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ONG visa transição “sem impacto econômico” ao modelo de baia coletiva

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A WAP (World Animal Protection), principal ONG de defesa dos animais no mundo, defende a transição economicamente sustentável da produção de suínos para modelos com maiores níveis de bem-estar animal. A afirmação é da supervisora da organização sobre o tema, Juliana Ribas, para quem o uso de baias de gestação coletiva para matrizes é um “caminho sem volta” no setor.
“O uso de baias coletivas para matrizes suínas, quando bem manejadas, e compreendendo o comportamento e a fisiologia da espécie, gera inúmeros benefícios aos animais e aos produtores. Diversos estudos técnicos demonstraram que há diferentes modelos de gestação coletiva a serem utilizados sem prejuízo produtivo e, ao mesmo tempo, melhoras nas condições de bem-estar”, argumenta.

Os produtores, na visão da WAP, necessitam de apoio técnico e planejamento para evitar futuros prejuízos por conta de instalações deficientes ou manejo inadequado que podem comprometer o bem-estar e a produtividade. Assim, a própria entidade desenvolve materiais informativos e já prestou consultoria a mais de 400 frigoríficos no Brasil sobre o tema.
“A educação e a disseminação de informações técnicas acerca do tema, que desmistifiquem problemas e mostrem soluções práticas, são o principal caminho para uma mudança sustentável, duradoura e não traumática dentro da suinocultura brasileira”, expõe.

A especialista ressalta que as mudanças voluntárias, como foi o caso da BRF e outras granjas brasileiras, são bem vistas e estimulam uma transição mais rápida do setor para o sistema de baias coletivas. Para ela, a relevância do Brasil no mercado internacional leva os produtores a acompanhar as tendências internacionais para não perderem a competitividade. 

A posição da WAP, no entanto, considera que os produtores não podem sofrer impacto econômico para fazer uma transição progressiva e de maneira economicamente sustentável. “Nós trabalhamos junto com o governo brasileiro para estimular o desenvolvimento de linhas de crédito que facilitem a adaptação do sistema. Hoje existe o INOVAGRO que pode ser utilizada para este fim, com juros baixos e carência alta para início de cobrança”, cita.

Apesar disso, a WAP não é uma certificadora e, assim, não emite nenhum selo ou certificado que ateste o cumprimento de padrões mais rigorosos de bem-estar animal nas granjas. “Acreditamos que colaborar com empresas, produtores e outras instituições que manejam animais de produção em harmonia com a demanda dos consumidores é uma oportunidade de atingir esse objetivo”, diz.
 
Debate técnico

Os benefícios técnicos das baias coletivas não são unanimidade entre técnicos e médicos veterinários. A American Veterinarian Medical Association (AVMA, do inglês Associação dos Médicos Veterinários dos Estados Unidos), por exemplo, defende que as gaiolas reduzem a competição por alimentos entre as matrizes e as interações agressivas, além de facilitarem a observação e o cuidado com os animais.

No entanto, a WAP considera esta visão como “superficial e imediatista” com base em estudos recentes e na experiência de produtores com o sistema de baias coletivas em diferentes locais. “Existem sistemas economicamente viáveis e técnicas de manejo que superam as dificuldades apontadas pela AVMA, possibilitando melhor controle alimentar, cuidado individual dos animais, manejo e reduzindo as agressões”, acrescenta Juliana.

De acordo com a representante da ONG, o sistema de baias coletivas melhora a movimentação e a expressão dos comportamentos naturais do animal, o que torna os suínos menos propensos a doenças, mais dóceis e produtivos.  “Sabemos que ainda é recente e que muitos estudos virão para aprimorar o modelo, mas temos a certeza de que este é um caminho sem volta. Não existe mais justificativa para o alojamento contínuo de matrizes em celas de gestação individual”, sentencia.

A WAP frisa que as baias coletivas, assim como qualquer sistema de alojamento de suínos, dependem intrinsecamente de uma boa relação homem-animal, e da qualidade do manejo executado. Juliana argumentou que, quando construídas corretamente e bem manejadas, as baias contribuem positivamente nos resultados zootécnicos da granja.
“Elas reduzem o estresse constante e a frustração psicológica, além de problemas psicológicos, como as estereotipais, aumento de úlceras gástricas, e problemas de fraqueza músculo esquelética”, enumera.

Estudos citados pela ONG mostram resultados zootécnicos semelhantes ou melhores que o sistema confinado em celas, como taxas de parição acima de 90%, nascidos vivos acima de 13 leitões por parto, retorno de cio menor que 4% e aborto abaixo de 1%, além melhoras quanto a maior uniformidade de peso de leitegada ao nascimento e maior longevidade das matrizes.
 
Outros tópicos

Além das baias coletivas, a WAP trabalha por mudanças em todas as fases da vida dos animais, tais como sistemas de alojamento de maternidade, mutilações como corte de dente e rabo, castração cirúrgica cruenta, enriquecimento ambiental nas diferentes fases, qualidade do ar e ambiência, transporte, manejo pré-abate e abate de suínos, relação entre o trabalhador e o animal desde o campo até o abate.

Com sede em Londres e escritórios em 14 países, a ONG trabalha pela proteção dos animais há 50 anos e é a única organização não governamental com status consultivo pela ONU (Organização das Nações Unidas), parceria com a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e representação no Parlamento Europeu. No Brasil, onde possui escritório, mantém parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a iniciativa privada.

Fonte: ABCS

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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