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Suínos / Peixes

Minas Gerais, terra de suinocultores independentes há 500 anos

Modelos de integração partiram do Sul do país e bateram de frente em uma cultura única, que resiste há séculos aos modelos de ciclo completo.

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Foto: Divulgação/DB

Há quase 500 anos, suinocultores mineiros usam o mesmo modelo de produção: o ciclo completo. A modernidade da integração que avançou partindo do Sul do país bateu de frente em uma história secular de paixão pelo suíno e por uma gastronomia que usa a carne de porco em algumas das suas receitas mais reconhecidas no Brasil e no mundo. A resistência dos suinocultores independentes de Minas Gerais é um caso típico estudo, daqueles sucessos que se tornam exemplo para o setor aqui e fora do país. Hoje, quase 500 anos depois do início da suinocultura em Minas Gerais, três em cada quatro suinocultores são independentes.

Essa resistência dos suinocultores independentes de Minas Gerais é ainda mais impressionante quando se considera o contexto atual da agricultura e pecuária brasileira. O setor agropecuário é uma das principais forças da economia do país, com grandes empresas e corporações dominando a produção em muitas áreas. Ainda assim, os suinocultores independentes de Minas Gerais permanecem firmes em sua tradição de produzir suínos em um modelo de ciclo completo, desde o nascimento até a comercialização, sem a ajuda de grandes empresas integradoras.

Esse modelo de produção, embora possa parecer ultrapassado para alguns, tem suas vantagens. Os suinocultores independentes podem controlar todo o processo de produção, desde a genética até a alimentação dos animais, o que lhes permite garantir a qualidade do produto e manter preços competitivos no mercado.

No entanto, a resistência dos suinocultores independentes de Minas Gerais não é apenas uma questão econômica. É também uma questão cultural e social, que se reflete na paixão pela carne de porco e na gastronomia local. A carne de porco é um ingrediente essencial em muitas receitas tradicionais da culinária mineira, como o feijão tropeiro e a famosa linguiça de Mariana. Para os suinocultores independentes, a produção de suínos é mais do que um negócio, é uma parte fundamental de sua identidade e tradição.

Presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Carlos Bretas Leite – Foto: Arquivo/OP Rural

O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Carlos Bretas Leite, explica mais sobre essa tradição e sobre o modelo independente de negócio ser predominante. “Minas é um Estado com fortes tradições gastronômicas. O surgimento da suinocultura por aqui vem em conjunto com essa ancestralidade alimentar e DNA rural. A atividade surge no Brasil por volta de 1530, em Minas ela tem início no mesmo período por conta da facilidade de criação dos animais, a rentabilidade da carcaça e facilidade de conservação do produto preparado devido ao acondicionamento na própria gordura do animal”, destaca. “Desta forma entendemos que a produção de suínos em Minas acompanhou a história do desenvolvimento do país, chegando hoje a uma atividade que vai de encontro aos hábitos de consumo local em conjunto com o tipo de agronegócio desenvolvido no Estado, com maioria de produtores independentes em busca de melhoramento constante do produto, da atividade e de sua lucratividade”, conta Bretas Leite.

O presidente da Asemg destaca a preferência do mineiro pela produção própria. “Minas conta hoje conta hoje com cerca de 75% dos suinocultores industriais independentes, ou seja, responsáveis pelo ciclo completo da produção. Os outros 25% estão ligados principalmente às agroindústrias, ou seja, contam a integração de seus processos de produção junto a estas empresas”, revela.

Movimento

Ele explica, no entanto, que na última década houve uma pequena migração de produtores independentes aos sistemas integrados, mas também aconteceu o contrário com alguns produtores, que deixaram as agroindústrias para se tornar independentes. “Nos últimos 10 anos percebemos um movimento de crescimento no setor de integrados, e este perfil de produtor cresceu cerca de 5% contando todos os sete polos produtores de Minas Gerais”, frisa o presidente.

Para ele, o movimento é natural e leva em conta a intenção de cada produtor e seu perfil. “Percebemos aumento da integração e entendemos que esta é uma escolha individual de cada suinocultor. É importante que cada um entenda qual o modelo de negócio funciona melhor para o seu momento particular”, reflete.

Figurando na quarta colocação entre os maiores produtores do Brasil, com 9,7% da produção nacional em 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Minas é também o maior produtor do Brasil fora da região Sul, onde o sistema de integração é dominante. Para o presidente, características únicas do Estado fizeram com que esse modelo de negócio fosse perpetuado ao longo dos tempos. “Minas é um estado continental, somos maiores em população e extensão territorial do que muitos países. Logo, com toda esta disponibilidade de terra, vindo de um modelo de desenvolvimento agrário muito particular, unindo-se ao tradicional consumo da proteína, as primeiras gerações de suinocultores iniciaram suas produções em formato individual e entendemos que até os dias de hoje o empresário rural do setor de suinocultura em Minas, em sua maioria, compreende que é mais vantajoso trabalhar no sistema de independência”, frisa Bretas Leite.

Vantagens e desvantagens

Para o presidente, ambos modelos de produção têm suas vantagens e desvantagens. “Entendo que ambos têm suas vantagens e desafios. A escolha por um deles realmente se trata de uma escolha particular por modelo de negócio”, sustenta. Ainda segundo o presidente, o que mais pesa para a suinocultura mineira ser amplamente independente, além da tradição, é a renda ao produtor e que mudanças profundas nos modelos de produção não estão no radar do setor e das lideranças. “Muito se tem discutido sobre a verticalização da atividade como um todo. Temos exemplos de grandes plantéis independentes que se tornaram integrados e vice e versa em diversas localidades do Brasil. Reforço que essa é uma escolha individual. Temas como capitalização do produtor tornam impossível determinarmos que em um curto espaço de tempo tenhamos ou não mudanças radicais em relação aos modelos de produção em Minas Gerais”.

Ou seja: Minas vai manter sua pujante suinocultura independente por muitos e muitos anos. Mais 500, talvez?

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Peixe BR debate mercado da aquicultura e explora sanidade de peixes na 13ª Aquishow Brasil

Presidente da entidade, Francisco Medeiros, fará uma palestra no evento quarta-feira (22), com início às 11h20 e duração de 30 minutos, no auditório da feira. Já o 2º Workshop Peixe BR de Sanidade da Piscicultura ocorre das 13h30 às 15h30, no mesmo dia.

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Presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros: "Como entidade que trabalha em prol do fomento à piscicultura, conectada diretamente com os produtores e empresas, a Peixe BR participa todos os anos da Aquishow" - Foto: Divulgação/Peixe BR

A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) participa da 13ª Aquishow Brasil 2024 – da produção ao consumo, durante esta semana, em São José do Rio Preto (SP). Neste ano, a entidade máxima da atividade no Brasil promove a segunda edição do Workshop Peixe BR de Sanidade da Piscicultura.

Em outro momento da feira, o presidente executivo da associação, Francisco Medeiros, apresenta palestra sobre o mercado dos peixes de cultivo. A Peixe BR também terá estande no evento, que teve início na segunda (20) e segue até quinta-feira (23). “Como entidade que trabalha em prol do fomento à piscicultura, conectada diretamente com os produtores e empresas, a Peixe BR participa todos os anos da Aquishow. Além de promover nossa segunda edição do Workshop de Sanidade, vamos debater as oportunidades nos mercados locais e globais”, diz Francisco Medeiros.

Para o presidente executivo da Peixe BR, a sanidade é extremamente importante para a produção de alimentos de origem animal. “Com a saúde comprometida, não há manejo nutricional de qualidade que surta efeito”.

O Brasil produziu 887.029 toneladas de peixes de cultivo, em 2023. Além do foco no consumo interno, a atividade acelera a abertura de novos mercados. “Oportunidades vão se abrindo para a atividade avançar cada vez mais por conta da confiabilidade na qualidade e segurança dos peixes de cultivo do Brasil”, finaliza Francisco.

A palestra de Francisco Medeiros na 13ª Aquishow Brasil será nesta quarta-feira (22), com início às 11h20 e duração de 30 minutos, no auditório da feira. Já o 2º Workshop Peixe BR de Sanidade da Piscicultura ocorre das 13h30 às 15h30, no mesmo dia.

Confira a programação do Workshop de Sanidade da Peixe BR

Apresentação 1: Apresentação das principais: Miguel Frederico Fernandez Alarcon

Apresentação 2: Cenário sanitário de peixes jovens e adultos: Fabiana Pilarski

Painel de discussão com os Miguel Frederico Fernandez Alarcon, Fabiana Pilarski, Henrique Figueiredo e Natan Wajsbrot. Moderador: Marco Túlio Diniz Peixoto

A programação completa do evento pode ser conferida clicando aqui.

Fonte: Assessoria Peixe BR
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Suínos / Peixes

Nova edição de Aquicultura explora gargalos, oportunidades e a resistência no Brasil às tilápias supermachos

Periódico traz reportagens sobre os desafios dos piscicultores independentes devido à falta de contratos sólidos com agroindústrias, enfatiza a resistência no Brasil à técnica de produção de tilápias supermachos e apresenta soluções para melhorar a eficiência alimentar na aquicultura, como a edição genômica.

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Um dos obstáculos enfrentados pelos piscicultores independentes é a ausência de contratos bem estabelecidos com agroindústrias ou cooperativas, que garantam a retirada dos peixes no momento certo. Ao contrário do modelo de integração, em que as cooperativas assumem a responsabilidade pela gestão do ciclo produtivo, os produtores independentes ficam à mercê das flutuações do mercado e das decisões das indústrias processadoras.

Na nova edição de Aquicultura do Jornal O Presente Rural, que já está disponível na versão digital no campo Edições Impressas deste portal de notícias, trazemos uma reportagem exclusiva que ilustra vividamente os desafios enfrentados por aqueles que optam por seguir o caminho independente na piscicultura. Quando a indústria falha em realizar a despesca no momento oportuno, os peixes acabam por permanecer nos açudes por períodos prolongados. Embora isso possa resultar em um aumento de peso aparentemente positivo, os impactos negativos sobre a eficiência alimentar e a qualidade da água são profundamente preocupantes.

Torna-se evidente a importância crucial de se estabelecer contratos sólidos e transparentes entre os produtores independentes e as agroindústrias. Esses contratos não apenas oferecem segurança e previsibilidade aos piscicultores, mas também promovem uma relação de parceria sustentável, na qual ambas as partes podem prosperar.

É fundamental que os desafios enfrentados pelos produtores independentes sejam reconhecidos e abordados de forma proativa. Somente através de uma abordagem colaborativa e comprometida, que valorize a transparência, a sustentabilidade e o respeito mútuo, poderemos garantir um futuro próspero para a piscicultura brasileira.

Na capa chamamos atenção para o quanto as tilápias supermachos enfrentam resistência no Brasil. O método de produção já foi implementado com sucesso em países da Europa e Japão, mas falta de pesquisas e inconsistências nos resultados de estudos já feitos no Brasil freiam o desenvolvimento e adoção dessa técnica.

Também trazemos neste periódico reportagens especiais sobre os gargalos e soluções para melhorar a eficiência alimentar, como a edição genômica permite até dobrar produção em apenas uma geração, soluções para a conversão alimentar dos peixes, propriedade no Paraná é reconhecida modelo em sustentabilidade e muito mais.

Há ainda artigos técnicos escritos por profissionais de renome do setor falando sobre manejo, inovação, produtos, bem-estar e as novas tecnologias existentes no mercado. A publicação conta ainda com matérias que trazem novidades das principais e mais importantes empresas do agronegócio nacional e internacional.

O acesso é gratuito e a edição Aquicultura pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes mais pesados geram prejuízos e desafios a mais nos açudes

Piscicultores de Toledo (PR) contam como têm enfrentado os problemas gerados pelos peixes que ficam mais pesados e mais tempo em produção.

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Foto: Shutterstock

Ao contrário das cadeias de aves e suínos, onde a indústria pode ajustar o alojamento para equilibrar a oferta e demanda de carne, o mercado de peixes opera de forma diferente, especialmente para os produtores independentes. Quando a indústria falha em realizar a despesca no momento adequado, os peixes permanecem nos açudes por períodos prolongados, resultando em um aumento de peso, porém, prejudicando a eficiência alimentar e comprometendo a qualidade da água. Essa situação tem se tornado um grande desafio para o piscicultor Dilseu Giacomini, de Toledo, no Paraná.

Bruno, Dilseu e Luiz Antônio Giacomini comandam 50 mil metros quadrados de lâminas d’água em Toledo, no Paraná – Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

Giacomini é um dos pioneiros da piscicultura no Oeste paranaense, o maior polo produtor de tilápias do país. Com experiência de 30 anos na produção de tilápias, Giacomini opera oito açudes que totalizam 50 mil metros quadrados de lâmina de água e uma produção anual de 300 toneladas de tilápias.

Diferente do modelo de integração, em que as cooperativas garantem a retirada do peixe no momento certo, produtores independentes que não têm contratos bem estabelecidos com a indústria ficam dependentes da demanda do mercado. Se o consumo cai, a indústria freia o processamento e deixa a tilápia por mais tempo nos açudes dos produtores. “Foi o que aconteceu nessa última quaresma. Foi um período atípico, de baixo consumo. Então travou o mercado e a indústria reduziu sua produção. Consequentemente, o peixe fica mais tempo no açude”, aponta Giacomini.

“O ideal é que o peixe saia do açude com cerca de 700 a 850 gramas, no máximo, o que levaria entre oito a 10 meses, dependendo da época do ano. Mas quando o mercado trava o peixe chega a sair com 1,1 quilo ou 1,2 quilo. Teve vezes que até passou desse peso. Esse cenário nos gera muitos problemas”, aponta o piscicultor. Giacomini explica que apesar de filés maiores serem apreciados pela gastronomia, produzir peixes maiores gera prejuízos para o produtor. “Naturalmente a gente recebe a mais pelo peso do peixe, mas o prejuízo é na produção, com queda na eficiência alimentar (mais ração necessária para ganhar peso) e queda na qualidade do ambiente aquático, que também podem gerar inúmeras doenças”, menciona.

“Um dos maiores problemas é a queda nos níveis de oxigênio da água, explica Bruno Giacomini, que toca a propriedade junto com o pai Dilseu e o irmão Luiz Antônio. “Peixes maiores consomem mais oxigênio. A queda nos níveis de oxigênio é um fator que pode causar algumas doenças, como a estreptococose”, evidencia Bruno.

O aumento do peso sem um correspondente aumento na eficiência alimentar significa que os custos de produção também aumentam. Mais ração é necessária para alimentar os peixes por um período prolongado, o que impacta diretamente nos gastos do produtor. Dilseu explica que, além de reduzir a qualidade do ambiente e ter que lidar com desafios que não seriam necessários para manter ou restabelecer a qualidade da água, a genética da tilápia tem seu melhor momento em conversão alimentar até cerca de 850 gramas. “Quando fica maior do que isso, precisa mais ração para ganhar peso. A eficiência alimentar começa a despencar, o que aumenta os custos de produção”, evidencia o produtor paranaense.

Soluções

Para enfrentar esse desafio, Giacomini tem buscado soluções criativas. Desde ajustes na densidade dos açudes até investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade da água. O objetivo é mitigar os efeitos negativos desse prolongamento do tempo de permanência dos peixes. “Para a questão do oxigênio, temos uma sonda que mede os níveis em tempo integral e liga os aeradores quando os níveis de oxigênio começam a baixar”, destaca Bruno, que acompanha em um aplicativo no smartphone diversos parâmetros do ambiente interno e externo da produção, como temperatura, luminosidade, vento e pressão barométrica. Todas essas métricas auxiliam a sonda a ligar e desligar os aeradores no momento certo.

O custo de produção também aumenta por conta do custo de energia elétrica. Para ligar os aeradores por mais tempo sem ter que deixar seu lucro com a companhia elétrica, Giacomini investiu em um sistema fotovoltaico, que garante boa parte da energia consumida na propriedade rural.

Outra medida aplicada pelo produtor para reduzir o impacto do maior tempo de permanência dos peixes no açude foi a redução da densidade. Ele conta que diminuiu o povoamento dos açudes em quase 30%. “Estamos reduzindo de 7 alevinos por metro quadrado para 5 alevinos por metro quadrado. É uma estratégia para reduzir o volume de biomassa quando acontecerem esses travamentos de mercado”, menciona. Ou seja: o piscicultor prefere produzir menos no mesmo espaço a ter que enfrentar os problemas com a biomassa excessiva nos açudes no final da produção.

Em meio aos desafios enfrentados pelo prolongamento do tempo de permanência dos peixes no açude, Dilseu Giacomini, juntamente com sua família, vem implementando soluções criativas e estratégicas para mitigar os impactos negativos e garantir a sustentabilidade de sua produção de tilápias. Desde investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade da água até ajustes na densidade dos açudes, Giacomini tem buscado encontrar o equilíbrio entre a eficiência operacional e a saúde dos peixes.

A adoção de sistemas de monitoramento em tempo real, como a sonda que controla os níveis de oxigênio na água e os aeradores acionados automaticamente, demonstra um compromisso com a inovação e o bem-estar dos animais. Além disso, iniciativas como a instalação de sistemas fotovoltaicos para reduzir os custos de energia elétrica e a redução da densidade nos açudes refletem uma abordagem proativa na busca pela sustentabilidade e eficiência econômica. Diante dos desafios do mercado e das adversidades ambientais, Giacomini e sua família continuam a encontrar soluções resilientes, mantendo-se como uma das referências na piscicultura do Oeste paranaense.

Produtor sugere queda na qualidade da ração

O produtor, com sua vasta experiência de três décadas na tilapicultura, destaca não apenas os desafios decorrentes do prolongamento do tempo de permanência dos peixes nos açudes, mas também aponta para uma questão crucial: a qualidade das rações. Ele observa que, ao longo dos anos, houve uma notável evolução genética das tilápias, resultando em peixes de maior tamanho e potencial de crescimento. No entanto, ele ressalta uma preocupação crescente em relação à qualidade nutricional das rações disponíveis no mercado. Segundo o produtor, essa evolução genética não foi acompanhada por um avanço correspondente na qualidade das rações, e ele sugere que isso pode ser atribuído a uma tendência anterior de alguns produtores em priorizar o preço sobre a eficiência nutricional.

Ele especula que essa dinâmica pode ter levado a uma adaptação da indústria de rações às demandas do mercado, resultando em produtos de qualidade inferior que não atendem adequadamente às necessidades nutricionais dos peixes em seu estágio atual de desenvolvimento genético. “Quando começamos a produção em 1994 a tilápia tinha 300 gramas, não passava disso. A evolução genética foi surpreendente. Por outro lado, percebemos que a área da nutrição retrocedeu. Muito provavelmente porque alguns produtores, no passado, começaram a comprar pelo preço e não pela qualidade. Acho que a indústria se ajustou a essa demanda e se acostumou a oferecer essas rações”, sugere o produtor.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor da piscicultura brasileira acesse a versão digital de Aquicultura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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