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Países árabes podem suprir parte da demanda por fertilizantes no Brasil

Com baixa de fertilizantes da Rússia e Bielorrússia, os países árabes podem ser alternativa em alguns produtos, como os nitrogenados e fosfatados. O bloco, no entanto, não é produtor expressivo de potássio.

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André Kazé

O avanço no conflito entre Rússia e Ucrânia teve desdobramentos na comercialização internacional de produtos como fertilizantes, dos quais os russos são importantes fornecedores. O setor é um nos quais o Brasil tem grande dependência de compras externas, já que cerca de 80% dos fertilizantes usados no país são importados.

Os fertilizantes são importantes insumos para a adubação no setor agrícola, tendo diferentes compostos e funções. No caso russo, segundo a Scot Consultoria, o país foi o principal fornecedor de cloreto de potássio para o Brasil e um dos maiores fornecedores de fertilizantes nitrogenados e fosfatados em 2021.

Além dos produtos russos, que não devem chegar mais ao Brasil, outro problema é o bloqueio imposto pela Lituânia, por onde passam os embarques da Bielorrússia, outra importante fonte de potássio para a agricultura brasileira.

Fertilizantes dos árabes

A Rússia também exporta produtos como nitrato de amônia e fosfatados, mas essas fontes de fertilização podem ser supridas por outros países. “Em fosfatos acredito que conseguimos uma compensação com maior facilidade para não ter dependência da Rússia. Mas o cloreto de potássio é o quadro mais complicado, porque Rússia e Bielorrússia responderam por quase 70% do que importamos no ano passado”, afirmou o consultor independente José Francisco da Cunha.

Países árabes podem se colocar como uma alternativa para alguns produtos dos quais já são importantes fornecedores, como fósforo, nitrogenados e ureia. – Foto: Carlos Dias

Para o consultor, os países árabes podem se colocar como uma alternativa para alguns produtos dos quais já são importantes fornecedores, como fósforo, nitrogenados e ureia.  Eles não são, no entanto, produtores expressivos de potássio. “Os árabes não devem fazer muito com relação ao potássio porque não são produtores. Agora, o que pode mudar o rumo para eles são os nitrogenados e fosfatados. Poderia haver aumento de compra de países como a Arábia Saudita, para compensar o que não vai ser importado da Rússia”, disse ele.

Outro país importante nesse comércio é o Marrocos, que segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), possui cerca de 70% das reservas mundiais conhecidas de fósforo. No país do Norte da África, a empresa OCP detém o monopólio do nutriente e é a maior fornecedora de fósforo para o Brasil, atendendo cerca de 40% das importações nacionais.

Cunha lembra que os marroquinos são fortes principalmente no chamado MAP, o fosfato monoamônico. “Além disso, o Marrocos também exporta fosfato natural para abastecer, inclusive, com a matéria-prima algumas empresas que industrializam o produto no Brasil” explicou ele.

Os sauditas também são fortes vendedores de nitrogenados, enquanto o Catar produz enxofre e ureia. No bloco árabe, há ainda países exportadores de fertilizantes como o Egito, a Jordânia e a Tunísia. A Jordânia tem produção de potássio.

Preço e abastecimento

Nesse início de ano, o Brasil passa pela safrinha, quando é feito o plantio de culturas de ciclo curto, como o milho, para aproveitar o período que seria de entressafra. Esse costuma ser um período de menor demanda por fertilizantes, que devem passar a ser mais visados a partir de outubro.

Recentemente a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, afirmou que o Brasil tem fertilizantes suficientes para o plantio até outubro. “A safrinha de milho já está acontecendo, então o que precisava de fertilizantes já está garantido. A safra de verão, que será no final de setembro, outubro, é uma preocupação, mas também temos do setor privado a confirmação de que há um estoque de passagem suficiente para chegar até outubro”, frisou.

Os preços dos fertilizantes já vinham em alta no Brasil. Segundo análise da Scot Consultoria, os valores praticamente dobraram em 2021, elevando o custo de produção, principalmente para a safra 2022/2023.

Para o consultor independente José Francisco da Cunha, o momento é dos produtores rurais ‘apertarem os cintos’. “Como consultor, eu sempre digo que é um momento para ter calma. É possível ter alternativas e otimizar o uso dos fertilizantes. [Sobre a oferta] Tem que ver como vai ser o equilíbrio mundial disso, porque assim como nós não vamos ter o fornecimento da Rússia, outros países também não vão ter”, lembrou Cunha.

O Brasil é o quarto importador mundial de fertilizantes. Apesar da demanda expressiva do produto em solo nacional, a indústria brasileira de fertilizantes não seguiu o ritmo de crescimento.

Com produção já pequena, muitas plantas vêm sendo descontinuadas, como a Araucária Nitrogenados, uma das plantas que a Petrobras tinha para produção de fertilizantes e que foi fechada. A unidade de fertilizantes nitrogenados da Petrobras (UFN 3), em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, foi comprada pelo grupo russo Acron no ano passado. A venda foi anunciada, na época, pelo próprio Ministério da Agricultura brasileiro.

Fonte: Assessoria

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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