Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Defesa agropecuária

Mapa promove webinar para fomentar conscientização do uso de antimicrobianos na área animal

Campanha busca aumentar a compreensão da resistência aos antimicrobianos, que é um dos maiores desafios para a saúde pública global.

Publicado em

em

Comemorada todos os anos de 18 a 24 de novembro, a Semana Mundial de conscientização sobre o uso de antimicrobianos (WAAW – sigla em inglês) traz como tema em 2023 “Prevenindo Juntos a Resistência aos Antimicrobianos”.  

A campanha faz parte das ações coordenadas sobre o tema pela Aliança Quadripartite – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Organização Mundial de Saúde (OMS) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que busca aumentar a conscientização e a compreensão de toda a sociedade a respeito da resistência aos antimicrobianos (AMR – sigla em inglês), que é um dos maiores desafios para a saúde pública global, com importante impacto na saúde humana e dos animais.   

No contexto da agropecuária, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) preparou para este ano um seminário virtual para fomentar a conscientização acerca do bom e do mau uso de antimicrobianos na área animal e, ao mesmo tempo, incentivar as melhores práticas a serem adotadas pelos médicos veterinários, técnicos, produtores e sociedade em geral. 

O evento ocorrerá no dia 21/11 (terça-feira) e será transmitido pelo Youtube da Enagro, a partir das 09 horas. Na oportunidade, serão debatidos o uso responsável de antimicrobianos em avicultura, suinocultura, bovinocultura, aquicultura, cães e gatos, assim como as diretrizes e recomendações internacionais para controle e prevenção da AMR. 

Além disso, em conjunto com o Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Mapa também participará do Webinar de abertura da WAAW em 20/11 (segunda-feira), o qual será transmitido via webinar.aids.gov.br. 

Antimicrobianos  

Os antimicrobianos são medicamentos utilizados no tratamento de infecções, principalmente as de origem bacteriana, e são essenciais para a preservação da saúde humana e animal, bem como do bem-estar animal. Porém, o uso inadequado ou excessivo de medicamentos aumenta o risco de AMR e, em todo o mundo, pessoas, plantas e animais estão morrendo de infecções que não podem ser tratadas, mesmo com os mais poderosos antimicrobianos. As consequências são preocupantes e podem ocorrer a longo e médio prazo.  

Na área animal, é obrigatória a prescrição veterinária para a comercialização de qualquer produto antimicrobiano de uso veterinário, estabelecido pela Instrução Normativa Mapa nº 26/2009, e também para os produtos destinados à alimentação animal contendo esses medicamentos, de acordo com a Portaria 798/2023. 

Além disso, as atividades para estimular o uso racional de antimicrobianos em animais estão previstas no Plano de Ação Nacional para Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO), recém atualizado pelo Ministério da Agricultura em 2023. 

Fonte: Assessoria Mapa

Colunistas

Inovação e eficiência no campo: o papel crucial da transformação digital no aumento da competitividade

Desde a década de 70, o agronegócio no Brasil se destacou por adotar a prática de duas safras anuais, um marco inicial em sua trajetória de inovação. Essa evolução não se deu apenas pelo avanço no maquinário, mas também pelo significativo investimento em pesquisa e desenvolvimento, culminando em um impressionante aumento de 59% no valor bruto da produção agrícola. 

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

No limiar entre tradição e inovação, o setor do agronegócio confronta-se com a urgência de uma transformação que é tanto cultural quanto tecnológica. A digitalização, longe apenas de deixar mais moderno os processos estabelecidos, representa a reinvenção da produtividade agrícola. Estamos testemunhando uma era onde a inteligência artificial, o big data e a internet das coisas (IoT) não são mais termos reservados para o lado urbano das cidades, mas são, de fato, a nova realidade do campo.

Segundo o Banco Mundial, o setor é responsável por 10% do PIB dos países da América Latina. Só no Brasil, já representa 24,4% do PIB, estimado em R$ 2,63 trilhões (Cepea/CNA). E parte desse resultado pode ser atribuído à inovação.

Desde a década de 70, o agronegócio no Brasil se destacou por adotar a prática de duas safras anuais, um marco inicial em sua trajetória de inovação. Essa evolução não se deu apenas pelo avanço no maquinário, mas também pelo significativo investimento em pesquisa e desenvolvimento, culminando em um impressionante aumento de 59% no valor bruto da produção agrícola.

A ascensão é marcada por um incremento médio anual de 1,4% na eficiência (Brasil, 2021), resultado principalmente da redução do uso do solo e da incorporação intensiva de tecnologias avançadas.

Digitalização e produtividade agrícola

O agronegócio está vivenciando uma era de disrupção tecnológica, a digitalização, embora inicialmente possa parecer distante do contexto rural, tem demonstrado um alinhamento natural com as necessidades do campo. Implementações digitais estratégicas têm proporcionado um aumento médio de 20% na eficiência operacional, enquanto a otimização de recursos tem levado a uma redução de custos que pode chegar a 30%, segundo projetos recentes em que eu tive a oportunidade de participar.

Com o emprego de ferramentas avançadas, o setor tem testemunhado melhorias notáveis tanto em termos de produção quanto na gestão sustentável de recursos.

Projetos de implementação de sistemas de monitoramento de combustível baseados em IoT, por exemplo, têm mostrado ganhos significativos na eficiência do uso de recursos que resultam em uma redução de 25% no consumo de combustível por meio de otimização logística e prevenção de desperdícios. Uma boa taxa de economia, considerando que o combustível é um dos maiores custos variáveis na operação agrícola.

Impacto na redução de custos

Mas nem tudo são flores. O agronegócio enfrenta desafios únicos em termos de conectividade e acesso a informações em tempo real. De acordo com o Agtech Report 2023, 73% das propriedades rurais brasileiras não têm acesso à internet.

Por isso, soluções como aplicativos assíncronos que funcionam offline, por exemplo, atuam bem neste cenário. Estes, não só permitem o acesso a informações críticas e gestão de tarefas, como também aprimoram a comunicação entre as frentes de trabalho, resultando em melhor planejamento e execução das operações agrícolas.

Atualmente, existem, por exemplo, projetos que envolvem soluções de pagamento digital integrado e sistemas de crédito simplificados que permitiram às operações agrícolas uma diminuição em seus ciclos de pagamento e recebimento em 35%, aumentando a liquidez e reduzindo a necessidade de capital de giro. Essas plataformas também têm proporcionado uma economia direta em taxas de transação e custos administrativos, com relatórios apontando uma diminuição de até 40% nestes itens.

Os dados não mentem: a digitalização não é apenas um complemento ao agronegócio — ela é um componente crítico, um verdadeiro divisor de águas que amplia horizontes e abre caminho para um futuro onde eficiência e sustentabilidade caminham lado a lado.

Com ganhos expressivos em redução de custos e melhorias de eficiência, a transformação digital se estabelece como a chave para um agronegócio resiliente, próspero e mais competitivo.

É um convite à mudança de paradigma, uma revolução que transcende as barreiras tradicionais do campo. No centro dessa revolução, existe a possibilidade de uma conectividade sem limites, uma rede de informações que permeia cada hectare, cada operação, cada decisão. Enquanto avançamos em direção a esse futuro, o tempo de resistência ficou para trás; é hora de alavancar a mudança, de liderar a evolução. Este é um ponto de virada para a transformação.

Fonte: Por Luciana Miranda, VP e CMO da AP Digital Services.
Continue Lendo

Colunistas

Missão cumprida!

Luiz Vicente Suzin presidiu de 2016 a 2024 o Sistema Ocesc/Sescoop-SC, atualmente preside a Coopervil e o Sicoob Vale do Vinho.

Publicado em

em

Foto: Caroline Lorenzetti/MB Comunicação

Foi com o gratificante sentimento de dever cumprido que transmiti, na última semana, a presidência do Sistema Ocesc/Sescoop-SC para meu sucessor, o cooperativista Vanir Zanatta, presidente da Cooperja, de Jacinto Machado, sul catarinense.

Com a inestimável cooperação de dirigentes cooperativistas, associados e, principalmente, com o apoio do admirável corpo técnico da Ocesc e do Sescoop, sob a coordenação do competente superintendente Neivo Luiz Panho, concluímos uma jornada de oito anos à frente da principal instituição de representação e defesa do cooperativismo barriga-verde.

Foi um período intenso, repleto de grandes desafios, entre eles, o de superar a pandemia do novo coronavírus que assolou todos os continentes. Foi um período em que as cooperativas foram desafiadas – em meio às imperiosas restrições ditadas pela emergência sanitária – a continuar atendendo as necessidades de seus associados. Elas não só cumpriram com esse desafio, como deram extraordinária contribuição ao Poder Público, colaborando com milhares ações de apoio aos programas oficiais que buscavam socorrer os atingidos pela pandemia.

Num primeiro momento foram ações emergenciais, de natureza médico-sanitária, para proteger a vida. Mais à frente foram ações de apoio técnico e financeiro, para proteger a economia.  Nesse capítulo particularmente difícil da vida brasileira, as cooperativas mostraram a força e a consistência de sua doutrina e de seus valores.

Apesar da pandemia e seus efeitos, da crise econômica e suas mazelas, os dois quadriênios (2016/2024) em que conduzimos a entidade registram evolução digna de nota. O número de cooperados (associados) cresceu de 1,9 milhão para 4,2 milhões de catarinenses. O movimento econômico das cooperativas saltou de R$ 27,04 bilhões para R$ 85,9 bilhões/ano. O número de empregados diretos das cooperativas passou de 56.311 para 95.356.

Outro importante avanço foi o surgimento do Programa Cooperativo Catarinense (SC+Coop), aprovado na assembleia geral de 2023, como plano estratégico para estruturar o desenvolvimento das cooperativas. Entre os objetivos do SC+Coop estão melhorar o indicadores de desempenho, engajar os dirigentes na elaboração do planejamento, identificação e interpretação dos desafios, de forma a incentivar a intercooperação e perceber novas oportunidades e tendências de ampliação de mercados, sempre preservando a individualidade das cooperativas.

Tivemos também, no período, a celebração do cinquentenário da Ocesc, momento em que refletimos sobre o papel de defesa, fortalecimento e representação institucional do cooperativismo barriga-verde. Os últimos dois quadriênios foram marcados por mudanças e transformações em toda a sociedade brasileira, afetando todas as organizações humanas, as cooperativas entre elas. Lucidez para reconhecer, interpretar e reagir a essas mudanças foram determinantes para vencer esse período.

Seguimos em frente, agradecidos pelo apoio de todos e cada vez mais convictos de que o cooperativismo é nossa melhor opção para a construção de um futuro humano, solidário e próspero.

Fonte: Por Luiz Vicente Suzin, atual presidente da Coopervil e do Sicoob Vale do Vinho.
Continue Lendo

Colunistas

Caminho da suinocultura em direção às práticas ESG

Compreender a importância do atendimento das legislações sobre bem-estar, em especial a Instrução Normativa 113, permitirá que, ao longo dos próximos anos toda a cadeia produtiva seja reestruturada, agregando ainda mais valor à proteína.

Publicado em

em

Foto: Jonathan Campos

No Brasil, a primeira legislação totalmente voltada para a criação comercial de suínos com foco em bem-estar animal é a Instrução Normativa 113 que indica as boas práticas de manejo e bem-estar animal que devem ser seguidas e implementadas com prazos definidos dentro da produção. No embalo dessa Instrução, surge também a Portaria 365, que traz novas atualizações das práticas de manejo pré-abate e abate humanitário. Tendo como base essas legislações, a indústria busca em sinergismo com as granjas produtoras, atender e garantir de forma objetiva e sustentável um produto final de maior qualidade e valor agregado e que também preza pelo bem-estar ao longo de toda a cadeia produtiva.

Garantir e estabelecer se o animal está em bem-estar não é uma tarefa fácil. Todas as práticas e manejos de bem-estar animal utilizados nas granjas e indústria devem ser avaliados em conjunto com vários conceitos, levando em conta a necessidade fisiológica do animal; os estados mentais e físicos, como prazer, dor e felicidade e as cinco liberdades – livre de fome e sede; livre de desconforto; livre de dor doença e injúria; livre para expressar os comportamentos naturais da espécie e livre de medo e de estresse.

Um dos grandes desafios da cadeia de produção de suínos é a mão de obra qualificada. Mesmo atendendo todos os preceitos de bem-estar animal como instalações, veículos e equipamentos, o manejo geral e a interação humano versus animal é a mais desafiadora. Assim, a indústria frigorífica trabalha continuamente capacitando os colaboradores envolvidos em toda a cadeia de produção, como também fazê-los compreender que não estão apenas criando e/ou manejando suínos, mas estão produzindo um produto de alto valor agregado, que deve ser respeitado e cuidado continuamente até o final da cadeia, para que se torne uma proteína saudável, saborosa, segura e com tratamento ético dentro das práticas de bem-estar.

Ademais, outro desafio é a conscientização do produtor sobre os prazos para adequações de instalações dentro da sua produção. Instalações essas, onde os animais poderão manifestar com maior facilidade suas necessidades da espécie e liberdades. Compreender a importância do atendimento das legislações sobre bem-estar, em especial a Instrução Normativa 113, permitirá que, ao longo dos próximos anos toda a cadeia produtiva seja reestruturada, agregando ainda mais valor à proteína. Já em relação às práticas de bem-estar animal dentro da planta frigorífica, estas já são bem mais consolidadas, pois como as grandes empresas de processamento possuem fiscalização permanente como também são grandes exportadoras, necessitam de manter procedimentos auditáveis que garantem continuamente todas as práticas de bem-estar.

Deste modo, diante da demanda do consumidor por transparência nos processos industriais com vistas ao bem-estar animal, qualidade e idoneidade dos produtos, faz-se necessário por parte das empresas produtoras de proteína animal atuarem conjuntamente com as granjas, para buscarem melhores alternativas e caminhos para entregar ao consumidor produtos sustentáveis, com qualidade e éticos.

Fonte: Por Jessica Oliveira, da Veterinária Suinco.
Continue Lendo
IMEVE BOVINOS EXCLUSIVO

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.