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O futuro da indústria de carnes em 10 itens fundamentais

Renomado professor destaca o quanto a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade são essenciais para tornar a produção de proteína animal mais competitiva no Brasil.

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Foto: Shutterstock

O setor de carnes é uma das principais indústrias do mundo, com importância para a economia global inegável. Como em qualquer setor, a evolução e as mudanças são constantes. Durante sua palestra magna na abertura do Inovameat 2023, evento realizado de 11 a 13 de abril, em Toledo, PR, o professor na Faculdade Getúlio Vargas e na Universidade de São Paulo, Marcos Fava Neves, conhecido como Doutor Agro, destacou o quanto a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade são essenciais para tornar a produção de proteína animal mais competitiva no Brasil.

Professor na Faculdade Getúlio Vargas e na Universidade de São Paulo, Marcos Fava Neves – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Fava Neves destaca que através da inovação e da tecnologia é possível tornar os processos produtivos mais eficientes, melhorar a qualidade do produto final e ainda reduzir impactos negativos ao meio ambiente.

O especialista traçou um panorama sobre o futuro da indústria de carnes no Brasil, levando em conta 10 itens fundamentais. O primeiro diz respeito a quantidade, que engloba a produção, consumo e comércio global. É esperado um aumento da demanda por carnes em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento. Por outro lado, há um crescente movimento em prol de uma dieta com menos carne em alguns locais no mundo.

A diferenciação dos produtos também é outro ponto crucial para o futuro do setor de carnes. Produtos nobres, cortes diferenciados e certificações de origem são algumas das tendências que devem se destacar. “Isso se deve à crescente exigência dos consumidores por produtos de qualidade e com procedência comprovada”, enfatiza Fava Neves.

A questão ambiental é o terceiro item levantado pelo profissional. Iniciativas ambientais, créditos e títulos verdes, emissões e outros temas relacionados à sustentabilidade serão cada vez mais importantes para as empresas do setor de carnes. “A eficiência produtiva e operacional também é fundamental para reduzir os impactos ambientais da indústria”, menciona.

Custos de produção, eficiência produtiva e operacional são temas que estão diretamente ligados à lucratividade das empresas do setor de carnes é o quarto item. O quinto é a adoção de tecnologias que permitem a rastreabilidade e a transparência na cadeia produtiva também se torna cada vez mais importante para atender às demandas dos consumidores. “A inovação, startups e equipamentos modernos serão cada vez mais necessários para otimizar os processos de produção, melhorar a qualidade dos produtos e garantir o bem-estar animal”, salienta.

Em sexto, Fava Neves ressalta que a imagem do setor de carnes é um aspecto que tem sido cada vez mais valorizado pelos consumidores e investidores, tornando-se item essencial para o futuro. “A promoção e valorização da cadeia produtiva, desde a criação dos animais até o produto final, é fundamental para fortalecer a imagem do setor. É preciso investir em práticas sustentáveis, éticas e transparentes para ganhar a confiança dos consumidores”, evidencia.

O sétimo item são os substitutos da carne que também ganham espaço no mercado e são considerados uma tendência para o futuro. Produtos à base de plantas e carne de laboratório são alternativas que têm ganhado destaque e atraído cada vez mais consumidores.

A coordenação na cadeia produtiva também é um item relevante para o futuro do setor de carnes. Em oitavo, Fava Neves cita a rastreabilidade, a governança, os modelos integradores e a atuação de associações como ferramentas importantes para garantir a qualidade dos produtos e a segurança dos consumidores.

A dimensão social também é um aspecto que não pode ser ignorado. O nono item deve tratar da geração de empregos, impostos, massa salarial e o crescimento local para o desenvolvimento sustentável da indústria de carnes e para o bem-estar das comunidades envolvidas.

E, por fim, mas não menos importante, a geração de resultados, lucros e agregação de valor em todos os elos da cadeia. “Investir em práticas sustentáveis e inovadoras, adotar tecnologias modernas e promover a diferenciação dos produtos são algumas das estratégias que podem contribuir para o sucesso das empresas do setor”, frisa Fava Neves, complementando: “É preciso buscar inovação, eficiência e qualidade em todas as etapas da produção e do comércio para garantir a competitividade e a rentabilidade do setor”.

Variáveis

Por outro lado, o especialista também relatou que nos últimos três anos o setor agrícola tem enfrentado uma quantidade sem precedentes de variáveis, que incluem eventos climáticos extremos, pandemias humanas e animais, conflitos armados, invasões, ataques cibernéticos e ameaças nucleares, tensões políticas, comerciais e ambientais, inflação, juros, dívida e custos elevados, desequilíbrios na oferta e demanda de insumos, como energia, fertilizantes e defensivos agrícolas, restrições no transporte, descontinuidades nas cadeias de produção, mudanças no comportamento do consumidor, demandas crescentes pela digitalização, aumento da incidência de pragas e doenças, além de falta de mão-de-obra qualificada.

Para Fava Neves, a falta de mão de obra é o que mais preocupa o setor de proteína animal. Segundo ele, o Brasil está enfrentando uma escassez de trabalhadores qualificados e em quantidade suficiente, especialmente no setor agrícola. “Esse problema tem sido um grande desafio para a produção agrícola brasileira e pode impedir o crescimento do setor a longo prazo se não for resolvido”, pontua.

No entanto, considerando essas variáveis, o Brasil encara tanto oportunidades quanto riscos. Uma das ameaças são os surtos de Influenza aviária, que têm gerado grande preocupação para a saúde pública em todo o mundo. Entre as possibilidades está a recente expansão da Peste Suína Africana na China, o que pode aumentar as exportações de carne suína para suprir a demanda chinesa.

Fonte: O Presente Rural

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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