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Bovinos / Grãos / Máquinas

Milho tem expansão de 27% no Oeste do Paraná

Atraídos pelo bom preço, mas também preocupados com a oferta interna para os pecuaristas, agricultores que antes apostavam apenas na soja para a safra de verão agora têm novo olhar para o grão dourado

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Apesar de ser tradicionalmente cultivado em maior área durante o inverno na região Oeste do Paraná, tornando-se uma cultura alternativa que contrapõe à falta de incentivo ao plantio do trigo, para a safra de verão 2016/2017 o milho ganhou 27% de aumento da área cultivada, o que será significativo para a cadeia produtiva de proteína animal.

Conforme o primeiro levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) de Toledo da Secretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento (Seab), os grãos dourados devem ser semeados em 12,7 mil hectares neste ano, contra 9.269 hectares da última safra. A tendência, na visão do especialista em Agronegócios e em Agrobusiness, consultor de Economia Rural e técnico do Deral, João Luis Nogueira, está vinculada à dificuldade que os consumidores de milho obtiveram no grão a preços adequados aos custos neste ano, especialmente nos últimos meses. “Algumas empresas e cooperativas têm incentivado o produtor a plantar mais milho no verão justamente para dar um suporte maior na oferta do produto, para que seja adequada ao consumo”, destaca, enfatizando que, principalmente para a suinocultura e a avicultura, o milho é demanda essencial para a composição da ração, podendo ultrapassar 60% do total do curso de produção. “Se esse produto, que é essencial, faltar, eleva-se muito o custo de produção e os prejuízos são enormes”, pontua Nogueira.

Ajuste na oferta e demanda

Para o mercado brasileiro, o momento atual é de ajustamento no quadro de oferta e demanda do grão, intensificado especialmente pela demanda externa. Nogueira lembra que, em 2015, o Brasil bateu todos os recordes de exportação de milho, chegando a 30 milhões de toneladas exportadas, tornando-se um país importante para novos mercados. “Não só para países que são normalmente consumidores como a China, mas o cereal brasileiro também entrou em locais como África do Sul, Vietnã e Irã, que será um mercado onde vamos destinar grande parte do nosso produto”, diz.

Pela demanda externa aquecida, o resultado foi a falta do produto na mesma quantidade em que normalmente estava disponível no mercado interno, causando a reação dos preços internamente. “Diante da possibilidade que esse quadro de oferta e demanda ajustado perdure no fim de 2016 e principalmente em 2017, os produtores de suínos e aves estão se precavendo optando por expandir a área plantada de milho no verão ou iniciar o plantio, pois muitos no verão faziam apenas o plantio de soja. Desta forma, ele atendeu também uma solicitação das empresas e cooperativas para não fi car tão dependente apenas do que é disponibilizado por eles”, explica.

10% para o milho

Com 49 anos vividos no campo, neste ano Hilário Anklan decidiu apostar no milho não só na safra de inverno. Com a ajuda do filho Thiago, que desde a infância é o braço direito do pai na propriedade familiar, eles cuidam de 2,4 mil leitões de creche, além de semear em 27 alqueires de terra.

Pelo preço atrativo do milho neste ano os dois destinaram 10% da área total para o cereal, que já terminou de ser semeado. “Além do preço, o milho também proporciona a rotação de cultura, uma opção para tentar melhorar a ocupação da terra e garantir mais palhada”, informa.

Thiago complementa que continuar apostando no milho para a safra de verão depende dos resultados desta primeira tentativa. “Continuar provavelmente nós vamos, mas aumentar a área depende da rentabilidade desta área que semeamos”, diz.

Nos outros 24,5 alqueires, até o fim desta semana, os Anklan devem terminar a semeadura da soja, que até o momento, na avaliação deles, está tranquilo graças à contribuição do clima. A expectativa dos agricultores, que são assistidos pela engenheira agrônoma Thais Lengert, é de que a produção de milho chegue a, pelo menos, 400 sacas por alqueire. “Para o investimento que eles fizeram a soja deve atingir uma média de 150 sacas, podendo obter até mais dependendo de como o clima se comportar daqui para frente”, expõe.

O levantamento preliminar do Deral estima que, nesta safra, o Oeste paranaense semeie uma área de 12,7 mil hectares de milho, com produção estimada em 121.920 toneladas. Já a soja, que ano passado chegou a 1.588.734 milhão de toneladas em 471.595 hectares, neste ano – mesmo perdendo espaço para o milho – deve atingir área de 468 mil hectares e produzir 1.673.100 milhão de toneladas.

Segundo Thais, boa parte dos produtores de grãos que também são pecuaristas tiveram a preocupação de semear uma área de milho neste ano, não somente pelo bom preço do cereal, mas também para ajudar a garantir a oferta do grão no mercado e manter a produção de suínos, aves e bovinos. “Por serem integrados à cooperativa, plantar milho não interfere diretamente na economia em custo de produção. O que muda, no caso deles que são suinocultores, é ter a consciência de que são consumidores e também precisam produzir para ajustar a oferta e a demanda do cereal no mercado”, destaca a engenheira agrônoma.

Tendência para as próximas safras

O técnico do Deral ressalta que, apesar do leve aumento na área de milho semeada no verão, não é possível prever se a tendência se repetirá nas próximas safras. “Vai depender muito do comportamento do mercado agora no fim de 2016”, menciona. “Para fazer uma previsão para 2017 precisamos saber a evolução da safra de inverno e a oferta deste produto internamente até o início do próximo ano, mas com certeza se entrarmos em 2017 da mesma forma como 2016, com o quadro de oferta e demanda bem ajustado, sem dúvida os produtores vão estar tendenciosos para o aumento da área de milho”, complementa.

Embora o Brasil seja um grande produtor de grãos, a demanda crescente tanto de soja quanto de milho, em uma proporção acima do que é produzido, fará com que o mercado interno continue sentindo falta desses cereais. “O que vem acontecendo desde 2010 e foi se acentuando ao longo dos anos, mas estamos sentindo só agora, é essa necessidade de se produzir mais”, revela. “O que tem dado suporte para os preços hoje é o consumo crescente não só internamente, mas no mundo todo e nós, mesmo sendo grandes produtores e exportadores de grãos, devemos lembrar que também somos grandes produtores e exportadores de carne, por isso o nosso desafio continua sendo produzir ainda mais”, completa Nogueira.

Fonte: O Presente

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Análise detalhada revela desafios e oportunidades para diferentes sistemas de produção na pecuária de corte

Suplementação estratégica, aliada à reforma de pastagens e ao manejo adequado, é crucial para otimizar a produtividade da pecuária de corte no Brasil, com destaque para sistemas de produtividade média, que se configuram como mais estáveis e lucrativos.

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O Brasil tem espaço e condições para se manter em destaque dentro da cadeia de carne bovina mundial. Com uma pecuária majoritariamente realizada a pasto, estima-se que o País detenha 177 milhões de hectares de pastagem cultivada. Entretanto, além de enfrentar fenômenos como a sazonalidade, cerca de 60% das áreas de pastagem apresentam algum nível de degradação.

De maneira geral, a suplementação de bovinos em pastejo é uma das principais estratégias utilizadas por pecuaristas, visando uma maior eficiência do sistema. A técnica permite corrigir deficiências presentes nas pastagens, melhorando a conversão alimentar e, com isso, potencializando o crescimento e ganho de peso dos animais. Vale ressaltar que melhores respostas produtivas e estratégias de suplementação estão associadas a diversos fatores. A suplementação somente não é garantia de desempenho individual satisfatório, e a estratégia mais apropriada vai variar de acordo com cada realidade.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Manejos de reforma das áreas de pastos apropriados, com o intuito de produzir e ofertar forrageiras com alto valor nutritivo para o rebanho, associados a estratégias de suplementação mineral, podem promover o desempenho individual dos animais. Além disso, possibilitam um aumento da capacidade de suporte das áreas de pasto, o que permitiria a mantença de mais animais dentro de uma menor área e beneficiaria, portanto, a produtividade do sistema.

A melhora nos índices produtivos traz consigo a possibilidade de reduzir o tempo de permanência dos animais na propriedade. Tendo em vista que quanto mais alongado esse período, mais oneroso este animal se tornará para o produtor, essa diminuição no tempo favorece o aumento do giro da propriedade.

Sobretudo ao considerar-se o alto impacto que a aquisição de suplementos possui sobre os custos de produção da pecuária (ocupando a segunda posição dentro do COE da atividade), a estratégia adotada pode impactar significativamente na margem do produtor.

Buscando compreender a realidade dos diferentes sistemas de recria e engorda brasileiros quanto à eficácia do uso de suplementos, foram analisadas propriedades típicas amostradas no Projeto Campo Futuro, iniciativa do sistema CNA/Senar, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Tais modelos contém os índices técnico-financeiros dos sistemas de produção mais representativos em cada região do Brasil. Ao todo, 42 propriedades foram segregadas em grupos de acordo com a produtividade (arrobas por hectare), definindo cinco agrupamentos.

Todas as propriedades avaliadas fornecem algum tipo de suplementação. Analisando o grupo de maior produtividade (arrobas por hectare), observa-se que, em sua maioria (63%), foi utilizado apenas sal proteinado.

Enquanto que nas fazendas de menor produtividade ocorreu o inverso, tendo a maioria (67%) optado pelo uso apenas de mineral. Por sua vez, a grande maioria dentro dos sistemas medianos (75%) lançou mão da estratégia de consórcio entre mineral e proteinado, fazendo o uso do último apenas em períodos mais desafiadores do ano.

A utilização de proteinado é bastante difundida, sobretudo como estratégia para suprir demanda nutricional em períodos de seca, quando a qualidade da pastagem é mais comprometida. Sendo o proteinado um insumo mais custoso, quando utilizado somente este (propriedades grupo 1), o custo médio por cabeça ano com a suplementação foi de R$ 490,00; e, quando consorciado com mineral (propriedades grupo 3), esse custo cai para R$ 345,88 cabeça ano.

Dentre os grupos avaliados, observa-se uma variação no desempenho produtivo do sistema: as propriedades mais produtivas obtiveram um desempenho individual dos animais de 0,42 kg de ganho médio diário, enquanto as menos produtivas de 0,33 kg. Alinhado a isso, quanto às taxas de lotação observadas entre os grupos, o mais produtivo demonstrou uma média de 1,4 UA/ha. Em contrapartida, o menos produtivo apresentou uma lotação média de 0,8 UA/ha. Em consequência desses valores, as propriedades mais produtivas são definidas por uma maior produção de arroba por hectare em relação às demais (Gráfico 1).

Com isso, foi possível observar que as propriedades de média produtividade, portanto grupos 2, 3 e 4 (produtividade entre 6,0 a 8,0 arrobas/ha), no geral, demonstraram Margem Bruta predominantemente positiva, mas estas não se mostraram escalonáveis para patamares superiores.

Foto: Everton Queiroz

O menor risco que sistemas mais modestos assumem, quando comparados a sistemas mais produtivos cujos investimentos são normalmente mais fortes, ilustram a possibilidade de pagamento dos custos, mas com margens limitadas.

Quando avaliados os níveis de produtividade (arroba/ha), foi observada uma variação de margens sobre o COE por área produzida (COE/ha), em que, independentemente da produtividade em si, os custos de produção irão implicar em sucesso ou não do sistema. Isso é afirmado uma vez que as propriedades mais produtivas, retratadas como grupo 1, apresentaram grande variabilidade para o resultado de margem bruta.

Por sua vez, isso demonstra que quanto maior o investimento mais riscos são assumidos, de forma que este produtor está mais susceptível a impactos provindos das flutuações de mercado, bem como de possíveis imprevistos climáticos e sanitários. Dessa forma, sistemas mais modestos, portanto de produtividade média, demonstraram menor intervalo de variação nos resultados de margem, e a tendência é este reduzir juntamente com a produtividade (Gráfico 2).

A vasta amplitude de resultados no grupo de maior produtividade pode estar associada ao período longo dos animais em recria observado nas propriedades com margens mais apertadas. Apesar de estarem investindo no desempenho individual dos animais, como na inclusão de estratégias de arraçoamento durante o período de engorda para atingir peso e acabamento suficientes para o abate sem o risco de penalizações ao produtor, esses sistemas se tornam mais custosos e com retorno mais limitado.

Quando analisada a taxa de desfrute entre os grupos, observa-se que esta decresce juntamente com a produtividade. Isso significa que, quanto mais elevado o rendimento individual dos animais, mais rápido o giro no sistema. O tempo de permanência nas propriedades mais produtivas ficou abaixo dos 20 meses, o que se traduziu em uma taxa de desfrute em média de 56%. Por sua vez, as propriedades de média produtividade obtiveram um desfrute de 47%, ao passo que as menos produtivas apresentaram uma taxa de 41%.

A condição das pastagens é um importante ponto a ser considerado ao se definir estratégias de suplementação. Normalmente, a pastagem não tem disponível todos os nutrientes necessários e na proporção adequada, de maneira a atender as exigências dos animais em pastejo. Dessa forma, a adoção de estratégias de suplementação de nutrientes que possibilitem uma curva de crescimento adequada e que se adeque a viabilidade econômica do sistema é de suma importância para o sucesso da produção.

Não existe pacote tecnológico padrão de suplementação mineral para o sucesso de um sistema. Sendo assim, tendo em mente a importância da mineralização do rebanho, cada caso e/ou estratégia a se adotar é particular de cada sistema produtivo, dado as variações do ambiente inserido.

Fonte: Assessoria Cepea
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Genética e nutrição: os pilares da eficiência alimentar na pecuária moderna

Com avanços tecnológicos e práticas de manejo inovadoras, os produtores estão alcançando níveis invejáveis de conversão alimentar, ou seja, produzindo mais carne com menos alimento consumido pelos animais.

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Fotos: Divulgação/Criatório Rana

Nos últimos anos, a pecuária de corte testemunhou um aumento significativo na rentabilidade dos produtores, impulsionado em grande parte pela melhoria da eficiência alimentar. Este avanço está revolucionando a forma como os pecuaristas gerenciam seus rebanhos, resultando em maiores ganhos econômicos.

A eficiência alimentar na pecuária de corte se refere à capacidade de produzir mais carne utilizando menos recursos alimentares, como pastagens e rações. Com avanços tecnológicos e práticas de manejo inovadoras, os produtores estão alcançando níveis invejáveis de conversão alimentar, ou seja, produzindo mais carne com menos alimento consumido pelos animais.

Criador Ivo Arnt Filho do Criatório Angus Rana, de Tibagi, no Paraná: “Eficiência alimentar é a chave para a pecuária moderna” – Foto: Divulgação

Um dos principais impulsionadores desse aumento na eficiência é a seleção genética de animais com melhor capacidade de conversão alimentar e crescimento acelerado. Os pecuaristas estão optando por raças e linhagens que apresentam maior eficiência na transformação de alimentos em carne, garantindo uma produção mais rentável. Esse é o caminho que criador Ivo Arnt Filho tomou, quando incluiu no Criatório Rana, localizado em Tibagi, no Paraná, a criação de animais da raça Angus, em 1987.

Após duas décadas dos primeiros animais terem chegado à propriedade, Arnt passou em 2009 a se dedicar à seleção genética da raça. “Para obter a melhor eficiência alimentar buscamos a seleção genômica dos animais, com a característica de melhor conversão de alimento em carne, realizando a escolha do pai e da mãe para produção de um filho superior para esta característica”, explica, contando que os 450 animais que tem na propriedade são todos registrados e avaliados pelo programa oficial da Associação Brasileira de Angus.

Entre os melhores do país

Para garantir um padrão de excelência em sua criação, o criatório do produtor paranaense participa da Prova de Eficiência Alimentar, promovida pela Associação Brasileira de Angus, em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, e hoje possui cinco touros entre os melhores reprodutores da raça Angus no Brasil.

Na prova, os animais são avaliados quanto à eficiência alimentar por meio da ponderação do Consumo Alimentar Residual e do Ganho e Peso Residual. “Eficiência alimentar é a chave para a pecuária moderna. Selecionando os indivíduos pais, para que seus descendentes tenham a melhor conversão alimentar em carne. A avaliação de ultrassonografia de carcaça nas mães, com aplicação da equação de validação para DEP de peso de carcaça quente, nos auxilia em muito na rentabilidade da produção”, enfatiza.

A busca constante por animais com alta eficiência alimentar não apenas agrega valor econômico à atividade pecuária, mas também promove a sustentabilidade e a rentabilidade ao pecuarista. “Além do reconhecimento, os touros campeões da Prova de Eficiência Alimentar foram contratados por centrais de inseminação e hoje seu sêmen está disponível no mercado para melhorar os rebanhos de todo o país”, diz, orgulhoso. “O abate e a comercialização é restrita aos animais que não são destinados à reprodução”, informa.

Alimentação dos animais

Além disso, a adoção de práticas de manejo intensivo e estratégias nutricionais específicas também contribuem para melhorar a eficiência alimentar. Isso inclui o uso de suplementos alimentares balanceados e a implementação de sistemas de confinamento que permitem um controle mais preciso da dieta dos animais, otimizando assim o ganho de peso. “A alimentação dos animais é realizada a pasto com suplementação da dieta com sal proteico energético, realizando para cada faixa etária o balanceamento adequado”, descreve Arnt, afirmando que animais bem nutridos, suplementados com silagem e complemento mineral têm uma saúde intestinal adequada. “Como trabalhamos somente com animais puros de origem buscamos a alimentação mais natural possível”, salienta.

Outro aspecto importante é com a gestão das pastagens. Os produtores estão investindo em técnicas de manejo que visam melhorar a qualidade e a disponibilidade de forragem, como a rotação de pastagens e o controle de invasoras. Isso não apenas aumenta a produtividade das áreas de pastoreio, mas também contribui para a saúde do solo e a sustentabilidade da atividade pecuária a longo prazo. “Para promover a saúde intestinal dos animais e prevenir problemas relacionados ao sistema digestivo fornecemos somente alimentos nobres, ricos em fibra e probióticos”.

Como fazer a seleção de animais

Na propriedade da família Arnt, diversas tecnologias foram implementadas visando a melhoria da eficiência alimentar dos animais. “Os pecuaristas devem escolher e selecionar os animais (touros e vacas) genomicamente, utilizando ferramentas que permitem gerenciar o ganho de peso e a economicidade da produção pecuária. Não é suficiente adquirir touros apenas com base em fotografias, é necessário analisar as DEP’s (Diferenças Esperadas na Progênie). Além disso, é fundamental avaliar as mães por meio de ultrassonografia de carcaça para produzir os bezerros do futuro, que serão convertidos em carne”, afirma.

Cuidado especializado

Para monitorar e avaliar a eficácia do manejo nutricional e da saúde intestinal dos animais, o produtor paranaense realiza a pesagem individual dos animais regularmente. De acordo com ele, essa prática fornece informações sobre o desempenho de ganho de peso diário, um parâmetro fundamental para o desenvolvimento dos animais jovens. Além disso, é feito a verificação das fezes dos animais para avaliar sua saúde intestinal. A propriedade conta com assessoria veterinária própria para garantir a manutenção da boa saúde alimentar dos animais.

Produção de bezerros

O produtor destaca ainda a importância de cuidar da produção de bezerros para garantir a continuidade do negócio. “Temos que nos preocupar com a produção eficiente de bezerros, utilizando as ferramentas disponíveis para alcançar uma melhor eficiência econômica e obter ótima rentabilidade na atividade pecuária, bem como a sustentabilidade do nosso negócio”, pontua Arnt.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Indicador do milho tem queda real de 13,6% em um ano

De acordo com pesquisadores do Cepea, produtores seguem voltados ao desenvolvimento da segunda safra e à colheita da safra verão, postergando a comercialização do cereal.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em abril, o Indicador do milho Esalq/BM&FBovespa (referência região de Campinas – SP) caiu 5,9% em relação ao mês anterior.

Na comparação anual, a queda é de 13,6%, em termos reais (calculado por meio do IGP-DI de março de 2024).

De acordo com pesquisadores do Cepea, produtores seguem voltados ao desenvolvimento da segunda safra e à colheita da safra verão, postergando a comercialização do cereal.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea apontam que os estoques remanescentes de 2022/23, a colheita da safra verão em bom ritmo e as lavouras de segunda safra desenvolvendo sem grandes problemas têm levado compradores a limitarem as aquisições apenas para o curto prazo.

Ainda conforme levantamentos do Cepea, a colheita da safra verão no Rio Grande do Sul foi paralisada nos últimos dias devido ao excesso de chuvas e aos alagamentos em diversas regiões do estado.

No Sul de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, o baixo volume de chuvas e as altas temperaturas começam a deixar agentes apreensivos.

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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