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Ministério da Agricultura avança em novos acordos comerciais com Vietnã durante missão
Pais asiático foi o quinto maior consumidor dos produtos agrícolas brasileiros em 2023.
Em uma iniciativa estratégica para fortalecer as relações agropecuárias entre o Brasil e o Vietnã, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esteve no país asiático nesta semana e conquistou importantes avanços nas relações bilaterais.
Liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, a comitiva brasileira, que também incluiu empresários e associações do agro, participou de uma série de encontros, seminários e reuniões em Hanoi e Ho Chi Minh com o propósito de fortalecer as relações comerciais entre os dois países.
As atividades tiveram início com a abertura da 12ª edição da Feira “Food and Hotels Vietnam”, em 19 de março, com a participação de mais de 300 empresas de 27 países. Na sequência, as autoridades brasileiras realizaram uma visita técnica na JBS Couros, no Vietnã, que tem exportado para o mundo todo.
Outra ação importante com os vietnamitas ocorreu durante o Seminário Comercial Brasil-Vietnã em Hanói, considerado a maior iniciativa de promoção comercial já realizada pelo Brasil naquele país. O evento, promovido em parceria com a Apex e o Ministério das Relações Exteriores, reuniu mais de 150 empresários brasileiros e vietnamitas e contou com a presença do vice-ministro da Agricultura do Vietnã, Phung Duc Tien, que destacou o potencial para o aumento da cooperação e do comércio entre os países.
Já na quinta-feira (21), foi realizada uma reunião com o vice-ministro do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã, Sr. Phung Duc Tien, focada em temas sanitários, fitossanitários e de cooperação. Ambas as partes expressaram o desejo de expandir a cooperação, a parceria e o comércio, considerando o encontro um marco nas relações bilaterais agropecuárias Brasil-Vietnã. A delegação do Mapa apresentou as demandas brasileiras, incluindo a abertura do mercado vietnamita para produtos como carne bovina, farinhas de origem bovina e pés de frango, além da atualização do certificado sanitário para a exportação de carne de aves, permitindo a regionalização.
“Os avanços nas discussões indicaram um importante progresso nas negociações comerciais entre nossos países, sinalizando uma aproximação bem-sucedida e a possibilidade de novas aberturas de mercado, que até então estavam travadas, em um futuro próximo. A missão ao Vietnã representou uma grande na retomada das negociações e na promoção das relações comerciais bilaterais entre o Brasil e o Vietnã. Em breve teremos boas notícias”, ressaltou Perosa.
Nesta sexta-feira (22), com a participação de representantes das associações ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), PeixeBR (Associação Brasileira de Psicultura) e CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil) foram discutidas com o presidente da Vietnam Chamber of Commerce and Industry (VCCI), Pham Tan Cong, as possibilidades de aumento das trocas comerciais entre os países e a aproximação entre os setores privados. Na ocasião, Perosa convidou as lideranças do VCCI a visitar o Brasil com comitiva empresarial.
Em 2023, o Vietnã foi o quinto maior consumidor dos produtos agrícolas brasileiros, com exportações brasileiras totalizando US$ 3,52 bilhões. Dentre esses produtos, cereais, farinhas, preparações e o complexo da soja representaram 72% do total exportado. No mesmo período, o Brasil importou mais de US$ 200 milhões em produtos do Vietnã.
Além do secretário da SCRI, a delegação do Mapa também é composta pelo diretor de Promoção Comercial e Investimento, Marcel Moreira, pelo coordenador-geral de Promoção Comercial, Dalci de Jesus Bagollin, e pelo adido agrícola no Vietnã, Juliano Vieira. A missão prossegue agora para Bangkok, na Tailândia, e Phnom Penh, no Camboja.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.
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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.
Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.
Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.
Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.