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Oferta insuficiente de suínos eleva preços e mantém expectativa de ano mais favorável

Em 2022 houve um aumento na produção de 5,23 % em relação a 2021, uma desaceleração bastante significativa no crescimento da atividade no Brasil comparado aos anos anteriores, em que a produção acumulou um crescimento de quase 20%. 

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Foto: Divulgação /Arquivo OPR

Após o esperado recuo das cotações do suíno vivo e carcaças no mês de janeiro, quando comparado com dezembro do ano passado, o preço demonstrou forte reação na primeira quinzena de fevereiro (gráficos 1 e 2) em todas as praças e com relatos de falta de animais para atender a demanda.

Gráfico 1. Evolução mensal do preço do suíno vivo (R$/kg) nas principais praças (MG, SP, PR, SC e RS) nos últimos dois anos, sem correção inflacionária. Média de fev/23 até 17/02. Fonte: Cepea.

Gráfico 2. Evolução diária do preço (R$/kg) da carcaça suína especial em São Paulo (SP) em 30 dias úteis, entre 09/01/2023 (R$ 10,90) e 17/02/2023 (R$ 11,99), alta de 10%. Fonte: Cepea.

Um dos sinais de oferta insuficiente para atender a demanda é a queda de peso médio de abate e isto já podia ser observado no final de 2022, como indicam os dados preliminares recém-publicados pelo IBGE de abate do último trimestre do ano passado (tabela 1), em que o peso médio das carcaças em dezembro foi de 90,14 kg, o que representou uma queda de pouco mais de 2,5kg (2,7%) por carcaça em relação a novembro.

Tabela 1 – Produção brasileira de carne suína (toneladas de carcaças) mensal em 2022 e crescimento/redução em relação ao mês anterior e ao mesmo mês de 2021. Número de animais abatidos e peso médio das carcaças. Dados de outubro a dezembro são preliminares. Elaborado por Iuri Machado sobre dados do IBGE publicados em 10/02/2023.

Na mesma tabela 1 confirma-se um aumento na produção em 2022 na ordem de 5,23 % em relação a 2021, uma desaceleração bastante significativa no crescimento da atividade no Brasil em relação aos anos anteriores em que a produção acumulou um crescimento de quase 20% entre 2019 e 2021, conforme demonstra a tabela 2.

Tabela 2. Balanço da carne suína e evolução da produção, disponibilidade interna e exportação no Brasil de 2015 a 2022.  Dados de 2022 preliminares. Elaborado por Iuri Machado sobre dados do IBGE e Secex.

Nesta mesma tabela é possível verificar que a disponibilidade interna, que cresceu quase 8,5% em 2021, continuou crescendo em 2022, mas em percentual um pouco mais baixo (6,63%), fazendo com que o consumo per capita ano ultrapassasse os 19 kg por habitante.

Exportação

A exportação tem cumprido sua função de “enxugar” o mercado. Em janeiro, embarcou-se pouco mais de 80 mil toneladas de carne suína in natura. Apesar de ter havido uma queda de 12,5 mil toneladas em relação a dezembro/22 (-13,5%), a quantidade exportada foi recorde para o primeiro mês do ano, superando em 18% os embarques de janeiro de 2022.

O preço médio por tonelada exportada em dólar, que vinha crescendo desde agosto de 2022, sofreu um pequeno recuo em janeiro e se

Foto: Shutterstock

mantém estável na primeira semana de fevereiro. Os volumes exportados para a China, o maior comprador brasileiro, em janeiro/23 também foram recorde para este mês, totalizando quase 40 mil toneladas, 34% a mais que janeiro do ano passado.

Lembrando que o ano novo chinês foi em 03 de fevereiro e, costumeiramente, há uma preparação de estoque para esta data, o que determina um natural recuo na demanda e nas cotações do suíno no período próximo a esta data.

Custos de produção

A Embrapa suínos e aves revisou os coeficientes técnicos para o levantamento de custos de suínos, e as principais mudanças foram a redução da conversão alimentar de rebanho de 2,8 kg para 2,5 kg de ração por kg vivo (-12%), o aumento do peso final de 110 kg para 125 kg vivo (+14%) e o aumento na produtividade das matrizes de 25,1 leitões para 28,6 leitões desmamados por fêmea a cada ano (+13%).

Estas mudanças sem dúvida estão muito próximas da média do rebanho nacional e determinaram uma queda no custo de produção apurado pela entidade nos três estados do sul no mês de janeiro, ficando o custo do kg vivo no Paraná em R$ 6,93; em Santa Catarina em R$ 6,98 e no Rio Grande do Sul em R$ 6,97. Em dezembro, antes dos ajustes nos coeficientes, os custos estimados pela Embrapa giravam ao redor de R$ 8/kg vivo na região Sul.

Milho e farelo de soja têm mantido certa estabilidade nas cotações. O último levantamento da safra 2022/23 publicado pela Conab manteve a previsão de produção recorde de milho e soja. Com relação ao milho, em comparação ao levantamento anterior (tabela 3), a Conab revisou o estoque de passagem deste ano de 5,28 milhões para 7,89 milhões de toneladas (+49,5%). Cabe destacar que para fins de levantamento de safra, o estoque de passagem (final e inicial) é sempre em 31 de janeiro, bem como as exportações de grãos referem-se ao período compreendido entre 1º de fevereiro de um ano e 31 de janeiro do ano seguinte.

Tabela 3 – Balanço de oferta e demanda de milho no Brasil (em mil toneladas). Dados da safra 2022/23 atualizados em 09/02/2023, sendo estoque final estimado para 31 de  janeiro. Destaca-se em amarelo as revisões de quantidades a serem produzidas, exportadas e consumidas deste último levantamento em relação ao anterior (de janeiro), bem como, os estoques de passagem de 2022 para 2023 e para 2024. Previsão 2022/23 da  Conab. 

Previsões da safra de milho

Segundo o MBAgro, o plantio de milho safrinha acumulou 16% das áreas destinadas ao grão até dia 10 de fevereiro, abaixo da média de 21% devido ao atraso da colheita da soja nas primeiras semanas, principalmente do Mato Grosso que detém 41% das áreas de milho safrinha no Brasil. Já a colheita do milho de verão no Brasil alcançou 21% das áreas, valor acima da média de cinco anos de 14% para o período.

Ainda segundo o MBAgro, no Brasil a pressão de exportação de milho segue elevada nos portos. Depois de um janeiro com volume recorde de 6,3 milhões de toneladas de milho exportadas, o mês de fevereiro tem nomeações para embarque ao redor de 2,2 milhões de toneladas.

Presidente da ABCS, Marcelo Lopes: “É importante acompanharmos o plantio e desenvolvimento da segunda safra de milho, cujo resultado terá grande impacto na rentabilidade da suinocultura ao longo do ano” – Foto: Divulgação/ABCS

A China que teve liberação de importação de milho brasileiro a partir de novembro de 2022, comprou 2,1 milhões de toneladas do Brasil nos últimos três meses. A expectativa é que os embarques para a China ganhem volume ao longo do ano. Cabe lembrar que a China até então, praticamente não importava milho do Brasil.

Crescimento em meio a crise

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que os primeiros dados do IBGE indicam que em 2022 a suinocultura brasileira ultrapassou a marca de cinco milhões de toneladas de carcaças produzidas e 19 kg per capita ano de consumo, além de manter os embarques anuais acima de um milhão de toneladas de carne suína in natura, colocando a suinocultura brasileira em novo patamar no mercado doméstico e internacional. “Todo esse crescimento ocorreu em meio a uma das maiores crises da história do setor. Diante deste cenário fica cada vez mais evidente que o destino da suinocultura brasileira é continuar crescendo e que o caminho da sustentabilidade econômica, diante de custos de produção inflacionados, não está no controle de oferta e sim na busca contínua de melhoria na eficiência de produção (custos/produtividade/qualidade) e na expansão da demanda interna, acompanhada da manutenção e conquista de novos mercados lá fora”, avalia.

Lopes também ressalta que com a safra verão em processo de colheita não se espera no curto prazo uma alta nos custos relacionados aos principais insumos da suinocultura. “É importante acompanharmos o plantio e desenvolvimento da segunda safra de milho, cujo resultado terá grande impacto na rentabilidade da suinocultura ao longo do ano”, afirma.

Fonte: Assessoria ABCS

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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