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Bovinos / Grãos / Máquinas

Nutrição do inverno deve ser planejada no verão

Produtor ter bom planejamento é o que vai fazer com que tenha uma boa pastagem para alimentação do gado durante o período mais frio do ano

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A estação mais fria do ano pode ser considerada uma dor de cabeça para o bovinocultor que não estiver preparado. A nutrição no inverno é tão ou mais importante quanto em qualquer outro período do ano. Estar com as pastagens em boa qualidade nutricional é essencial para que não haja perda ou queda na produtividade. O planejamento no verão é que vai fazer toda a diferença no inverno para que o produtor tenha a melhor pastagem para oferecer ao animal.

É importante que o produtor saiba qual a melhor pastagem para a região em que está inserido, e quais são os benefícios nutricionais que ela traz ao animal. “Para o período de inverno o produtor pode optar por forrageiras que se adaptem à sua propriedade, considerando a fertilidade do solo, ao clima regional e o objetivo de utilização da forrageira, seja pastejo, corte, feno ou silagem”, comenta o professor doutor Nelson Massaru Fukumoto, especialista em Nutrição Animal, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Ele explica que algumas forrageiras são menos conhecidas pelos produtores por serem destinadas à produção de grãos, como o centeio, o triticale, a cevada e o trigo. “São gramíneas de inverno, no qual, temos variedades destinadas para o pastejo ou produção de silagem”, diz. O doutor conta que caso o produtor deseje, é possível utilizar também leguminosas de inverno, como ervilha forrageira e a ervilhaca em consórcio com gramíneas forrageiras, principalmente a aveia. “Outras leguminosas de inverno, como trevos e cornichão, necessitam de temperaturas mais baixas para o desenvolvimento”, afirma.

Ele exemplifica que na região Oeste do Paraná a opção mais interessante seria a aveia, pela facilidade por parte dos produtores de implantação, da escolha de variedades, da disponibilidade de sementes e por ser uma forrageira que possui finalidade para pastejo, corte e fornecimento no cocho, produção de feno e até produção de silagem. “A aveia se adapta muito bem a essa região e possui um bom valor nutricional com boa produção de forragem no inverno. Além disso, os produtores utilizam a aveia em plantio direto como forma de rotação de culturas de grãos. Podemos aproveitar a cultura para alimentação dos animais”, conta. Fukumoto acrescenta que há ainda o azevém, uma forrageira de bom valor nutricional e produção de forragem, destinado a regiões mais frias. “Seu cultivo é recomendado em regiões mais frias, como Sul do Paraná, por exemplo”, diz.

O correto manejo nestas pastagens também faz toda a diferença nos resultados finais, afirma o professor doutor. Segundo Fukumoto, cada produtor deve planejar a implantação com antecedência, pois há épocas adequadas para o cultivo, que consequentemente afeta  a produção de forragem e a qualidade. “Na região Oeste do Paraná, por exemplo, podemos implantar a aveia a partir do mês de abril e teremos o primeiro pastejo em seis a oito semanas. Caso for utilizado para o pastejo, recomenda-se entrar com os animais quando a planta atingir 25 a 30 cm de altura, pastejando até atingir 7 cm. O ideal é que o produtor realize a divisão da área de aveia em piquetes menores, para realizar um rodízio dos animais, pastejando cada piquete um dia e descansando por volta de 30 a 35 dias até atingir o novo ponto de pastejo”, explica. Fukumoto afirma que a implantação da cultura de inverno poderá ser em áreas de cultivo de grãos, em plantio direto, ou sobressemeando em pastagens perenes de verão.

O professor diz que os bovinos necessitam de uma dieta controlada e com poucas trocas de alimentos na composição. “No período de inverno ocorre a menor oferta de pastagem de verão e empobrecimento do valor nutricional. Com o fornecimento de pastagens de inverno ou silagem ocorrem mudanças significativas no valor nutricional da dieta. Assim, é necessário realizar adaptações gradativas no fornecimento das pastagens de inverno e adequar a quantidade de ração fornecida. Para que a mudança da dieta seja gradativa precisamos planejar”, afirma.

O professor destaca que todos os alimentos para bovinos podem ser utilizados para animais de corte ou leite, desde que se respeite a quantidade fornecida. “São categorias de animais que possuem exigências nutricionais diferentes, devido ao ganho de peso ou à produção de leite. Assim, devemos sempre pensar que um animal necessita de diferentes nutrientes e o produtor deve fornecer uma combinação de alimentos em quantidades corretas para atender as exigências do animal”, afirma. Ele acrescenta que, para isso, os nutricionistas fazem a recomendação do balanceamento das dietas.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de junho/julho de 2017 ou online.

 

Fonte: O Presente Rural

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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba (MG)

Casa do Girolando será inaugurada durante 89ª ExpoZebu

A raça Girolando terá agenda cheia na feira, incluindo lançamento do Ranking Rebanho, encontro com comitivas internacionais, julgamento e assembleia geral.

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Foto: Divulgação/Girolando

Tudo pronto para mais uma participação da raça Girolando na ExpoZebu (Exposição Internacional de Raças Zebuínas), que acontece entre sábado (27) e 05 de maio, em Uberaba (MG). A partir deste ano, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando passa a contar com um espaço fixo dentro do Parque Fernando Costa, a “Casa do Girolando”, onde recepcionará os visitantes ao longo de todo o evento.

A inauguração da Casa do Girolando será na próxima segunda-feira (29), a partir das 18 horas. “O parque é palco de importantes exposições ao longo de todo o ano, como a ExpoZebu e a Expoleite, que contam com a presença da raça Girolando. E agora poderemos atender a todos na Casa do Girolando, levando mais informação sobre a raça para os visitantes”, assegura o presidente da entidade, Domício Arruda.

Durante o evento, também acontecerá o lançamento do Ranking Rebanho 2023, que traz os melhores criadores que melhor desempenham o trabalho de seleção, produção e sanidade dentro de seus rebanhos. “O Ranking Rebanho é uma referência para os criadores de Girolando que buscam melhorar seus indicadores e, como consequência, elevar a rentabilidade de seus negócios”, diz o coordenador Técnico do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira Júnior. Outro evento marcado para o dia 29 de abril, a partir das 13h, é a Assembleia Geral Ordinária, para prestação de contas.

A associação ainda receberá comitivas internacionais durante a 89ª ExpoZebu. Estão agendados encontros com grupos da Índia e do Equador, quando serão apresentados os avanços da raça Girolando, que é uma das que mais exporta sêmen no Brasil.

Competições

A raça Girolando competirá em julgamento nos dias 29 e 30 de abril, pela manhã e tarde, sob o comando do jurado Celso Menezes. Participarão 120 animais de 17 expositores.

Fonte: Assessoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Embrapa propõe políticas para reaproveitamento de pastagens degradadas

Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção. de energia.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares (ha) de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção de energia. O volume de hectares equivale ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul.

O cerrado é o bioma com o maior número de áreas em degradação. Os estados com as  maiores áreas são o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Para ter uma ideia das possibilidades de reaproveitamento, se toda essas áreas fossem usadas para o cultivo de grãos (arros, feijão, milho, trigo, soja e algodão) haveria uma aumento de 35% a área total plantada no Brasil (comparação com a safra 2002/2023).

A extensão do problema e as diferentes possibilidades de reaproveitamento econômico dessas áreas fizeram o governo federal a criar no final do ano passado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (Decreto nº 11.815/2023).

Para implantar o programa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, publicou em um livro mais de 30 sugestões de políticas públicas, que o país tem experiência e tecnologia desenvolvida para implantação.

Planejamento 
Apesar da expertise acumulada, a efetivação é um desafio. Cada área a ser recuperada exige estudo local. O planejamento das ações “deve levar em consideração informações sobre o ambiente biofísico, a infraestrutura, o meio ambiente e questões socioeconômicas. Além disso, é preciso avaliar o histórico de evolução pecuária no local e entender quais fatores condicionam a adoção dos sistemas vigentes”, descreve o livro publicado pela estatal.

A partir do planejamento, é necessário criar condições para o reaproveitamento das áreas: crédito, capacitação dos produtores e assistência. “É preciso integrar políticas públicas, fazer com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito, ampliar o serviço de educação no campo, e dar assistência técnica e extensão rural para a estruturação de projetos e para haja um trabalho contínuo e não uma coisa pontual”, assinala o engenheiro agrônomo Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa.

Nesta sexta-feira (26), a empresa faz 51 anos de funcionamento. A cerimônia de comemoração, nesta quinta-feira (25), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um exemplar do livro foi entregue à comitiva presidencial.

No total, as áreas de pastagem ocupam 160 milhões de hectares, sendo aproximadamente 50 milhões de hectares formados por pasto natural e o restante pasto plantado. A área de produção de grãos totaliza 78,5 milhões de hectares, e as florestas plantadas para uso econômico ocupam uma área aproximada de 10 milhões de hectares.

De acordo com o IBGE, a atividade agropecuária ocupa mais de 15 milhões de pessoas no Brasil. Um terço desses empregos são na pecuária bovina (4,7 milhões). O país é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador (11 milhões de toneladas).

Fonte: Agência Brasil
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Rentabilidade ao produtor de leite melhora impulsionada pela redução dos custos de produção e pela sazonalidade da oferta

Mercado de leite enfrenta um cenário desafiador, marcado por incertezas, queda na oferta interna e nos preços ao consumidor.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado nacional e global de leite ainda segue sob grandes incertezas. Na área internacional, os preços perderam um pouco o ritmo de elevação, influenciado principalmente, por uma menor demanda chinesa. Além disso, o gigante asiático vem estimulando a produção interna substituindo parte da importação.

O leite em pó integral fechou em US$3.269/tonelada no leilão GDT do dia 16 de abril. No mesmo mês em 2023 este preço estava no patamar de US$ 3.100/tonelada. Na Argentina, a oferta de leite segue complicada por uma piora na rentabilidade nas fazendas. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de leite da Argentina caiu 13,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foto: Ari Dias

Já no mercado interno, as cotações de leite e derivados vêm reagindo, mas o cenário de menor competitividade em preços e queda de braço com as importações permanece. No primeiro trimestre de 2024, as importações brasileiras totalizaram 560 milhões de litros, com alta de 10,8% em relação a 2023. O diferencial de preços, tanto do leite em pó quanto do queijo muçarela, está mais favorável ao derivado importado.

Enquanto isso, governos estaduais tem se manifestado com medidas tributárias e fiscais para tentar reduzir a entrada de derivados lácteos oriundos do exterior. Vale lembrar que em 2023 as importações responderam por 9% da produção doméstica e um recuo nesse volume tende a deixar a oferta mais restrita, sustentando os preços internos. Mas também irá exigir uma resposta mais rápida da produção interna, suprindo a demanda brasileira.

Sazonalidade da produção de leite

A sazonalidade da produção de leite no Brasil é bastante pronunciada, mesmo considerando o crescimento dos sistemas de produção de maior adoção de tecnologias. Os meses de abril, maio e junho são aqueles de menor produção de leite e isso acaba refletindo nos preços neste momento. Os mercados de leite UHT e queijo muçarela tem registrado valorizações, ainda que modestas.

O preço ao produtor também vem registrando elevação, pelo quarto mês consecutivo.

Do ponto de vista macroeconômico, os indicadores de crescimento do PIB vêm melhorando, com perspectivas de expansão próxima de 2% em 2024. No comércio, as vendas dos supermercados seguem positivas, com expansão de 4,7% nos últimos 12 meses, enquanto a média do comércio em geral mostrou elevação de apenas 1,7%. Os indicadores do mercado de trabalho têm registrado crescimento importante. Em janeiro o salário real médio do brasileiro cresceu 4% sobre janeiro de 2023. O número de pessoas ocupadas também aumentou.

Foto: Fernando Dias

O preço dos lácteos ao consumidor, por outro lado, recuaram 2,8% nos últimos doze meses. No caso do UHT, a queda foi de 5,6%, o que acaba ajudando nas vendas. Neste mesmo período a inflação brasileira foi de 3,9%. Ou seja, os lácteos vêm contribuindo para redução da inflação brasileira neste momento.

Custo de produção

Na atividade de produção de leite, as informações de custo de produção têm mostrado um cenário mais positivo. Os preços de importantes insumos recuaram, contribuindo com queda no ICPLeite-Embrapa que, nos últimos 12 meses finalizados em março de 2024, apresentou recuo de 5,58%.

O farelo de soja recuou de 23% em relação a abril de 2023, ficando abaixo de R$2 mil/tonelada. No caso do milho, a queda foi também importante, com o cereal recuando 18,5% na comparação anual. Portanto, a combinação de recuo nos custos de produção com elevação no preço do leite vai sinalizando um ambiente de recuperação de rentabilidade para o produtor de leite, após um cenário difícil observado no segundo semestre de 2023.

Cadeia produtiva do leite

De todo modo, é importante avançar em uma agenda de competitividade da cadeia produtiva do leite, sobretudo com foco em melhorias na eficiência média das fazendas e na gestão. Tem sido observado uma heterogeneidade muito grande nos custos de produção de leite, em alguns casos com diferenças de até R$ 0,80 por litro. A importação traz perdas econômicas relevantes para o setor lácteo no Brasil, mas buscar cotações mais alinhadas ao cenário global é uma forma de reduzir estruturalmente as compras externas. Para isso a competitividade em custos é determinante. O momento ainda é de bastante incerteza, inclusive global. Internamente, a entressafra pode dar um fôlego para a alta recente dos preços de leite.

Fonte: Assessoria Centro de Inteligência do Leite
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