposição Internacional de Raças Zebuínas), que acontece entre sábado (27) e 05 de maio, em Uberaba (MG). A partir deste ano, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando passa a contar com um espaço fixo dentro do Parque Fernando Costa, a “Casa do Girolando”, onde recepcionará os visitantes ao longo de todo o evento.

A inauguração da Casa do Girolando será na próxima segunda-feira (29), a partir das 18 horas. “O parque é palco de importantes exposições ao longo de todo o ano, como a ExpoZebu e a Expoleite, que contam com a presença da raça Girolando. E agora poderemos atender a todos na Casa do Girolando, levando mais informação sobre a raça para os visitantes”, assegura o presidente da entidade, Domício Arruda.

Durante o evento, também acontecerá o lançamento do Ranking Rebanho 2023, que traz os melhores criadores que melhor desempenham o trabalho de seleção, produção e sanidade dentro de seus rebanhos. “O Ranking Rebanho é uma referência para os criadores de Girolando que buscam melhorar seus indicadores e, como consequência, elevar a rentabilidade de seus negócios”, diz o coordenador Técnico do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira Júnior. Outro evento marcado para o dia 29 de abril, a partir das 13h, é a Assembleia Geral Ordinária, para prestação de contas.

A associação ainda receberá comitivas internacionais durante a 89ª ExpoZebu. Estão agendados encontros com grupos da Índia e do Equador, quando serão apresentados os avanços da raça Girolando, que é uma das que mais exporta sêmen no Brasil.

Competições

A raça Girolando competirá em julgamento nos dias 29 e 30 de abril, pela manhã e tarde, sob o comando do jurado Celso Menezes. Participarão 120 animais de 17 expositores.

Fonte: Assessoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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Embrapa propõe políticas para reaproveitamento de pastagens degradadas

Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção. de energia.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares (ha) de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção de energia. O volume de hectares equivale ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul.

O cerrado é o bioma com o maior número de áreas em degradação. Os estados com as  maiores áreas são o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Para ter uma ideia das possibilidades de reaproveitamento, se toda essas áreas fossem usadas para o cultivo de grãos (arros, feijão, milho, trigo, soja e algodão) haveria uma aumento de 35% a área total plantada no Brasil (comparação com a safra 2002/2023).

A extensão do problema e as diferentes possibilidades de reaproveitamento econômico dessas áreas fizeram o governo federal a criar no final do ano passado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (Decreto nº 11.815/2023).

Para implantar o programa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, publicou em um livro mais de 30 sugestões de políticas públicas, que o país tem experiência e tecnologia desenvolvida para implantação.

Planejamento 
Apesar da expertise acumulada, a efetivação é um desafio. Cada área a ser recuperada exige estudo local. O planejamento das ações “deve levar em consideração informações sobre o ambiente biofísico, a infraestrutura, o meio ambiente e questões socioeconômicas. Além disso, é preciso avaliar o histórico de evolução pecuária no local e entender quais fatores condicionam a adoção dos sistemas vigentes”, descreve o livro publicado pela estatal.

A partir do planejamento, é necessário criar condições para o reaproveitamento das áreas: crédito, capacitação dos produtores e assistência. “É preciso integrar políticas públicas, fazer com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito, ampliar o serviço de educação no campo, e dar assistência técnica e extensão rural para a estruturação de projetos e para haja um trabalho contínuo e não uma coisa pontual”, assinala o engenheiro agrônomo Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa.

Nesta sexta-feira (26), a empresa faz 51 anos de funcionamento. A cerimônia de comemoração, nesta quinta-feira (25), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um exemplar do livro foi entregue à comitiva presidencial.

No total, as áreas de pastagem ocupam 160 milhões de hectares, sendo aproximadamente 50 milhões de hectares formados por pasto natural e o restante pasto plantado. A área de produção de grãos totaliza 78,5 milhões de hectares, e as florestas plantadas para uso econômico ocupam uma área aproximada de 10 milhões de hectares.

De acordo com o IBGE, a atividade agropecuária ocupa mais de 15 milhões de pessoas no Brasil. Um terço desses empregos são na pecuária bovina (4,7 milhões). O país é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador (11 milhões de toneladas).

Fonte: Agência Brasil
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Rentabilidade ao produtor de leite melhora impulsionada pela redução dos custos de produção e pela sazonalidade da oferta

Mercado de leite enfrenta um cenário desafiador, marcado por incertezas, queda na oferta interna e nos preços ao consumidor.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado nacional e global de leite ainda segue sob grandes incertezas. Na área internacional, os preços perderam um pouco o ritmo de elevação, influenciado principalmente, por uma menor demanda chinesa. Além disso, o gigante asiático vem estimulando a produção interna substituindo parte da importação.

O leite em pó integral fechou em US$3.269/tonelada no leilão GDT do dia 16 de abril. No mesmo mês em 2023 este preço estava no patamar de US$ 3.100/tonelada. Na Argentina, a oferta de leite segue complicada por uma piora na rentabilidade nas fazendas. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de leite da Argentina caiu 13,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foto: Ari Dias

Já no mercado interno, as cotações de leite e derivados vêm reagindo, mas o cenário de menor competitividade em preços e queda de braço com as importações permanece. No primeiro trimestre de 2024, as importações brasileiras totalizaram 560 milhões de litros, com alta de 10,8% em relação a 2023. O diferencial de preços, tanto do leite em pó quanto do queijo muçarela, está mais favorável ao derivado importado.

Enquanto isso, governos estaduais tem se manifestado com medidas tributárias e fiscais para tentar reduzir a entrada de derivados lácteos oriundos do exterior. Vale lembrar que em 2023 as importações responderam por 9% da produção doméstica e um recuo nesse volume tende a deixar a oferta mais restrita, sustentando os preços internos. Mas também irá exigir uma resposta mais rápida da produção interna, suprindo a demanda brasileira.

Sazonalidade da produção de leite

A sazonalidade da produção de leite no Brasil é bastante pronunciada, mesmo considerando o crescimento dos sistemas de produção de maior adoção de tecnologias. Os meses de abril, maio e junho são aqueles de menor produção de leite e isso acaba refletindo nos preços neste momento. Os mercados de leite UHT e queijo muçarela tem registrado valorizações, ainda que modestas.

O preço ao produtor também vem registrando elevação, pelo quarto mês consecutivo.

Do ponto de vista macroeconômico, os indicadores de crescimento do PIB vêm melhorando, com perspectivas de expansão próxima de 2% em 2024. No comércio, as vendas dos supermercados seguem positivas, com expansão de 4,7% nos últimos 12 meses, enquanto a média do comércio em geral mostrou elevação de apenas 1,7%. Os indicadores do mercado de trabalho têm registrado crescimento importante. Em janeiro o salário real médio do brasileiro cresceu 4% sobre janeiro de 2023. O número de pessoas ocupadas também aumentou.

Foto: Fernando Dias

O preço dos lácteos ao consumidor, por outro lado, recuaram 2,8% nos últimos doze meses. No caso do UHT, a queda foi de 5,6%, o que acaba ajudando nas vendas. Neste mesmo período a inflação brasileira foi de 3,9%. Ou seja, os lácteos vêm contribuindo para redução da inflação brasileira neste momento.

Custo de produção

Na atividade de produção de leite, as informações de custo de produção têm mostrado um cenário mais positivo. Os preços de importantes insumos recuaram, contribuindo com queda no ICPLeite-Embrapa que, nos últimos 12 meses finalizados em março de 2024, apresentou recuo de 5,58%.

O farelo de soja recuou de 23% em relação a abril de 2023, ficando abaixo de R$2 mil/tonelada. No caso do milho, a queda foi também importante, com o cereal recuando 18,5% na comparação anual. Portanto, a combinação de recuo nos custos de produção com elevação no preço do leite vai sinalizando um ambiente de recuperação de rentabilidade para o produtor de leite, após um cenário difícil observado no segundo semestre de 2023.

Cadeia produtiva do leite

De todo modo, é importante avançar em uma agenda de competitividade da cadeia produtiva do leite, sobretudo com foco em melhorias na eficiência média das fazendas e na gestão. Tem sido observado uma heterogeneidade muito grande nos custos de produção de leite, em alguns casos com diferenças de até R$ 0,80 por litro. A importação traz perdas econômicas relevantes para o setor lácteo no Brasil, mas buscar cotações mais alinhadas ao cenário global é uma forma de reduzir estruturalmente as compras externas. Para isso a competitividade em custos é determinante. O momento ainda é de bastante incerteza, inclusive global. Internamente, a entressafra pode dar um fôlego para a alta recente dos preços de leite.

Fonte: Assessoria Centro de Inteligência do Leite
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