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Movimento reverso de consumo local não vai parar a globalização do agro

A tese foi defendida por líderes do setor, durante o 35º Show Rural 2023.

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Fotos: Patrícia Schulz/OP Rural

Com objetivo de promover um diálogo sobre a globalização do agronegócio, com ênfase no que o mercado internacional busca no Brasil, profissionais de diversas áreas que são conectadas com o agro participaram de um painel, durante o 35º Show Rural Coopavel, realizado em fevereiro, em Cascavel, PR, e debateram sobre o mercado globalizado e as perspectivas para o futuro. Para os participantes, por mais que exista um movimento reverso, de consumo regional, com consumidores optando preferencialmente por produtos locais, a globalização do agro tende a se manter.

Mediador do painel, Jônatas Couri, da Alvares e Marsal

Participaram do painel Elaine Prates, da Câmara de Comércio Àrabe Brasileira, Felipe Sarabino, da H2O Innovation, Rodrigo Regis de Almeida Galvão, diretor de Novos Negócios do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Maurício Adriano Rocha, da Alltech, e Tsen Chug Kong, da Jacto. O painel teve a mediação de Jônatas Couri, da Alvares e Marsal.

O mediador iniciou o painel destacando que a globalização do agronegócio não é um sonho a ser alcançado, pois o agro brasileiro já é globalizado. “Quando pensamos nos mais de 35 produtos que exportamos entendemos que o Brasil não precisa globalizar seu agronegócio, pois o agro já vive a globalização. Existe muita diversidade que tange o que comemos, o que vestimos, entretanto, tudo está conectado e interligado com o mercado nacional e mundial”, afirma.

Elaine Prates, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira

A representante da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Elaine Prates, disse acreditar na tendência de permanência da globalização no agronegócio. “A globalização tende a se manter, pois o mundo precisa de alimentos, sendo que é necessário que a segurança alimentar seja conquistada. Por isso, acreditamos que a globalização vai continuar, sendo que todos os anos novas soluções são apresentadas e tornam o agro mais inovador, eficiente e mais global”, pontua.

Elaine reforçou ainda que o mercado brasileiro representa segurança alimentar para os países árabes. “Os países árabes enxergam no Brasil um país seguro para o fornecimento de alimentos. Nos países árabes cerca de 70% dos alimentos têm origem em importações. Tanto para o Brasil como para os países árabes, o setor agrícola é o que mais desponta. Nosso trabalho com a Câmara de Comércio é justamente auxiliar as empresas que têm interesse de exportar para os Emirados Árabes”, destacou.

Líder da H2O Innovation, Felipe Sarabino

O líder da H2O Innovation, Felipe Sarabino, enalteceu que as tecnologias podem ser usadas como ferramentas para melhorar a produção de alimentos, destacando que a globalização também reforçou a importância das soluções verdes. “A sustentabilidade é uma tendência globalizada e que transpassa o setor do agro. Todos os ramos trabalham e precisam ser eficientes de forma sustentável”, pontua.

Ainda de acordo com ele, é muito importante e necessário que os produtores adotem a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade. “Essas novas ferramentas permitem que façamos melhores recomendações ao produtor, integrando dados agrícolas, como a parte climática, dados do solo, verificando a parte química, física e biológica do solo. Manejo, telemetria; esses projetos podem somar muito quando pensamos em aumentar cada vez mais a produção agrícola para atender o mercado globalizado”, pondera.

Representante da Alltech, Maurício Adriano Rocha

O representante da Alltech, Maurício Adriano Rocha, apontou a necessidade de melhorar a comunicação do agro. “Precisamos comunicar que a nossa soja não é produzida em áreas de preservação e que a nossa produção de proteína animal atende às necessidades dos países importadores. O agro brasileiro está cada vez mais buscando alternativas para melhorar a sua produtividade, atendendo aos padrões internacionais”, aponta.

Tsen Chug Kong, da Jacto

Tsen Chug Kong, da Jacto, falou que o agronegócio é altamente globalizado. “Compramos agrotóxico de países da Europa, como Rússia, compramos sementes da Argentina. Depois plantamos, colhemos e exportamos. Dito isso, podemos enaltecer que o nosso agronegócio é altamente globalizado”, apontou.

Outra afirmação que foi destacada por várias lideranças é a de que a globalização tende a se manter, mas que os países também estão buscando ser mais independentes do mercado externo, visando a autossuficiência. “O futuro promete uma globalização mais equilibrada, para que os países não tenham uma dependência tão grande um do outro”, disse Jônatas.

Rodrigo Regis de Almeida Galvão, do PTI

finalizou ressaltando que o mercado do agro necessita apropriar-se, cada vez mais, das duas grandes oportunidades que podem trazer cada vez mais inovação ao setor: a digital e o melhoramento genético. “Também precisamos, cada vez mais, exportar tecnologias e não apenas commodities, para que o Brasil se aproprie da sua vocação de ser o celeiro mundial”, mencionou.

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Fonte: O Presente Rural

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Florestas públicas serão concedidas para gerar crédito de carbono

Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

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Foto: Divulgação/Mapa

A Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

O modelo de concessão é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmado nesta sexta-feira (03), no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. A parceria terá US$ 800 mil disponibilizados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em recursos não reembolsáveis do Fundo Verde para o Clima (em inglês Green Climate Fund), uma iniciativa internacional de enfrentamento às mudanças climáticas.

Além das unidades federais, também serão apoiados projetos de concessão nos estados. O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, afirmou durante a cerimônia que serão investidos R$ 30 milhões em estudos para projetos de concessão na Amazônia.

“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações das áreas, qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para quem vai investir”, disse.

Os estudos apresentarão propostas de concessões de florestas públicas estaduais, que precisem passar pela recuperação da vegetação nativa, mas também prevejam como retomo financeiro aos investimentos propostas de manejo ambiental conforme a necessidade de cada área.

De acordo com SFB, a meta para concessões de florestas públicas federais, até 2026, é de 4 milhões de hectares, que deverão ser incluídos em projetos propostos pela iniciativa privada para recuperação e manejo florestal sustentável. De acordo com a instituição, a previsão é que essas iniciativas gerem 25 mil empregos e R$ 60 milhões ao ano em renda nos municípios alcançados.

Fonte: Agência BNDES de Notícias
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Produção industrial cresce 0,9% em março, diz IBGE

Apesar do resultado positivo na passagem de fevereiro para março, apenas cinco das 25 atividades industriais apresentaram alta no período, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1% no mês, principalmente devido às produções de carne e açúcar.

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Foto: Marcos Vicentti

A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em março deste ano, na comparação com fevereiro. No mês anterior, a indústria havia crescido 0,1%. O crescimento em dois meses não foi suficiente para recuperar a perda de 1,1% no setor em janeiro.

Os dados da Produção Industrial Mensal (PIM) foram divulgados nesta sexta-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que, na comparação com março de 2023, foi registrada uma queda de 2,8%. A produção industrial acumula altas de 1,9% no ano e de 0,7% no período de 12 meses.

A indústria está 0,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) mas 16,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, observado em maio de 2011.

Apesar do resultado positivo na passagem de fevereiro para março, apenas cinco das 25 atividades industriais apresentaram alta no período, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1% no mês, principalmente devido às produções de carne e açúcar.

Além dele, apresentaram alta apenas os segmentos de produtos têxteis (com avanço de 4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,5%) e indústrias extrativas (0,2%).

Entre as 20 atividades em queda, os principais destaques negativos foram apresentados pelos ramos de veículos automotores (-6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) e produtos químicos (-2%).

Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, houve crescimento nos bens intermediários, que são insumos industrializados usados no setor produtivo (1,2%), e nos bens de consumo semi e não duráveis (0,9%). Por outro lado, apresentaram queda os bens de consumo duráveis (-4,2%) e os bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-2,8%).

Fonte: Agência Brasil
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Turquia abre três mercados para produtos do agronegócio brasileiro

Autoridades sanitárias turcas aprovaram a importação de gelatina e colágeno não comestíveis, ovos, além de produtos e vísceras organolépticas, sendo estes últimos destinados à alimentação animal.

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Foto: Rodrigo Felix Leal

Fotos: Divulgação/Mapa

Pouco mais de 60 dias após a última missão da delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Ancara, na Turquia, o governo brasileiro já começa a receber boas notícias. Na quinta-feira (02), as autoridades sanitárias da Turquia aprovaram o certificado internacional para importação de gelatina e colágeno não comestíveis, bem como de ovos, além de produtos e vísceras organolépticas, sendo estes últimos destinados à alimentação animal.

No início de março deste ano, representantes do Mapa realizaram diversas reuniões com o governo turco para expandir a cooperação e o comércio de produtos agrícolas entre os dois países. A delegação brasileira foi liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e contou com a participação do secretário-adjunto da SCRI, Julio Ramos e do diretor do Departamento de Promoção Comercial do Mapa, Marcel Moreira.

A agenda incluiu reuniões bilaterais com Ahmet Gümen, vice-ministro do Ministério da Agricultura e Florestas da Turquia, com Mustafa Kayhan, diretor geral do Conselho de Carne e Leite, e com suas respectivas equipes.

As três novas aberturas, o maior registro de expansão comercial de uma só vez para o governo turco na série histórica, reafirmam a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil e deverão contribuir para aumentar ainda mais o fluxo comercial entre os dois países.

A Turquia foi o 13º maior destino das exportações agrícolas brasileiras no ano passado. Em 2023, o Brasil exportou produtos do agronegócio no valor de US$ 2,42 bilhões para o mercado turco, com importante participação do complexo da soja, de produtos têxteis e do café. “A abertura simultânea desses três novos mercados marca um ponto de virada nas relações comerciais entre Brasil e Turquia, refletindo o trabalho árduo e a dedicação da equipe técnica do Mapa. Esta conquista é um testemunho da qualidade e da confiabilidade dos produtos agrícolas brasileiros, e destaca a crescente confiança internacional em nosso sistema de controle sanitário. É um grande passo para expandir ainda mais nossas fronteiras comerciais e fortalecer nossa posição no cenário mundial”, declarou Perosa.

Com a inclusão dos três novos mercados, o agronegócio brasileiro atingiu a marca de 34 aberturas comerciais internacionais apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 112 novos mercados em 50 países.

O resultado positivo é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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