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Os princípios halal alinhados com as práticas ESG

Semelhanças entre as boas práticas ambientais, sociais e de governança foram tema no Global Halal Business Forum nesta segunda-feira (23). Ambos valorizam a sustentabilidade.

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Foto: Guilherme Marciano/Anba

As similaridades entre os preceitos aplicados em produtos e serviços halal e o ESG – sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa – foram tema da segunda edição do Global Halal Brazil Business Forum. A produção halal busca minimizar o impacto ecológico, adotando práticas sustentáveis, como a redução do uso de água e energia, a minimização de resíduos e o uso de embalagens ecológicas, como preconiza o ESG.

Da mesma forma, a responsabilidade social e as práticas éticas são valores importantes para o halal, com modelos de governança nos quais exista tratamento justo dos trabalhadores, cumprimento das normas trabalhistas, a igualdade de gênero e o bem-estar em toda a cadeia de fornecimento.

 CEO da H2R Insights & Trends, Rubens Hannun: “É o Brasil, como maior produtor de halal do mundo, tem tudo para estar na dianteira desse movimento” – Fotos: Guilherme Marciano/Anba

Essas similaridades foram debatidas no painel “As práticas ESG alinhadas com os valores halal”, moderado por Rubens Hannun, CEO da H2R Insights & Trends, para quem os princípios utilizados há muito tempo pelo halal têm enorme sinergia com os conceitos de ESG, que vêm sendo discutidos há bem menos tempo. “O halal faz ESG desde o seu nascedouro”, definiu Hannun, ampliando: “É o Brasil, como maior produtor de halal do mundo, tem tudo para estar na dianteira desse movimento”.

Para Sula Alves, diretora técnica da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), há uma relação clara e indissociável do halal com ESG. Em sua opinião, ambos valorizam a sustentabilidade, que se baseia no desenvolvimento local momentâneo sem prejudicar o desenvolvimento futuro. “Sustentabilidade é a motivação de uma empresa, uma organização, um país, ao passo que o ESG pode ser considerado o resultado reportado”.

Ela lembrou que, embora a sustentabilidade tenha nascido no âmbito de discussão de meio ambiente, a questão ambiental é apenas um de seus pilares, que envolve ainda em seu tripé aspectos sociais e econômicos. “Não há como falar em sustentabilidade enquanto não se tem desenvolvimento económico e social”, complementou.

Sula afirmou que o Brasil é um dos maiores players mundiais de proteína animal em função especialmente da sua disponibilidade de atender diferentes mercados. “Além de ser o maior produtor de carne de frango do mundo, somos o maior exportador de uma proteína que não tem limitações de ordem religiosa, cultural e nutricional e mostra-se perfeita para saciar a necessidade de alimentação do mundo”, expôs.

Diretora técnica da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA),Sula Alves: “Além de ser o maior produtor de carne de frango do mundo, somos o maior exportador de uma proteína que não tem limitações de ordem religiosa, cultural e nutricional e mostra-se perfeita para saciar a necessidade de alimentação do mundo”

Sula explicou que muitos requisitos halal são baseados em ciência e encontram respaldo para um padrão de qualidade que não se restringe aos mercados islâmicos. E uma vez que uma empresa está apta a fornecer um produto halal, ela se encontra mais sólida para se manter no mercado.

Para a diretora técnica da ABPA, o alimento halal acaba trazendo para as diversas populações e para a cultura brasileira um envolvimento social muito grande, de valorização da mão de obra, da presença e da coexistência de diferentes culturas, da tolerância, do respeito às diferenças por meio do alimento.

Outro aspecto destacado por Sula é de que o Brasil, diferentemente do que muitas vezes se apregoa, tem uma das legislações ambientais mais restritivas do mundo e tem ações de preservação mais eficazes que as de muitos países notabilizados por sua produção alimentar. “Nossa produção avícola está totalmente fora do bioma amazônico”, enfatizou.

Panorama do setor

Fernando Sampaio, diretor de sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), deu um panorama do setor. O Brasil tem 202,78 milhões de cabeças de gado, abate 42,31 milhões de cabeças por ano, convertidas em 10,79 milhões de toneladas de carne bovina produzidas, das quais 7,78 milhões de toneladas ficam no mercado interno e 3,02 milhões de toneladas são exportadas.

Diretor de sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio: “Nossa demanda foi crescendo, principalmente para países emergentes, porque é onde há crescimento populacional e de renda”

São números que fazem a pecuária brasileira ter o maior rebanho comercial do mundo. A Abiec representa 80% dos abates e 98% de tudo o que é exportado, principalmente para a Europa e, mais recentemente, para a Rússia, países do oriente Médio e a China. “Nossa demanda foi crescendo, principalmente para países emergentes, porque é onde há crescimento populacional e de renda”, exaltou.

Segundo Sampaio, esse crescimento da demanda externa deixa no ar a questão se, de fato, o Brasil será capaz de atendê-la de forma sustentável. As exportações de carne halal estão entre as que mais se expandem, inclusive para a China, destinada à população islâmica daquele país asiático.

O diretor de sustentabilidade da Abiec explicou que a entidade nasceu com a função de fomentar exportação. E o acesso a novos mercados implica apresentar garantias sanitárias. Nos últimos anos, acrescentou-se a essa exigência a comprovação de que os bois não são criados em áreas desmatadas, como ocorre na União Europeia, com tendência a ser pré-requisito em qualquer acordo comercial nos demais continentes.

Uma saída, disse o executivo, é expandir as práticas halal entre os produtores brasileiros de carne bovina para comprovar. Mesmo aos importadores não islâmicos, que é feita sem agressões ao meio ambiente e com respeito aos empregados e com segurança no trabalho.

Sampaio contou que a pecuária brasileira vem aumentando sua eficiência e reduzindo o impacto que causa ao ambiente, utilizando áreas menores para a criação, com novas tecnologias e boas práticas sendo incorporadas na produção. Mas, ao mesmo tempo, ainda tem um desafio de frear o desmatamento em regiões onde o boi é usado para ocupar terras públicas, sobretudo na Amazônia.

Também é possível melhorar a produtividade de produtores que ainda não se modernizaram tecnologicamente, o que representa uma oportunidade para reformar a pastagem desses pequenos pecuaristas, prestando-lhes assistência técnica, de modo que consigam aumentar a produção sem ocupar áreas maiores nem desmatar e com sistemas de rastreabilidade que dê também garantias ambientais.

Sustentabilidade, inovação e tecnologia

Leonel Almeida, gerente de sustentabilidade da Marfrig, em sua participação no painel “As práticas ESG alinhadas com os valores halal”, disse que a empresa entende que a sustentabilidade, a inovação e a tecnologia andam juntas, propiciando fazer o que é certo, fazer o que é lícito, fazer o que é correto. “Isso está alinhado com os princípios halal”, declarou.

Gerente de sustentabilidade da Marfrig,Leonel Almeida: “Se é certo fazer o certo, isso é algo que está totalmente alinhado com os preceitos halal”

Segundo Almeida, a Marfrig aplica o tema sustentabilidade em todos os negócios que permeiam as atividades da companhia, desde o controle de origem dos animais que vão ser trabalhados, a forma como são tratados, o uso consciente de recursos naturais até a redução dos gases de efeito estufa. “Isso tudo sem esquecer da responsabilidade social, porque para todas essas atividades, nós estamos falando de pessoas”, afirmou o gerente da Marfrig.

De acordo com o executivo, no Brasil, a produção pecuária bovina é realizada em 2,5 milhões de fazendas, o que dá a dimensão da dificuldade de levar todos esses conceitos de sustentabilidade ambiental, social e de governança a um contingente tão grande e variado de pessoas.

Um outro ponto que reforça essa dificuldade é que o mercado de pecuária bovina é totalmente spot, em que não existe um contrato de longo termo. Quando o animal está pronto para o abate, é oferecido e a negociação é feita basicamente nesse momento. Então, não existe previsibilidade, numa cadeia de ciclo longo, de alguns anos entre o animal nascer e poder estar pronto para ser abatido.

A Marfrig trabalha hoje com uma série de pré-requisitos a seus fornecedores, a fim de demonstrar que os produtos que vende atendem a todos os preceitos de ESG. “Temos no mínimo 10 itens que a gente observa antes de cada nova negociação desses animais”, ressalta.

Desde 2020, a companhia adotou o programa Marfrig Verde Mais, que visa levar todos esses critérios não só para aquele fornecedor que negocia diretamente os animais com a empresa, mas também com toda a cadeia por onde esses animais passaram anteriormente.

A empresa desenvolveu junto com uma série de instituições de pesquisa uma matriz de risco que levou em consideração os municípios mais suscetíveis a questões ambientais, como desmatamento, e também a questões sociais, trabalho forçado, trabalho infantil, para que pudesse ter um mapa de quais as áreas prioritárias para aplicar determinadas ações para resolver o problema e também para fazer as aquisições dos animais que fossem das áreas que tivessem mais seguras, com o intuito de fornecer um produto com total segurança aos clientes.

Essas análises são feitas com base nas evidências e num compromisso que a empresa tem de não adquirir animais de áreas de desmatamento, com trabalho escravo, com problemas sociais. Para isso, é feita uma análise socioambiental e uma avaliação de área realizada via satélite.

Na Amazônia, a companhia já tem 82% de controle da cadeia até a origem desses animais. E no Cerrado, outro bioma com muitos problemas de desmatamento, o índice já está em 71%. Os fornecedores reprovados podem participar de um plano de recuperação para ajustarem-se aos critérios da Marfrig. Cerca de 3.000 produtores já foram reinseridos de 2020 para cá.

A empresa também estabeleceu metas de redução de 68% nas emissões das operações internas das da empresa e 33% até 2035 nas operações que são realizadas na cadeia de fornecimento. “Se é certo fazer o certo, isso é algo que está totalmente alinhado com os preceitos halal e, trazendo o tema para o vocabulário novo de ESG, um está totalmente em linha com o outro”, disse Leonel Almeida.

O Global Halal é patrocinado por BRF, Marfrig, Minerva Foods, Laila Travel, Turkish Airlines e Embratur, tem parceria da Apex Brasil, Câmara Islâmica de Comércio, Indústria e Agricultura, União das Câmaras Árabes e Liga Árabe, e apoio da Halal Academy.

Fonte: ANBA

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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