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O futuro do leite no mercado externo e desafios para ganhar o consumidor

Airton Vanderlinde fala sobre competitividade no mercado internacional e aumento do consumo interno, passando pelos desafios sanitários para ganhar mercado e ganhar em produtividade

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Em entrevista exclusiva, o presidente da Comissão Científica do 8° Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, o médico veterinário Airton Vandelinde, especializado em Nutrição de Ruminantes, Produção de Bovinos e Qualidade do Leite, comenta a programação e o rumos do  maior simpósio técnico de bovinocultura de leite da região Sul, que será realizado de 06 a 08 de novembro, em Chapecó/SC.

O evento chega a oitava edição como um dos principais fóruns de discussão da cadeia produtiva da Região Sul, qual será o foco deste ano?

Airton Vanderlinde – Nosso principal destaque para este ano será um Painel de Abertura onde abordaremos os principais desafios para o crescimento sustentável da cadeia produtiva do leite. Iremos debater quais os aspectos que precisamos evoluir da porteira para dentro, qual a visão da indústria para melhorarmos a competitividade e quais os desafios para aumentar o consumo interno e abrir novos mercados para exportação. Também faremos em paralelo a 3ª Milk Fair, feira onde as empresas expositoras terão a oportunidade de demonstrar ao público suas mais recentes soluções tecnológicas em produtos e serviços.

Quais serão os principais temas de palestras desta oitava edição?

Airton Vanderlinde – Além do Painel de Abertura sobre Desafios para o Crescimento Sustentável da Cadeia do Leite, onde vamos abordar os desafios da porteira para dentro e da porteira para fora, como a visão da indústria, precisamos discutir os desafios para alavancar o consumo interno e aumentar a exportação de lácteos,  debateremos temas de grande relevância para o setor como estratégias para melhorar a eficiência reprodutiva de rebanhos leiteiros e importância do status sanitário e prevenção da mastite na obtenção de um leite de qualidade. Teremos, nesta edição, palestras envolvendo Reprodução, Genética, Nutrição, Manejo, Sanidade e Qualidade do Leite, Sistemas de Produção e Gestão.

A cada ano o SBSBL reúne nomes relevantes para o momento da bovinocultura de leite, tanto em temas técnicos quanto de formação do profissional, o que esperar para esta edição?

Airton Vanderlinde – Na palestra Magna de abertura teremos a presença do Prof. Marins, renomado palestrante que falará da importância da ética no trabalho, e como nossos comportamentos e atitudes impactam no sucesso da carreira profissional.

Teremos também a presença de um professor Americano da Universidade de Cornell/EUA, atualmente referência mundial em pesquisas, avaliando interações entre sistema imune e metabolismo de vacas de alta produção, com trabalhos muito interessantes na área de mastite, saúde uterina e claudicação.

Como está a bovinocultura de leite em SC e qual o principal desafio do momento?

Airton Vanderlinde – Santa Catarina tem se destacado muito no cenário da produção leiteira nacional e atualmente já somos o 4º maior estado produtor de leite. Chapecó, cidade onde acontecerá o 8º SBSBL, está situada no centro das 3 bacias leiteiras que mais crescem no Brasil. Nos últimos 11 anos, SC aumentou em 92% sua produção, produzindo em 2017 ao redor de 3,7 bilhões de litros, um incremento de 8% em relação ao ano anterior. Esse aumento da produção ultrapassou nossa demanda de consumo estadual, exigindo que hoje mais da metade do leite produzido necessite  ser exportado para outras regiões do país. A atividade leiteira envolve hoje cerca de 45 mil propriedades catarinenses, grande parte delas pequenas propriedades de agricultores familiares, com grande impacto socioeconômico nos municípios. Nossa produção deve continuar crescendo nos próximos anos, pois temos algumas características que nos favorecem, como a vocação do seu povo, topografia, clima favorável, qualidade genética e um sistema cooperativo organizado que acelera o fomento da adoção de novas tecnologias nas propriedades.  

Exportar pode ser uma alternativa para acabar com a sazonalidade e garantir demanda para a produção crescente?

Airton Vanderlinde – Como necessitamos exportar, nosso principal desafio é melhorar nossa competitividade, e isso necessariamente passa pelo aumento de eficiência. A nível de produtor faz-se necessário melhorias no processo de gestão e gerenciamento dos custos de produção, maiores investimentos na produção e qualidade dos volumosos, melhoramento genético contínuo, manejo adequado, nutrição balanceada e alta qualidade do leite (especialmente incremento de sólidos), bem como intensificação dos controles sanitários de brucelose e tuberculose. Precisamos ainda evoluir na logística, para diminuir os impactos do frete na cadeia, e aumentar os investimentos em marketing e diversificação do portfólio de produtos, visando atingir novos mercados e agregar mais valor a cadeia de lácteos.

Qual o objetivo da comissão na escolha dos temas e painéis?

Airton Vanderlinde – O objetivo  do Nucleovet é proporcionar capacitação continuada, oferecendo sempre ao público conhecimento técnico de alta qualidade, aliado com o que há de melhor em inovação no setor. A escolha dos temas e painéis são definidos por uma comissão, levando em consideração sugestões de edições anteriores feitas pelos participantes  e consulta aos principais profissionais da região envolvidos com a atividade. Nossa missão é trazer temas de grande relevância, que gerem discussão construtiva, sejam aplicáveis e de alto impacto financeiro, para que possamos contribuir de maneira efetiva com o incremento da eficiência em todos os elos da cadeia produtiva do leite.

Fonte: Assessoria

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CRMV-RJ faz alerta aos consumidores sobre compras de pescados para a Páscoa

Conselho alerta que os consumidores não deixem de verificar a origem do peixe, além de estar atento a preços muito baixos.

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Foto: Robson Veneziani/Pixabay

A Sexta-Feira Santa se aproxima e, nesse período, muitas pessoas optam por fazer jejum parcial ou abstêm-se de consumir carne vermelha como parte da tradição religiosa, incluindo peixes e frutos do mar em suas refeições. Mas você sabe como escolher o melhor pescado e não cair nas famosas ‘fraudes alimentares’?

A médica-veterinária e tesoureira do CRMV-RJ, Isabelle Campello, que atua na área de vigilância sanitária e qualidade dos alimentos, dá dicas de como fazer a escolha certa. Com relação ao bacalhau, a profissional explica que quando ele está estragado, apresenta sinais evidentes que comprometem o seu sabor e a sua segurança. Um ponto importante a ser observado é a textura do bacalhau. “O bacalhau fresco deve ser firme, elástico, e se ele estiver macio, se desintegrando facilmente ou pegajoso ao toque, é um sinal de que ele está deteriorado”, contou.

Além disso, Isabelle explicou que o odor também é um fator importante que tem que ser observado pois um cheiro estranho sugere que existe uma contaminação ou até mesmo o início de uma putrefação. “O bacalhau fresco deve ter um aroma suave, característico, semelhante ao cheiro do mar. Se o cheiro estiver intenso ou desagradável, como por exemplo um cheiro de amônia ou ácido, caracteriza, por exemplo, um bacalhau que está estragado”, declarou.

Outra dica apresentada pela médica-veterinária é identificar e observar a cor do bacalhau: “O bacalhau fresco apresenta uma coloração branca ou levemente amarelada, sem manchas ou descolorações. Se o bacalhau estiver deteriorado ele pode apresentar manchas vermelhas conhecidas como vermelhão, e essas manchas são causadas por uma contaminação de bactérias, ou apresentar pintas pretas, que são indicativos de conservação e armazenamento do produto. Isso pode acontecer por excesso de umidade ou calor excessivo”.

Com relação ao peixe fresco, também é preciso estar atento a algumas características. “O odor deve ser próprio e característico da espécie e a superfície do corpo deve estar limpa, úmida, com brilho metálico, sem qualquer tipo de pigmentação diferente. As escamas devem ser firmes e bem aderidas à pele, os olhos brilhantes e convexos (salientes), ocupado toda a cavidade orbitária; guelras com coloração que varia de rosa a vermelho intenso, úmidas, brilhantes e sem viscosidade; musculatura firme e elástica; abdômen firme, que não deixe impressão duradoura (ou seja, não deixa marcas) à pressão dos dedos do manipulador”, detalhou.

O peixe congelado também é uma opção para ter o alimento sempre à mão. Nos supermercados, ele deve estar armazenado na temperatura informada pelo fabricante na embalagem, em embalagem bem fechada e conservada a uma temperatura de, no mínimo, – 5º C. Os produtos não podem estar amolecidos ou com acúmulo de líquido. Além disso, estejam atentos aos selos de inspeção sanitária, como do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) são certificações que indicam que os alimentos passaram por rigorosas inspeções conduzidas por médicos-veterinários.

O CRMV-RJ alerta que os consumidores não deixem de verificar a origem do peixe, além de estar atento a preços muito baixos. “Opte sempre por estabelecimentos confiáveis e reporte qualquer suspeita de fraude”, reforça.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ
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Sustentabilidade é um dos principais temas da ExpoFrísia

Alinhado com as boas práticas e eficiência produtiva, feira terá uma ampla programação sobre o assunto.

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Foto: BHP Produtora/Frísia

Uma produção que gera desenvolvimento e rentabilidade está atrelada à sustentabilidade, já que aumenta o desempenho, reduz o desperdício e otimiza os recursos na propriedade. Essa proposta poderá ser vista em 25 de abril, primeiro dia da ExpoFrísia, que, junto com a Digital Agro, acontecerá no Pavilhão Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí (PR). A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas aqui.

O coordenador de Sustentabilidade e Energias da Frísia, Francis Bavoso, explica que a sustentabilidade é uma visão a longo prazo em que o produtor conduz várias práticas para otimizar os recursos existentes e ajustes de processos no campo. “Isso vai garantir a longevidade da atividade, como conservação ambiental e conscientização da equipe de trabalho na propriedade”, destaca.

“O objetivo da programação é trazer ferramentas, reflexões e conhecimento aos produtores para que todas as ações ambientais, sociais e econômicas estejam sendo padronizadas e implantadas na propriedade rural, o que vai garantir a sustentabilidade e o ganho no dia a dia da propriedade, como exemplo a sucessão familiar”, afirma Bavoso.

Entre os assuntos que serão tratados na edição deste ano da feira está o uso de dejetos como fertilizante orgânico no solo, aplicação de energias renováveis (como o biodigestor), políticas públicas em carbono no agronegócio, rastreabilidade da cadeia de produção na propriedade e a importância dos procedimentos para garantir a qualidade na execução da atividade.

A Cooperativa Frísia também irá lançar, dentro do programa Fazenda Sustentável Frísia, uma trilha personalizada para a atividade de pecuária de leite, que visa implantar conhecimentos técnicos na propriedade rural, como manejo hídrico, treinamento dos colaboradores, utilização de dejetos e análise do uso da energia elétrica para o desempenho da atividade da pecuária.

ExpoFrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município da região dos Campos Gerais do Paraná. Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária. A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Frísia
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Notícias No Rio Grande do Sul

IPVDF realiza Seminário de Tuberculose

Evento teve como finalidade oportunizar a estudantes e profissionais da área da saúde e do serviço veterinário oficial o aprimoramento do conhecimento e a discussão sobre a tuberculose animal e humana, além de proporcionar o intercâmbio entre os participantes.

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Fotos: Rogério Rodrigues/IPVDF

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul realizou, na quarta-feira (27), o 3º Seminário Gaúcho de Tuberculose, em Eldorado do Sul (RS). A finalidade foi oportunizar a estudantes e profissionais da área da saúde e do serviço veterinário oficial o aprimoramento do conhecimento e a discussão sobre a tuberculose animal e humana, além de proporcionar o intercâmbio entre os participantes.

O evento foi organizado pelo Grupo de Estudos em Micobactérias (GEM), pelo Laboratório de Biologia Molecular (LBM) e pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal (PPGSA) do IPVDF e é alusivo ao “Dia Mundial de Combate à Tuberculose”, comemorado dia 24 de março de cada ano. A celebração é uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde, e o dia foi escolhido em homenagem à descoberta do bacilo da tuberculose em 24 de março de 1882 por Robert Koch. “Também, a edição desse ano é comemorativa aos 12 anos do Grupo de Estudos em Micobactérias”, afirmou a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular, Giovana Dantas.

Na abertura, o diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, ao qual o IPVDF é vinculado, Caio Efrom, afirmou ser um evento que ocorre no ano em que a pesquisa agropecuária gaúcha comemora 105 anos. “É muito importante, porque possibilita a interação e troca de conhecimentos sobre o trabalho que realizamos no IPVDF, da Defesa Sanitária Animal e de diversos especialistas e técnicos que lidam com esta importante zoonose, que é a tuberculose”, destacou.

Palestras

Durante todo o dia ocorreram palestras. A pesquisadora da área de patologia animal/histopatologia no IPVDF, Angélica Bertagnolli, falou sobre o “Grupo de Estudos em Micobactérias (GEM)”; o fiscal estadual agropecuário da Divisão de Defesa Sanitária Animal, vinculada ao Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rodrigo Etges, que coordena o Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT-RS), apresentou uma “Breve História do Controle da Tuberculose Bovina”; “Combate à Tuberculose: por que consumir alimentos inspecionados?”, foi apresentada pela médica veterinária Gisele Branco, fiscal estadual agropecuário da Seapi, que, desde 2009, atua no serviço de inspeção estadual do RS.

O biomédico Daniel Pavanelo, que atualmente trabalha com diagnóstico de tuberculose e outras micobacterioses no Laboratório de Micobactérias do LACEN/RS, do Centro Estadual De Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, abordou o “Panorama da Tuberculose Humana no RS”; a pesquisadora do IPVDF Cristine Cerva, que atualmente desenvolve projetos na área de metagenômica, microbiota bacteriana e tuberculose bovina, falou sobre “Microbiota e Tuberculose”; a professora adjunta do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pesquisadora associada ao Centro de Biotecnologia desta Universidade, Fabiana Mayer, que já foi pesquisadora no Laboratório de Biologia Molecular do IPVDF, abordou “Tuberculose e vida silvestre: o que precisamos saber?”;  e a fiscal estadual agropecuário da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Nova Prata, vinculada ao Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Marinês Lazzari, apresentou “Projeto de educação sanitária na região Noroeste da Serra gaúcha”.

Fonte: Assessoria Seapi
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