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Novo presidente da Copagril fala dos planos, desafios e oportunidades para a coooperativa

O Presente Rural entrevistou, no início de fevereiro, o novo presidente da Copagril, Eloi Podkowa, que assumiu no lugar de Ricardo Chapla o comando da cooperativa.

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Recém-eleito e empossado presidente da Copagril, Elói Podkowa, falou sobre as metas da sua gestão aos jornalistas Ana Paula Wilmsen, editora de O Presente, e Giuliano De Luca, editor de O Presente Rural - Foto: Sandro Mesquita/OP Rural

Criada em 09 de agosto de 1970, por um grupo de produtores rurais, durante uma Assembleia Geral de Constituição, a Cooperativa Agrícola Mista Rondon Ltda (Copagril) atua há mais de 50 anos, na região oeste do Paraná. Atualmente os funcionários da cooperativa trabalham com a missão de Interagir tecnologia e eficiência produtiva, industrializar e comercializar produtos com excelência para satisfazer as necessidades das pessoas. Depois de ter sido comandanda por um longo período pelo presidente Ricardo Chapla, no início deste ano, a cooperativa passou a ser liderada pelo novo presidente, Eloi Podkowa.

Eloi esteve no O Presente Rural onde participou de uma entrevista exclusiva.

O Presente Rural – O senhor imaginava um dia se tornar o presidente da Copagril?

Eloi Podkowa – Sinceramente, eu nunca pensei. Só que sempre tive na minha cabeça estar me preparando, porque poderia acontecer um dia. O Ricardo (Chapla) falou eu vou parar e quero que você continue. Eu só ia continuar se tivesse o aval dele, da diretoria, para a gente ter que continuar com os negócios da cooperativa. Sendo tantos anos vice presidente, eu estou por dentro de todos os assuntos e negócios da cooperativa. Ele tem um perfil, eu tenho outro e a gente vai buscando sempre o melhor para a cooperativa, trazendo oportunidades e novos negócios. Uma visão diferente, talvez na gestão, mas sempre primando pela segurança, credibilidade, enfim, fazendo tudo com os pés no chão.

O Presente Rural – Conte um pouco da história do senhor na Copagril.

Eloi Podkowa – Eu vou contar um pouco no sistema cooperativo. Comecei nos clubes de jovens aos 14 anos. Foram as primeiras vezes que tive contato com a filosofia cooperativista. Passamos depois aos comitês educativos e depois também fui durante três anos conselheiro fiscal da Copagril. Aí fiquei um tempo sem nenhuma atividade. Em 2000 fui convidado para participar no conselho de administração. Aí participamos e fomos eleitos. Então, em 2000, quando o Ricardo assumiu, eu também assumi como conselheiro de administração. Em 2006 assumi por um ano como diretor secretário e em 2007 nós tivemos eleições gerais para administração e eu fiquei vice. Até então, eu estava como vice presidente, agora como presidente.

Então, graças a Deus, eu, dentro desse período eu tive essa preparação, fui buscando informações. Também me formei em parapsicologia, (que ajuda na) gestão de pessoas, onde você consegue transmitir esse equilíbrio para as pessoas. E a gente sempre foi muito otimista, muito perfeccionista, até em certos momentos, para a gente sempre é fazer bem feito. E a gente, durante a vida, sabia essa coisas boas. Então a gente está colhendo agora os frutos daquilo que a gente foi durante a vida. Estou muito convicto, muito otimista, muito certo daquilo que eu quero, naquilo que eu acredito. Eu tenho nos diretores um conselho também que está me apoiando e apoiou e está junto. Nós estamos muito bem alinhados e também eu tenho um feedback muito bom dos associados, que a gente também sempre buscou isso.

O Presente Rural – Todo gestor tem uma marca. Qual deve ser a marca do Eloi como presidente da Copagril?

Eloi Podkowa – A minha marca quero registrar com muito trabalho, estou ali para servir a sociedade. Tenho um propósito muito forte de que aquilo que eu quero pra mim eu quero para os outros. Eu quero fazer com que a cooperativa possa ter um crescimento exponencial e que eu possa ter uma conectividade maior com o associado para que nós possamos ouvir mais e trazer para a estratégia da cooperativa. A minha disposição, minha vontade é que eu possa realmente cumprir aquilo tudo o que eu tenho em mente e que possa deixar essa cooperativa melhor que ela está hoje.

O Presente Rural – O senhor falou em mudar um pouco a gestão e ter um relacionamento mais próximo com o associado. O senhor tem uma ideia de como vai ser a sua gestão? O que muda?

Eloi Podkowa – Dentro do nosso plano estratégico, já para cinco anos, temos já praticamente definido o que nós queremos nas linhas principais. Mas eu peço uma gestão mais compartilhada, com gestão um pouco mais junto ao nosso produtor, junto ao nosso funcionário, para que nós possamos trabalhar de uma forma mais unida, de uma forma mais otimizada. Trabalhando de uma forma mais compartilhada, ouvindo mais, escutando um pouco mais sugestões, temos muita gente, muitos funcionários que têm uma capacidade boa, pessoas que já estão muitas na cooperativa e que querem também participar. Vamos fazer de uma forma compartilhada para que nós possamos ter mais ideias, mais sugestões e, com isso, sermos mais assertivos naquilo que vamos fazendo.

O Presente Rural – Alguma mudança o senhor já pretende fazer a partir de agora ou segue a mesma linha?

Eloi Podkowa – Não temos grandes mudanças, a gente já tem um caminho para andar. Mas têm alguns processos que vamos tentar mudar. Por exemplo, as vezes os funcionários têm algumas oportunidade e eles deixam de trazer isso para a Diretoria. A gente quer diminuir essa diferença, essa distância para que eles possam trazer para nós, traçando um objetivo que seja bom para a cooperativa e também para os associados.

O Presente Rural – A Copagril tem investido muito em inovação. O que tem de novo por vir?

Eloi Podkowa – Nós temos diversas ideias e inclusive nós temos um departamento com várias pessoas que estão juntando ideias. Nós temos vários aplicativos que estão em andamento e que a gente vai estar disponibilizando. O aplicativo a gente vai trabalhando para que o produtor possa fazer os negócios já diretamente com a cooperativa. Como temos alguns lançamentos que a gente vai estar divulgando nas próximas etapas.

Eu vejo que a inovação não é uma questão diferente, é uma necessidade hoje das grandes empresas. Temos buscado inovação até na fábrica de ração. Nós temos alguns processos dentro da indústria sendo trabalhados. O que a gente quer que não seja um departamento, mas seja uma cultura da cooperativa, buscando a inovação. E não precisa ser algo grande, podem ser coisas pequenas que vão acrescentar no final grandes resultados para a cooperativa.

O Presente Rural – O ano de 2022 foi bem desafiador para o agronegócio. Como foi para a Copagril? E o que a cooperativa espera para 2023?

Eloi Podkowa – Para nós, como para todas as empresas, foi um ano desafiador. Foi bastante complicado, porque para começar nós não tivemos a safra de verão. Nós tínhamos a expectativa e colhemos basicamente um pouco e ainda de qualidade muito inferior. Qualidade ruim para nós, que tínhamos uma indústria de óleo aguardando para fazer tanto farelo como óleo. A qualidade era muito ruim. Ainda vindo de uma pandemia também, que também atrapalhou bastante, como falta de produtos porque as empresas não conseguiam mandar, dificuldade de estar buscando esses produtos, as pessoas com medo. Então foi um ano difícil, porém foi superado.

Eu vejo o ano de 2013 com otimismo, porque nós temos uma safra agora chegando. Nós não vamos ter aquela supersafra, mas vamos ter uma safra boa. Têm produtos que vão colher bem, tem outros que vão colher menos e têm produtores que já estão encaminhando até seguro com as chuvas regulares. Porém, no geral, vamos ter uma safra de razoável para boa. Então acredito que o ano já começa melhor. Nós temos a pandemia não superada, mas bem encaminhado nessa questão com as vacinas. Enfim, tudo hoje já está mais tranquilo. Eu vejo que o otimismo existe porque existe uma safra. Ela sempre traz motivação e traz mais expectativa de que o ano seja melhor. E também nós temos vários setores que ainda estamos trabalhando.

Estamos mudança de governo. A gente precisa ainda aguardar um pouco para ver como que vai ser que as coisas vão andar para a gente. Mas, em termos gerais, vejo com otimismo.

O Presente Rural – O preço dos grãos está em patamares elevados. Por um lado é bom para quem planta. Por outro lado, para quem produz proteína animal, como a Copagril, encarece os custos. Como o senhor analisa o cenário da pecuária?

Eloi Podkowa – Nós temos os preços das commodities ainda um pouco alto para quem é da área da pecuária. Para quem é dos grãos, está achando que está bom. Cada um tem seu lado e é assim. Agora os preços deram uma recuada. Tínhamos preços de soja na faixa de 180. Hoje está em 150. O desafio nosso é ter os custos compatíveis com a atividade. Nós temos hoje a atividade pecuária, que já vem de vários anos com dificuldade devido ao preço alto das commodities.

Com a safra vindo, vejo que é um ano para estar equilibrando as contas, porque recuando um pouco (o custo), o produtor pode ter um resultado, apesar que os insumos também subiram bastante para quem produz soja e milho. O que a gente espera é não ter uma atividade muito distorcida da outra, temos que ter um equilíbrio entre as partes para que possa ter o consumo. Se nós começarmos a matar demais uma atividade a outra também vai ter problemas. O produtor tem que ver também um momento melhor de ele negociar. E nós, da pecuária, vamos ter que estar fazendo mais com menos.

O Presente Rural – A Copagril tem um planejamento de atingir um faturamento de R$ 5 bilhões em cinco anos. Fale sobre esse planejamento.

Eloi Podkowa – Nós vínhamos trabalhando praticamente todo o ano passado para ter um planejamento para mais cinco anos. Dentro desses cinco anos temos projetados R$ 5 bilhões com a rentabilidade de 5% em nossos negócios. A gente teria assim uma liquidez muito boa, um resultado muito bom.

Hoje se faz um faturamento alto, porém o resultado não é tão interessante como a gente gostaria que fosse. Estamos avaliando e verificando que alguns processos podem ter melhorias. Todo ano vai estar reestruturando (o planejamento) e vendo as melhorias, as oportunidades. Pode ser R$ 5 bilhões, pode ser mais, dependendo de como nós vamos estar trabalhando e conforme a economia. Enfim, as safras vão vindo, a gente vai estar buscando, sempre atualizando, mas buscando sempre faturamento e um resultado que seja também compatível com o que cada um dos setores possa trazer para a cooperativa.

O Presente Rural – E de onde virá esse faturamento de R$ 5 bilhões? Qual é o peso de cada atividade da Copagril hoje e no futuro para o faturamento?

Eloi Podkowa – Hoje o maior peso é a atividade pecuária. Esse ano (2022), foi R$ 1,1 bilhão só da atividade pecuária. Hoje o maior faturamento é a pecuária e depois vem a indústria e os grãos, supermercados e serviços. Mas a fatia maior hoje ainda é o suíno, frango, leite e peixes.

O Presente Rural – Algum grande projeto nesse planejamento de cinco anos?

Eloi Podkowa – Temos várias ideias, algumas estudo, mas cada qual no seu devido tempo. Temos ideia de abrir novas unidades e ampliar o mercado. Temos vários negócios que a gente está engatando, mas tudo depende de boas safras, da economia. E hoje até as taxas de juro também são bastante altas, é preciso também ver o momento certo de investir.

O Presente Rural – Um desafio e uma oportunidade para 2023?

Eloi Podkowa – O desafio é nós conseguirmos atividades que ofereçam resultados e renda. Oportunidade eu vejo que nós temos condições de estar traduzindo isso de uma maneira que as vezes você não visualiza, mas através da inovação e busca de processos a gente encontra oportunidades, as vezes onde você nem espera. As oportunidades estão por tudo, desde que você consiga visualizar, enxergar elas.

O Presente Rural – Na sua opinião, como o novo governo deve se relacionar com o agronegócio?

Eloi Podkowa – O agronegócio não precisa estar sendo muito ajudado. Ele precisa, sim, taxas de juros compatíveis para que possamos investir para custear nossas safras, os investimentos. O que nós precisamos são recursos para fazer as nossas atividades andarem. Hoje nós temos tanto pequenos como grandes produtores. Todos pensam e fazem com que o negócio seja rentável para ele. Temos muitas propriedades que hoje são verdadeiras indústrias, têm duas, três atividades, são potenciais grandes. Porém, nós temos algumas dificuldades.

Às vezes, quando o produtor precisa de um recurso, esse recurso não está disponível ou, de repente, até uma outorga de água há dificuldade de você ter. Às vezes, por algum processo, uma licença é demorada. Eu acho que tudo tem que ser fiscalizado, tem que ser certinho dentro daquilo que a lei permita e exige, mas que as ações sejam mais ágeis, mais eficazes para que tudo aquilo que está sendo projetado ele possa ser executado em tempo que é programado. Alguma agilização que foi feita, temos até conseguido (mais rápido), mas passamos por isso. Acho que o governo tem essas políticas que possam estar dificultando.

A gente espera que haja um entrosamento, temos que trabalhar unidos, só assim nós venceremos e é assim que o Brasil vai prosperar. Eu vejo que o Brasil tem um potencial muito grande e tem uma atribuição muito grande também em termos de produção de alimentos. O mundo depende hoje do Brasil e nós temos que fazer da forma certa, correta, dentro da legislação e cada um fazendo o melhor.

O Presente Rural – Um recado final aos cooperados.

Eloi Podkowa – Como presidente, eu posso dizer que os associados podem ter certeza que trabalho, determinação, vontade de fazer essa cooperativa crescer não vai faltar. Podem ter certeza que a gente vai estar trabalhando com firmeza, com segurança, dando toda a credibilidade para a cooperativa.

Estamos assumindo uma nova direção, com novas pessoas, o novo conselho, mas que a gente tem uma bagagem bastante grande de conhecimento. Vamos fazer tudo aquilo que realmente for bom para a cooperativa e for para a sociedade. O cooperado pode ficar tranquilo, sossegado, que tudo aquilo que ele fizer com a cooperativa com certeza ele está fazendo e vai estar em boas mãos.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor pecuário acesse gratuitamente a edição digital de Bovinos, Grãos e Máquinas. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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Aprovação na CCJ garante mais segurança ao seguro rural

Mudanças no PL 4720/16 favorecem melhor gestão dos recursos e evitam contingenciamentos.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Com 34 votos a favor, foi aprovada, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a relatoria do deputado Sérgio Souza (MDB-PR) ao Projeto de Lei 4.720/16, que aprimora a gestão dos recursos destinados ao seguro rural. A proposta visa garantir mais segurança e previsibilidade para os produtores rurais, especialmente os pequenos e médios, que são os mais impactados por eventos climáticos adversos.

Deputado Sérgio Souza (MDB-PR): “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta” – Fotos: Divulgação/FPA

O Seguro Rural é essencial para proteger a produção agropecuária contra riscos climáticos, como secas, geadas e inundações, que podem provocar perdas significativas. Nas últimas safras, o Brasil enfrentou os efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño, causando prejuízos consideráveis aos agricultores. “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta”, enfatiza Souza.

Menos burocracia, mais previsibilidade

O PL 4720/16 propõe transferir as responsabilidades financeiras do Seguro Rural do Ministério da Agricultura para as Operações Oficiais de Crédito, vinculadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Essa alteração assegura que os recursos para o seguro não sejam contingenciados, como ocorreu nos últimos anos.

“Esta mudança trará mais previsibilidade aos produtores rurais, permitindo que contem com o Seguro Rural de maneira mais eficaz”, explica Sérgio Souza. “Além disso, reduzirá o custo do seguro, aumentando a transparência e a segurança jurídica na aplicação dos recursos.”

Presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR): “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou a importância do PL 4720/16 para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. “Este é um tema crucial. Recentemente, foi debatido na Comissão de Agricultura outro projeto similar, tratando da legislação sobre o Seguro Rural”, destacou Lupion. “A demanda por seguro foi muito alta este ano; precisamos endereçar essa questão urgentemente.”

Após a aprovação na CCJ, o deputado Sérgio Souza agradeceu aos colegas que apoiaram a medida e destacou que a proposta proporcionará segurança ao produtor rural, especialmente aos mais afetados por intempéries, como os do Rio Grande do Sul nesse momento. “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”, frisou o parlamentar.

 

 

Fonte: Assessoria FPA
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CBNA – Cong. Tec.

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