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Novas cultivares de sorgo e de milho com elevado potencial produtivo chegam ao mercado

Cultivares foram desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (MG) e testadas em várias regiões brasileiras para atender a necessidades significativas do setor de grãos, incluindo pequenos, médios e grandes produtores.

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Foto: Reginaldo Resende Coelho

Duas novas cultivares de milho desenvolvidas pela Embrapa estão disponíveis para a próxima safra e têm em comum o bom potencial produtivo em condições de baixo e médio investimento, com sementes a preços mais acessíveis. O híbrido BRS 2107, indicado para produção de grãos em lavouras de baixo e médio investimento e a BRS 4107, uma variedade de polinização aberta, para lavouras de baixo investimento. Ambas são de ciclo precoce-normal, com elevada resistência ao acamamento e quebramento de colmo, apresentam ampla adaptabilidade e estabilidade, sendo recomendadas para todas as regiões do Brasil, tanto na safra como na safrinha.

Híbrido de sorgo granífero BRS 3318 desenvolvido a partir de demanda de mercado por um sorgo mais produtivo com alta sanidade foliar e baixo fator de reprodução de nematoides – Foto: Guilherme Zinsly

Outra novidade é o híbrido de sorgo granífero BRS 3318, desenvolvido a partir de demanda de mercado por um sorgo mais produtivo com alta sanidade foliar e baixo fator de reprodução de nematoides. “Esse híbrido foi selecionado pelo seu excelente desempenho nas áreas de Cerrado, Triângulo Mineiro e Oeste Baiano, com produção de grãos acima de 5 toneladas por hectare”, relata o pesquisador Cícero Beserra de Menezes, da Embrapa.

O objetivo, segundo ele, é ofertar uma semente de custo e qualidade mais acessível ao produtor, ajudando a balizar o mercado de sementes. “O número de cultivares de sorgo disponíveis no mercado nacional é bastante limitado, quando se compara com outros cereais, de forma que é preponderante o lançamento de mais cultivares para dar ao produtor mais opções de assertividade de plantio, uma vez que a segunda safra é muito afetada por variações climáticas de seca e frio”, diz Menezes.

O novo sorgo BRS 3318 apresenta uniformidade e é um híbrido simples, para a produção de grãos. A cultivar já está registrada para as regiões brasileiras Centro-Oeste e Sudeste, e deverá ter sua extensão de uso finalizada nesta safra para outras regiões.

Testadas em várias regiões brasileiras, as novas cultivares de milho e sorgo têm em comum o elevado potencial produtivo dentro das suas categorias – Fotos: Divulgação/Priorizi Sementes

Com alto potencial produtivo, é estável e resistente ao acamamento. Uma de suas principais características é apresentar baixo fator de reprodução/multiplicação para o nematoide Pratylenchus brachyurus. Possui tolerância à seca e ao alumínio no solo. Todas essas características fazem dessa cultivar uma alternativa importante para sucessão de soja, especialmente para plantios na safrinha.

Tanto as cultivares de milho como a de sorgo foram desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (MG). Testadas em várias regiões brasileiras, elas têm em comum o elevado potencial produtivo dentro das suas categorias, para atender a necessidades significativas do setor de grãos, incluindo pequenos, médios e grandes produtores.

Sorgo no Brasil e no mundo
O sorgo é o quinto cereal mais plantado no mundo, após o milho, o trigo, o arroz e a cevada. O Brasil se posiciona como o oitavo maior produtor mundial de sorgo. “Essa cultura vem ganhando espaço nas últimas safras, por causa da instabilidade climática da segunda safra e dos problemas do complexo do enfezamento que prejudicam o cultivo do milho. O sorgo é mais tolerante à seca que o milho e não é atacado pelo complexo de enfezamento. Seu custo de produção é 40% menor que o do milho, o que é vantajoso quando se pensa no risco da segunda safra”, considera Menezes.

Nas últimas duas safras, a área nacional de sorgo aumentou consideravelmente, com crescimento em áreas já conhecidas como Bahia, Goiás e Minas Gerais, e com incremento em novas áreas como Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins. O grão de sorgo pode substituir o milho em 100% nas rações de aves, suínos e bovinos, o que contribui para ampliar as opções de alimentos da cadeia agropecuária.

Milho de baixo custo de sementes: variedade BRS 4107 e híbrido BRS 2107
“As duas cultivares de milho, a variedade BRS 4107 e o híbrido top-cross BRS 2107, têm características agronômicas equilibradas, ambas com ótima relação custo/benefício para o segmento de baixa/média tecnologia, sendo adequadas para produção de grãos em condições menos favoráveis”, explica o pesquisador Lauro José Moreira Guimarães.

Tanto a variedade BRS 4107 quanto o híbrido top-cross BRS 2107 têm características agronômicas equilibradas, ambas com ótima relação custo/benefício para o segmento de baixa/média tecnologia – Foto: Francisco Moreira

Esses materiais são indicados para cultivo em todo o território brasileiro, para plantios tanto na safra como na safrinha. Apresentam boa resistência a várias doenças, níveis de produtividade comparáveis às melhores cultivares em categorias similares (variedades e híbridos duplos), com estabilidade de produção e resistência a acamamento e quebramento.

Segundo Guimarães, o BRS 2107 destaca-se por apresentar heterose, obtida pelo cruzamento entre parentais vigorosos e geneticamente complementares, sendo uma excelente alternativa para agricultores familiares que querem aprimorar a produção, substituindo variedades de polinização aberta por um híbrido com excelente potencial produtivo e baixo custo de sementes em relação a outros tipos de híbridos.

Os desafios do milho
O milho é cultivado em todos os estados brasileiros, em uma diversidade de sistemas produtivos, abrangendo desde a agricultura familiar até a empresarial. Para Lauro Guimarães, os grandes desafios da cultura passam por formas de manter e aumentar a produtividade com sustentabilidade.

Ele cita duas das grandes mudanças que ocorreram nos últimos anos: o aumento da área da segunda safra de milho, que hoje responde por cerca de 76% da produção, segundo levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 2023 e o aumento dos custos, abrangendo sementes, fertilizantes, defensivos, combustíveis e maquinário, entre outros.

“Isto tem feito com que os produtores busquem alternativas de acesso a uma genética competitiva a preços mais razoáveis”, diz Guimarães. “Grande parte das lavouras são destinadas à produção de grãos, com direcionamento, principalmente, para rações, etanol, produtos para alimentação humana e para diversas aplicações industriais. Além disso, existe relevante produção de milho verde e de forragem para animais na forma de silagem”, analisa o cientista.

Diversos tipos de cultivares de milho estão disponíveis no mercado brasileiro, com peculiaridades e características que atendem a vários cenários produtivos, desde sistemas de cultivo altamente tecnificados, com uso de biotecnologias e altas taxas de aplicação de insumos, até sistemas de produção da agricultura familiar com baixos investimentos, conforme descrito pelos pesquisadores Israel Pereira Filho e Emerson Borghi, em um levantamento de cultivares realizado em 2022.

Segundo Guimarães, “nesses cenários são utilizados tipos de cultivares diferentes, como os híbridos simples (HSs), híbridos triplos (HTs), híbridos duplos (HDs), entre outros tipos, convencionais ou portadores de tecnologias transgênicas. Por exemplo, os híbridos simples BTs são transgênicos e apresentam alto potencial produtivo além de resistência a pragas, e são os tipos de cultivar mais recomendados para sistemas de produção mais tecnificados. Esses tipos de híbridos são altamente responsivos aos investimentos em adubação, e a outras práticas de manejo, mas são os materiais com sementes de mais alto custo”.

Por outro lado, Guimarães comenta que “existem cultivares que apresentam maior facilidade no processo de multiplicação de sementes, e, por consequência, obtém-se menor custo para esse insumo. Além disso, com a adoção desses tipos de cultivares, geralmente, são recomendadas menores taxas de aplicação de adubos e outros insumos, o que torna a implantação e condução da lavoura menos onerosa. Sementes de menor custo também podem compor uma importante estratégia no planejamento da sucessão de cultivos (soja – milho) em propriedades mais tecnificadas, principalmente em situações de maior risco climático – como no fechamento da janela de segunda safra”, detalha o cientista.

Vantagem para a agricultura familiar
Na maioria dos casos, a agricultura familiar pratica sistemas de produção com menores investimentos e, nesse contexto, a restrita disponibilidade de sementes melhoradas especificamente para este segmento, pode trazer ainda mais vulnerabilidade aos agricultores menos capitalizados.

“Muitas vezes, os pequenos produtores utilizam cultivares antigas ou de ‘milho de paiol’, mas, para avanços produtivos, é sabido que a substituição desses tipos antigos por sementes melhoradas é uma recomendação prática, com custo relativamente baixo, e que pode trazer ganhos expressivos em termos de produtividade”, frisa Guimarães.

Ele destaca que a Embrapa é a única empresa que oferece todos os tipos de cultivares de milho para o mercado brasileiro, atendendo desde sistemas de baixo investimento até sistemas mais tecnificados. “As cultivares geradas pela Embrapa são disponibilizadas por sementeiros privados, geralmente de pequeno porte, e, muitas vezes, esses parceiros têm capilaridade em regiões menos favorecidas, e podem atender à demanda de agricultores diretamente e a diversos programas de governo”, conta o pesquisador.

Licenciada
A proprietária e técnica da empresa Di Solo Sementes, Giovanna Baccarin Di Salvo, considera uma grande oportunidade trabalhar com o sorgo BRS 3318. “É uma cultivar que tem um potencial produtivo muito bom e controla a reprodução de nematoides no solo, atendendo a todas as regiões do Brasil.  A maioria dos nossos clientes são produtores de soja, sendo o sorgo BRS 3318 um híbrido complementar nos cultivos de sucessão à soja, que se encaixa de maneira estratégica em nosso portfólio”, relata Di Salvo.

Lançamentos e representantes
O lançamento das três cultivares foi feito na segunda-feira (15), durante a abertura da 15ª Semana de Integração Tecnológica (SIT), na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, Minas Gerais. O evento segue até quinta-feira (18), quando a Embrapa Milho e Sorgo comemora regionalmente os 50 anos da Embrapa e os 15 anos da SIT.

A Semana de Integração Tecnológica (SIT) é um evento âncora realizado pela Embrapa Milho e Sorgo que conta com parceiros como o Sistema Faemg (Faemg/Senar/Inaes/Sindicatos), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), além de cooperativas, fundações de apoio e empresas privadas.

Fonte: Assessoria

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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